quinta-feira, 1 de junho de 2023

II. RELIGIOSIDADE É FACILIDADE PARA OBEDECER

 II. RELIGIOSIDADE É FACILIDADE PARA OBEDECER

16 Seguiram os onze discípulos para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes designara.

Não é difícil para nenhum estudioso ou observador da religião observar a existência de leis religiosas. E deve ser assim mesmo. O observador brasileiro, sempre muito criativo, logo percebeu que a religiosidade evangélica, na sua maior parte, especialmente na segunda metade do Séc. XX, era explicada por seus adeptos em termos de pode ou não pode, e isto acabou dando origem a uma expressão muito comum para se referir ao evangelho: a lei de crente.

Podemos observar facilmente estas inclinações nos apóstolos. Eles obedecem facilmente à ordem de Jesus de irem para a Galiléia. Obedecer a regras religiosas é relativamente fácil.

Há muita gente frequentando os mais diversos tipos de igrejas – de todos os tipos, liturgias e teologias – e que se sentem confortáveis em cumprir certos rituais requeridos pela religião (Is 1:12 Quando vindes para comparecer perante mim, quem vos requereu o só pisardes os meus átrios?) ou certas ordens dadas por homens (Is 29:13 O Senhor disse: Visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu, 14 continuarei a fazer obra maravilhosa no meio deste povo; sim, obra maravilhosa e um portento; de maneira que a sabedoria dos seus sábios perecerá, e a prudência dos seus prudentes se esconderá).

Isto não é nenhuma novidade. Frequência, contribuição como dízimos e ofertas, atividades etc.. Para muitos frequência, contribuição como dízimos e ofertas, atividades de todo tipo é suficiente – e muitos líderes desejosos de exercer domínio sobre o rebanho também se contentam com isso (1Pe 5:3 ...nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho), ou na verdade (e pior ainda) querem exatamente isto.

A isto eu denomino simplesmente de religiosidade. Obediência a preceitos, adesão a práticas, formalismos e mero cumprimento de regras é isso, é só isso, só religiosidade. Acontece que isto não é o suficiente para agradar ao Senhor. Sabemos que Deus quer mais que obediência maquinal, mecânica – ele quer o coração.

Assim como a ausência às reuniões da congregação é pecado (Hb 10:25 Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima) a frequência meramente formal é repugnante a ponto de o Senhor dizer que, em algumas ocasiões e situações, preferia que não houvesse ‘iniquidade associada ao ajuntamento solene’ (Is 1:13 Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e também as Festas da Lua Nova, os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniqüidade associada ao ajuntamento solene), e que era melhor que o fogo do altar não fosse aceso em vão.

É isso o que aprendemos no resultado das ofertas de Caim, que foi rejeitado por causa da disposição inadequada do seu coração (Gn 4:5 ...ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou. Irou-se, pois, sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o semblante) e Abel, de quem o Senhor se agradou. Obedecer é importante, e a disposição de coração é tão importante quanto o ato de obedecer em si mesmo. 

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