quinta-feira, 1 de junho de 2023

III. CRENTES PRECISAM DE AJUDA PARA CRER

 III. CRENTES PRECISAM DE AJUDA PARA CRER

17 E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram.

Parece contraditório, mas é isso mesmo. Mateus diz que os seus companheiros tiveram pronta disposição para obedecer a uma ordem pratica, uma viagem para a Galiléia. Se a sua prova de fidelidade ao Senhor fosse uma peregrinação, como você se sairia? Poucos teriam muita dificuldade em passar em uma prova assim. Mas... não é só isso.

Mateus faz uma anotação singela, rápida, mas importante: alguns duvidaram (e talvez ele tenha tido suas dúvidas). Não há nada de anormal no fato de que eles, ao verem Jesus, tenham se prostrado e o adorado. É óbvio que esta era a atitude mais natural para um discípulo de Jesus, ao vê-lo ressurreto. Tinha que ser assim mesmo, eles tinham que adorá-lo. E os discípulos fizeram isso, mas alguns permaneciam com dúvidas em seu coração.

Mateus diz que eles estavam definitivamente duvidosos (edistasan – ter pensamentos divididos, sem chegar a uma posição firme, estar indeciso em uma encruzilhada entre dois caminhos).

E é exatamente a dúvida dos discípulos que me chama a atenção aqui. Talvez você ainda não tenha se perguntado: que tipo de dúvidas eles poderiam ter, afinal, Jesus estava ali? Não havia como ter dúvidas a respeito da sua ressurreição. Isso era impossível! Jesus estava com eles, não tinham como duvidar deste fato.

Dúvidas sobre quem era Jesus, sobre a sua natureza? Quem era mesmo este Jesus? Seria mesmo Filho de Deus? Mas se ele morreu uma vez, não poderia, talvez, morrer de novo? Valia a pena arriscar? E se ele fosse capturado novamente? E se eles ficassem sozinhos novamente? O que mesmo este Jesus, agora ressurreto, queria deles? O que eles poderiam esperar de Jesus agora, nesta nova etapa?

Todas estas perguntas poderiam estear presentes em suas mentes – e todas elas podem ser respondidas analisando o que Jesus lhes diz a seguir sob o princípio de que o crente vê as coisas gloriosas do Senhor e faz coisas grandiosas no Senhor.

Os discípulos eram homens de pequena fé (Mt 8:26 Perguntou-lhes, então, Jesus: Por que sois tímidos, homens de pequena fé? E, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar; e fez-se grande bonança), e isto quer dizer que eles não eram, em nada, diferentes de nós.

Também temos nossas crises de fé, talvez você tenha suas próprias crises de fé e sinta vontade de começar a desobedecer, a ‘não ir mais para o monte’ e, é claro, acabar não adorando e não participando ativamente da missão que o Senhor concedeu à igreja. Mas as crises não são razão para a desobediência. É um imperativo para se colocar aos pés do Senhor e adorá-lo – e obedecê-lo.

A fé alimenta a obediência, e as experiências com Deus que o crente obediente vive alimentam a sua fé.

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