III. CRENTES PRECISAM DE AJUDA PARA CRER
17 E, quando o
viram, o adoraram; mas alguns duvidaram.
Mateus faz
uma anotação singela, rápida, mas importante: alguns duvidaram (e talvez ele
tenha tido suas dúvidas). Não há nada de anormal no fato de que eles, ao verem
Jesus, tenham se prostrado e o adorado. É óbvio que esta era a atitude mais natural
para um discípulo de Jesus, ao vê-lo ressurreto. Tinha que ser assim mesmo,
eles tinham que adorá-lo. E os discípulos fizeram isso, mas alguns permaneciam
com dúvidas em seu coração.
Mateus diz
que eles estavam definitivamente duvidosos (edistasan – ter pensamentos divididos, sem
chegar a uma posição firme, estar indeciso em uma encruzilhada entre dois
caminhos).
E é exatamente
a dúvida dos discípulos que me chama a atenção aqui. Talvez você ainda não
tenha se perguntado: que tipo de dúvidas eles poderiam ter, afinal, Jesus
estava ali? Não havia como ter dúvidas a respeito da sua ressurreição. Isso era
impossível! Jesus estava com eles, não tinham como duvidar deste fato.
Dúvidas
sobre quem era Jesus, sobre a sua natureza? Quem era mesmo este Jesus? Seria
mesmo Filho de Deus? Mas se ele morreu uma vez, não poderia, talvez, morrer de
novo? Valia a pena arriscar? E se ele fosse capturado novamente? E se eles
ficassem sozinhos novamente? O que mesmo este Jesus, agora ressurreto, queria
deles? O que eles poderiam esperar de Jesus agora, nesta nova etapa?
Todas estas
perguntas poderiam estear presentes em suas mentes – e todas elas podem ser
respondidas analisando o que Jesus lhes diz a seguir sob o princípio de que o
crente vê as coisas gloriosas do Senhor e faz coisas grandiosas no Senhor.
Os
discípulos eram homens de pequena fé (Mt 8:26 Perguntou-lhes,
então, Jesus: Por que sois tímidos, homens de pequena fé? E, levantando-se,
repreendeu os ventos e o mar; e fez-se grande bonança), e isto quer dizer que eles não
eram, em nada, diferentes de nós.
Também temos
nossas crises de fé, talvez você tenha suas próprias crises de fé e sinta
vontade de começar a desobedecer, a ‘não ir mais para o monte’ e, é claro,
acabar não adorando e não participando ativamente da missão que o Senhor
concedeu à igreja. Mas as crises não são razão para a desobediência. É um
imperativo para se colocar aos pés do Senhor e adorá-lo – e obedecê-lo.
A fé
alimenta a obediência, e as experiências com Deus que o crente obediente vive
alimentam a sua fé.
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