quinta-feira, 1 de junho de 2023

I. A PROVISÃO DE DEUS PARA SATISFAZER SUA IGREJA [INTRODUÇÃO]

TEXTO BÍBLICO Mateus 28.16-20

16 Seguiram os onze discípulos para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes designara. 17 E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram. 18 Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. 19 Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 20 ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.

 INTRODUÇÃO

Se você comparar os relatos de Mateus e João dos acontecimentos logo após a ressurreição pode correr o risco de, numa análise superficial e rápida, pensar: como são diferentes. E se o seu coração tiver uma pequena propensão à incredulidade talvez você ache que isto é uma contradição, um erro, nas Escrituras.

Apesar de estar presente aos eventos e ter conhecimento de praticamente todos os detalhes Mateus preferiu retratá-los em pequenas, pontuais e importantes observações, enquanto João resolveu descrevê-los com uma impressionante riqueza de detalhes.

Mateus fez o que todos fazemos normalmente. Ao contar um fato que presenciamos temos a tendencia de resumir, ou de enfatizar alguns aspectos em detrimento de outros.

Também existem pessoas mais detalhistas, que gostam de contar as coisas ‘nos mínimos detalhes’. Às vezes em uma conversa temos os dois juntos e um vai completando o outro.

Acredito que seja este o caso. Os evangelhos se completam – juntos eles narram uma só história sob diferentes pontos de vista e inclinações dos narradores. Neste caso Mateus é bem resumido porque ele tem um objetivo: ele quer enfatizar a missão, o envio. João quer enfatizar a presença física de Jesus.

Em seu evangelho Mateus explica e justifica o envio dos apóstolos para fora dos limites do povo israelita, enquanto João faz questão de, insistentemente, dizer que Jesus é o verbo encarnado mesmo depois da ressurreição, como Paulo também o faz (Cl 2:9 ...porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade).

Mateus fala inicialmente para judeus e conhecedores das tradições judaicas, enquanto João fala para um público grego e influenciado pelo gnosticismo que negava a possibilidade de encarnação do verbo e a ressurreição física de Jesus.

Com este esclarecimento preliminar veremos que Mateus nos diz que, como todo bom religioso, eles não tiveram dificuldade em obedecer a ordens concretas, mas ao mesmo tempo, como acontece com muitos nas igrejas, eles tiveram dificuldades em crer, precisaram ser fortalecidos em sua fé. E é justamente isto o que Jesus faz aqui, atende a necessidade que eles tinham de confiança, orientação estratégica, alvos, alcance e provisão para a missão.

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