sábado, 29 de dezembro de 2012

ii. DE DEUS OU DOS DEMÔNIOS: O DESAFIO DE PRIORIZAR O AMOR VERDADEIRO

ii. PRIORIDADES ESPIRITUAIS AFETAM OS RELACIONAMENTOS ESPIRITUAIS.

É evidente que as escolhas espirituais que fazemos afetam os relacionamentos espirituais que teremos. Quem opta por Cristo vai relacionar-se com ele, com alegria e amor. O salmo 2 mostra duas atitudes diante do ungido do Senhor: os povos imaginam coisas e se revoltam de maneira vã [Sl 2.1: Por que se enfurecem os gentios e os povos imaginam coisas vãs?], enquanto os fiéis servem com alegria [Sl 2.11: Servi ao SENHOR com temor e alegrai-vos nele com tremor].

Já por ocasião da entrada na terra prometida Deus desafia os judeus a fazerem uma escolha: a quem serviriam? [Js 24.15: Porém, se vos parece mal servir ao SENHOR, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao SENHOR]. Não haveria meio termo, Deus jamais aceitaria uma adoração que não fosse íntegra, de todo o coração [Sl 119:7: Render-te-ei graças com integridade de coração, quando tiver aprendido os teus retos juízos], nem se agradaria de um povo que não andasse em seus retos caminhos [I Rs 18.21: Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu].

Era exatamente este o problema dos coríntios - embora tivesse conhecido Jesus, achavam que ainda podiam participar de alguma forma das cerimonias idólatras. Não se firmavam no caminho do Senhor - e para isto é preciso abrir mão de andar por outros numerosos caminhos. O Senhor nos diz que há um só caminho [Jo 14.6: Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim], embora os homens imaginem que haja vários ou várias maneiras de andar por ele [Pv 14.12: Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte].

Paulo lhes coloca a questão de uma maneira direta: eles já não estavam mais buscando a comunhão dos santos. Eles estavam em comunhão com os incrédulos quando participavam de suas festas, de suas bebedices, de suas orgias. E, ao participarem do cálice dos ídolos, na verdade, participavam de uma festa de comunhão com demônios, negando assim, a sua comunhão com Cristo, o Senhor. Não havia meio termo, é impossível ter comunhão com Deus e com o diabo ao mesmo tempo [I Co 10.21: Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios]. Utilizando as palavras de Paulo, se o cálice do Senhor é o cálice da bênção, o contrario disto, o cálice dos demônios é de pura maldição. E havia cristãos tomando dele a largos sorvos...

Ou se associavam a Deus e recebiam da sua bênção, ou tomavam dos sacrifícios demoníacos, e a ele se associavam, inclusive na destinação final [Mt 25.41: Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos]. De uma maneira enfática Paulo lhes diz que eles não podiam, mesmo que quisessem, ser realmente participantes de duas formas antagônicas de espiritualidade. “Não podeis” é enfático. Não se trata de uma exortação, mas de uma constatação. Se estavam [e, realmente estavam] em rebeldia contra o Senhor, estavam aliados ao adversário de si próprios. Não podiam participar do cálice do Senhor e dos demônios. Não podiam participar da ceia do Senhor de maneira digna e dos banquetes pagãos. Quando optavam pelos demônios negavam sua fé e, mais serio ainda, desafiavam ao Senhor.

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