quinta-feira, 17 de agosto de 2017

É POSSÍVEL AMAR A IGREJA REAL - I Ts 3.6-10

6 Agora, porém, com o regresso de Timóteo, vindo do vosso meio, trazendo-nos boas notícias da vossa fé e do vosso amor, e, ainda, de que sempre guardais grata lembrança de nós, desejando muito ver-nos, como, aliás, também nós a vós outros,
7 sim, irmãos, por isso, fomos consolados acerca de vós, pela vossa fé, apesar de todas as nossas privações e tribulação,
8 porque, agora, vivemos, se é que estais firmados no Senhor.
9 Pois que ações de graças podemos tributar a Deus no tocante a vós outros, por toda a alegria com que nos regozijamos por vossa causa, diante do nosso Deus,
10 orando noite e dia, com máximo empenho, para vos ver pessoalmente e reparar as deficiências da vossa fé?
I Ts 3.6-10
 Paulo havia enviado Timóteo para fazer uma visita à Igreja dos tessalonicenses, preocupado e em busca de informações sobre como eles estavam vivendo a sua fé tão recentemente abraçada, tão violentamente perseguida (I Ts 1:6) e tão abruptamente privados de seu pastor. Para sua alegria as notícias são boas: eles estão vivendo a sua nova vida demonstrando sua fé através de obras que evidenciam-nas perante todos; eles continuavam amando-se mutuamente e amando aos demais homens mostrando-lhes o caminho da salvação; e, apesar das perseguições, se mantinham firmes em sua viva esperança.
Se não tomarmos cuidado podemos incorrer num enorme erro: pensar que a Igreja era perfeita, que ali não havia qualquer espécie de necessidade de melhoria (Fp 3:12). Não é assim que a Igreja de Cristo se vê, embora haja hereges que tenham afirmado que a própria perfeição.
Perfeita só a Igreja no momento da sua glorificação (Ef 5:27). Perfeita a Igreja só é, agora, como Deus a vê em Cristo. Vejamos como Paulo vê a Igreja que era sua filha, fruto do seu labor, pela graça de Deus operando nele. A chegada de Timóteo trouxe notícias de uma Igreja viva, operosa, amorosa, esperançosa. Mas uma Igreja que ainda precisava crescer espiritualmente, que precisava conhecer mais sobre a sua fé, sobre a doutrina e sobre como viver para glorificar a Deus (I Ts 3:10).

ALEGRE-SE COM O QUE VOCÊ CONHECE DA IGREJA
I Ts 3:6 - Agora, porém, com o regresso de Timóteo, vindo do vosso meio, trazendo-nos boas notícias da vossa fé e do vosso amor, e, ainda, de que sempre guardais grata lembrança de nós, desejando muito ver-nos, como, aliás, também nós a vós outros...
A Palavra de Deus diz que é bom, que é agradável a comunhão dos irmãos (Sl 133:1). Todos nós guardamos boas recordações do convívio festivo com os nossos amigos e familiares. Paulo recebeu por intermédio de Timóteo boas notícias que alegraram o seu coração, como já temos visto repetidamente; ele se alegra com as notícias de sua fé e do seu amor, mas também com as lembranças pessoais compartilhadas. Eles eram lembrados não como transtornadores do mundo (At 17:6) ou culpados de serem, agora, perseguidos. Pelo contrário, eles queriam que Paulo estivesse novamente entre eles, lhes ensinasse mais, lhes exortasse sobre como viver ainda mais abundantemente para a glória de Deus.
Quais as recordações que você costuma guardar de sua Igreja? Como você se sente, como fica o seu coração quando você se lembra da Igreja? Como fica seu coração quando você se lembra que está chegando a hora de fazer o que Paulo não podia fazer naquele momento: encontrar-se com os irmãos? Você se sente ansioso (Sl 122:1) ou despreza a comunhão (Hb 10:25)?
Deve haver algo terrivelmente errado com a vida da Igreja se ela despreza a comunhão - a Igreja é gente, é pecador tornado santo, é pecador tornado crente, chamado para pertencer a Jesus Cristo (Rm 1:6), com um destino: serem santos (Rm 1:7), para serem uma comunidade, um novo povo (Tt 2:14).
Deve haver algo de muito errado com a Igreja quando em pensar em ir congregar é motivo de desânimo, é visto como uma obrigação a ser cumprida semanalmente e para a qual vai o mais tarde possível, e de onde se sai ainda mais rapidamente. É para se pensar em onde está o problema quando o crente precisa ser “convidado para o culto”.
Paulo tinha alegria em pensar na Igreja, tinha alegria em pensar em estar com a Igreja porque ali estavam seus irmãos, homens e mulheres que foram igualmente salvos por Jesus Cristo. Nas Igrejas havia pessoas que se desentendiam e eram exortadas a mudar (Fp 4:2), havia pessoas que precisavam ser corrigidas por pensarem errado sobre a obra e pessoa de Cristo.
Mas ainda era o corpo de Cristo (Cl 3:15), ainda estavam unidos pelo mesmo Espírito (I Co 12:11).
E isto era motivo de alegria para Paulo (Fp 2:2) porque sem dúvidas era motivo de alegria para o Senhor a quem Paulo fazia todo o empenho por imitar (I Co 11:1).

LOUVE A DEUS POR SUA IGREJA
I Ts 3:7-8 - ...sim, irmãos, por isso, fomos consolados acerca de vós, pela vossa fé, apesar de todas as nossas privações e tribulação, 8 porque, agora, vivemos, se é que estais firmados no Senhor.
Você conhece bem a sua Igreja? Se você conhece sabe de suas lutas, de suas dificuldades, dos planos, anseios e até mesmo suas frustrações e problemas. Não há Igreja sem problemas, internos ou externos, materiais, relacionais e até espirituais. O que você faz? Você pode reclamar, ou pode murmurar, ou pode criticar, ou pode até fazer como a maioria faz, começa com uma sensação de inadequação, depois de desânimo e esfriamento e que culmina com afastamento e em alguns casos em apostasia final e definitiva (Hb 12:3).
Mas o que realmente importa não é o que os outros estão fazendo, mas o que você deve fazer. Diante de tantas opções possíveis só tem uma que você pode escolher; e não é desanimar, esfriar, afastar, apostatar porque isto sim é chamar sobre si mesmo terrível maldição (Hb 10:29). A única opção que você pode considerar é a de viver em comunhão com a Igreja do Senhor (I Jo 1:3-4) e louvar a Deus por sua Igreja, pela Igreja que ele comprou por preço altíssimo: o sangue de seu unigênito Jesus Cristo (At 20:28). É louvar a Deus pela Igreja que ele estabeleceu mediante a pregação da Palavra da verdade.
O que o Senhor nos ensina através desta palavra é que o crente deve agradecer a Deus por fazer parte de um povo especial, de uma nação separada e santificada, de uma família especial, a família da fé, a família de Jesus, a família de Deus.
O que você tem feito? Você já agradeceu a Deus por sua Igreja? Pelo seu pastor? Pelos seus presbíteros? Pelos seus diáconos? Você os ajuda em seu ministério sendo-lhe submisso (Hb 13:17). Pelos seus irmãos e irmãs apesar de ver neles as mesmas falhas que existem em você (Lc 6:42).
Como você se sentira se domingo que vem você saísse de casa e a Igreja já não estivesse aqui? Como se sentira se Deus tirasse de você o seu pastor, especialmente se você não tem dado graças por ele? E se o mesmo acontecesse com os presbíteros de cujas decisões e trabalho você às vezes discorda e reclama? E se não tivesse mais os diáconos que você acha que não cuidam da Igreja como deveriam?
E se você viesse a Igreja e os irmãos com os quais você não tem buscado a necessária comunhão não estivessem mais aqui? Agora esqueça todos estes ‘ofícios’ e se lembre que eles todos são seus irmãos. Você louva a Deus por eles ou preferiria que eles lhe fossem tirados?
Não é fácil, não é? Bom, então a boa notícia é: não é fácil mesmo. Se fosse fácil o Senhor não mandaria que você fizesse. Ele não te mandaria amar seus irmãos (Jo 13:34) e nem mesmo mandaria amar e fazer o bem aos inimigos da fé, que perseguem os crentes por serem de Jesus (Mt 5:44). Mas ele mandou. E o que tem de boa notícia nisso? Tem que ele enviou o seu Espírito para te auxiliar a cumprir seus mandamentos, efetuando em você o querer e o realizar (Fp 2:13) para que você cumpra sua vontade que é sempre boa, perfeita e agradável (Rm 12:2).

ANSEIE PELA COMUNHÃO DOS SANTOS QUE ESTÃO NA SUA IGREJA
I Ts 3:9 - Pois que ações de graças podemos tributar a Deus no tocante a vós outros, por toda a alegria com que nos regozijamos por vossa causa, diante do nosso Deus,
O ensino das Escrituras é que o amor deve ser de verdade, sem fingimento (I Tm 1:5). O Senhor provou o seu amor pelo seu povo e ensinou a seu povo a exercitar o mutualidade do amor como ele próprio o amou (Jo 13:34). A mais eficaz prova de que se conhece a Deus é o exercício do amor: a Deus, aos irmãos e ao próximo. E isto foi visto na Igreja que serviu de modelo para Paulo e que também modelou o comportamento dos tessalonicenses, a Igreja de Jerusalém.
A comunhão dos santos era tão importante que eles perseveravam diariamente no templo (At 2:46), e quando não esteavam no templo exercitavam a fé de casa em casa e nem mesmo a prisão foi suficiente para impedir os cristãos de ansiarem por esta união, como vemos no exemplo de Pedro que, liberto da prisão, foi imediatamente para o local onde a Igreja estava reunida.
Aqui aprendemos uma segunda atitude esperada e determinada por Deus para você: independente das situações que se apresentem, independente de quais sejam os seus planos o maior anseio do seu coração deve ser estar em comunhão com os irmãos (Rm 15.22-24).
Certamente o lugar onde a Igreja estava reunida seria o primeiro lugar onde Pedro seria procurado (At 12:12), mas mesmo assim foi para lá que ele foi; Paulo sabia que poderia ser morto se fosse para Tessalônica mas desejava ir para lá; Paulo sabia que seria preso em Jerusalém e foi para junto dos irmãos em Jerusalém que ele foi (Rm 15:25), e ficou anos preso por causa disso para o progresso da fé (At 21:10-11).
Você se importaria se, por algum motivo, fosse impedido de ir à Igreja por causa do trabalho que você tanto se empenha, ou pelo amor ao qual você tanto se dedica, ou por uma enfermidade, ou ainda por uma determinação de alguma lei (Sl 42:4)? Será que você só passaria a valorizar o privilégio de congregar com os santos que há na terra (Sl 16:3) se ele lhe fosse tirado, como você faz, por exemplo, reclamando tanto da obrigatoriedade de votar e certamente ficaria profundamente indignado se ele lhe fosse retirado.
Congregue, meu irmão, anseie pela comunhão dos santos. Congregue, minha irmã. Deleite-se neste maravilhoso privilégio que o Senhor tem dado a você.

 ORE POR SUA IGREJA
I Ts 3:10 - ... orando noite e dia, com máximo empenho, para vos ver pessoalmente e reparar as deficiências da vossa fé?
Você pode agradecer a Deus por sua Igreja, ou, mais que isso, você deve agradecer a Deus por sua Igreja porque foi esta e não outra a Igreja que Deus lhe deu como Paulo fazia em relação aos tessalonicenses (II Ts 2:13). Não adianta ficar pensando em como seria se você estivesse na Igreja daqui ou dacolá... Com o pastor Sicrano ou Beltrano, ou com os presbíteros Pafúncio ou Nostrôncio. Esta é a Igreja que Deus te deu, é nesta Igreja que Deus lhe plantou, é nela que você deve congregar e frutificar, experimentando o compartilhamento dos dons que Deus deu e o conforto pela companhia mútua (Rm 1:11-12).
Mas aqui aprendemos também que há mais uma coisa que você deve fazer, e não é reclamar, não é murmurar e tampouco é boicotar suas atividades. Você deve orar incessantemente no Espírito, deve interceder por sua Igreja como algo mais que uma mera instituição (e ela é uma instituição), mas muito mais do que isso, porque ela deve ser vista e vivida como uma comunhão de irmãos que consideram a presença uns dos outros como uma bênção (Sl 133:1).
Ore por seus pastores, ele são seus irmãos em Cristo e não apenas ocupantes de um cargo, a Igreja não é uma empresa, é um corpo, o corpo de Cristo e somos membros uns dos outros (Ef 4:25) e devemos nos ajudar mutuamente porque este é o desejo do Senhor (Gl 6:2). Ore por seus presbíteros, eles são seus irmãos e não apenas cargos nem apenas governantes; ore por seus diáconos, eles são seus irmãos e não empregados da Igreja (Gl 5:13).
Ore pelos membros da Igreja, eles são seus irmãos, são o corpo de Cristo e você é parte deste corpo, e quando uma parte do corpo sofre, todo o corpo sofre (I Co 12:26). Se você não se importa com o sofrimento do corpo então isto é uma indicação de que você não é parte deste corpo.
Ore por sua Igreja. Ore por seus irmãos em Cristo. Ore com alegria e não por obrigação, ore porque você quer o bem do povo de Deus, ore pela paz do povo de Deus (Sl 122:6). Paulo diz que ele orava dia e noite, com o máximo empenho, e fazia isso por uma Igreja que não era perfeita.

CONCLUSÃO
Talvez você esteja esperando a sua Igreja ser uma Igreja perfeita para, então, dar graças a Deus por ela. Não há mal em desejar que sua Igreja seja perfeita, mas o que você não pode é se recusar a louvar a Deus porque ela é imperfeita.
Ou, talvez, você esteja esperando a Igreja alcançar a perfeição para passar a congregar - a notícia que talvez você não goste é que, se você esperar isso, você nunca vai congregar. Talvez esteja esperando o pastor perfeito atendendo a todas as suas necessidades e desejos - bom, ele já veio, e o mataram. E ele vai voltar, mas só para os que já fizerem parte do seu corpo, a Igreja, e não para os que estiverem fora dela; talvez espere um conselho que tome decisões inspiradas como as do concílio de Jerusalém e todos aceitem unanimemente e alegremente; talvez espere sua Igreja ter diáconos como Estevão e, então, e quando usa Igreja for como a de Tessalônica, passar a congregar. Ou talvez você esteja esperando que a pessoa que você considera mais importante no mundo seja perfeita e então passe a congregar - tenho que te dizer, no entanto, que você não é e não será perfeito (Ec 7:20) a não ser que seja aperfeiçoado em Cristo Jesus.
Ou, talvez, você espere que sua Igreja tenha uma vida tão harmoniosa como a descrita em At 2 para então passar a orar por ela, ou, quem sabe, esteja esperando que uma perseguição se levante, que seu pastor seja preso, que um presbítero e um diáconos sejam mortos para passar a orar por sua Igreja. O problema é que você não tem o direito de esperar por uma Igreja perfeita porque ela simplesmente não vai ser uma Igreja perfeita antes da volta do Senhor Jesus, e aí já não haverá mais necessidade disso - e não haverá mais tempo para você congregar nela, já será tarde demais (Pv 1.24-30). Outra realidade terá sido inaugurada, mas, até lá você não deve se omitir.
Você deve ser parte da Igreja, parte de uma Igreja imperfeita, parte de uma Igreja que tem deficiências em sua fé e mesmo assim tem uma fé operosa; parte de uma Igreja que ainda tem um coração que precisa de mandamento para amar e mesmo assim expressa um amor abnegado e você também pode ser parte de uma Igreja que, mesmo vacilando às vezes, possuiu uma firme esperança no Senhor Jesus e suas promessas.
O que você precisa é entender que você deve ser parte de uma Igreja que é exatamente como você é mesmo assim segue adiante, ferida, perseguida, titubeante às vezes, mas operosa, amorosa, esperançosa.
E ela será menos operosa, menos amorosa, menos firme se você criticar ao invés de louvar, cruzar os braços e se ausentar ao invés de amar a comunhão e a abandonar ao invés de interceder por ela.
E ela será tão operosa, tão amorosa, tão firme quanto você for. Será tão operosa quanto você estiver disposto a viver a sua fé... Será tão amorosa quanto você estiver disposto a amar ao seu próximo e até ao seu inimigo. Será tão firme quanto você guardar firme a confissão da sua fé.
Eu poderia dizer: não seja cego para com as falhas da Igreja, e isto seria verdadeiro. Mas eu tenho que dizer para não ser cego às deficiências da sua Igreja, da Igreja que você é mais do que da instituição da qual você faz parte. vamos corrigir isso, à partir de agora e para a qual tem um mandamento, que também é para você: santificai-vos (Js 3:5) e sede perfeitos (Mt 5:48).
Vamos ser Igreja. Vamos ser Igreja de Cristo. Vamos ser Igreja em busca da comunhão, da oração, do amor. Vamos ser genuína Igreja de Cristo.

PARE! AGORA!!! VOCÊ NO TRIBUNAL DA CONSCIÊNCIA


Sei que é difícil. Quase todos os que ainda dispõem de um tempinho para conversar comigo dizem a mesma coisa: “Estou sem tempo”, ou “Tenho isto, aquilo e aquiloutro para fazer”... Eu também não sou diferente... Famílias, estudos, trabalho, lazer... É uma correria. Quando pensamos que vai aliviar, coisas novas surgem. E a tentação de inseri-las em uma agenda já abarrotada de compromissos é muito grande, até que no fim fique aquela sensação de que algo ficou para trás, algo não foi feito ou não foi feito adequadamente.
Então, me permita te dizer algo muito importante: Pare! Pare agora! Pare por uns instantes e então pergunte a si mesmo: “Toda esta minha correria está cooperando em que para o avanço do reino de Deus?” “De que maneira o meu estilo de vida, a forma como administro o meu tempo, os meus recursos, minha capacitade intelectual, minha força física, os meus dons e talentos estão ajudando no processo de conhecimento e implantação da vontade do Senhor, do meu Senhor, do meu Deus, entre os homens?”
Não são perguntas fáceis, especialmente porque exigem uma autocrítica severa - e quase sempre somos muito bons em nos assentarmos na cadeira de juiz dos outros, ficaríamos até razoavelmente desconfortáveis se colocados em cadeira de réus em um tribunal, mas é difícil ser réu e juiz ao mesmo tempo. Um réu que conhece todas as suas falhas e um juiz que conhece todas as falhas do réu e que, se quer mesmo o bem do réu, não pode ser complacente, porque isto em nada lhe ajudará.
Você pode dar algumas respostas a estas perguntas. A primeira delas é “Não me importa”. É uma resposta natural, mas não espiritual. É uma resposta que demonstra não haver comprometimento com o reino de Deus, não haver desejo de que o conhecimento do Senhor encha a terra e pecadores sejam impactados pela vida e testemunho cristão. É uma resposta que tem recompensa certa, pois naquele Dia o Senhor dirá: “Nunca vos conheci”.
Você também pode responder: “Não sei”. Mas uma máxima legal muito conhecida é que o desconhecimento da lei não isenta do descumprimento da mesma, ou, dito de outra maneira, se você não sabe o que o seu Senhor espera de você, você está equivocado. E, mais ainda, o que a Escritura afirma é que a lei de Deus está gravada nos corações dos homens de modo que ninguém é indesculpável por não cumpri-la. Você pode até não saber sobre costumes e regras dentro da Igreja, mas, se és cristão, não pode alegar desconhecimento da lei do Senhor. Você sabe, talvez não admita, mas sabe se está ou não contribuindo para o progresso do reino.
Você também pode acrescentar: “À minha maneira dou minha contribuição”. Mas é assim mesmo que tem que ser? Paulo diz que ninguém é coroado no estádio se não lugar segundo as regras. O Senhor Jesus diz que o servo bom e fiel é aquele que é encontrado fazendo segundo a vontade do seu Senhor. O bom soldado é aquele que faz a vontade daquele que o arregimentou. O bom discipulo é aquele que cumpre e guarda os mandamentos do seu mestre. Cooperar para o crescimento do reino é cumprir a vontade do Senhor, sem se desviar, nem para a direita nem para a esquerda.
Se sua resposta for negativa, sob qualquer hipótese, então, é preciso considerar que há um problema sério, grave e que exige solução premente, imediata, urgente. Então, pare! Pare agora! Na vida - e não existe nada parecido com vida secular e vida cristã, você só tem uma vida que se expressa em culto público, formal e congregacional, e vida de culto, no seu dia a dia - na vida não existe a tal da neutralidade, a “terceira via” como alguns querem fazer-nos crer. Não existe nem mesmo a compartimentalização em coisas religiosas e coisas seculares.
Você só tem uma vida. E você não pode ser neutro. No reino de Cristo não há a menor possibilidade de alguém ser neutro. Ou você é um cooperador, ou é um peso. Lembrando palavras ouvidas a muitos anos, ou se é um missionário ou se é campo missionário. Usando as palavras de Jesus, ou se é amigo ou inimigo, ou está ajudando ou atrapalhando, ou está contribuindo ou opondo. Não existe, na bíblia, a ideia de que “muito ajuda quem não atrapalha”. Segundo a bíblia só ajuda quem ajuda, e quem não ajuda atrapalha. Tente ficar parado no meio de uma sala enquanto alguém a está limpando e me responda: você ajudou ou atrapalhou?
E então... Pergunte a si mesmo: “Como eu julgaria alguém como eu mesmo?” Estou colaborando ou atrapalhando? Lembre-se: não existe meio termo. Ou ajunta, ou espalha. Ou é por Cristo, ou é contra Cristo! Ou ouviremos um “muito bem”, como servos bons e fiéis, embora inúteis e que, quando fazem tudo nada fazem além da obrigação, ou, então, ouviremos um fora eternal.
O que fazer quando, após uma avaliação honesta da própria vida perceber que não está tão adequada ao padrão, que não pode ser contado entre aqueles que são “pelo Senhor”? A única atitude adequada é humilhar-se perante o Senhor, arrepender-se de quaisquer pecados (a omissão é um exemplo disso), pedir perdão e começar vida nova, que demonstre a veracidade deste arrependimento. Ore ao Senhor para que ele fale ao seu coracao, e que a veracidade de sua santa Palavra, mediante o Espírito, o convença daquilo que é errado e você perceba o juízo de Deus sobre isso, que o mesmo Espírito o oriente para o que é correto, desejável e agradável aos olhos do Senhor, e, assim, você goze paz com Deus. Esta é, sem sombra de dúvida, a grande bênção de, após um julgamento tão criterioso, não ter mais nem mesmo o nosso próprio coração a nos acusar. Mas, para isso, precisamos parar. Talvez precisemos retroceder um pouco e, então, recomeçar. É tempo. Ainda não é tarde demais. Que o Deus eterno ministre aos nossos corações.
Do coração do pastor

O MODELO QUE DEUS DEU PARA A IGREJA É O MELHOR - I Ts 3.1-5

1 Pelo que, não podendo suportar mais o cuidado por vós, pareceu-nos bem ficar sozinhos em Atenas;
2 e enviamos nosso irmão Timóteo, ministro de Deus no evangelho de Cristo, para, em benefício da vossa fé, confirmar-vos e exortar-vos,
3 a fim de que ninguém se inquiete com estas tribulações. Porque vós mesmos sabeis que estamos designados para isto;
4 pois, quando ainda estávamos convosco, predissemos que íamos ser afligidos, o que, de fato, aconteceu e é do vosso conhecimento.
5 Foi por isso que, já não me sendo possível continuar esperando, mandei indagar o estado da vossa fé, temendo que o Tentador vos provasse, e se tornasse inútil o nosso labor.
I Ts 3.1-5
 MODELOS MODERNOS
Cristiano Ronaldo, Lionel Messi ou Neymar Junior? Esta pergunta pode não fazer nenhum sentido para você, mas para milhares de adolescentes é quase semelhante ao “Ser ou não ser”... Não preciso nem dizer o que quero saber... Logo um é descrito como genial, melhor do mundo, e o outro como “pôdi”, “modinha”... Cortes de cabelo, roupas, imitação do caminhar e até expressões faciais artificialmente trabalhadas em frente ao espelho para se parecer de alguma forma com o ídolo, com o atleta perfeito, etc... Não é diferente com as meninas - não entendo bem este universo feminino, mas um dia já foi Gisele Bündchen, ou Demi Lovatto, Fulana de Tall... ou até mesmo uma mulher inexistente, como a Barbie (há numerosos casos de meninas que se mutilam, serrando costelas, para parecerem com a boneca).
Modelos artificiais e inatingíveis, mas todos com uma característica em comum: eles nada sabem de sua existência. Não sabem o quanto você gasta comprando camiseta, gel, maquiagem, lingerie, ingressos, DVDs, etc...
No campo evangélico de tempos em tempos surgem os gurus... Já foi o alegorista Caio Fábio entre os presbiterianos (e dá-lhe prestobarba para fazer cavanhaque); ou o psicólogo pseudo-teólogo Silas Malafaia que teve alguma influência (e haja DVD sendo vendido para quem quisesse assistir o restante das mensagens que ele apenas começava em seus programas)... Fora dos arraiais mais tradicionais é possível encontrar excrescências como Edir Macedo, Valdomiro Santiago, Valnice Milhomens, Agenor Duque, R.R. Soares...
Para quem busca algo mais light, mais ameno e um pouco menos monetário (mas com o mesmo apelo de mercado, marketing e pesquisas qualitativas para saber o que o povo quer ver e ouvir) temos animadores de auditório como Cláudio Duarte que fala de tudo em seus talk shows, menos das Escrituras em uma irreverência irresponsável que o profeta Jeremias denuncia como habitual nos falsos profetas... É assim hoje, foi assim no passado... Já tivemos Benny Himm, Jimmy Sweggart... Vai continuar sendo...
Você pode não gostar desta menção a estes ídolos de pés de barro, talvez seja até seu ídolo... E talvez você fique até chateado comigo - e assim que sair daqui diga que não gostou do que eu falei... Isso não é tão importante assim. O importante é você ouvir a Palavra de Deus agora, e repensar se vale mesmo a pena idolatrar estes homens ou olhar para modelos melhores e mais saudáveis espiritualmente.
Que tal procurar um modelo melhor do que estes caçadores de níqueis ou de fama? Apaixonados por aplausos ou likes mas que jamais poderiam entrar na galeria dos heróis da fé, mesmo entre aqueles anônimos entre nós mas conhecidos pelo Senhor, “homens dos quais o mundo não era digno” (Hb 11:38)?

DEUS DEU OS MELHORES MODELOS PARA A IGREJA
No começo da carta Paulo descreve a Igreja como uma comunidade que possuía uma fé operosa, que viva um amor abnegado e se mantinha firme na sua esperança (I Ts 1:3). Paulo os conhecia e orava por eles, lembrando-se disso, e, mais ainda, ficou alegre por receber notícias de que eles continuaram vivendo a sua fé da mesma maneira.
Enquanto estava em Atenas, tendo o seu espirito se revoltando por causa da idolatria filosófica ali reinante (At 17:16), numa espécie paradoxal de agnosticismo medroso, não conhecendo nenhum deus (Ef 2:12) mas adorando todos os deuses para ver se, por acaso, também estivessem adorando ao Deus verdadeiro (At 17:27). E neste contexto, enquanto espera notícias da Igreja de Tessalônica que Paulo prega seu famoso sermão filosófico anunciando o Deus desconhecido (At 17:23).
Numa pequena passagem encontramos as mesmas três características presentes no estilo de vida da Igreja e que precisamos não apenas entender mas buscar tornar presentes na vida da nossa Igreja, da Igreja que nós somos, pois jamais podemos nos esquecer que esta é uma responsabilidade pessoal. Ser Igreja de Cristo com fé operosa, amor abnegado e firme esperança deve ser uma responsabilidade e um prazer para todos os discípulos de Jesus.
Assim como Paulo imitava eficientemente ao Senhor Jesus (I Co 11:1) e os tessalonicenses também imitavam eficientemente a Paulo (I Ts 2:14) e os cristãos também devem imitar Cristo, Paulo e também os tessalonicenses.

 UM MODELO DE AMOR ABNEGADO
I Ts 3:1-2 - Pelo que, não podendo suportar mais o cuidado por vós, pareceu-nos bem ficar sozinhos em Atenas; 2 e enviamos nosso irmão Timóteo, ministro de Deus no evangelho de Cristo, para, em benefício da vossa fé, confirmar-vos e exortar-vos.
Saindo de Tessalônica Paulo e companheiros chegaram à cosmopolita Atenas. Séculos de filosofia moldaram o estilo de vida da cidade que se orgulhava de seus filósofos, tais como Sócrates, Platão, Aristóteles e Plotino (que, aliás, exerceu muita influência sobre o cristianismo medieval com uma forma diferenciada de platonismo conhecida como neoplatonismo). Paulo já há muito tempo contava com a companhia de Timóteo, a quem havia encontrado anos antes (At 16:1) e feito dele um de seus discípulos e companheiros de viagem, treinando-o para ser um dos futuros pastores nos quais ele confiava e que daria prosseguimento à obra missionária.
Mas, mesmo com possíveis problemas de saúde, amando profundamente a Igreja mais do que a si mesmo, ele abre mão de seu jovem discípulo, demonstrando mais uma vez o amor abnegado que a Igreja havia visto nele e aprendido a imitar (I Ts 3.1-2).
Nada na bíblia está registrado por acaso. Uma, duas, várias vezes temos estas três características. É uma maneira do Espírito de Deus dizer para sua Igreja: “Presta atenção aqui, não se distraia”. Deus está dizendo para cada leitor desta carta que o crente deve amar ao seu próximo, amar ao seu irmão em Cristo com o mesmo amor abnegado, o mesmo amor doador que Cristo teve pela Igreja, o mesmo amor que Paulo teve pela Igreja (I Jo 4:20). Na verdade, dizer que ama a Deus e não amar ao irmão, não amar a comunhão dos santos é um escárnio contra o Espírito Santo de Deus que une a Igreja ente si e a Deus (Pv 15:12) e certamente não será contado entre os abençoados (I Co 16:22).
A mensagem é mais que clara: se esta característica não está presente na vida da Igreja então há algum problema muito grave com a Igreja. Como a Igreja pode querer anunciar o amor de Deus a pecadores, o amor do santo por pecadores se não consegue viver este amor, se não consegue demonstrar este amor - não consegue reproduzir este amor, mesmo que em escala muito inferior (Jo 13:35 - Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros).
Se falta amor na vida da Igreja então talvez muito provavelmente não estamos falando da Igreja de Cristo mas de algo que parece Igreja, tem comportamento parecido com Igreja, tem linguagem de Igreja mas falta aquilo que é uma característica essencial da Igreja: falta amor, e quem não ama não conhece a Deus (I Jo 4:8), e quem não conhece a Deus não conhece a Cristo, e quem não conhece a Cristo não foi salvo por ele, e quem não foi salvo por ele não é parte da Igreja de Cristo.
Você só pode ser verdadeiramente crente se experimentar o amor de Cristo, ser perdoado por Deus, guiado pelo Espírito e tornado um imitador dele, com um coração amoroso, doador e perdoador. E você só vai conseguir isto se receber verdadeiramente a Cristo. Se experimentar do amor daquele que se doou por você e amá-lo de todo o seu coração. A pergunta é a mesma que foi feita a Pedro por três vezes depois de tê-lo negado por palavra e na prática, mesmo após ter dito que o amava e não o abandonaria jamais: você o ama (Jo 21:17)?

 UM MODELO DE PERSEVERANÇA
I Ts 3:3-4 - ...a fim de que ninguém se inquiete com estas tribulações. Porque vós mesmos sabeis que estamos designados para isto; 4 pois, quando ainda estávamos convosco, predissemos que íamos ser afligidos, o que, de fato, aconteceu e é do vosso conhecimento.
Uma segunda e importante característica que encontramos nesta relação de Paulo com os tessalonicenses é a perseverança. Assim como Paulo demonstrou perseverança na fé mesmo passando pelos mais diversos tipos de perseguições também encontramos isso na Igreja de Tessalônica. As tribulações de Paulo eram parte esperada de seu ministério (At 9:15-16), que ele estava designado para sofrê-las (I Ts 3:3) e nas quais ele se alegrava por saber que era prova de sua fidelidade. Mas ele se preocupa com o fato de a Igreja também ser provada pelo diabo.
Mais uma vez vemos um conceito insistentemente repetido. Certa ouvi a história de um pregador, há muitos anos numa mesma Igreja, e já perto da jubilação, que pregou uma vez sobre o amor na Igreja, tendo como base em Jo 12.34 (Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros). No domingo seguinte pregou sobre o mesmo tema, com o mesmo texto base. No domingo subsequente a mesma coisa. Os comentários começaram a surgir nos corredores da Igreja e logo a eficientíssima (RCP) rádio corredor presbiteriana divulgava que o pastor estava senil e precisava ser afastado. No quarto ou quinto domingo o conselho resolveu interpelar o pastor que muito calmamente disse que explicaria tudo à Igreja no próximo culto. E naquele domingo dirigiu a liturgia normalmente, as leituras e orações foram feitas, os hinos e cânticos foram entoados e, na hora da mensagem, ele pregou no mesmo texto. Os presbíteros olhavam estupefatos, a Igreja tensa porque a RCP já havia divulgado que o pastor se explicaria. Já começavam a achar que, em sua senilidade, ele havia se esquecido. Diante da Igreja lotada como nunca havia visto antes ele calmamente terminou sua pregação e, então, lhes disse que, antes de se aposentar ele desejava que a Igreja aprendesse a mais importante de todas as lições: a importância do amor, que a Igreja aprendesse a amar e por isso repetiu a mesma mensagem.
Deus sempre fez isso. Ele sempre insistiu, sempre e perseverantemente (Jr 25:3-5) ensinou seu povo sobre o que é certo e o que ele espera dele (Mq 6:8). Seu propósito é nos ensinar a ser perseverantes. Ele está lhe dizendo para receber a Cristo e ser perseverante (Hb 10:23). Ele está lhe dizendo para não negar a Cristo diante de seus amigos nem diante de seus inimigos. Ele está lhe dizendo para não negar a sua fé diante de familiares e diante de estranhos. Ele está lhe dizendo para não negar a sua fé em situações de lazer ou de trabalho. Ele está lhe dizendo para confessá-lo como seu Senhor e guardar firme a sua confissão. É o que ele está lhe dizendo agora, seja qual seja a situação que se lhe apresente. Ele está lhe dizendo para ser fiel.

UM MODELO DE PRÁTICA DE BOAS OBRAS
I Ts 3:5 - Foi por isso que, já não me sendo possível continuar esperando, mandei indagar o estado da vossa fé, temendo que o Tentador vos provasse, e se tornasse inútil o nosso labor.
Paulo deixou uma Igreja jovem, mais que isso, uma Igreja recém-nascida, num ambiente de provação, de perseguição e certamente esperava que o Senhor guardasse a sua Igreja, e, com líderes como Jasom ele efetivamente guardou a Igreja que ele comprou com o precioso sangue de seu filho Jesus Cristo (At 20:28). A Igreja seria provada, o tentador iria tentar fazer com ela o mesmo que fez com Jó, como fez com Pedro (Lc 22:31) buscar abalar sua confiança no Redentor por quaisquer meios disponíveis mas a certeza de Paulo era que Igreja contava com o amor protetor de seu Senhor (Lc 22:32).
Aquela Igreja era fruto de um duro labor dos apóstolos. Eles haviam trabalhado arduamente e aquela Igreja era fruto do seu trabalho no Senhor (I Co 3:10), como a Igreja como um todo era fruto do penoso trabalho do próprio Senhor (Is 53:11). Para eles, chamados e designados para dar frutos, e frutos permanentes, a Igreja era muito importante. Eles não queriam que o fruto de seu trabalho desaparecesse (Fp 2:16).
Mais uma vez temos um dado exaustivamente repetido e certamente o propósito é fazer você entender que o crente, que aquele que crê em Jesus Cristo deve dar frutos (Jo 15:16). Deve ser como um rio a jorrar, como luz a brilhar, como sal a dar sabor, como árvore a dar bons frutos. Se não for rio é cisterna rota, se não for luz e trevas, se não for sal é lixo, se não produz frutos é nada mais que lenha destinado ao fogo (Jo 15:6).
A mensagem é clara: você tem produzido? Sua fé é genuína e operosa? Como genuíno cristão, como genuíno servo de Deus, como genuíno justo justificado pelo Senhor você tem a obrigação de produzir frutos porque você é gerado da melhor semente, tem o melhor tratamento e a melhor seiva (Jr 17:8). Quais os frutos que você tem para mostrar se for arguido? Quais os feixes que você tem para mostrar fruto do seu trabalho (Sl 126:6). Até mesmo alguém que não crê pode envergonhar um crente improdutivo (Tg 2:18-20). Você precisa entender que a verdadeira fé se mostra através da prática das obras que o Senhor preparou para que seu povo andasse nelas em prática zelosa (Tt 2:14). Como você prova que é crente? Como o descrente, mesmo não reconhecendo que você é um Filho de Deus (I Jo 3:1), mesmo não reconhecendo a Deus como Senhor, ainda assim pode perceber os efeitos da fé em Jesus (I Pe 2:12)? A resposta bíblica é: pelo fruto que observa na vida dos crentes (Mt 7:15-17).

CONCLUSÃO
Existem três características que demonstram se uma Igreja está viva ou não, se é uma Igreja de Cristo ou uma sociedade meramente de homens, se é composta por imitadores de Cristo ou imitadores de homens.
FÉ OPEROSA
É óbvio que a doutrina é importante, pois a fé verdadeira é fruto da “fé que uma vez por todas foi entregue aos santos” (Jd 1:3), isto é, a doutrina que era e continua sendo proclamada na verdadeira Igreja de Cristo - e que deve continuar sendo até que o Senhor volte. Nós não podemos abrir mão da prática da doutrina (II Tm 4:3) sob o risco de amoralidade, impiedade e apostasia, como já acontecia nos dias do próprio apóstolo Paulo (I Tm 1:10). Não é permitido a ninguém, muito menos aos verdadeiros cristãos, abrirem mão da sã doutrina (Tt 2:1).
Não é permitido à Igreja ter algo menos que uma fé operosa. Nenhum membro da Igreja de Jesus tem liberdade para optar por não dar frutos (Jo1 5:2). Isto valeu para a Igreja do séc. I, valeu para a Igreja de todas as épocas e vale para a Igreja de Cristo do séc. XXI. Entenda que teologia não é suficiente, eventos não são tudo, liturgia é muito bom mas também não é tudo. A Igreja deve conciliar seu conhecimento que não pode ser estéril, seu culto que na pode ser mecânico e a prática diária de sua fé que tem que ser operosa.
AMOR ABNEGADO
A segunda característica que buscamos encontrar na Igreja do Senhor é amor abnegado, o amor que é demonstrado por Paulo ao abrir mão do seu próprio conforto, abrir mão da companhia de seu filho espiritual, Timóteo, em busca do bem estar de uma Igreja recém-formada e que estava tendo sua fé provada. Amor que não abre mão de si mesmo pelo bem do outro não é amor (Rm 5:8).
Não dá para dizer que ama a Cristo e, paradoxalmente, não o obedece (Jo 14:15). Não dá para dizer que ama verdadeiramente a Cristo e não reconhece como mandamento o dever que ele nos incumbiu de amar (Jo 13:34). Não dá para dizer que é seguidor de Jesus e egoisticamente não amar ao próximo como a si mesmo (Mc 12:33).
Eu poderia perguntar-lhe o que você faz por amor de Cristo mas é ainda mais eficiente perguntar o que o amor de Cristo, derramado em seu coração, te constrange a ser, te impulsiona a fazer em prol de pecadores tão indignos quanto eu e você.
FIRME ESPERANÇA
A terceira característica é ter a esperança firmemente alicerçada na pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo e no que os apóstolos ensinaram (Ef 2:20). Os crentes são constantemente provados, recebem muitos incentivos, de todos os lados, para negociarem seus princípios, negando de alguma forma a sua fé. Isto acontece todos os dias, de todas as maneiras, quase sempre de maneira velada e amistosa e às vezes até lucrativa (At 8:18-20), buscando levar os crentes a tomarem a forma do mundo (Rm 12:2). Seja qual for a forma de pressão não negue a sua fé. O salário que o mundo lhe oferece logo acaba (I Tm 6:9), a sua recompensa é cruel: a morte (Rm 6:23).
Olhe para você e se pergunte: você é mesmo um imitador de Cristo, de Paulo, da Igreja dos tessalonicenses e da Judéia em sua fé? Ou, dito de outra maneira, você possui mesmo uma fé operosa? Se a resposta for negativa então é hora de arrependimento!
Pergunte mais: você ama abnegadamente, como Cristo amou a seu povo e se entregou por ele, amou aqueles que o Pai lhe deu e amou-os até o fim, como Paulo amou a Igreja a pronto de abrir mão da companhia de seus mais próximos colaboradores pelo bem dos irmãos, sofrendo injúrias com eles e por eles ou visa apenas o seu próprio interesse, poder, fama e likes? Se não ama como deve amar então é hora e arrependimento e conserto!
Pergunte ainda: você confessa a Jesus como seu Senhor independente das circunstâncias, especialmente em um tempo e num lugar em que sua vida, seus bens, seus mais mundanos (e nem por isso essencialmente pecaminosos) interesses não são ameaçados por causa de sua fé? Você se mantém firme confessando Jesus como seu Senhor ou, de acordo com o ambiente, você assume a forma do mundo sem se importar em ser um servo bom e fiel, em guardar firme a confissão da esperança mesmo que isto lhe faça perder alguns pontos com seus amigos, patrões ou colegas?

Se não, é hora de arrependimento e conversão. É hora de começar. Agora!!!

A FONTE DE ALEGRIA AO CORAÇÃO DO CRISTÃO - I Ts 2.17-20

17 Ora, nós, irmãos, orfanados, por breve tempo, de vossa presença, não, porém, do coração, com tanto mais empenho diligenciamos, com grande desejo, ir ver-vos pessoalmente.
18 Por isso, quisemos ir até vós (pelo menos eu, Paulo, não somente uma vez, mas duas); contudo, Satanás nos barrou o caminho.
19 Pois quem é a nossa esperança, ou alegria, ou coroa em que exultamos, na presença de nosso Senhor Jesus em sua vinda? Não sois vós?
20 Sim, vós sois realmente a nossa glória e a nossa alegria!
I Ts 2.17-20
 O apóstolo Paulo não estava com os tessalonicenses e ele expressa com muita clareza e pungente saudade o quanto sentia a falta dos irmãos. Ele desejava estar com eles, queria gozar de sua companhia e comunhão, era o desejo do seu coração mas circunstâncias impediam a sua presença entre eles. Havia um adversário que se interpunha no caminho mas nem mesmo satanás pode impedir a esperança, a alegria e a vitória da Igreja pois ela é garantida pelo próprio Senhor.
Os crentes em Tessalônica tiveram o privilégio de receberem o evangelho, e receberam-no como Palavra de Deus e não de homens e isto causou mudanças significativas em suas vidas. Viviam pela fé independente das circunstâncias (Fp 4:12), enfrentavam as provas e tribulações com ousada confiança, viviam a sua fé e por isso muitos outros também foram impactados pelo evangelho do Senhor Jesus.
Uma das provas a que quase imediatamente foram submetidos foi a ausência de Paulo, seu pastor, seu missionário, o fundador da sua Igreja lhes foi retirado. Paulo era mais que um pai espiritual, diz-lhes ter sido qual ama que alimenta e acaricia uma criança a quem amamenta, dando-lhes de sua própria vida (I Ts 2.8), de sua própria essência para que eles fossem nutridos e tivessem vitalidade.
Apesar do pouco tempo entre eles, eles foram de tal maneira amamentados e nutridos com o genuíno leite espiritual (I Pe 2:2) que haviam aprendido, estavam amadurecidos a ponto de poderem ser exortados, consolados e admoestados pois já não eram mais considerados como crianças espirituais (I Co 3:1) mas crentes amadurecidos (I Co 14:20), aptos a receberem alimento sólido (Hb 5:14) para serem fortes e resistirem no dia mau, dias maus que não eram uma promessa mas uma realidade em suas vidas (Ef 6:13) enquanto trabalhavam para glorificar o Senhor com a convicção de que quem trabalha para o Senhor não trabalha em vão (I Co 15:58).
E esta Igreja vai se destacar por sua fé operosa, seu amor abnegado e sua firme esperança nas promessas do Senhor Jesus.
Mas em pouco tempo esta Igreja viu-se arrancada de sua ama e de seu pai espiritual e de toda uma equipe de apoio, os “tios” Silvano e Timóteo. Todavia, diferente do que seria de se esperar de uma Igreja na ausência de seu pastor (e aparentemente isto aconteceu com algumas Igrejas da Galácia - Gl 1:6), esta Igreja não conheceu a dispersão, nem o desânimo, mas continuou segundo o modelo que tiveram em Paulo e seus companheiros de viagem - embora eles tivessem essa preocupação em mente quando deixavam uma Igreja (At 20:29).
Apesar de tudo isto, esta Igreja mantinha-se operosa, amorosa e esperançosa. Porque? Vamos ver algumas de suas características.
A VERDADEIRA IGREJA NUNCA ESTÁ ABANDONADA
Logo que nasceu a Igreja viu-se privada de seu pai espiritual (I Ts 2:11-12). Óbvio que a figura de linguagem que Paulo emprega se aplica perfeitamente aos sentimentos da Igreja, relativamente ao conhecimento das doutrinas cristãs mas não podemos nos esquecer que ali em Tessalônica havia alguns judeus versados nas Escrituras que creram.
Além dos judeus também creram gregos que compunham numerosa multidão de piedosos, por natureza estudiosos, gente que procurava conhecer as doutrinas do judaísmo e que compreendiam que a expectativa messiânica se cumprira em Jesus Cristo e não apenas para os judeus, mas para todos os povos, as “outras ovelhas” (Jo 10:16), que não estavam no aprisco de Israel, o “muito povo” que Deus disse a Paulo que possuía.
Completando a membresia da Igreja encontramos muitas distintas mulheres, isto é, mulheres livres, da aristocracia local, que numa mudança ocorrida no início do séc. I d.C., provavelmente tinham tido tempo e oportunidade para estudo da lógica, gramática e retórica e eram capazes de, caso fossem inquiridas, explicar a razão da sua esperança, da fé que impulsionava-as a um novo estilo de vida.
Apesar do pouco convívio com Paulo estavam habilitados a aprenderem rapidamente, e, podemos dizer, a amadurecerem para viverem sua fé sem precisarem ser pajeados o tempo todo nas menos e mais corriqueiras situações da vida. Paulo não precisava estar lá para lhes ensinar rudimentos (Gl 4:3-4), como o que vestir, o que comer, com quem andar, o que falar tanto socialmente quanto o que responder sobre sua fé. Eles estavam prontos a viverem pela fé (II Co 5:7), o que lamentavelmente não tem acontecido com a sábia, culta, pajeada e instruída Igreja do séc. XXI que não é perseguida, não tem sua fé provada (Tg 1:3) e acaba se deixando amortecer, tornando-se morna e insignificante (Ap 3:16).
Aquela era uma Igreja órfã da presença do seu pastor, mas não órfã da presença e direcionamento do supremo pastor (Jo 14:18).
Talvez a Igreja moderna tenha à sua disposição uma enorme prateleira, como num supermercado, onde escolhe seus próprios pastores graças à literatura, meios de comunicação, redes sociais e, tão pajeada, tão mimada, tão satisfeita em seus deleites pseudoespirituais que não cresce, não amadurece o suficiente para andar sob a direção do Espírito.
Talvez, tendo pastores demais e não sendo pastoreada, tendo pajens demais e não sendo edificada, tendo citações demais e obediência de menos, ouvindo demais e praticando menos, seguindo demais a voz de homens esteja orfanada da direção do Espírito de Deus. 
A VERDADEIRA IGREJA NUNCA ESTÁ DIVIDIDA
É fato que a Igreja de Tessalônica, em certo sentido, se sentia orfanada por causa da ausência de Paulo, ausência que eles não desejaram mas que lhe foi imposta pelo adversário e, com certeza, dentro do propósito de Deus. Ao mesmo tempo, percebemos um profundo amor do apóstolo por aquela Igreja, esperando que a impossibilidade de estar com eles fosse apenas mais uma das breves e momentâneas tribulações às quais os crentes são submetidos por causa de sua fé (II Co 4:17).
Paulo afirma que diligenciou, isto é, fez esforços, preparativos e provisões para ir vê-los (I Ts 2:17) mas não foram suficientes para superar algumas barreiras espirituais que ele não explica (I Ts 2:18). Observe que Paulo não podia reunir-se com a Igreja não porque não desejava, mas porque estava impedido, num belíssimo ensino para muitos cristãos que dispondo de todos os recursos e tendo a Igreja bem pertinho de sua, não tendo nenhuma oposição ainda assim desprezam a comunhão.
Embora ele provavelmente não conhecesse a carta aos hebreus e sua ordem para não cometer o terrível pecado de deixar de congregar (Hb 10:25-27) ele conhecia o modelo das Igrejas da Judéia e desejava ardentemente, de coração, vencer centenas de quilômetros, a pé ou por quaisquer outros meios, vencer obstáculos espirituais e até mesmo arriscar a própria vida para estar com os irmãos a quem amava.
Paulo tinha esta disposição porque amava a Igreja. Paulo estava pronto a enfrentar todos os obstáculos porque amava os irmãos, membros do mesmo corpo que ele, o corpo de Cristo. Mas, ao mesmo tempo sabemos que, assim como a Igreja do séc. I tinha inimigos poderosos (Hb 12:4), a Igreja do nosso século também tem um inimigo vigoroso, poderoso e quase invencível. E não é a ameaça de prisão, torturas ou morte por causa de sua fé (Hb 11:35-38).
Também não é uma distância intransponível em virtude de nossos possantes veículos (motos, carros e até aviões - hoje é possível fazer em horas o que Paulo teria que fazer em meses - mesmo uma simples bicicleta é capaz de ser mais rápida que muitos dos mais modernos veículos utilizados por eles).
Também não é falta de informação por causa de eventuais falhas de comunicação uma vez que temos dezenas de comunicadores instantâneos, como telefone, facebook, WhatsApp e outros mais - mesmo com nossas falhas conseguimos comunicar-nos em horas ou dias, enquanto no passado a Igreja precisava esperar meses por informações. E nem é por causa de agenda sobrecarregada por excesso de trabalhos, cursos, atividades sociais ou lazer - talvez seja por excesso de valor ao que não deveria ser prioridade e desprezo pelo que deveria ser a mais absoluta prioridade da agenda dos crentes.
O grande inimigo da comunhão da Igreja atual é uma vontade amortecida pela ausência de amor. Como pode alguém não amar a Igreja de Deus ao mesmo tempo dizendo amar a Deus (I Jo 4:20)? Como pode afirmar que ama o invisível se não ama a manifestação visível do imenso amor de Deus, a sua Igreja? Não congregar por impedimento ou falta de oportunidade é até compreensível, mas ausentar-se da congregação com os irmãos por livre, espontânea e relaxada vontade é desobediência e terrível pecado, é calcar aos pés o sangue do cordeiro (Hb 10:29). Você pode até concordar comigo agora, mas no próximo dia de culto vai achar alguma razão para não congregar, alguma desculpa para não considerar como prioritário o que está aprendendo agora. Você pode achar que estou enganado ao afirmar isso, mas os próximos dias mostrarão se sois ouvintes ou operosos praticantes da Palavra (Tg 1:22).
A Igreja se tornou modelo e motivo de ações de graças porque amava, verdadeiramente, e não apenas da boca pra fora. É tempo da Igreja moderna olhar-se no espelho, arrepender-se de seu desamor e de um eventual fingimento e tornar-se modelo de fé operosa, amor abnegado e firme esperança no se eu fez tudo o que era necessário para nos salvar da condenação que individualmente merecemos e nos tornar seu povo, uma família unida pela fé. 
A VERDADEIRA IGREJA PRODUZ FRUTOS ATRAVÉS DA COMUNHÃO
Apesar de ter tentado ao menos duas vezes visitar os irmãos e não ter conseguido, isto em nada diminuiu o amor mutuo, todavia Paulo ainda não havia desistido de seu intento porque ele via na comunhão com os irmãos a fonte de três bênçãos que só era possível obter em verdadeira comunhão com os irmãos.
Em primeiro lugar Paulo, carinhosamente, lhes diz que eles são a antecipação do seu gozo eterno, a sua esperança já realizada (I Ts 2.19-20). Para ele a comunhão com os irmãos é a experimentação, já, aqui e agora, das delicias do reino para o qual foram todos chamados pelo Senhor Jesus já que ambos tinham a mesma fé, o mesmo amor e a mesma expectativa; Paulo não esperava nada dos tessalonicenses porque eles já eram o que ele sempre esperara, sua alegria não era egoísta, seu prazer e alegria era vê-los bem, e ver a Igreja bem era o que  completaria a sua alegria (Fp 2:2) além da natural alegria da salvação que ele já possuía em Cristo Jesus (Fp 3:8-9).
Em segundo lugar Paulo lhes diz que eles eram a sua alegria e, com efeito, que alegria maior um pai pode querer que a de ver seus filhos amadurecidos, bem estabelecidos, frutíferos. Que maior alegria um missionário pode ter que a de ver seus filhos a fé serem modelo para todos os que tem conhecimento de sua fé, amor e esperança? E o que poderia ser melhor que viver no meio deles, experimentando tudo isto in loco? Se ele mostrou este desejo para com os romanos, uma Igreja que ele não plantou (Rm 1:10-12) imaginemos o que ele sentia por aqueles por quem tinha gerado (I Co 4:15). Para ele, o melhor lugar para se alegrar é no meio do povo de Deus, povo que foi chamado para uma viva esperança.
Em terceiro lugar Paulo os chama de coroa de exultação. Ele estava se referindo não a um símbolo de realeza, pois em momento algum ele chama a si mesmo de príncipe ou filho do rei, uma das muitas tolices do cristianismo hedonista contemporâneo, mas compara a vida cristã a uma corrida ou uma prova no ginásio, numa arena ou num jogo semelhante a uma olimpíada, em busca da vitória completa (I Co 9:25). Ele se refere a uma coroa feita de ramos trançados de louros, um símbolo que era dado aos vencedores nos jogos públicos, com a diferença que a que ele receberia não murcharia nos dias seguintes (I Pe 5:4).
Os tessalonicenses, sua fé, suas obras, seu amor, sua abnegação, sua firmeza diante das lutas e sua esperança em Cristo eram a coroa, eram o prêmio que Paulo almejava quando foi àquela região e lhes anunciou o evangelho. 
CONCLUSÃO
Paulo dizia palavras carinhosas e profundamente afetuosas à Igreja. E pelo que conhecemos do apóstolo Paulo sabemos que não era bajulação (Ef 6:6). Paulo não buscava agradar a homens, não buscava reconhecimento humano ou honrarias, ou qualquer tipo de glória entre eles (Gl 1:10). Na verdade, eles já eram a glória que o apóstolo desejava.
Eles haviam se tornado o que cada um de nós, o que cada crente, o que cada cristão deve ser. Eles eram modelo por sua fé, por seu amor e por sua firmeza na esperança da volta de Cristo para todos os que os conheceram ou souberam de sua vida (I Ts 1:7-8) após a transformação sofrida quando receberam o evangelho como o que de fato ele era e é, mensagem de Deus (I Ts 1:9-10).
Esses crentes serviram e servem de modelo para nós e temos que buscar as seguintes respostas em nossas vidas: imitamos os tessalonicenses em sua fé? E em seu amor? E em sua esperança? Em que, como Igreja ou como indivíduos que professam a mesma fé temos tido sucesso e em que temos falhado? Como Igreja temos sido fiéis ao Senhor no mais básico dos mandamentos: o de, como os tessalonicenses, nos amarmos mutuamente, amarmos uns aos outros como o Senhor Jesus Cristo mandou que seus discípulos fizessem (Rm 12:10) e assim dariam prova não apenas de que eram, de fato, nascidos de novo (I Jo 3:14) como também verdadeiros discípulos do Senhor, não apenas ouvintes de sermões (Jo 13:35).
Como é feliz a Igreja, seus pastores e seus membros, quando há afeição, quando há este amor, esta estima mútua. Como é maravilhoso quando a Igreja se alegra não com eventos, mas uns com os outros mesmo em meio a problemas, vivendo os problemas e superando os problemas juntos (Fp 1:27). Como é maravilhoso quando o simples fato de ter irmãos já é motivo de exultação e alegria. Como é excelente quando os que semeiam se alegram com a colheita e, quando os frutos se tornam árvores frutíferas e todos se regozijam na presença do Senhor e se regozijarão em sua vinda.
Como é feliz a Igreja que sabe que, mesmo que seus intentos sejam frustrados, mesmo que não obtenham a satisfação de alguns de seus desejos, mesmo que estes desejos sejam santos, o Senhor continua sendo Senhor e tudo faz para realização de seu propósito eterno, para confirmar seus intentos, para louvor de sua glória e para o bem daqueles que são chamados segundo o seu propósito, isto é, para seu bem, para sua alegria.
Se você é cristão, se você é crente, se você tem uma fé viva e operosa, se você tem um amor que é verdadeiro e não busca os seus próprios interesses e uma esperança que não se abala quando as circunstâncias parecem contrárias aos planos de Deus então você está no caminho certo.
É este tipo de crente que eu quero que você seja. É este tipo de crente que Paulo desejava que houvesse em Tessalônica, em Filipos, em Éfeso, na Galácia e em todos os lugares por onde ele passou. É este tipo de crente que o Senhor quer que você seja, independente de sua idade ou formação, independente de sua história até este momento. Se passa por sua cabeça ser membro de uma igreja para ser diferente do que aprendemos com o modelo que o Senhor nos deu nesta Igreja então eu te peço para não fazer isso. Você não fará qualquer bem, nem a si mesmo nem às pessoas que estiverem perto de você.
Qualquer outra coisa é desprezível e não agrada ao Senhor - e para qualquer outra coisa o Senhor dirá: nunca vos conheci (Mt 7:21-23). Tenho certeza que a frase que você quer ouvir é outra, com indizível gozo e alegria.

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