segunda-feira, 11 de novembro de 2019

DEUS GLORIFICA O SEU NOME ATRAVÉS DOS SEUS ESCOLHIDOS

Diferente do que se via entre os coríntios, e, que, certamente, não é nada diferente do que vemos ao nosso redor, não eram homens que deveriam ser glorificados. A existência da Igreja em Corinto, embora fruto do trabalho de Paulo como cooperador com o Senhor, devia-se exclusivamente à graça de Deus em Cristo Jesus (1Co 9.23). Ele sabia que trabalhara, e muito, e fizera um bom trabalho, na realidade, um grande trabalho (1Co 15:10) mas tudo como fruto da graça de Deus. Paulo é enfático ao escrever aos efésios (Ef 2.8). Não havia muita diferença na mentalidade reinante em Éfeso da que reinava em Corinto.
Paulo conclui seu raciocínio nesta seção afirmando enfaticamente que, pelo fato de Deus ter, por sua livre vontade, escolhido os fracos, os humildes, os sem nobreza de nascimento, os desprezados e, virtualmente, os que nada eram, eles não teriam qualquer direito a vangloriar-se, pelo contrário, deveriam andar humildemente diante do Senhor seu Deus (Mq 6.8) e considerando o seu próximo como digno de igual ou maior honra especialmente se comparados com a honra a que não tinham direito algum.
Ninguém pode jactar-se, nem diante dos irmãos (lembremos que a primeira palavra desta seção é, justamente, irmãos, quando Paulo os chama ao mesmo patamar de si mesmo e os convida a olharem quem são e como e porque foram chamados) e, principalmente, na presença de Deus, diante de quem a glória dos homens nada é.
Se atentarmos para o que somos, se olharmos ao nosso redor certamente vamos encontrar alguém que seja, em alguma coisa, mais habilitado, mais capacitado, mais dotado do que nós. Qualquer grandeza que tenhamos está alicerçada sobre algo e alguém que veio antes de nós. Qualquer riqueza amealhada está alicerçada sobre os ombros, mãos e suor de outros tantos. Mas, acima de tudo, a grandeza e honra entre os homens é insignificante diante de Deus (Sl 2.1) e mesmo as mais poderosas nações (Is 40.17) e aos que não são diz afirma enfaticamente: sois menos do que nada (Is 41.24).
Assim, aos olhos do Senhor era abominação escolher o nome de Paulo, de Pedro, de Apolo ou mesmo usar o nome de Cristo como pretexto para sua vangloria. É abominação aos olhos do Senhor sequer imaginar que, porque conquistou algo, pode jactar-se de alguma coisa. Tolice é acreditar em frases estúpidas e sem sentido como as que dizem que “Deus precisa de você”. Isto é bobagem. Nem mesmo a Igreja precisa de você – e talvez logo apareça alguém mal-intencionado dizendo que eu estou incentivando você a deixar a Igreja. O que estou afirmando é que é você quem precisa de Cristo. É você quem precisa de Deus. É você quem precisa da Igreja como comunidade de fé, onde você possa crescer espiritualmente e exercitar seus talentos e dons. Irmãos, observai a vossa vocação. Lembrem-se do que eram quando foram chamados. Não retornem à jactância mundana, arrogante, pretensiosa e inútil. Humilhai-vos perante a poderosa mão de Deus e ele, em tempo oportuno, vos exaltará (1Pe 5.6).

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