(Este e os três outros abaixo são uma sequência, e foram pregados em três semanas na IP de Paragominas). Disponíveis em vídeo no Youtube.
ESCOLHIDOS SEM MERECER PELO DEUS GRACIOSO
Por
que você está aqui? A resposta natural é: porque eu quis. Porque me convidaram.
Porque eu não tinha nada para fazer e resolvi ir a uma Igreja. Se insistir na
pergunta, mas porque você está na igreja? Porque você resolveu ficar um dia e
voltar outras vezes a reposta ainda pode ser porque eu me senti bem, porque eu
gostei do ambiente, gostei da pregação, gostei da tranquilidade da Igreja
Presbiteriana e outras coisas mais. Mas perceba que muitas vezes a ênfase verbal
está sempre na primeira pessoa do singular. Sempre no eu.
E
se perguntar, mais uma vez, porque esta Igreja especificamente, com todas as
suas falhas, seus erros, seus pecados (porque não há Igreja que não falhe e
cujos membros não tenham pecados) você ainda terá alguma resposta tentando
justificar esta sua escolha. O problema é que tudo isto parte de um princípio
equivocado. Estamos aqui porque Deus nos escolheu (Jo 15:16)
com um propósito abençoador bem definido: para nos abençoar por sua graça (Tg 2:5).
Você
está aqui porque Deus te escolheu, e Ele fez isto desde antes da fundação do
mundo, para seu prazer e glória. O que eu e você precisamos saber é que Deus
nos escolheu apesar da nossa feiura, apesar da nossa fraqueza, apesar da nossa
pobreza, apesar da nossa loucura – e tudo isto enquanto pensamos que somos
belos, fortes, ricos e espertos. Não somos! Nem toda a esperteza, nem riqueza,
nem diplomas, nem vigor físico do mundo vai livrar um pecador da reprovação de
Deus.
26
Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos
sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento;
27 pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os
sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; 28 e
Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não
são, para reduzir a nada as que são; 29 a fim de que ninguém se vanglorie na
presença de Deus (1Co 1.26-29).
O apóstolo Paulo começa esta seção irmanando-se aos
coríntios. Chama-os de irmãos. Coloca-se no mesmo patamar em que eles se
encontram, como se dissesse: o que vou lhes falar a partir de agora não é um
fato apenas entre vocês, nem apenas entre os gentios, mas é comum a todos os
santos. Paulo está dizendo-lhes: eu também passei por esta experiência. E é
justamente para a experiência de salvação dos coríntios que Paulo chama a
atenção. Enquanto eles estavam enfatizando o conhecimento (gnose) que nenhum
fruto produziu em Atenas, Paulo lembra-lhes do que eles viveram e como eles se
converteram, por isso a expressão enfática: reparai, isto é, coloquem todos as suas capacidades intelectuais para analisar
como foi que foram chamados.
Mas, segundo Paulo, quem foram estes chamados de
maneira tão eficaz e irresistível? Certamente não foram chamados para o que os
homens do seu tempo amavam. Aliás, os homens naturais, judeus ou gregos, ou
todos os homens indistintamente, rejeitavam a mensagem da cruz, aquele que é
chamado, e só o que é chamado, a acolhe, seja judeu ou gentio. Paulo afirma que
o que é importante não é o que eles eram, mas o fato de que foram chamados por Deus. Tudo o mais é irrelevante, sem
importância.
Eles sabem que na fraqueza de Cristo reside o poder
para vencer o que nenhum homem jamais conseguiu: o poder para dominar e vencer
o poder do pecado. Eles experimentam este poder, pois Cristo é o poder de Deus
neles e para eles.
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