quarta-feira, 29 de julho de 2009

LULA E AS LOMBRIGAS

“Como a gente pode esperar que uma criança que não toma café da manhã seja inteligente, se ela levanta e vai dormir com a lombriga menor querendo comer a maior? Dê comida para essa criança, para chegar a uma escola”.

De: Luis Inácio da Silva, o Lula, presidente da República Federativa do Brasil.

P7120422A princípio, tudo certo com a fala do senhor presidente, não parece? Qual a solução para o brasileiro que tem fome? Comida. E se ele é estudante? Comida para não pensar em comida na hora da aula. E se ele está doente, cheio de vermes? Ah, mais comida, para dividir com os vermes. Simples assim. Já afirmei anteriormente que soluções simples para problemas complexos partem de quem não tem resposta verdadeira para o problema. E este é um caso.

Vou explicar mais claramente. Os programas assistenciais [chamados de ‘bolsa’] já têm mais de 9 anos. Nos últimos 7 deixaram de ser programas de amparo para se tornarem puro assistencialismo clientelista e viciante, terreno fértil para a compra de votos e manutenção de verdadeiros currais eleitorais, agora disfarçados de programas oficiais estatais.

Pesquisando a relação entre aumento de renda e melhora das condições sócio-econômicas a Fundação Getúlio Vargas apresenta um dado preocupante: tudo continua praticamente na mesma. Se os programas fossem encerrados 11.000.000 de famílias voltariam a viver exatamente como há 10 anos atrás.

Os indicadores sócio-econômicos mostram que nada foi acrescido em termos de infra-estrutura, especialmente sanitária e educacional. Não houve reflexo na qualidade de vida das pessoas assistidas, é o que afirma a FGV. Os indicadores sociais, especialmente do norte e nordeste, melhoraram menos do que o índice geral de crescimento econômico nacional. E no restante do país se equivalem ao crescimento econômico verificado, da ordem média de incríveis 1,4% a.A.

É por isso que nosso inteligentíssimo e ao mesmo tempo tolo presidente pôde dizer o que disse. Veja só: Lula tomou como exemplo uma jovem de 17 anos, Isabela de Oliveira Araújo, de Campina Grande, na Paraíba. Esta menina tem, no mínimo, 7 anos de assistência estatal [talvez 9, já que os programas foram estabelecidos nacionalmente no ano de 2001]. E, a despeito disso, continua “lombriguenta”. Não sou eu quem diz tal absurdo ofensivo – foi o presidente. E ele deve saber [ou será que não sabe, como não sabia do mensalão, dos aloprados do dossiê, do filme pirata, do apoio de seus ministros ao consumo da maconha, do aborto, do outro dossiê contra a ex-primeira dama, D. Ruth Cardoso, etc…].

E porque ela continua assim? Porque a saúde brasileira está um caos. A educação sucateada. A segurança um lixo. E para o homem das nuvens [como gosta de um avião] está tudo bem, basta dar dinheiro, comida. Ele não explica isto: 7 anos, no mínimo, talvez até 9, e a menina não conseguiu se livrar de uma miserável “ascaris lumbricoidis”, quando para isso bastam duas doses de Pantelmin e, principalmente água tratada e uma boa rede de esgoto. Porque não, senhor presidente? Além disso, dar mais comida para quem não tem perspectiva social, largado em esgotos a céu aberto, não vai fazer ninguém mais inteligente, vai fazê-los obesos, hipertensos, para não falar em preguiçosos. Aliás, conheço alunos que comiam 1/2 de pão francês e se destacaram como os melhores – e outros que tinham muito mais, e eram alunos medíocres.

Pode-se fornecer o Pantelmin, mas o governo não fez, não faz, e não fará a tal rede de esgoto nem tratará a água para as Isabelas da vida, porque isto requer planejamento [real, estratégico, não fictícios como o tal emPACadão] e vontade política [mas qual político quer abrir as portas de seus currais?]. Todos eles desejam o povo como manada – e manada não pode pensar, apenas seguir a multidão embasbacada.

Não será oferecido saúde, educação e pespectivas porque isto não mantém famílias inteiras cativas em currais eleitorais durante anos a fio, pelo contrário, melhore a educação, a saúde, e as pessoas começam a pensar – e tudo o que o Lula não precisa é de um povo que pensa. Ah, não, panis et circus, é o lema. Mas nunca cátedra. Um povo de barriga cheia [mesmo que a comida tenha que disputar espaço com as lombrigas] é melhor do que um povo sábio. Assim pensa Lula. E ele que se autoproclamou “pai” [Deus me livre] quer emplacar agora a “mãe” Dilma, falsa mestre, guerrilheira, prevaricadora, assasina e ladra [ela nunca disse onde foi parar o dinheiro roubado do cofre do ex-governador paulista Ademar de Barros, talvez esteja investindo agora em bolsas de grife].

Um comentário:

Melos disse...

parabéns pelo artigo, sempre lúcido e cristalino ao tratar dos verdadeiros problemas nacionais, que possamos através das boas novas do evangelho mudar a mentalidade dos que dão e dos que recebem nesta pátria amada.

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