18 estados brasileiros – responsáveis pela produção de 80% do Produto Interno Bruto nacional – viram-se, repentinamente, literalmente no escuro. Embora a energia tenha sido restabelecida em algumas horas, até o momento a escuridão permanece como um manto negro sobre o caso. E porque?
Tenho duas respostas possíveis, e uma consideração final. Vamos, primeiro, às respostas possíveis:
Algo muito sério está acontecendo e a real causa do problema está sendo escondida da população brasileira. Apagões tem sido muito mais comuns do que têm sido noticiados. Só este ano é o 20º apagão, embora todos localizados. Mas este não tinha como esconder – e, embora 60% da população tenha sofrido com o problema, não se sabe ainda o que o causou. Dizer que foi um raio a causa do problema é uma tolice. Primeiro que não houve uma tempestade que justificasse um acidente de tal envergadura, e, segundo, se alguns raios de baixa intensidade, a 30km de uma substação isolada [a 10km das linhas de transmissão], podem causar tão sério problema, o que aconteceria se houvesse uma tempestade na região de Itaipu? O problema é muito mais sério, e a população tem o direito de saber. Volto a esta questão nas considerações finais.
A segunda possibilidade é: ninguém sabe o que está acontecendo. Mesmo com toda a tecnologia – e com todos os tecnólogos à disposição, se esta possibilidade for real, é tão ou mais assustadora que a primeira, porque se não se sabe o que está acontecendo, também não se tem a mínima idéia do que fazer para evitar novos apagões – black outs, na linguagem esquisita da ministra-candidata ex-ministra do setor. Ela e o ministro Edison Lobão [que não manda na pasta, a bem da verdade, apenas distribui favores ditados pelos interesses do PMDB-Sarney] preferem aparecer na imprensa atacando a, imaginem, imprensa, como se tivessem sido os repórteres quem fossem os causadores do apagão. Também preferiram acusar o governo anterior [8 anos atrás], quando houve racionamento não por falta de estrutura ou conservação, mas por falta de água mesmo. E o atual governo teve 8 anos para mudar isto, fazer alguma coisa, e o que fez? Nada, nem uma mísera usina saiu do papel.
Faltou investimento, faltou competência e falta também hombridade [posso cobrar isso da ministra?] do governo. São pródigos a virem a público exaltar as conquistas do governo [a grande maioria fruto do trabalho do governo anterior, como o próprio pré-sal, cujas pesquisas foram iniciadas em 1997; os programas assistenciais – que na época exigiam compensações por parte dos assistidos; a estabilidade econômica com a lei de responsabilidade fiscal; o próprio plano real; o PROER, que salvou a economia brasileira e permitiu que a atual crise econômica não atingisse o Brasil tão fortemente, embora tenha causado sérios estragos]. Mas nunca têm coragem de dizer: sabemos que há um problema, sabemos que eles precisam ser corrigidos e vamos tratar de encontrar as soluções.
São muito bons em capitalizar politicamente, mesmo que com mentiras, o que de bom acontece, mas apagam as luzes e se escondem quando há problemas. A Dilma Enrousquef era ministra das minas e energia, é ministra-chefe da casa civil, é candidata a presidente do Brasil – mas não tem a menor idéia do que fazer com o país que quer presidir, além de transformá-lo numa jaula à moda cubana ou venezuelana [aliás, o Hugo Chávez já está em franca campanha pela Dilma – será que ela lhe prometeu novas refinarias da Petrobrás, ou novos campos de trabalho da Odebrecht? Ou mais financiamento a fundo perdido do Banco Nacional de Desenvolvimento Social – BNDS, onde o nacional quer dizer brasileiro, e não venezuelano].
Só resta dizer: fora, bandidos, fora petralhas, fora PT. Vão viver na Venezuela, lá é que é bom pra vocês. Vão pra Coréia do Norte, pra Cuba, pra Bolívia.
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