sábado, 20 de fevereiro de 2010

UMA ENTREVISTA DO LULA

IMG0092A… ou: ainda não é proibido pensar.

O cantor gospel João Alexandre compôs uma música com o título é proibido pensar, numa evidente sátira ao movimento bestializante dentro do evangelicalismo brasileiro [uma espécie de FEBEAPU – Festival de Besteira que Assola os Púlpitos - variante do FEBEAPA – Festival de Besteira que Assola o País - do humorista Stanislaw Ponte Preta]. Ele tem toda a razão. Mas este movimento bestializante também se manifesta dentro da política nacional [O legítimo FEBEAPA]. E é justamente sobre a expressão maior desta bestialização que quero tecer alguns comentários. E que fique claro, considero o personagem o político mais inteligente, embora inculto, entre os que temos por aí, o Sr. Luiz Inácio da Silva, mais conhecido como Lula [não o molusco, do desenho animado, muito menos ofensivo à inteligência e aos cofres públicos que este, aliás, aquele só tem 8 tentáculos e é trabalhador]. Inteligente porque sabe exatamente o que fazer para conseguir apoios, se livrar de problemas, e consegue até mesmo se evadir de situações onde fica claro e patente que está envolvido.

Por paradoxal que pareça, eu acredito no Lula, não no que ele pensa estar dizendo, mas no que pode ser entendido do que ele fala, no que ele realmente diz embora tente esconder. Acredito no que ele acha que não está falando quando não tem os discursos escritos por Francklin Martins. Vejamos:

O sr. tem dito, em conversas reservadas, que quando terminar o governo, vai passar a limpo a história do mensalão. O que o sr. quer dizer?

Não é que vou passar a limpo, é que eu acho que tem coisa que tem de investigar. E eu quero investigar. Eu só não vou fazer isso enquanto eu for presidente da República. Mas, quando eu deixar a Presidência, eu quero saber de algumas coisas que eu não sei e que me pareceram muito estranhas ao longo do todo o processo.

COMENTO

É fato que o PT, Lula, Francklin Martins, Marco Aurélio Garcia e toda aquela corja que forma o petralhismo nacional, para se evadir das acusações do mensalão simplesmente dizem que o mensalão não existiu ou que foi um mero crime eleitoral [como se crime não fosse] ou ainda uma tentativa de golpe da direita [que nem existe no Brasil]. Sabe-se que tal roubalheira era liderada por ninguém menos que Marcos Valério, Delúbio Soares [companheiro de Lula desde o início do PT e que, segundo importante ex-membro do partido, César Benjamin, já desviava dinheiro do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT - em favor do PT desde 1994], José Genoíno, presidente do partido, José Dirceu, chefe da Casa Civil [que era o provável candidato de Lula]. Mas isto nem é o mais importante. O mesmo Lula que afirma que os fatos denunciados têm que ser investigados, afirma textualmente que "eu só não vou fazer isso enquanto eu for presidente da república". Eu li corretamente, e você leu corretamente. O mandatário maior do país prefere deixar sob o tapete o maior escândalo da política nacional na década, envolvendo seu próprio partido, que fez cair membros importantes do mesmo, seus companheiros desde a fundação do partido, e, diz, candidamente [para mim, desavergonhadamente] que, como presidente da república, não quer que os mensaleiros petistas sejam investigados. Porque? Para mim, a resposta é mais simples do que parece: se for investigar de verdade, como está sendo investigado o mensalão do governo do DF [cujos envolvidos já foram expulsos do partido a que pertenciam, o que não acontece no PT, onde José Dirceu, o chefe dos quadrilheiros, é chamado pela candidata oficial do PT, Sra. Dilma Roussef – já falei das qualificações dela em outros posts: terrorista, assassina, ladra, incompetente, mentirosa – de "peça importante na sua campanha"] é claro que se chegará a algumas conclusões: Lula sabia, era beneficiado pelo esquema, defendeu seus companheiros e deu ordem explícita para que o esquema fosse abafado, na câmara, no senado e, também, na Polícia Federal sob o comando do petista Tarso Genro.

Mas não termina aí, logo em seguida ele parte para uma mentira fenomenal, desmentida por ele mesmo logo na frase seguinte. A desvantagem que o mentiroso tem é que precisa ter boa memória, e, sabemos, Lula não é bom sob pressão, mas é ótimo pressionando. Ele afirma que quando "deixar a presidência, eu quero saber de algumas coisas que eu não sei e que me pareceram muito estranhas ao longo de todo o processo". Ele não diz que coisas, mas, se ele está falando dos envolvidos e dos métodos, ele é um renomado mentiroso, porque ao responder a pergunta seguinte ele diz que sabe do que aconteceu.

Quem o traiu?

Quando eu deixar a Presidência, eu posso falar.

COMENTO

O que Lula afirma é que, embora tenha dado ordem para abafar o caso, embora tenha se empenhado pessoalmente, e empenhado órgaos do Estado brasileiro para proteger criminosos [prevaricação], ele sabia quem eram os criminosos e que crimes estavam sendo cometidos [cumplicidade e omissão], como denunciou o ex-deputado Roberto Jefferson, que disse que conversou sobre o assunto com Lula e depois confessou que seu partido recebeu R$ 5.000.000,00 [cinco milhões de reais] no esquema. Quando diz que vai poder falar após deixar a presidência está simplesmente dizendo: eu já sei, mas não me é conveniente falar agora – meus interesses, os interesses do meu partido, são mais importants que os interesses da nação ou da justiça. Não tem outro jeito de entender o que ele está dizendo. Ele afirma literalmente saber quem fez o quê e o que aconteceu [mesmo afirmando oficialmente que o mensalão nunca existiu], mas não quer falar agora, como não quis investigar, nem punir. E, pode registrar: ele não vai falar.

É um mentiroso contumaz – tudo na sua vida, na sua biografia, rescende a mentira, a embuste, a enganação. É sabido que recebia “por fora” dos empregadores para conseguir abatimento no índice de reajustes que os empregados pediam nas greves no ABC paulista na década de 80. É sabido que usava sua posição para assediar sexualmente trabalhadoras e viúvas de trabalhadores que procuravam o sindicado que liderava. É sabido que tentou abusar de um colega de cela quando esteve preso em cela especial, a que não tinha direito.

Quero lembrar apenas que, por sua prática cotidiana, mesmo que lhe seja reservado um lugar de destaque na historiografia do Brasil [e eu acho que merece, como o chefe de um cleptogoverno – governo de ladrões - nunca antes visto neste país] o Senhor tem lhe reservado um lugar bem quentinho, no inferno. Junto com seu santo de estimação, Judas, não o Tadeu, mas o homem de Querite.

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