segunda-feira, 21 de julho de 2014

NÃO DESTRUA SUA IGREJA - IV

Vamos lembrar os passos já abordados: se você não quer destruir sua Igreja não rejeite o ensino da verdade (Jo 8.32); também não rejeite quem lhe fala a verdade, mesmo que você não goste da verdade, e, também, rejeite quem ensina o erro, por mais agradável que ambos, o falso mestre e o erro, possam parecer.
NÃO ABRACE A FALSA DOUTRINA
Nada mais natural para quem rejeitar a verdade buscar encontrar algo para por no lugar. Assim é com a falsa adoração (Rm 1.25), por mais verdadeira e sincera que ela seja.  Alguém sinceramente errado é só isso: alguém sinceramente errado.
Há algum tempo estava em uma igreja e uma pessoa me disse que fez uma pesquisa sobre o que a Igreja queria ouvir nos sermões dominicais noturnos. Quero crer que com boas intenções, mas a lista não incluía o item “o que Deus quiser falar”... Mas há um caso ainda pior, de instituições eclesiásticas que contratam agências de pesquisa de mercado para orientarem seus departamentos de marketing com vistas a determinarem as estratégias para obterem resultados numéricos e financeiros. O propósito é: falar o que as pessoas querem ouvir, do jeito que querem ouvir. Agradar ouvidos com coceiras.
É impossível não pensar, e para o ser humano, é impossível não pensar religiosamente - mesmo o ateu precisa de um Deus para combater, e, assim, cria seu próprio deus, sua própria religião - nem que admita ser fruto de um deus chamado acaso e de uma deusa chamada natureza.
Costumo dizer que, em matéria de religião e filosofia, sempre que surge uma nova tolice há uma multidão de ávidos consumidores de novidades, em nada diferente dos atenienses dos dias do apóstolo Paulo (At 17.21). Consumidores de novidades, mas sempre prontos a rejeitar a verdade. Aceitam qualquer nova teoria, mas de pronto rejeitam o que Deus tem para lhes dizer porque a verdade de Deus é exigente e incômoda. Exige exclusividade e mudança.
Quem não quer a verdade rejeita quem diz a verdade. Quem quer a mentira, o erro e o engano sempre vai encontrar falsos mestres, ou, como prefiro dizer, mestres da mentira, do erro e do engodo. Assim, serão facilmente enganados, especialmente se os ardilosos falsos mestres se apresentarem com a mais astuta aparência de verdade (Rm 16.18). Ninguém consegue abandonar a verdade sem abraçar a mentira. Ninguém consegue ficar sem uma referência - ainda que esta referência seja uma miragem no deserto, ou aponte para uma utopia, uma miragem inalcançável.
Ovelhas sem pastor sempre encontram lobos vorazes, ou salteadores prontos a arrebatá-las. Nada há mais fácil de ser apresado do que uma ovelha longe do seu pastor. É triste ver cristãos abraçando e defendendo o erro combatendo a verdade dentro das Igrejas porque encontraram mestres que lhes conquistaram - iludidos e rebelados prontos a defender o que Deus odeia e destruir tudo o que Deus ama, buscando novidades e usando o nome do próprio Deus.
Deixe-me esclarecer uma coisa: o caminho do erro é multíplice, tem muitas variantes e aparências, oferece várias opções. É largo, espaçoso, cheio de alternativas como um corredor de shopping. Mas o caminho da verdade é absolutamente estreito. Não há outra opção. Não pode haver outra verdade. Se algo é verdadeiro aquilo que é diferente dele tem que ser, obrigatoriamente, falso, por isso Paulo denuncia que os gálatas estavam seguindo outro evangelho (Gl 1.6) que não era evangelho nenhum, mas uma doutrina perniciosa que os levava a perverter o genuíno evangelho do Senhor Jesus Cristo (Gl 1.7).

Assim, se você não quer destruir a sua Igreja, só lhe resta uma opção: não aceitar, de maneira alguma, as falsas doutrinas, mesmo que lhe sejam apresentadas por alguém muito conhecido e que já tenha merecido algum crédito (como, por exemplo, Caio Fábio, Silas Malafaia - Gl 1.8) ou popular (Thales Roberto, R.R. Soares). Não contribua, não proporcione ao inimigo ferramentas para atacar cada vez mais duramente a sua fé. É fácil rejeitar o erro quando se conhece e se ama a verdade. Assim, você preserva a sua Igreja, coluna e baluarte da verdade (I Tm 3.15).

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