quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

P. 101. PELO QUE ORAMOS NA PRIMEIRA PETIÇÃO?

R. Na primeira petição que é: "Santificado seja o Teu nome" pedimos que Deus nos habilite a nós e aos outros a glorificá-lo em tudo aquilo em que se dá a conhecer; e que disponha tudo para sua glória.
Sl 67.1-3; Rm 11.36; Ap 4.11
Jesus, coerentemente, nos ensina que Deus deve estar em primeiro lugar em nossas aspirações (Mt 27.27-39), por isso a primeira petição refere-se a Deus – e não a nossas vontades ou desejos, mesmo os mais legítimos deles. Deus, sua pessoa e vontade devem ser, sempre, os ocupantes do primeiro lugar no coração dos crentes (Mt 6.33).

O NOME DE DEUS É SANTO

Não devemos, entretanto, incorrer no erro de pensar que nós pedimos para o que nome do Senhor seja tornado santo – é justamente o contrário – a ordem é para não mundanizá-lo, não profana-lo (Ex 20.7). Tornar santo significa render-lhe toda a honra e reverência, toda a glória e exaltação que ele merece através não de palavras ou discursos, mas de vida (Sl 69.6).

SANTIFICAR O NOME DE DEUS NA CONDUTA

Tornar santo o nome do Senhor na vida pessoal significa contentar-se com o necessário para glorifica-lo (Pv 30.7-9) e, mesmo quando tiver menos do que todos normalmente desejamos de maneira lícita, como família e bens (Jó 1.21) contentarmo-nos com o que o Senhor nos der (Fp 4.11).  Orar ao Senhor pedindo que seu nome seja santificado indica uma predisposição para não profanar o nome do Senhor – dentre outras coisas não ser irreverente perante sua face (Ec 5.1).

O CARÁTER DOS FILHOS DO DEUS SANTO

Devemos orar nestes dois sentidos nesta primeira petição. Oramos para que Deus revele mais e mais da santidade do seu caráter e também oramos para que ele nos capacite a reconhecer a sua santidade, entender mais e mais os elementos que a consistem e prestar a ela toda a reverência que ela merece, especialmente a mais sincera forma de reverência – imitação consciente e humilde. Esta oração também ajuda o coração do adorador a não ser irreverente – ainda que clamemos a Deus como "aba", Pai, em consonância com a idéia de filiação (Rm 8.15) e não de irreverência. Não encontramos nem mesmo Jesus, o filho, sendo irreverente com o Pai (Jo 11.41-42). Quando a bíblia fala de intimidade do Senhor ela está inserida num contexto de temor, não de irreverencia (Sl 25.14).

SANTIFICAÇÃO E REJEIÇÃO DO MUNDANISMO

Santificar o nome do Senhor, significa não trazer para a adoração o que não é requerido por Deus no culto ou na vida do crente. Deus já é santo e não será tornado mais santo, mas o rente reconhece sua santidade e aparta-se do que o desagrada, e nem mesmo uma "adoração aparente" será suficiente para absolver o falso adorador (Ez 14.6-8). Para o crente efetivamente santificar o nome do Senhor em sua vida ele próprio precisa obedecer à ordem do Senhor e ser santo (Lv 20.7), apartando-se da prática de ações iníquas (Is 1.16-17).

SANTIFICAÇÃO COMO EXCLUSIVIDADE

Santificar o nome de Deus significa reconhece-lo acima e à parte de tudo o mais. Não há nada para comparar com Deus (Is 46.5). Uma comparação justa só pode ser feita entre coisas semelhantes ou que exerçam a mesma finalidade. É possível comparar um carro com uma máquina de ressonância magnética? Ele está perfeitamente acima de tudo o que possamos pensar (Is 55.8-9). Quando iniciamos nossa oração nós devemos nos lembrar que estamos falando com alguém infinitamente superior, não um igual ou um serviçal. Ele é o Senhor, justo, santo, poderoso e acessível a nós por causa do sangue de Cristo (Hb 10.19-22).

O NOME DE DEUS É SANTO


A menção ao nome de Deus pode ser vista como uma referência ao nome (hwhy) pelo qual ele se revelou (Êx 3.14) ou, também, à sua autoridade (I Sm 17.45). Onde quer que estejamos, estamos no nome do Senhor, como enviados por ele, ministros de seu evangelho (II Co 5.18) e, como tais, o que fizermos será como se ele fizesse por nosso intermédio, portanto santifiquemos o nome do Senhor.

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