O fato sermos pecadores e, por isso, merecedores da morte,
tanto espiritual, quanto física e eterna, nos adverte que temos um débito que
não temos condições de saldar porque é uma ofensa ao próprio Deus
Rm 3.19 Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para
que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus, 20 visto que ninguém será
justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno
conhecimento do pecado.
UM DÉBITO REAL
A desobediência à lei nos faz
devedores, e, querendo ou não, é inútil toda tentativa de obter a justiça
através das obras da lei simplesmente porque é impossível ser obediente à lei
todo o tempo. Ninguém consegue, mesmo que seu coração esteja cheio de boas
intenções – e mesmo esta (im)possível boa intenção está contaminada pela
jactância
Rm 3:27 Onde, pois, a jactância? Foi de todo excluída. Por que lei? Das obras?
Não; pelo contrário, pela lei da fé.
UM DÉBITO IMENSO
O nosso problema é o tamanho da dívida. O pecado é a
transgressão à lei divina, à lei de Deus. É uma ofensa ao próprio Deus – e é,
por isso, e o débito desta ofensa é proporcional ao ofendido, isto é, é um
débito imenso e impagável.
Sl 51.4 Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus
olhos, de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar
Sem qualquer preocupação com ideias politicamente corretas
de defensores de animais, vejamos uma comparação bastante simples: qual atitude
seria mais gravemente punida pelo sistema judicial: (a) um chute em um cachorro
morto; (b) em um cachorro vivo e sem dono; (c) em um cachorro vivo, pertencente
a uma autoridade como um presidente da república; (d) um chute num presidente?
Obviamente que o primeiro seria totalmente ignorado e o último poderia render
algum tipo de processo ou até mesmo uma temporada numa cadeia.
UM DÉBITO IMPAGÁVEL
Como pagar uma dívida infinita? Uma vez que sabemos que a
dívida é proporcional à magnitude do ofendido, logo, a ofensa contra Deus é
infinita – e o devedor não é infinito. Somos informados pelas Escrituras que é
simplesmente desnecessário tentar
Sl 49:8 (Pois a redenção da alma deles é caríssima, e cessará a tentativa para
sempre.)
Dada a magnitude da dívida, precisamos de ajuda para
saldá-la. Todavia, mesmo que todos os homens do mundo se juntassem para pagar
um único pecado tudo o que poderiam apresentar como oferta pelo pecado ainda
seria insuficiente. Nenhuma obra feita por pecadores seria boa o suficiente
para pagar a dívida de um pecador perante Deus, por isso a Escritura afirma que
era necessário que alguém assumisse esta dívida. E precisava ser alguém que não
houvesse experimentado o pecado, uma oferta pura para que tivesse valor diante
de Deus, porque ofertas impuras seriam prontamente rejeitadas
Is 1:15 Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando
multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias
de sangue.
A NECESSIDADE DE UMA AJUDA INFINITA
A primeira ofensa foi feita por um homem perfeito contra um
Deus infinito. A exigência para compensar a ofensa feita tem que ser algo
exigido pelo próprio ofendido – e ele requer nada menos que uma oferta
perfeita, sem qualquer influência do pecado. Como é obvio que ninguém
imperfeito pode oferecer um pagamento perfeito, na forma de um sacrifício
perfeito, e, além disso, ninguém também pode oferecer nada que Deus já não
possua
Ag 2:8 Minha é a prata, meu é o ouro, diz o SENHOR dos Exércitos.
Sl 50:10 Pois são meus todos os animais do bosque e as alimárias aos milhares
sobre as montanhas.
O FIADOR DA REDENÇÃO
Sabendo disto, e sendo o plano eterno de Deus salvar
pecadores que não mereciam a sua atenção e seu amor, Deus propôs um pagamento
que ele mesmo providenciou, dando-o no tempo determinado para resgatar os
pecadores do estado de condenação no qual eles mesmos se colocaram
Rm 3:25 …a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé,
para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes
os pecados anteriormente cometidos;
Deus fez isso por amor, um amor que não encontrava motivação
nos homens mas em si mesmo, e isto mesmo quando os homens agiam como inimigos. Não
temos como duvidar do amor de Deus, porque é um amor que foi manifestado e
provado de maneira que não restasse qualquer dúvida
Rm 5:8 Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo
morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.
UM AMOR INIGUALÁVEL
Para que ninguém duvidasse da extensão do amor de Deus ele
deu o que havia de mais valioso, oferecendo o sacrifício perfeito, de valor
perfeito porque sem pecado, e de valor infinito: seu próprio filho, homem
perfeito e Deus eterno.
I Pe 3:18 Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos
pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na
carne, mas vivificado no espírito.
Uma vez que nossos pecados foram pagos, totalmente pagos
pelo Senhor Jesus, o que resta a nós, agora redimidos, fazermos? É o tema do
nosso próximo estudo.
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