segunda-feira, 11 de maio de 2015

AS INIMAGINÁVEIS MANEIRAS DE DEUS ABENÇOAR SUA IGREJA - II

II. DEUS MOSTRA SEU CONTROLE SOBRE TODAS AS COISAS

8 Então, se levantou Saulo da terra e, abrindo os olhos, nada podia ver. E, guiando-o pela mão, levaram-no para Damasco. 9 Esteve três dias sem ver, durante os quais nada comeu, nem bebeu. 10 Ora, havia em Damasco um discípulo chamado Ananias. Disse-lhe o Senhor numa visão: Ananias! Ao que respondeu: Eis-me aqui, Senhor!
11 Então, o Senhor lhe ordenou: Dispõe-te, e vai à rua que se chama Direita, e, na casa de Judas, procura por Saulo, apelidado de Tarso; pois ele está orando 12 e viu entrar um homem, chamado Ananias, e impor-lhe as mãos, para que recuperasse a vista.
13 Ananias, porém, respondeu: Senhor, de muitos tenho ouvido a respeito desse homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; 14 e para aqui trouxe autorização dos principais sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome.
15 Mas o Senhor lhe disse: Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel; 16 pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome.
A viagem de Saulo a Damasco tinha o propósito de perseguir, arrastar cristãos para as cadeias, matá-los se necessário, como fizera com Estêvão. Ele conseguira cartas do sinédrio, dando-lhe poderes policiais em assuntos judaicos. E, sob esta autoridade, ele dirige-se a Damasco. O que ele logo aprenderia é que há poder maior que o do sinédrio. Após sua queda ao chão, ao abrir os olhos descobriu-se cego. Ele vira a luz, os demais companheiros ouviram a voz, mas nada viram.
O propósito de Saulo logo seria frustrado – não era o propósito de Deus, e somente Deus tem pleno poder para fazer triunfar o seu plano, a despeito de qualquer oposição que se levante. Saulo é levado para Damasco, para a casa de um homem sugestivamente chamado Judas – não que haja qualquer alegoria com o apóstolo traidor, mas, ali, ele fica três dias, sem ver e sem comer, até que o Senhor lhe envia a Ananias, não o marido de Safira, mas um homem temente a Deus que habitava em Damasco.
Conhecedor da fama de Saulo, Ananias tenta argumentar com o Senhor – é melhor este homem cego. É melhor este homem inválido. É melhor ele escondido junto com Judas. Eis a mais clara maneira de ver sem levar em consideração a soberania de Deus e seu poder sobre todas as coisas. Ananias preferia um mundo sem Saulo – mas este não era o plano de Deus. O plano de Deus é um mundo onde o perseguidor se transforma em divulgador, onde o assassino se transforma no alvo, onde o zeloso judaizante se torna o apóstolo aos gentios.
Tudo na vida de Saulo estava dentro do propósito de Deus. Era cidadão romano, natural de Társis – e sua cidadania romana seria útil para levar o evangelho pelo mundo gentílico e até o próprio imperador. Saulo era um hábil fazedor de tendas, profissão útil em seu tempo que lhe dava mobilidade e recursos como plantador de igrejas onde outros não teriam recursos para se estabelecer. Seu conhecimento de língua e cultura grega lhe facilitava a pregação entre gentios, mesmo entre os mais cultos. Seu conhecimento e habilidades judaicos lhe facultava acesso às sinagogas e ao coração de muitos que aguardavam a chegada do messias.

Mesmo que Ananias não visse, mesmo que ele nem pensasse nisso ou não percebesse o plano de Deus, Saulo era um instrumento habilmente preparado, escolhido para levar o nome de Cristo perante os gentios (Rm 11:13), perante as altas autoridades onde muitos outros judeus teriam mais dificuldade para chegar, e, também, perante os filhos de Israel – muitos creriam, mas muitos rejeitariam e odiariam a Saulo, perseguindo-o, chegando mesmo a se comprometerem sob juramento a matá-lo (At 23:12).

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