O REI CHEGOU! TODOS À PRESENÇA DO REI
Jesus convoca os
seus primeiros discípulos – Pedro, Tiago, João e André, transformando-os, de
pescadores comuns, em pescadores de homens. Os novos discípulos deixam tudo,
pronta, imediata e plenamente.
A primeira lição:
dia de culto é dia de estar na casa de Deus (v. 21) porque só nela as maravilhosas doutrinas da graça de Deus
são acessíveis.
Não podemos perder
de vista o quadro geral – Marcos apresenta Jesus como o rei que vai passando e
anunciando que está tomando posse do seu reino. Ele é o rei que inicia seu
ministério afirmando que o Espírito do Senhor está sobre ele para anunciar as
boas novas aos cativos e, principalmente, anunciar o ano aceitável do Senhor (Lc 4:18-19). Como Marcos propõe-se a provar este ponto
de vista? Como provar que Jesus é, de fato, o rei, o Senhor, o messias?
Simples, demonstrando o que ele fez naqueles dias, focando em seus atos para
demonstrar a sua autoridade.
Quem é Jesus? Como
ele prova a sua autoridade? De que maneira ele pode ser reconhecido como o
Senhor e Messias através do que viram e ouviram seus seguidores (I Jo 1.1-4)? Os registros feitos por Marcos, a maior
parte a partir das memórias de Pedro, embora algumas sejam autobiográficas (Mc 14:51), trazem
preciosas informações que nunca foram questionadas, nem mesmo pelos inimigos do
cristianismo dos primeiros séculos).
Porque Cafarnaum?
Porque não outra sinagoga qualquer, em Nazaré ou Tiberíades? Porque Jesus
queria falar àquelas pessoas, elas, aquelas, naquele momento, eram o alvo da
sua mensagem – era àqueles corações que ele queria falar – como certamente quer
falar ao seu coração, embora existam edifícios maiores e mais suntuosos onde,
talvez, homens falem acaloradamente – todavia, sem ouvirem a sua voz mansa e
suave.
Cafarnaum viria a se
tornar o centro da atividade de Jesus, onde, aparentemente, fixou sua
residência (Jo
1.38-39) é a única cidade chamada de cidade de Jesus
(Mt 9:1). Dali também
levou seus primeiros discípulos (André, Pedro, Tiago, João e Levi). Estava
localizada na margem norte do mar da Galiléia, 5km a oeste da foz do Jordão,
35km de Nazaré – apesar de ser uma vila sem grandes construções era importante
centro coletor de impostos servindo de entreposto entre as regiões norte e
leste da Galiléia.
JESUS – A AUTORIDADE PARA ENSINAR
21
Depois, entraram em Cafarnaum, e, logo no sábado, foi ele ensinar na sinagoga. 22 Maravilhavam-se da sua
doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.
Como era costume de Jesus,
aos sábados, dia de culto, ele se dirigia às sinagogas, onde havia culto. Lugar
de adorador é no lugar de adoração na hora de adoração. Não poderíamos esperar
atitude diferente daquele que veio cumprir toda a lei – do contrário poderíamos
dizer que Jesus teria cometido pecado em desobedecer a ordem que encontramos na
carta aos hebreus, acrescida de séria advertência aos desobedientes (Hb 10:25-27).
O Jesus que Pedro e
Marcos conheceram, e do qual davam testemunho, era aquele que ensinava e
continua ensinando no templo, mesmo quando ameaçado de morte (Lc 19:47). É a sabedoria de Deus que veio para romper as trevas da ignorância –
e, assim como em seu nascimento ele não esteve no palácio, ele também não
procurou as suntuosas sinagogas existentes mas falou aos pobres e humildes. Um
prédio simples para gente humilde que não foi esquecida pelo rei dos céus –
este é o local para onde Jesus se dirige (Sl 149:4).
Convém destacar que
era sábado, era o dia reservado para o culto, para a reunião pública em torno
da lei do Senhor – e naquele sábado o próprio doador da lei se fazia presente
entre eles para lhes ensinar a sua vontade – aqueles que estavam presentes
foram contemplados com um privilégio maravilhoso. Aquele era o dia reservado
para a adoração ao Senhor – aquele era o lugar reservado para a adoração ao
Senhor, e o Senhor não os decepcionou. Lucas registra este evento de maneira
bem mais sucinta, mas não deixa de destacar o mesmo que Marcos – a admiração de
todos pelo seu ensino e a fama que logo se espalha pela região (Lc 4.14-15) – e logo sendo alvo do ciúme dos religiosos
profissionais, como os escribas que não tinham a mesma autoridade.
Dada a irrelevância
cultural e a pobreza da cidade provavelmente só eram enviados para ensinar na
sua sinagoga escribas menos habilidosos ou iniciantes – que, por não terem
condições de provar suas afirmações citavam outros escribas mais conhecidos ou
escritos de escribas famosos já mortos, por isso é dito deles que não tinham
autoridade, baseavam suas pregações na autoridade de terceiros. Não ousavam
interpretar a lei, citavam outros intérpretes. O povo só tinha este modelo para
comparar com Jesus – escribas inexperientes e inábeis, inseguros e sem
autoridade própria. Usavam do artificio da citação, com abundantes “como disse
fulano”, “ segundo beltrano” – frases que nunca aparecem nos lábios de Jesus
como muletas, pelo contrário, Jesus ousa ir além do ensino reconhecido (Jo 4:35).
Diante de Jesus só
lhes restava ficarem maravilhados, extasiados, fora de si pela verdade simples
da Palavra de Deus. Estavam acostumados com palha e agora recebiam alimento
substancial porque havia em Jesus algo que nem mesmo o mais hábil doutor da lei
jamais possuiria: a autoridade para ensinar o caminho para agradar a Deus –
somente ele podia dizer “vinde após mim” (Mt 4:19).
Somente ele poderia
dizer “deixa tudo e segue-me” (Mt 19:21). Mesmo o hábil Nicodemus teve que admitir que, realmente precisava
nascer de novo (Jo 3:7). E nenhum escriba podia dizer que era a
ressurreição e a vida (Jo 11:25). Só Jesus podia fazer tais afirmações (Jo 8:58).
JESUS – AUTORIDADE ESPIRITUAL
23 Não
tardou que aparecesse na sinagoga um homem possesso de espírito imundo, o qual
bradou: 24 Que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste para
perder-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus! 25 Mas Jesus o
repreendeu, dizendo: Cala-te e sai desse homem. 26 Então, o espírito
imundo, agitando-o violentamente e bradando em alta voz, saiu dele. 27
Todos se admiraram, a ponto de perguntarem entre si: Que vem a ser isto? Uma
nova doutrina! Com autoridade ele ordena aos espíritos imundos, e eles lhe
obedecem! 28 Então, correu célere a fama de Jesus em todas as
direções, por toda a circunvizinhança da Galiléia.
Já vimos que Marcos
apresenta Jesus como um rei a percorrer o seu reino anunciando a sua autoridade
absoluta – acontece que, enquanto o rei não veio tomar posse, impostores e
usurpadores acharam-se no direito de tomar declararem-se donos de pequenas
porções, estabelecendo pequenos feudos como se fossem seus. E chegam ao
atrevimento de criar embaraços mesmo no lugar destinado à glorificação do Rei
dos reis – é-nos dito que e logo, de imediato, sem tardança surgiu na sinagoga
um homem possesso de um espírito imundo.
O relato de Marcos é
feito de maneira que deixa-nos entender como um fato decorrente do fato de
Jesus ensinar com autoridade ali desconhecida que o possesso invadiu a sinagoga
– quase que um contraste, como se antes, quando não havia autoridade alguma nos
ensinos dos escribas, o endemoninhado (que ninguém estranha estar ali naquele
estado, alguém provavelmente conhecido de todos) não aparecia na sinagoga
agindo daquela maneira.
O discurso é de
contestação: o que nós temos que é vosso, Jesus de Nazaré? Porque vieste para
causar a nossa ruina? E, finalmente, de reconhecimento de quem Jesus era, sem,
contudo, disposição para a obediência: percebo que és o santo de Deus.
Diferente do que vemos impostores fazendo, Jesus não estava ali para
entrevistar demônios – verdadeiros ou falsos. Ele estava ali para ensinar a
palavra de Deus, e manda que o espirito se cale. Não era lugar para impostores
falarem, nem mesmo se falassem a verdade.
A presença de Jesus
ali cumpria as profecias de que, na região mantida na obscuridade surgiria
grande luz. Ali a luz do mundo brilhou, a luz do evangelho se fez presente e as
trevas teriam que recuar – mas não sem tentar causar algum tipo de oposição ou
constrangimento. E aquele homem possesso de espírito imundo contrapõe-se ao Espírito
Santo que ungiu a Jesus para anunciar o ano aceitável do Senhor aos pobres e
esquecidos da desprezada Galiléia.
Sua atitude de
desprezo e escarnio ante Jesus é como se dissessem: já estamos aqui há bastante
tempo, este lugar é nosso, seu lugar não é aqui. Não venha destruir ou
perturbar a nossa ação. Embora maravilhados do ensino de Jesus, os habitantes
de Cafarnaum não tinham como saber quem realmente era Jesus e aparentemente não
entenderam o que o endemoninhado dizia a respeito de Jesus – talvez pensassem
que era só mais uma loucura pois como alguém poderia ser o Santo de Deus?
Satanás queria
audiência, queria palco para fazer seu show, queria que as pessoas parassem de
refletir no ensino de Jesus para se ocuparem da distração que ele
proporcionava. Mas Jesus não permitiu que sua autoridade para ensinar fosse
contestada, e exerce sua autoridade sobre os espíritos mandando-o calar e sair
– e mesmo com estardalhaço e violência o espirito imundo tem que obedecer. Diante
da eficácia da palavra de Jesus todos se admiraram ainda mais e discutiam entre
si sem chegar a uma conclusão – para eles tudo aquilo era absolutamente novo,
seria, porventura, uma nova doutrina? Quem era aquele que mostrara ter mais
autoridade que o próprio diabo? De onde vinha tamanha autoridade que fazia até
os demônios se submeterem? E não tardou para que eles, mesmo sem facebook ou
WhatsApp, logo espalhassem a notícia a respeito de Jesus por toda a região.
JESUS – AUTORIDADE SOBRE O CORPO
29 E, saindo eles da sinagoga, foram, com Tiago e João,
diretamente para a casa de Simão e André. 30 A sogra de Simão
achava-se acamada, com febre; e logo lhe falaram a respeito dela. 31
Então, aproximando-se, tomou-a pela mão; e a febre a deixou, passando ela a
servi-los.
Evidente que,
enquanto os moradores de cafarnaum disputavam entre si – provavelmente
conversando também com o homem que fora liberto do demônio, Jesus se retira
imediatamente do tumulto, sai da sinagoga e vai para a casa de Simão Pedro com
a companhia de seus outros pescadores de homens – André, Tiago e João. Jesus
dirigir-se para a casa de Simão indica que ele ainda não havia fixado residência em Cafarnaum, de acordo com o que
Mateus registra (Mt 8. 19-20).
Ali chegando eles
encontraram a sogra de Pedro com febre alta, literalmente “como que em fogo”.
Jesus já havia demonstrado autoridade para ensinar – e todos ficaram admirados.
Jesus também havida demonstrado possuir poder sobre os demônios – e todos
ficaram maravilhados. Até onde este novo mestre podia ir com sua nova doutrina?
Quem era capaz de
expulsar demônios seria capaz de expulsar uma febre também? Quem tem tamanha
autoridade espiritual teria, também, autoridade sobre o corpo? O que eles ainda
não sabiam é que Cristo tem autoridade sobre tudo (Mc 4:41), autoridade sobre todas as coisas, tanto as do céu quanto as da terra
(Mt 28:18). O
que Jesus faria?
Talvez tenham se
dirigido a Jesus na esperança de que ele, com alguma palavra diferente, com
algum procedimento espetacular fizesse alguma coisa para curá-la, mas, atônitos,
veem Jesus se dirigir à mulher e, simplesmente, tomá-la pela mão, como se ela
não estivesse doente, e ela se levanta, imediatamente passando a servi-los. De
um instante para outro a mulher que ardia em febre estava, agora, servindo a
todos como se nunca tivesse tido febre alguma – a febre a abandonou sem sequelas,
sem período de convalescença, e tudo com a simples demonstração da vontade do
Senhor.
Quem mais, além de
Jesus, tem plena autoridade sobre as coisas da terra? Quem mais, além de Jesus,
tem plena autoridade sobre as coisas espirituais? Quem mais, além de Jesus, tem
plena autoridade para exercer domínio sobre as hostes infernais? Quem mais,
além de Jesus, é capaz de exercer pleno poder curando os enfermos – seja qual
for a enfermidade que os atormente?
É este Jesus que
está diante dos discípulos – é este Jesus que causa admiração e espanto nas
multidões de Cafarnaum. É este Jesus que, logo depois, seria desprezado em
Nazaré. É este mesmo Jesus que, ainda hoje, deixa atônitos e boquiabertos todos
quantos se aproximam dele, seja para crer ou para se manterem incrédulos porque
não conseguem perceber que ele é, de fato, o filho de Deus, o messias
prometido. Eles conseguiam perceber que ele era diferente. Que ensinava
diferente. Que agia diferente. Mas a sua religiosidade, seu treinamento para
receberem as migalhas religiosas dos escribas não lhes deixava perceber que
diante deles estava o pão da vida, a água viva (Jo 6:35) tão
belissimamente predita pelo profeta Isaías (Is 55:1).
JESUS - AUTORIDADE ABSOLUTA
32 À tarde, ao cair do sol, trouxeram a Jesus todos os
enfermos e endemoninhados. 33 Toda a cidade estava reunida à porta. 34
E ele curou muitos doentes de toda sorte de enfermidades; também expeliu muitos
demônios, não lhes permitindo que falassem, porque sabiam quem ele era.
Todos estes eventos
ocorreram em um sábado, e isto é um dos fatores que explica porque os nazarenos
tenham levantado oposição contra Jesus (Jo 7:23). O outro fator é o fato de Jesus ser de
Nazaré, conhecido de todos e, por isso, todos acreditavam que Jesus era apenas
um como qualquer outro deles (Lc 4:24). O sábado era o dia de descanso e de culto para os judeus – e Marcos
registra que, ao cair da tarde, isto é, ao findar o dia de culto, quando os
serviços religiosos cessaram, quando os escribas guardavam seus rolos e
pergaminhos e se dirigiam para Jerusalém dando por terminada sua provação em
Cafarnaum, que a população vai até Jesus.
Aquelas pessoas que
ficaram atônitas e maravilhadas com as palavras e ações de Jesus não estavam
satisfeitas. Provavelmente jamais foram atrás de um dos escribas, mas vieram
procurar Jesus. E trouxeram pessoas que sofriam de toda sorte de enfermidades e
misérias, inclusive alguns que tinham sobre si o domínio de demônios. Ele dominou
um demônio – poderia dominar vários? Ele curou uma mulher, sogra de um
seguidor, em uma casa fechada, em um ambiente controlado. Poderia fazer isto
com vários doentes, desconhecidos, e ao ar livre, à vista de todos?
Marcos nos diz que toda a cidade estava reunida à porta da
casa de Simão. Não pense em ruas largas, em avenidas como as que conhecemos,
mas em ruelas, estreitas, de 3m ou menos de largura – e toda a cidade se
apertando, carregando doentes, conduzindo endemoninhados e todos querendo
chegar o mais perto possível da porta. Imagine o tumulto, sem tropa de choque,
sem organização ou ordem.
Os escribas iam
embora, cumpriram sua missão – a de Jesus estava apenas começando, ele não iria
embora, ele não havia terminado o seu expediente pois havia vindo para buscar
as ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 15:24). Para ele era tempo de trabalhar, e ele
curou muitos doentes, muitos que estavam cativos dos poderes satânicos, sempre
fazendo questão de não lhes permitir serem o centro das atenções, não lhes
deixando falar o que eles sabiam, pois não era função do diabo anunciar a
chegada do messias, mas suas obras diriam quem ele era (Jo 14:11).
Todos já tinham
visto que ele era mais que um escriba, que era mais que um doutor da lei –
faltava-lhes reconhecer que ele era o que João Batista anunciara como o
cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1:29) – até mesmo gentios reconheceriam o que os
judeus se recusavam a ver (Mt 27:54).
Os endemoninhados
sabiam quem ele era – nós, em situação muito melhor, também já sabemos quem ele
é. Os demônios se submetiam à sua autoridade mas se recusavam a adorá-lo (Tg 2:19). Quantos de nós, sabendo quem ele é, em
posição melhor do que a dos judeus de Cafarnaum e Nazaré, permanecemos em
rebeldia contra o Santo de Deus?
VOCÊ E O SENHORIO DE JESUS
Histórica e
biblicamente as pessoas têm assumido duas atitudes a respeito de Jesus. Mesmo
quando ficam maravilhados de seus ensinos, mesmo quando reconhecem nele haver
algo de superior a tudo o que conhecem, são sempre duas atitudes. Não há como
agir diferente, embora as ações concretas, as explicações, as justificativas
para a primeira possam variar. Deixe-me fazer uma pergunta para você: que
atitude você vai tomar diante do conhecimento que tem de que Jesus é o Senhor
de tudo, do corpo e do Espírito, o Filho que nos revela Deus (Cl 1:15) e é, ele próprio, em si mesmo, a plenitude
da divindade (Cl 2:9)?
A duas atitudes
estão expressas na parábola das bodas registrada em Lc 14.15-24, na qual muitos
foram convidados para uma grande ceia (Lc 14.16). Ninguém se propõe a dar uma grande ceia
sem antes avisar os convidados, para que se programem. E alguns dos convidados
apresentaram desculpas muito boas, mas que não resistiriam a um julgamento mais
detalhado.
REJEIÇÃO
O primeiro disse que
já tinha comprado um campo e precisava ir vê-lo (Lc 14.18) – mas quem compra um campo sem antes olhá-lo? E quem já comprou um
campo não pode deixar para ir no dia seguinte?
O segundo diz ter
comprado cinco juntas de bois e que vai experimentá-los. Numa sociedade onde
uma junta de bois era equivalente a um trator, ninguém compra uma, quanto mais
cinco juntas de bois sem antes ver se eles eram, realmente hábeis no trabalho (Lc 14.19).
O terceiro deu a
desculpa mais justa, porém, a mais furada de todas (Lc 14.20). Poderia, ao ser convidado, dizer que tinha um compromisso, que a
data era inapropriada por estar de casamento marcado, mas depois de a ceia
pronta, responder (nem se deu ao trabalho de avisar) que estava em lua de mel?
De um dia para o outro?
Todos somos capazes
de arranjar desculpas. Quais as suas? Que desculpas usa para não reconhecer o
senhorio de Jesus em sua vida? Que desculpas tem para não entregar a sua vida
ao Senhor neste momento, atendendo ao seu chamado para a grande ceia? Lembre-se
que aqueles que rejeitaram ficarão de fora pra sempre (Lc 14:24).
ACEITAÇÃO INCONDICIONAL
A segunda atitude é
a de aceitação incondicional e sem melindres. Os que não foram convidados, que
ficariam de fora, foram, então, chamados, à última hora (Lc 14.21). Sabiam não serem dignos, não possuírem roupas adequadas para a
festa, não possuíam atributos pessoais que os qualificassem, mas mesmo assim
atenderam prontamente. Não se importaram de não terem sido convidados com
antecedência. Não se importaram de atenderem ao chamado só porque ainda havia
vagas (Lc 14.22).
Para quem é
convocado pelo rei não há condições a serem impostas – há apenas o dever de
atender, como fizeram Simão e André (Mc 1.16-17). Ou como
agiram Tiago e João (Mc 1.19-20). Ou como agiu Mateus (Mt 9:9).
Ninguém tem
pré-requisitos para colocar condições para o rei. Todos os que tentaram
falharam, como os que pediram garantias para segui-lo (Mt 8:19), ou que Jesus desse um tempo (Lc 9:59) ou que não exigisse tudo (Mc 10:21).
Vou dizer isto de
outra maneira – Jesus não precisa de nenhum de nós. Nenhum de nós tem nada que
possa oferecer para completar algo que ele já não tenha. Nós precisamos dele.
Sem ele nada somos, e tampouco nada podemos fazer (Lc 12:26).
Que atitude você
toma agora? Você acabou de receber um convite – a mesa está posta, a resposta
tem que ser dada agora. Vai recusar? Vai ser rebelde? Ou vai, alegremente,
atender ao chamado. Oro para que o Espírito Santo incline o seu coração,
dando-lhe nova direção e disposição (Fp 2:13). Vem!
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