segunda-feira, 25 de maio de 2015

RESULTADOS DO TESTEMUNHO DE UMA VIDA TRANSFORMADA PELA GRAÇA DE DEUS EM CRISTO

RESULTADOS DO TESTEMUNHO DE UMA VIDA RESTAURADA PELA GRAÇA DE DEUS EM CRISTO JESUS




35 Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava. 36 Procuravam-no diligentemente Simão e os que com ele estavam. 37 Tendo-o encontrado, lhe disseram: Todos te buscam. 38 Jesus, porém, lhes disse: Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de que eu pregue também ali, pois para isso é que eu vim. 39 Então, foi por toda a Galiléia, pregando nas sinagogas deles e expelindo os demônios.
40 Aproximou-se dele um leproso rogando-lhe, de joelhos: Se quiseres, podes purificar-me. 41 Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: Quero, fica limpo! 42 No mesmo instante, lhe desapareceu a lepra, e ficou limpo. 43 Fazendo-lhe, então, veemente advertência, logo o despediu 44 e lhe disse: Olha, não digas nada a ninguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para servir de testemunho ao povo.
45 Mas, tendo ele saído, entrou a propalar muitas coisas e a divulgar a notícia, a ponto de não mais poder Jesus entrar publicamente em qualquer cidade, mas permanecia fora, em lugares ermos; e de toda parte vinham ter com ele.
Mc 1.35-45

RELIGIOSIDADE ≠ RELACIONAMENTO COM JESUS

Quantos milagres Jesus fez? Não sabemos – ninguém sabe. O máximo que podemos fazer é contar os milagres que foram relatados na Escritura – mas isto não nos levaria a lugar algum. Por certo, mais importante do que quantos, a pergunta que deveria ser feita é: qual o propósito dos milagres? Para isto temos uma resposta em João – eles foram feitos para que creiamos que Jesus Cristo é o Filho de Deus, e, crendo, obtenhamos vida em seu nome (Jo 20:31).
Embora os milagres atestassem a messianidade de Jesus, pouco é dito sobre a fé em Jesus como fruto destes milagres. Mesmo quando ela se faz presente ela não atinge muitas pessoas – em muitos casos, é o testemunho posterior do milagre que produz conversões, como no caso da mulher de Samaria (Jo 4:39) ou do endemoninhado da região de Gadara (Mc 5:19).
Na região de Cafarnaum Jesus realizou muitos milagres – transformou água em vinho, curou a sogra de Pedro e vários doentes e endemoninhados. Mas, mais tarde, é dito que naquela mesma região ele não fez muitos milagres por causa da incredulidade deles (Mt 13.57-58). Eles estavam satisfeitos com o que tinham de Jesus – tinham sua história, sua família, não precisavam dele como messias. Há uma grande diferença entre religiosidade relacionamento com Jesus, o Cristo. Religioso qualquer um pode ser, buscar uma divindade qualquer um pode buscar (At 17:22), mas conhecer o Deus verdadeiro e a Jesus Cristo é somente para aqueles a quem o Espírito de Deus conceder (Lc 10:22).

I. NÃO FIQUE PRESO A UMA RELIGIOSIDADE QUE JULGAS SATISFATÓRIA

Depois de muitos milagres, depois de tantas curas e libertações espirituais, depois de tantos eventos extraordinários era natural que as multidões se sentissem interessadas, impelidas pela curiosidade para ver cada vez mais o que Jesus era capaz. E eles veriam – mas seriam poucos os que creriam. Sua cegueira espiritual os impedia de verem a luz do mundo (Jo 8:12), e, para cegos, nem toda a luz do mundo é suficiente para que venham a enxergar. A sabedoria clamava e ainda assim eles não conseguiam ouvi-la (Jo 10:27).
Qual o problema deles? A resposta é que eram religiosos, eram mestres, tinham conhecimento, tinham história, sabiam tudo – mas não conheciam a Jesus, não o conheceram como o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1:29). Não o reconheceram como Senhor e salvador (Jo 1:11), nem mesmo com uma última ajudinha de Pilatos e sua placa trilíngue sobre a cruz (Jo 19:19).
Podemos afirmar que os judeus estavam satisfeitos com o que Jesus já havia feito, queriam que ele os saciasse naquele nível de bênçãos temporais. Assediavam a Jesus sem dar-lhe descanso ou tempo a ponto dele retirar-se às escondidas para um lugar deserto dedicar-se à oração – era alta madrugada, madrugada de noite, isto é, era a ultima vigília da noite, entre 3 e 6h da manhã. Logo que deram por sua falta Simão, o dono da casa, juntamente com os que com ele estavam, isto é, com André, João e Tiago, saíram a procura-lo diligentemente, o que não deve ter sido uma missão muito difícil porque eram daquela região, conheciam-na muito bem.
Quando o encontraram, não tinham nada a lhe dizer senão o óbvio – todos buscavam a Jesus, todos o queriam. E era natural que o buscassem e o quisessem. Quem não iria querer em seu meio alguém capaz de curar enfermidades para as quais não existia remédio, libertar cativos do diabo diante de quem todos eles eram absolutamente incapazes. E Jesus sabia que seria assim – mas eles o buscavam pelo motivo errado. O próprio Pedro o buscava muito mais por ser o anfitrião do que por ver, nele, o messias.
Observe que esta acomodação era comum tanto aos judeus, de um modo geral, e, por inacreditável que seja, até mesmo para os discípulos de Jesus. Devo lamentar que esta acomodação não se limitou àquela época – ainda hoje há discípulos de Jesus extremamente acomodados e refastelados em sua zona de conforto – da mesma maneira que há incrédulos satisfeitos com sua religiosidade que não pode lhes dar a satisfação dos anseios da alma humana – a salvação de suas almas.

II. NÃO SE LIMITE A TER APENAS CURIOSIDADE SOBRE JESUS

Jesus não veio simplesmente para satisfazer curiosidade religiosa (Lc 13:32). Jesus veio para trazer restauração de vidas e liberdade, para conduzir homens e mulheres ao arrependimento e à salvação. Quando vejo o Jesus que é pregado em todos os cantos fico abismado pensando: Jesus não se reconheceria ali, nem os apóstolos de Jesus reconheceriam aquela mensagem como se fosse o fundamento dos apóstolos e profetas. Talvez batessem na cabeça e no peito e exclamassem: “Fizemos tudo errado”. Mas não fizeram não. Eles foram inspirados pelo Espírito Santo, fizeram o que o Senhor lhes havia ensinado e transmitiram este ensinamento a pessoas idôneas (II Tm 2:2).
Enquanto as multidões o procuravam, Jesus não se presta ao papel de pop star, não intenta satisfazer a idolatria das multidões. Ele não veio para isso. Não veio para ser mais um dado na religiosidade mundana. As multidões o queriam – Pedro queria conduzi-lo para o meio da multidão, em sua vila, em sua cidadezinha esquecida e desprezada. Enquanto Pedro tenta conduzi-lo ele os chama com autoridade para outras vilas, com o intuito de lhes anunciar formalmente a chegada do reino de Deus. Foi para isso que ele veio, para pregar o reino de Deus, para anunciar o ano aceitável do Senhor a todos os oprimidos, e não apenas a alguns de Cafarnaum e região.
Jesus afirma que veio de bom grado, não foi obrigado a vir, mas veio com o intuito de cumprir uma missão e o fazia alegremente (Jo 18:37). E logo eles foram, sob a autoridade de Jesus, seguindo-o como ovelhas seguem ao pastor, para outras povoações vizinhas, passando e anunciando em todas as sinagogas delas, atravessando toda a Galiléia – e junto com a pregação a anunciada libertação proporcionada pela Palavra (Jo 8:32) também produzia curas espirituais.
Jesus veio para os perdidos da casa de Israel, veio para os necessitados e seu ministério foi de compaixão, mesmo quando teve que enfrentar as relutâncias religiosas vigentes no seu tempo, como ao curar o homem da mão ressequida num dia de sábado (Lc 6.9-10).
Assim como havia pessoas absolutamente religiosas e satisfeitas com sua religiosidade, não é nada diferente hoje em dia. Ainda há pessoas religiosas e curiosas. Assim como havia multidões que seguiam a Jesus por curiosidade e por causa das bênçãos materiais, elas existem ainda hoje. A resposta de Jesus ainda é a mesma: ir por toda parte anunciando a chegada do reino – especialmente aos desprezados e excluídos como eram os galileus. E eles ainda estão por aí, vagando na região da sombra da morte até que lhes surja grande luz (Is 9:2).

III. ENTENDA QUE SOMENTE CRISTO TEM AUTORIDADE PLENA

Diante de uma prova inesperada, a presença de um leproso que, diferente dos demais que fugiam das cidades com medo das pedradas, ou que andavam gritando “leproso” para que as pessoas se afastassem do caminho, aquele homem vai até Jesus e lhe dirige a palavra. Embora suas palavras pareçam, à primeira vista, de desafio, de uma chamada a Jesus provar sua autoridade, na verdade, ele se põe numa atitude de completa sujeição a Jesus.
Ele não faz como muitos incrédulos que, inadvertidamente e presunçosamente bradam: “Deus, se tu existes, faça isso ou aquilo”; “Se tu estás ouvindo, então eu te desafio a fazer uma coisa ou outra”. Ainda bem que Deus não ouve pecadores e seja longânimo em misericórdia (II Pe 3:9), embora veja o que eles fazem e retribua a cada um segundo as suas obras (Pv 24:12).
Ele se ajoelha diante de Jesus, coisa que os judeus não faziam diante de ninguém nem mesmo para preservarem a vida. Era um ato de reconhecimento da autoridade e soberania de Jesus Cristo, um ato de completa rendição – um tipo de rendição que um judeu só faria diante de Deus. Antes que alguém diga que ele era um ignorante, temos, também, o exemplo de Jairo. Como Jairo, ele reconhece que Jesus possui uma vontade que não pode ser combatida ou vencida. Ele sabia que Jesus tinha poder para curá-lo. O que ele precisava era saber se Jesus queria curá-lo. E então ele diz a Jesus: Senhor, se quiseres, se tiveres a vontade ou a intenção de curar-me, sei que tens poder para purificar-me.
Pedro, que estava presente, deve ter olhado para o rosto de Jesus, para ver sua reação – e diferente do que a maioria dos rabinos fazia, afastando-se para não ser contaminado, ele vê algo diferente no rosto de Jesus, algo que ele interpretou como compaixão, como incômodo e sofrimento com a dor do outro. Jesus se compadece, isto é, ele padece junto, e, estendendo a sua mão direita, para surpresa de todos, toca no leproso e diz que sua vontade, seu desejo, seu propósito é que ele fique limpo. Sim, Jesus tinha poder para purificá-lo – e também tinha o desejo de purificá-lo.
Imediatamente a lepra o deixa, e ele fica, então, purificado, são de uma doença cujo diagnóstico representava uma sentença de morte, uma lenta sentença de morte, longe de tudo e de todos, fora do convívio familiar e das cidades. Mas agora este não era o destino daquele ex-leproso de nome desconhecido mas com uma história conhecida em todos os lugares onde o evangelho do Senhor é chegado – não porque ele seja importante, mas porque, nele, a glória de Cristo foi mais uma vez demonstrada, seu poder e graça são vistos e sua autoridade é estabelecida, como rei que expulsa os inoportunos impostores.

IV. CREIA NO TESTEMUNHO DAS ESCRITURAS A RESPEITO DE JESUS

Embora Marcos não esclareça o motivo, Jesus o expulsa energicamente da sua presença com uma severa admoestação, quase com um aviso ameaçador para que não divulgue o que lhe havia acontecido. Porque Jesus o tratou com rispidez? Sabemos que Jesus conhece a natureza humana (Jo 2:25) e por algum motivo não lhe permite que fique com ele – como, aliás, aconteceu com o endemoninhado gadareno (Mc 5:19).
A ordem que Jesus lhe dá é que a ninguém comunique o que lhe foi feito, mas que se dirija imediatamente ao sacerdote local para mostrar sua gratidão a Deus, oferecendo o sacrifício correspondente por sua purificação. O Jesus que seria odiado pelos religiosos, o Jesus que os sacerdotes queriam matar (Jo 7:19) é o mesmo Jesus que ordena a um ex-proscrito que cumpra a lei – a mesma lei que eles acusariam Jesus de desobedecer.
 Mais eficaz do que falar o que Jesus tinha feito era ser, no templo, formalmente restaurado à sua comunidade, à sua vida social e religiosa. Este era o local onde ele poderia dar um testemunho mais eficiente de sua transformação. E isto também é uma dura advertência àqueles que acham que podem ser cristãos, podem ser discípulos de Cristo sem, ao mesmo tempo, precisarem da Igreja. Aquela era a Igreja de seus dias – era nas sinagogas que Jesus ensinava. Era no templo que ele adorava. E como alguém pode dizer que segue os passos de Cristo sem seguir-lhe o exemplo? Mas antes que alguém diga que aquilo era algo da lei, lembremos as palavras do próprio Jesus que não veio para abolir a lei, mas para cumpri-la (Mt 5:17) – se ele a respeitava integralmente, porque podemos nos achar no direito de desrespeitá-la parcialmente (Hb 10:25).
Mas aquele homem não podia guardar para si somente o que lhe havia acontecido. Ele era como que um nascido de novo – era como se, de um condenado à morte em vida, agora pudesse novamente ter vida. Como não contar isso para sua família? Como não contar para seus amigos? Como não proclamar a todos o que lhe havia acontecido – e como esconder que fora o até aqueles dias desconhecido Jesus, de Nazaré (Jo 1:46), quem lhe havia restituído à vida?
Tamanho foi o impacto deste testemunho – e de outros, certamente – que Jesus não podia mais entrar nas cidades ou vilas com suas ruas estreitas e multidões sempre ávidas por chegar-lhe perto. Jesus passou a não aparecer mais nas cidades, mas, mesmo fora das portas, mesmo nos lugares desertos, as multidões vinham até ele de todos os lados – porque o testemunho de sua graça e poder havia chegado até seus ouvidos.

O QUE VOCÊ QUER SER?

A maioria das pessoas que creram em Jesus o fez por causa do testemunho sobre quem ele é e o que ele fez. O número dos que creram no testemunho dos crentes a respeito de seu ministério, identidade, morte e ressurreição foi 6 vezes maior do que os que viram-no ressurreto (I Co 15:6).
Diante disso, creio ser desnecessário dizer para a Igreja sua tarefa de testemunhar quem é Jesus, o que Jesus fez e faz, de anunciar sua vida, sua morte e sua ressurreição, de afirmar sua fé no retorno glorioso do Senhor Jesus (Mt 28.19-20). Ninguém precisa de treinamento teológico para dizer o que Jesus lhe fez – ou será que os crentes do sec. XXI estão menos preparados do que um ex-possesso gadareno (Mc 5:19)?
Diante de você quero colocar duas opções – e não existe uma terceira, não existe um meio termo. Só existem estas duas – e, de antemão, rogo a Deus que lhe incline o coração para ser, verdadeiramente, um cristão.

VOCÊ PODE SER UM MERO RELIGIOSO

Em todos os lugares, independente da cultura, do grau tecnológico, se norte, sul, leste ou oeste, se no oriente ou no ocidente, é muito fácil ser religioso. Todos os lugares do mundo possuem uma religião dominante. Alguns lugares preferiram uma multiplicidade religiosa onde cada um constrói sua própria religiosidade, e, às vezes, encontramos pessoas que seguem duas religiões contraditórias entre si, como, por exemplo, declarar-se cristão e ao mesmo tempo espírita. Observe que elas não são antagônicas – elas são apenas contraditórias. Outro exemplo é o sincretismo cristianismo e umbanda – um defende a existência de um único Deus, enquanto o outro adora divindades de todos os tipos, mesmo incorporadas a um panteão de semideuses mais parecido com a religiosidade greco-romana.
Paulo conheceu um grande centro religioso mundial, em Atenas. Aquela cidade já fora tida como o centro intelectual do mundo, deu numerosos filósofos e matemáticos dos quais ainda hoje estudamos suas teorias e proposições – mas era, também, uma cidade grega, e acentuadamente religiosa. Em todo canto havia um templo, e dedicaram uma praça para todos os deuses que conheceram em suas relações comerciais com o resto do mundo. Com o intuito de não deixar nenhum de fora, criaram um pedestal dedicado ao deus desconhecido, era o pedestal de todos os deuses e de nenhum deus em particular, porque, no instante em que fosse conhecido, eles o fariam descer dali e ir para outro lugar. Religiosos, mas sem Deus; acentuadamente religiosos, mas sem o Deus verdadeiro (Ef 2:12).
Assim é – com deuses, mas sem Deus. Com muitos intercessores, mas sem o único mediador (I Tm 2:5). O problema é que mesmo toda a religiosidade do mundo é insuficiente. Tudo o que o homem consegue construir é um castelo de fumaça, uma névoa que se desfaz ao romper da aurora. É preciso mais, mas é preciso mais não em quantidade, mas algo essencialmente diferente, maior, duradouro, eterno – e o homem não consegue construir nada eterno. Certa vez vi um homem religioso, mas que não conhece verdadeiramente a Cristo, escrever uma verdade que muitos cristãos não ousam proferir: Existem milhares de religiões, mas o caminho que nos leva a Deus é só um!

VOCÊ DEVE SER UM CRISTÃO GENUÍNO

Embora você possa ser qualquer coisa, e o mercado religioso é cheio de alternativas, muitas até muito parecidas com o verdadeiro cristianismo, o fato é que não é o que você pode ser que realmente importa – mas o que você deve ser.
Ser cristão é diferente de ser religioso – isto não quer dizer que o cristianismo não seja uma religião, ele é. Mas ele é mais que uma religião. Ele é a religião de Cristo. E Cristo não é mais um Deus – e o único Deus. Então, se há um só Deus, e se o único caminho para Deus é o próprio Senhor Jesus Cristo, então, se você quer realmente se relacionar com Deus, quer realmente conhece-lo, então, você deve ser um cristão verdadeiro. E como ser um cristão verdadeiro? Como ser verdadeiramente cristão em meio a tantas opções de cristianismo? Permita-me dar-lhe algumas orientações:
i.          SOLA SCRIPTURA: A primeira orientação é que você não aceite nada como matéria de fé que não possa ser provada pelas Escrituras. Somente elas são a Palavra de Deus – qualquer coisa, por mais bonitinha e até aparentemente eficaz que seja, que não esteja nas Escrituras, não deve ser digna de crédito. Se você quer ser cristão, deve considerar as Escrituras como sua única regra de fé e prática. Sim, você deve dizer que somente as Escrituras te bastam;
ii.        SOLUS CHRISTUS: A segunda orientação é que você não tenha ninguém mais em quem confiar a sua salvação além do Senhor Jesus Cristo – somente Cristo, e ninguém além de Cristo, pode te dar a vida eterna (a vida eterna é esta). Foi ele quem foi dado para a sua salvação, e ninguém mais. É isso, você deve ter como Senhor da sua vida somente Cristo;
iii.     SOLA FIDE: A terceira orientação é que você não tente colocar nada no seu coração além da fé em Jesus Cristo – qualquer acréscimo, qualquer obra, qualquer objeto é o mesmo que declarar Cristo incapaz e ineficiente – e ele é suficiente salvador para todos os que nele creem. Sim, você deve rejeitar tudo que é do homem e viver somente pela fé;
iv.     SOLA GRATIA: A quarta é que você não confie nem em você mesmo para a sua salvação – o homem antes de ser encontrado em Cristo está morto em delitos e pecados, e, desta maneira, não pode fazer nada para merecer a salvação – ela é um dom de Deus, um presente maravilhoso do seu amor gracioso. Não há outro meio de salvação senão somente a graça;
v.        SOLI DEO GLORIA: A quinta é que você fuja com todo o seu vigor, de qualquer impostor que queira ser glorificado. Satanás desejou glória e ainda a deseja. Satanás é um usurpador – e há muitos seguidores seus que querem ser vistos como grandes homens, como homens poderosos, como Simão, o mago, que, com seu dinheiro, sofreu dura condenação. O único digno de ser glorificado é o Senhor Deus. Somente a Deus dê glória.
Você percebe que eu não falei nada de liturgia, sistema de governo, jeito de cultuar? É importante? Sim, é, mas é mais importante que você adore em espírito e em verdade – e se você estiver adorando em espírito e em verdade o Espírito do Senhor vai te conduzir à toda verdade.


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