segunda-feira, 11 de maio de 2015

AS INIMAGINÁVEIS MANEIRAS DE DEUS ABENÇOAR SUA IGREJA - IV

IV. O AGIR DE DEUS SURPREENDE ATÉ A IGREJA

 26 Tendo chegado a Jerusalém, procurou juntar-se com os discípulos; todos, porém, o temiam, não acreditando que ele fosse discípulo. 27 Mas Barnabé, tomando-o consigo, levou-o aos apóstolos; e contou-lhes como ele vira o Senhor no caminho, e que este lhe falara, e como em Damasco pregara ousadamente em nome de Jesus. 28 Estava com eles em Jerusalém, entrando e saindo, pregando ousadamente em nome do Senhor. 29 Falava e discutia com os helenistas; mas eles procuravam tirar-lhe a vida. 30 Tendo, porém, isto chegado ao conhecimento dos irmãos, levaram-no até Cesaréia e dali o enviaram para Tarso.
A Igreja também não acreditava que esta transformação aconteceria – ela demorou para acreditar mesmo com evidentes sinais que esta transformação efetivamente aconteceu. A chegada de Saulo em Jerusalém alvoroçou toda a cidade. De um lado, os cristãos temiam uma armadilha ou uma recaída. Tinham medo de receber em seu meio o antigo perseguidor, o flagelo da Igreja em seus primeiros dias.
A Escritura registra a falha, o medo da Igreja, que o temia, não acreditando que ele fosse discípulo. Não é incomum a Igreja ter dificuldade em receber de braços abertos novos membros, especialmente com um histórico tão complicado como o de Saulo, e numa conversão tão recente e tão radical quanto esta.
Como, em semanas, a Igreja iria aceitar como evangelista, mestre e apóstolo quem havia participado do parecer jurídico que permitiu a morte de Estevão? Durante todo o seu ministério Paulo teve que lidar com esta desconfiança (I Co 9:1) e, apesar do trabalho muito bem feito em seu abundante ministério entre os gentios (I Co 9:2) se sustentava com sua confiança em Deus mais do que em seu trabalho realizado (I Co 15:10).
Sim, a conversão de Saulo foi inesperada, foi surpreendente, não foi pedida (e provavelmente nunca seria) pela Igreja. Provavelmente se perguntássemos qual o fim que gostariam que ele tivesse após ter ficado cego, dificilmente alguém iria responder que gostaria que ele recuperasse a visão e continuasse viajando por todo o mundo. Foi exatamente o que Deus fez – surpreendeu a Igreja, não a tirou do mundo, não evitou que houvesse perseguição, mas usou o maior dos perseguidores para fazer dele o maior dos seus propagadores.
O perseguidor logo passou a ser perseguido porque o mundo não mudou, o ambiente não mudou. O mundo continuava o mesmo – os apoiadores de Paulo continuavam agindo como filhos do diabo, continuavam odiando os filhos da luz, continuavam respirando ameaças de morte e logo um grupo de religiosos se uniu com o propósito de matá-lo – e, agora sim, a Igreja o abraçou como irmão, como uma parte do seu corpo (I Co 12:26).

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