Paulo
escreveu aos colossenses para lembrar-lhes quem eles eram – cristãos, pessoas
que antes eram escravas do pecado e foram resgatadas por Jesus, o libertador
inigualável. Pessoas que estavam num estado tão deplorável que ninguém poderia
fazer nada para se livrar da condenação e foi necessário que o próprio filho de
Deus se fizesse carne para resgatá-los da condenação à que faziam jus.
O
que os colossenses viviam não é nada diferente do que nós vivemos hoje. Ainda
encontramos pessoas no mesmo estado de perdição, e, nós também, fomos
encontrados este estado de perdição. Ainda encontramos pessoas tão incapazes
quanto nós éramos até que o filho do homem, que veio buscar e salvar o perdido,
veio e nos buscou e salvou (Lc
19:10).
As
ameaças sofridas pelos colossenses também continuam presentes, com disfarces
cada vez mais sutis e tem conseguido penetrar nas Igrejas com a mesma
frequência que penetrava nas Igrejas do sec. I. E assim como aqueles irmãos
tinham os apóstolos para defender a fé, também nos temos os mesmos apóstolos
para ajudar-nos na defesa da fé que uma vez por todas foi entregue aos santos (Jd 1:3). Assim como os cristãos precisavam cuidar de si
mesmos e da doutrina, os cristãos de hoje também precisam tomar os mesmos
cuidados (I Tm 4:16).
A VERDADE SOBRE A
AMEAÇA DAS FALSAS RELIGIÕES
Os
cristãos – dos quais os colossenses são um tipo, isto é, o que Paulo diz dos
cristãos colossenses, que eram pessoas reais, com problemas reais, exatamente
coo nós somos pessoas reais com problemas reais, e aos cristãos colossenses é
da Igreja e para toda a Igreja do Senhor são um tipo de pessoas que eram
escravos do diabo e foram libertados. Eram pessoas que estavam cativas do diabo
em seu império das trevas e foram de lá resgatadas por Deus para o império do
filho do seu amor, Jesus Cristo.
Os
cristãos são aqueles a quem foi revelado o mistério oculto dos séculos –
Cristo, aquele em quem habita corporalmente a plenitude da divindade e em quem
estão ocultos todas as riquezas da sabedoria e do conhecimento.
Todavia,
a fé genuína sempre foi e sempre vai ser ameaçada pelo inimigo. Desde o Éden é
assim, quando lançou dúvida sobre a fé simples que os primeiros pais tinham – e
quando Eva duvidou da cristalina palavra de Deus ele obteve sua primeira
vitória, criando uma religião alternativa.
Satanás
sabe que não pode destruir a semente da religião que Deus implantou no coração
dos homens (semen religionis) e por isso o induz a uma falsa religião – não
é por outro motivo que existem tantas falsas religiões no mundo – elas são
frutos da mentira e ele é o pai da mentira (Jo 8:44).
Satanás também sabe que não pode destruir a
ideia de Deus na mente dos homens (sensus divinitatis) por isso oferece
deuses alternativos – e mesmo os ateus precisam de uma noção de divindade para
combater, por isso existem ateus que combatem o Deus dos cristãos, ateus que
combatem o deus dos muçulmanos, ou os deuses do hinduísmo... mas todos eles
precisam de uma divindade para se colocarem como adversários.
Satanás
continua agindo tentando deturpar a fé, continua criando falsas religiões e
continua enviando emissários para afastarem os homens de Deus (Dt 13.1) com aparência de piedade mas de coração maligno (II Co 11:15). Não pensemos que os inimigos denunciados por
Paulo se calaram e ficaram no passado.
Se
a carta de Paulo para os colossenses é Palavra de Deus, e ela é; se a carta de
Paulo aos colossenses era pra igreja de Colossos, de Laodicéia e para outros
cristãos que não o conheceram pessoalmente e para nós, e ela é; se a carta de
Paulo aos colossenses é uma carta para a Igreja do Senhor, não importando onde
e quando ela se encontre, e ela é, então temos que admitir que todo o que ela
diz de bom, todas as promessas e todas as certezas nela contidas são para nós –
mas também todas as advertências contra as filosofias, sutilezas e rudimentos
do mundo também são para nós e não dar ouvidos a estas advertências é
mortalmente perigoso.
A
chave para entender esta passagem é a palavra liberdade. Não há nenhum parâmetro mundano para julgar aqueles que
são livres em Cristo (Gl 5:1). Os cristãos estão neste
mundo, mas não são deste mundo (Jo
17:16) e não podem
ser julgados por ninguém neste mundo – nem do outro, embora o inimigo tente
acusa-los constantemente (Ap
12:10) mas, por
mais constante e insistente que ele seja, é inútil porque eles foram
justificados pelo próprio Deus (Rm
8:33).
Cl 2.16-23
16
Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua
nova, ou sábados, 17 porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de
vir; porém o corpo é de Cristo.
18
Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos
anjos, baseando-se em visões, enfatuado, sem motivo algum, na sua mente carnal,
19 e não retendo a cabeça, da qual todo o corpo, suprido e bem vinculado por
suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus.
20
Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis
no mundo, vos sujeitais a ordenanças: 21 não manuseies isto, não proves aquilo,
não toques aquiloutro, 22 segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que
todas estas coisas, com o uso, se destroem.
23
Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e
de falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a
sensualidade.
O PERIGO DOS JUDAIZANTES
– LEGALISMO E TRADICIONALISMO
16
Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua
nova, ou sábados, 17 porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de
vir; porém o corpo é de Cristo.
O que parece obediência mais
perfeita nada mais é que debilidade.
Os
cristãos do primeiro século enfrentavam um problema muito sério: o legalismo,
representando pelos judeus que queriam obrigar os cristãos não judeus a guardar
os ritos, datas e costumes judaicos, mesmo crendo em Cristo, mesmo tendo sido
feitos livres em Cristo (Gl 5:1). Ao fazerem esta exigência
aos cristãos impunham-lhes um jugo que eles próprios eram incapazes de suportar,
exatamente como os fariseus, inimigos de Cristo (Lc 11:46)
e, assim, tornando-se eles próprios inimigos da cruz (Fp 3:18). Por isso Paulo diz aos crentes que eles não devem
se deixar subjugar por usurpadores (Rm
14:4).
Temos
que retornar aqui à doutrina da justificação, já mencionada anteriormente. Quem
ousa acusar os eleitos de Deus se o próprio do os justifica (Rm 8:33)? Somente satanás se atreve a tanto (Ap 12:10). Além de satanás, quem mais? Seus ministros, sem
dúvida. Quem pode tomar uma decisão judicial condenatória ou depreciativa
contra os cristãos por causa do comer ou beber (Paulo não menciona nem
qualidade, nem quantidade, deixando implícito que se refere não só ao que, mas
também ao como, quando e quanto) ou dia de festa ou datas mensais ou semanais.
Estas coisas não servem de base para julgamento – o julgamento já foi feito, e
foi feito tendo Cristo, o criador, o libertador, o salvador, e não coisas
criadas, infinitamente menores do que ele próprio (Jo 3:19).
Estas
coisas, embora presentes na lei cerimonial judaica, e necessárias para a
educação do povo hebreu, e, mais ainda, como tipos que apontavam para Cristo e
seu ministério, mas, como tipos que eram, haviam deixado de ter sua utilidade
porque o modelo estava presente. Paulo usa a expressão de que eles eram sombras
– e sombras delineiam algo, elas mostram o que está se apresentando mas ainda
não pode ser visto, até que corpo, a realidade, aquilo que projeta a sombra e
era representado por ela, se faz presente.
O
que podemos aprender aqui é que quem tem Cristo não precisa dos ritos. Quem tem
Cristo não precisa dos sábados ou sextas ou dias santos (Rm 14:6) – precisa de repouso, precisa separar um dia para
descanso do corpo e para os exercícios espirituais que fortalecem tanto o corpo
quanto o espírito, isto é, revigoram a alma. Quem tem Cristo não precisa das
luas novas. Quem tem Cristo não precisa da abstinência de alimentos porque tudo
quanto Deus criou é bom e deve ser recebido com ações de graças (I Tm 4:4) porque Deus a tudo purificou (At 11:9). Enfim, quem tem Cristo não precisa de mandamentos
de homens porque tem o mais doce mandamento, e este é vida e não escravidão (Pv 4.20-22).
PENTECOSTISTAS
18
Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos
anjos, baseando-se em visões, enfatuado, sem motivo algum, na sua mente carnal,
19 e não retendo a cabeça, da qual todo o corpo, suprido e bem vinculado por
suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus.
O que parece espiritualidade
nada mais é que carnalidade.
Ao
lado do problema do legalismo os cristãos tinham que se deparar com outro
problema, que, lamentavelmente, não ficou no passado. A este dou o nome de
pseudoespiritualismo. Porque chamo de pseudoespiritualismo – porque pode ser
qualquer coisa, menos espiritualidade, já que o Espírito produz unidade (Ef 4:3) e talvez nem bactéria se divida tanto quanto estes
movimentos que parecem espirituais mas são só cismas, movidos invariavelmente
por anseios carnais – veja que dos 15 frutos da carne a maioria, isto é, 8
envolvem o sectarismo: inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias,
dissensões, facções e invejas. Um começo de conversa religiosa comum é: “A sua
Igreja é (e imagine o termo depreciativo que quiser, como fria, ritualista,
tradicionalista, etc.) mas venha conhecer a minha...” Quem lhes dá o direito de
julgar os irmãos, aliás, muitos nem mesmo consideram os membros de outras
Igrejas como irmãos. Quem lhes dá tal direito? Ninguém, são usurpadores.
E é
contra estes pseudoespirituais que Paulo levanta a sua voz e diz: ninguém tem o
direito de decidir como árbitro de maneira fraudulenta (katabrabeutwo) para te condenar. Paulo diz que este julgamento é
fraudulento, especialmente se baseado em pretextos falsos, vazios e
insignificantes, como a opinião própria de uma superioridade inexistente, uma
falsa humildade que não produz o fruto do Espírito e que não condiz com a
atitude de colocar-se num pedestal para apontar falhas reais ou imaginárias.
Sim,
é contra este pseudoespiritualismo que reivindica visões de anjos (e demônios)
que Paulo adverte a Igreja cristã. Paulo diz que usar de culto baseado em
visões de anjos que não são vistos (angelon
a me eoraken), ou seja, estas visões são mentirosas e usadas como motivo de
pretextar superioridade, tornando aqueles que deveriam se tornar humildes em
pessoas enfatuadas, arrogantes mas, ao mesmo tempo, vazias, insignificantes,
orgulhosas mas sem qualquer conteúdo real.
No
fim, esta espiritualidade vazia é, na verdade, carnalidade, fruto de uma mente
carnal que quer demonstrar possuir o Espírito e não o tem – por isso abundam
treinamentos para se adquirir o dom
do Espírito, o que é um contrassenso pois o que é dom não pode ser adquirido mediante treinamento, mas é dado, gratuitamente, por Deus (I Co 2:12).
Você
pode pensar que estou sendo demasiadamente duro, mas se você ouvir com atenção
as palavras de Paulo verá que ele é muito mais duro, porque afirma que estes
não estão ligados a Cristo. Embora usem o nome de Cristo não são dele, não o
tem como cabeça (Ef 1:22). A afirmação de Paulo é
que não há nenhuma ligação entre este corpo estranho, o pseudoespiritualismo, e
Cristo, o cabeça da Igreja. E é somente ligado a Cristo que o corpo é suprido (Jo 15:5).
É
somente unido a Cristo que o corpo pode crescer o verdadeiro crescimento. Sem
Cristo pode haver aglomeração, inchaço, aumento aparente, mas o verdadeiro
aumento, o que vem de Deus, só é possível estando ligado a Cristo – e não é com
o divisionismo pseudoespiritual que isto vai ser alcançado. E é isto o que
Paulo nos diz – o inchaço vazio baseado em culto de anjos, em visões não
vistas, pode até ser alcançado pelo esforço humano, mas, jamais, será o
crescimento que vem de Deus. Mais cedo ou mais tarde vai ouvir do Senhor da
Igreja: “nunca tive qualquer relacionamento com vocês, mesmo que me chamem
insistentemente de Senhor” (Mt
7:23).
ASCETISMO
20
Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis
no mundo, vos sujeitais a ordenanças: 21 não manuseies isto, não proves aquilo,
não toques aquiloutro, 22 segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que
todas estas coisas, com o uso, se destroem.
O que parece autocontrole é
sujeição a controle de homens decadentes.
O
terceiro problema que Paulo trata, e que, infelizmente, continua presente
consciente ou não, na Igreja cristã do século XXI: a ideia de que precisamos
deixar de fazer alguma coisa para obtermos o favor de Deus. É uma ideia
presente também no legalismo. Também a encontramos no pseudoespiritualismo –
faça e conquiste. Ou não faça e conquiste, abra mão do mundo para ser
recompensado no mundo espiritual, certamente num entendimento equivocado da
antítese amor de Deus x amor ao mundo (I Jo 2:15).
João está tratando de um problema recorrente – o amor que as pessoas tem pelo
modo de vida predominante, incluindo cultura, invariavelmente em rebelião
contra Deus mesmo que tenha alguma aparência de bondade e religiosidade (Ef 2:12).
Mundo,
neste contexto, indica o circulo de bens, de fundamentos, as riquezas,
vantagens e prazeres terrenos, vazios, frágeis e fugazes, mas desejáveis e que
seduzem os homens, tornando-se obstáculos para que eles amem a Cristo como
deveriam amar, e, assim, buscam estas coisas e não tenham o reino de Deus como
prioridade (Lc 12:31).
Os
crentes são aqueles que morreram, com
Cristo, para o mundo (Gl 6:14) que, mesmo com toda a sua
sofisticação não passa de rudimento, isto é, coisa que já está mais que
ultrapassada. Se o legalismo é sombra, se o pseudoespiritualismo é ilusão, o
ascetismo é um rudimento, isto é, é algo rasteiro, chão, mundano, ordenança que
não produz efeitos espirituais e pode ser abandonado, dos quais os crentes
podem se separar sem receio algum.
O
ascetismo é um destes rudimentos, baseados na ideia dualista de que a matéria é
essencialmente má, e somente o espírito é bom. Estas ideias também podem ser
encontradas, disfarçadas, no seio da Igreja evangélica. Como você responderia,
por exemplo, à pergunta: porque você não fuma? Porque você não usa determinadas
coisas? Porque não experimentar algumas outras? Porque a Igreja não permite?
Porque o pastor disse para não fazer?
Se
sua resposta parecer com alguma destas, então, sua fé não passa de uma fé
rudimentar composta de mandamentos de homens. Você está se sujeitando a
comandos humanos e preceitos decadentes e sujeitas à corrupção, que cairão,
mais cedo ou mais tarde. Um exemplo disso é o uso de determinados tipos de
roupas – roupas proibidas agora são permitidas. Esportes eram proibidos e agora
são aceitos naturalmente.
A
questão é: se as razões são humanas, se elas são mundanas, elas estão sujeitas
à corrupção, o que não acontece com os princípios da Palavra de Deus. Assim, se
você perguntar-me porque não deve fumar, ou porque não deve utilizar
indevidamente o seu corpo mesmo que os costumes e preceitos sociais incentivem
a lassidão moral? Não deve ser porque as regras da Igreja dizem o que você
fazer. Não é porque a lei de crente te proíbe de fazer alguma coisa. Não é
porque o pastor ou qualquer outra pessoa está vendo.
TUDO O QUE O HOMEM
ESTABELECER É INUTIL CONTRA O PECADO
Cl 2.23 Tais coisas, com efeito,
têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de
rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade.
Quaisquer
coisas que os homens consigam estabelecer, seja o legalismo com aparência de
sabedoria que, na verdade é apenas uma prova de uma fé que precisa de amparos,
eivada de debilidades (Rm 14.1-2), ou o pseudoespiritualismo
que precisa de visões não vistas para se manter como fruto de mentes carnais ou
o ascetismo que parece autocontrole é mera sujeição a preceitos decadentes de
homens decadentes.
Mas
que fique claro que ninguém precisa e deve aceitar um cigarro; ninguém precisa,
ainda que sob forte pressão, ceder ao primeiro convite para a droga; ninguém
precisa pegar o que não é dele, mesmo diante da maior privação de bens; ninguém
precisa desprezar o que é velho em nome da inovação; ninguém precisa tirar a vida
de outrem, nem mesmo por uma palavra áspera; ninguém precisa se divorciar
quando os embates machucam; ninguém precisa ceder aos encantos fenomenológicos
exteriores; ninguém precisa guardar mágoa; ninguém precisa fazer guerra;
ninguém precisa odiar; ninguém precisa blasfemar contra Deus; ninguém precisa
seguir por caminhos escuros; ninguém precisa descer ao submundo moral; ninguém
precisa se utilizar dos outros; ninguém precisa justificar os meios em nome de
fins vis; ninguém precisa apostatar da fé; ninguém precisa se corromper;
ninguém precisa destruir a sua virgindade de alma e do corpo; ninguém precisa
atirar a primeira pedra; ninguém precisa condenar, preterir, rejeitar, por ser
diferente. Há muitos contextos onde estas coisas são lícitas, mas não devem nem
entrar nas suas cogitações, quanto mais na sua prática.
Deixe-me
resumir estas três verdades que Paulo ensinou aos seus leitores em Colossos e
na Tessalônica, e também aos que nunca o conheceram face a face:
i.
O que parece obediência mais
perfeita nada mais é que debilidade;
ii.
O que parece espiritualidade
nada mais é que carnalidade;
iii.
O que parece autocontrole é
sujeição a controle de homens decadentes.
Me
permita te dar duas razões para você não agir segundo os rudimentos do mundo, e
para não se sujeitar aos não pode das Igrejas, sejam elas verdadeiramente
cristãs ou só arremedo, frutos da operação do erro:
AUTO-DOMÍNIO
I Co 6:12 - Todas as coisas me são
lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me
deixarei dominar por nenhuma delas.
i.
Nem tudo o que é social e legalmente permitido, como o fumo e o álcool,
é conveniente porque algumas coisas licitas e permitidas são carnais e a carne
luta contra o que é do Espírito (Gl
5:17), e pode
acabar com o autodomínio – e lembremos que o domínio próprio é um dos aspectos
do fruto do Espírito (Gl 5:23).
PROPÓSITO
EDIFICANTE
I Co 10:23 -Todas as coisas são
lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam.
ii.
Nem tudo o que é social e legalmente permitido produz edificação.
Comprar uma cerveja ou um cigarro no supermercado para o marido ou esposa só
tornará mais difícil para o cristão testemunhar do poder do Senhor para
libertar de todos os vícios – aos quais, de uma maneira ou de outra, ainda que
involuntariamente, contribui para alimentar (Rm 2:22).
Como anunciar santidade ao mesmo tempo que se veste impudicamente?
CRISTO, SÓ CRISTO
E TUDO PARA CRISTO
Não
há nenhuma forma de religiosidade capaz de vencer o pecado. Nenhum mundano
consegue vencer o mundo. Se você tentar sozinho só vai ter que, no final,
exclamar como Paulo exclamou: “desventurado homem que sou, quem me livrará do
corpo desta morte?” (Rm 7:24).
A
única forma de ser mais que vencedor nesta caminhada rumo à nova pátria é
entregando-se completamente à orientação e direção daquele que é nosso
libertador inigualável. Lembremos que ele afirma que “sem ele nada podemos
fazer” (Jo 15:5). A única forma de vencer é
clamar, como Paulo em uma expressão jubilosa de gratidão a Deus pela vitória
alcançada (Rm 7:25) e a certeza de que ninguém
pode julgar os que estão em Cristo Jesus (Rm
8:1).
Este
é o único meio de vencer aquilo que tem aparência externa de sabedoria, parece
conhecimento de Deus mas que na verdade é apenas culto orientado por si mesmo,
um zelo mal orientado e ascético que não quer dizer, necessariamente, o culto a
pessoas, embora possa vir a ser porque orientado sem obediência às Escrituras.
É o
único meio de não se sujeitar a uma falsa religião que frutifica num meio em
que as opiniões das pessoas a respeito de si mesmos são muito mais elevadas do
que realmente é (Rm 3:23).
Enfim,
este é o meio de vencer a tentação de acreditar que uma vida naturalmente
correta pode produzir fruto espiritual – estas coisas não tem valor algum, a
carne não pode produzir espiritualidade. As obras da carne não podem vencer as
obras da carne, não podem tornar possível vencer os desejos carnais, nem a
sensualidade da própria carne.
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