sexta-feira, 31 de julho de 2015

P. 107. BREVE CATECISMO - QUE NOS ENSINA A CONCLUSÃO DA ORAÇÃO DOMINICAL?

R. A conclusão da Oração Dominical, que é: "Porque Teu é o reino, o poder e a glória, para sempre. Amém", ensina-nos que na Oração devemos confiar somente em Deus, e louvá-lo em nossas orações, atribuindo-Lhe reino, poder e glória. E em testemunho do nosso desejo e certeza de sermos ouvidos, dizemos: Amém.
Dn 9.18-19; Fp 4.6; I Cr 29.11-13; I Co 14.16; Ap 22.20-21

A conclusão da oração ensinada pelo Senhor é tanto uma doxologia, uma forma de louvor e exaltação, como, também, um reconhecimento de que aquilo que pedimos a Deus, segundo a sua vontade, será concedido. A prática de louvar a Deus no fim das orações não era incomum entre os hebreus, como vemos em Davi (I Cr 29.10-13), em diversos salmos que concluem com a expressão "Aleluia", que significa louvado seja o Senhor, sempre no singular.
EXPRESSÃO DE LOUVOR
Esta expressão de louvor doxológica foi mantida na Igreja cristã (Ap 5.9-10). Os cristãos primitivos consideravam tão seriamente a filiação divina que somente os crentes professos tinham o privilégio de participarem da oração comunitária doxológica, segundo atesta Cirilo de Jerusalém (350 d.C.).
CIDADÃOS DE UM OUTRO REINO
Ninguém podia, em tempos de perseguição como foram os três primeiros séculos da Igreja cristã, admitir publicamente que havia um reino além do reino de César, que havia um outro imperador que não o César romano. Ninguém, a não ser os verdadeiros cristãos (I Co 12:3) numa atitude que podia significar a morte. Mas os cristãos faziam-no (Fp 2:11) porque temiam muito mais aquele que pode enviar para o inferno corpo e espírito (Mt 10:28).
CIDADÃOS DE DOIS REINOS
Não havia necessidade de antagonismo entre César e Cristo, pois Cristo havia dito claramente que seu reino não é deste mundo (Jo 18:36) mas César, como usurpador que queria ser adorado como Deus, não aceitava a dupla cidadania cristã – e estes optavam pelo reino mais importante, o dos céus, porque este era eterno (Lc 12.32-34).
NOSSO VERDADEIRO REINO
Como cidadãos dos céus, concidadãos dos santos e membros da família de Deus não podemos perder tempo amando as coisas deste reino que não é nosso (Ef 2:19), portanto, as coisas que este reino valoriza não devem ocupar o nosso coração porque elas fazem mal (I Pe 2:11). Entretanto, enquanto estivermos neste reino, aguardando o reino vindouro, devemos ter uma postura irrepreensível (I Pe 1:17) agir como embaixadores (II Co 5:20) deste reino não envergonhando aquele que nos enviou como suas testemunhas (At 1:8).
AS CARACTERÍSTICAS DESTE REINO
O reino de Cristo não é deste mundo, não é comida, nem bebida, nem filosofia nem absolutamente nada que o homem possa produzir (Rm 14:17). O que é este reino, então.
UM REINO PODEROSO
Jesus fez questão de afirmar aos seus discípulos que todo o poder lhe foi dado (Mt 28:18), cumprindo as profecias de Isaías (Is 40:10), que, já cumpridas em Cristo, em breve serão cumpridas integralmente em nossas vidas (Mt 24:30) e, então, poderemos usufruir da plenitude deste reino (Ap 11:17).
UM REINO GLORIOSO
Jesus afirma que seu reino será um reino glorioso (II Tm 4:18), e é este reino pelo qual almejamos, que desejamos ver chegar em sua plenitude e experimentar com grande gozo (Jd 1:25). Ao tentar Jesus satanás lhe prometeu as glórias dos reinos da terra (Mt 4.8-9). O problema é que tudo lhe pertencia por direito de criação e, no tempo próprio, tudo lhe seria entregue sem que precisasse se dobrar perante o usurpador. Ele receberia a glória dos reis da terra (Ap 21:24) e também a das nações (Ap 21:26).
UM REINO ETERNO
Diferente das coisas passageiras do mundo (Mt 24:35) o reino de Cristo, do qual fazemos parte e para onde nos dirigimos. Diferente dos grandes impérios que caíram, o reino de Cristo terá a seu serviço todos os reinos do mundo (uma figura de linguagem para expressar grandeza) e com duração eterna (Dn 7:27). É neste reino que estaremos (II Pe 1:11), eternamente, pois, nele, até a morte estará vencida (I Co 15:26).


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