R.
A conclusão da Oração Dominical, que é: "Porque Teu é o reino, o poder e a
glória, para sempre. Amém", ensina-nos que na Oração devemos confiar
somente em Deus, e louvá-lo em nossas orações, atribuindo-Lhe reino, poder e
glória. E em testemunho do nosso desejo e certeza de sermos ouvidos, dizemos:
Amém.
Dn 9.18-19; Fp 4.6; I Cr 29.11-13; I
Co 14.16; Ap 22.20-21
A
conclusão da oração ensinada pelo Senhor é tanto uma doxologia, uma forma de
louvor e exaltação, como, também, um reconhecimento de que aquilo que pedimos a
Deus, segundo a sua vontade, será concedido. A prática de louvar a Deus no fim
das orações não era incomum entre os hebreus, como vemos em Davi (I
Cr 29.10-13), em diversos salmos que concluem com a expressão
"Aleluia", que significa louvado seja o Senhor, sempre no singular.
EXPRESSÃO
DE LOUVOR
Esta expressão de louvor doxológica foi mantida na
Igreja cristã (Ap 5.9-10). Os cristãos primitivos
consideravam tão seriamente a filiação divina que somente os crentes professos
tinham o privilégio de participarem da oração comunitária doxológica, segundo
atesta Cirilo de Jerusalém (350 d.C.).
CIDADÃOS
DE UM OUTRO REINO
Ninguém
podia, em tempos de perseguição como foram os três primeiros séculos da Igreja
cristã, admitir publicamente que havia um reino além do reino de César, que
havia um outro imperador que não o César romano. Ninguém, a não ser os
verdadeiros cristãos (I Co 12:3) numa atitude que podia
significar a morte. Mas os cristãos faziam-no (Fp 2:11) porque temiam
muito mais aquele que pode enviar para o inferno corpo e espírito (Mt
10:28).
CIDADÃOS
DE DOIS REINOS
Não havia necessidade de antagonismo entre César e
Cristo, pois Cristo havia dito claramente que seu reino não é deste mundo (Jo
18:36) mas César, como usurpador que queria ser adorado como Deus, não aceitava
a dupla cidadania cristã – e estes optavam pelo reino mais importante, o dos
céus, porque este era eterno (Lc 12.32-34).
NOSSO
VERDADEIRO REINO
Como cidadãos dos céus, concidadãos dos santos e
membros da família de Deus não podemos perder tempo amando as coisas deste
reino que não é nosso (Ef 2:19), portanto, as coisas que este
reino valoriza não devem ocupar o nosso coração porque elas fazem mal (I
Pe 2:11). Entretanto, enquanto estivermos neste reino, aguardando o reino
vindouro, devemos ter uma postura irrepreensível (I
Pe 1:17) agir como embaixadores (II Co 5:20) deste reino
não envergonhando aquele que nos enviou como suas testemunhas (At
1:8).
AS
CARACTERÍSTICAS DESTE REINO
O reino de Cristo não é deste mundo, não é comida,
nem bebida, nem filosofia nem absolutamente nada
que o homem possa produzir (Rm 14:17). O que é este reino, então.
UM
REINO PODEROSO
Jesus fez questão de afirmar
aos seus discípulos que todo o poder lhe foi dado (Mt
28:18), cumprindo as profecias de Isaías (Is 40:10), que, já
cumpridas em Cristo, em breve serão cumpridas integralmente em nossas vidas (Mt
24:30) e, então, poderemos usufruir da plenitude deste reino (Ap
11:17).
UM
REINO GLORIOSO
Jesus
afirma que seu reino será um reino glorioso (II Tm 4:18), e é este reino pelo qual
almejamos, que desejamos ver chegar em sua plenitude e experimentar com grande
gozo (Jd 1:25). Ao tentar Jesus satanás lhe prometeu as glórias dos
reinos da terra (Mt 4.8-9). O problema é que tudo lhe
pertencia por direito de criação e, no tempo próprio, tudo lhe seria entregue sem
que precisasse se dobrar perante o usurpador. Ele receberia a
glória dos reis da terra (Ap 21:24) e também a das nações (Ap
21:26).
UM
REINO ETERNO
Diferente
das coisas passageiras do mundo (Mt 24:35) o reino de
Cristo, do qual fazemos parte e para onde nos dirigimos. Diferente dos grandes
impérios que caíram, o reino de Cristo terá a seu serviço todos os reinos do
mundo (uma figura de linguagem para expressar grandeza) e com duração eterna (Dn
7:27). É neste reino que estaremos (II Pe 1:11),
eternamente, pois, nele, até a morte estará vencida (I
Co 15:26).
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