Paulo
apresentou Cristo aos colossenses de uma maneira que eles podiam olhar para seu
salvador e glorificá-lo como o Deus inigualável, como o libertador do pecado e
da morte. Da apresentação de Cristo Paulo passa a falar do seu próprio
propósito – não dele mesmo, porque ele não era importante (Gl 2:20), era apenas um instrumento escolhido por Deus para fazer o
seu nome conhecido entre os gentios (At
9:15).
Paulo
faz questão de manter vivo na mente dos colossenses que o que ele está falando
tem ligação com quem Cristo é, porque ele sabe que havia um problema
cristológico em Colossos e este problema precisa ser tratado. Ele age como um
médico que sabe qual é o procedimento para curar uma enfermidade, mas tem que
ir afastando outros tecidos sem perder de vista o ponto focal a fim de resolver
o problema. Paulo queria que eles compreendessem claramente o que pretendia
lhes dizer – ou, dito de outra maneira, eles não poderiam ser ignorantes, sem
conhecimento a respeito daquele assunto e, para isso Paulo se esforçava
integralmente (I Tm 4:10).
Como
não podia ir a Colossos, provavelmente por estar na sua primeira prisão em
Roma, ele lembra-lhes que não podia estar em carne entre eles, mas que seu
espírito estava sempre em comunhão com os irmãos, se alegrando e buscando
confirmá-los na fé no único Senhor e salvador Jesus Cristo.
1
Gostaria, pois, que soubésseis quão grande luta venho mantendo por vós, pelos
laodicenses e por quantos não me viram face a face; 2 para que o coração deles
seja confortado e vinculado juntamente em amor, e eles tenham toda a riqueza da
forte convicção do entendimento, para compreenderem plenamente o mistério de
Deus, Cristo, 3 em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão
ocultos.
4
Assim digo para que ninguém vos engane com raciocínios falazes. 5 Pois, embora
ausente quanto ao corpo, contudo, em espírito, estou convosco, alegrando-me e
verificando a vossa boa ordem e a firmeza da vossa fé em Cristo.
6
Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, 7 nele
radicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos,
crescendo em ações de graças.
O OBJETIVO DA LUTA
DE PAULO
1
Gostaria, pois, que soubésseis quão grande luta venho mantendo por vós, pelos
laodicenses e por quantos não me viram face a face...
Paulo
afirma que sua vontade era que os colossenses percebessem com clareza, que
discernissem e compreendessem que ele, Paulo, encontrava-se constantemente, sem
descanso, como que numa arena, batalhando até agonizar (II Co 1:8), até o limite de suas forças (Gl 4:11), mas mesmo assim continuava na esperança de não trabalhar
em vão (Fp 2:16) tanto em favor
deles, colossenses, mas, também, em favor dos laodicenses (para quem escreveu
uma carta não inspirada que se perdeu
- Cl 4:16) e por todos os demais que
ouviram sobre a mensagem que Paulo pregava, que outros transmitiram adiante (II Tm 2:2) mas que, como nós, não
tiveram a oportunidade de vê-lo em carne, isto é, vê-lo face a face porque era
e é possível crer sem a presença de apóstolos.
Mas
esta ainda não resumia tudo de sua luta, pois ele continuava em constante
oração em favor das Igrejas (Rm 15:30),
como um enorme peso, uma grande responsabilidade que estava sobre ele (II Co 11:28) enquanto pregava o
evangelho a tempo e fora de tempo, aproveitando cada oportunidade, buscando
conhecer a vontade de Deus, planejando seu trabalho, escrevendo cartas e
ajudando a direcionar os outros pastores, tanto mais experientes (Gl 2:) quanto novatos (Tt 2:15).
Havia
várias outras Igrejas espalhadas pelo mundo greco-romano e Paulo não poderia
visita-las a todas. Não havia recursos, não havia tempo e, durante um grande
período do seu ministério, não havia nem mesmo a possibilidade de viajar porque
ele se encontrava encarcerado (II Tm 1:8).
Mas as cadeias em nada foram impedimento para o prosseguimento da obra
evangelística a que ele fora chamado, como ele escreve aos filipenses (Fp 1:12), uma Igreja, que, aliás,
nasceu justamente durante uma de suas passagens pelo cárcere. Se Paulo estava
levando o evangelho antes do seu aprisionamento, também neste ele fez uso de
cada oportunidade (At 28.30-31) para
tornar o nome de Cristo conhecido, para que as riquezas presentes e futuras
possuídas pelos crentes no Senhor e salvador Jesus fossem amplamente
divulgadas.
QUE ELES TIVESSEM
O CORAÇÃO EM CRISTO
2 ...para
que o coração deles seja confortado e vinculado juntamente em amor...
O
desejo de Paulo, com suas lutas, isto é, sua motivação em relação aos
colossenses, laodicenses, filipenses e a todas as Igrejas, inclusive para com
aqueles que ele não conhecia pessoalmente, em um contexto de intensas
dificuldades para ser verdadeiramente cristão, já que ser cristão implicava em
negação da religião e de muito da cultura pagã de seus dias, significava
negar-se a sujeitar-se completamente ao imperador e tomar a cruz da sujeição a
Cristo, ser considerado motivo de escândalo pelos judeus, louco pelos gentios (I Co 1:23).
Ser
cristão significava ser considerada a escoria do mundo – e por isso Paulo lhes
deseja que confortados e unidos uns aos outros, em Cristo, pelo vínculo do amor
(Cl 3:14). Sim, o amor que tudo
sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (I Co 13:7), o amor que vem de Deus e é derramado sobre os corações
dos crentes (Rm 5:5), o amor com o
qual os crentes são capacitados a amar a Deus e ao próximo (I Jo 4:19).
É
este vinculo, mais forte que a morte, que uniu Rute a Noemi, que torna possível
que a Igreja de Cristo tenha um só coração e uma só alma, que seja um só corpo
(Rm 12:5) porque tem um só Deus e
pai, tem um só salvador e é fruto da ação de um só Espírito (Fp 1:27). Ninguém pode receber o
conforto de Cristo sem estar vinculado, sem estar fundido à Igreja de Cristo
pelo Espírito de Cristo. Ninguém que está vinculado a Cristo pelo Espírito de
Cristo deixa de desejar o conforto da comunhão da Igreja de Cristo.
QUE SUAS MENTES
FOSSEM CONVICTAS DA VERDADE DE CRISTO
...e
eles tenham toda a riqueza da forte convicção do entendimento...
Paulo
escreve aos colossenses desejoso de que eles experimentassem o conforto de
pertencerem a Cristo, mas ele ressalta que deseja que eles conhecessem, que
tivessem conhecimento – usando uma expressão muito bonita de Paulo, que eles
tivessem a mente de Cristo (I Co 2:16).
Sem Cristo os homens podem obter muitos tesouros – mas tesouros que são apenas
terrenos, passageiros, e, mais cedo ou mais tarde, são tomados (Jo 27.16-17) ou passados para outras
pessoas (Lc 12:20). Sem Cristo os
homens podem acumular tesouros que de nenhum proveito terão quanto ao destino
de sua alma (Mt 16:26). Somente
conhecendo a Cristo pode-se ter plena convicção, plena confiança nele, pois,
afinal, como confiar naquele a quem não se conhece?
É
óbvio que, não conhecendo a Cristo, os homens vão depositar sua confiança em
outras coisas, e o farão nas riquezas terrenas. Mas Paulo fala de outra
riqueza, incomparavelmente melhor e que não pode ser obtida pelo braço do homem
– a riqueza do conhecimento da graça de Deus (Rm 2:4), uma riqueza que transforma o coração e a mente, dá
sabedoria a incultos (At 4:13) e
molda o caráter e as ações daqueles que sabem que são apenas peregrinos aqui, e
que, se o tabernáculo terreno se desfizer, possuem algo incomparavelmente
melhor (II Co 5.11-12) pelo qual
anseiam (II Co 5:4).
QUE OBTIVESSEM
COMPLETA COMPREENSÃO ESPIRITUAL
...para
compreenderem plenamente o mistério de Deus, (e pai de) Cristo...
O
conhecimento de Deus torna conhecido o mistério oculto pelos séculos já não
está mais oculto, mas foi revelado aos santos de Deus (Cl 1:26) e só aos santos de Deus porque este conhecimento é
espiritual, e as coisas espirituais só podem ser discernidas espiritualmente,
e, portanto, são impossíveis aos homens naturais (I Co 2:).
Paulo
não está falando de saber todas as coisas – ninguém pode, ele próprio afirma
que esta pretensão é absurda (I Co 13:2).
O que entendemos é que o que os pais da fé, os patriarcas e profetas aguardavam
ansiosamente foi revelado plenamente na pessoa de Jesus Cristo (Hb 1:3) em quem habita, corporalmente,
a plenitude da divindade e que revela Deus de maneira completa (Cl 2:9). Em Cristo, e somente em
Cristo, Deus da o conhecimento das coisas espirituais – dentre elas a de que
Jesus Cristo é, verdadeiramente, o filho de Deus (Mt 16:16). Religião alguma pode atestar ao coração de uma pessoa
que Jesus Cristo é o Cristo – este é um mistério que é revelado pelo próprio
pai aos seus bem aventurados (Mt 16:17).
QUE RECEBESSEM O
PRÊMIO
3 ...em
quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos.
Enquanto
os gregos buscavam sabedoria e os judeus buscavam sinais, Paulo queria uma
coisa só: conhecer a Cristo cada vez mais (I
Co 1.22-24). Enquanto as pessoas continuam buscando seus próprios tesouros,
ouro e prata, fama e tantas outras coisas que, segundo a Palavra de Deus são
pura perda (Fp 3:7) a meta do
cristão deveria continuar a ser a mesma que encontramos nas páginas das Escrituras:
tudo perder para ser encontrado em Cristo Jesus (Fp 3.8-11).
É
uma lástima que muitos estejam correndo atrás de um tesouro efêmero, formado
pelas concupiscências deste mundo (I Jo
2:17) demonstrando assim a quem ama de fato (I Jo 2:15).
Mas
Cristo é o nosso tesouro, ter o nosso coração em Cristo é a coisa mais preciosa
que podemos almejar – ouro e prata podem ser roubados, vestes são corroídas e
casas destruídas, mas, se o nosso coração estiver nos seus tesouros celestiais,
estarão bem guardados (II Tm 1:12). Tudo
o que realmente importa está em Cristo, mas está oculto aos que seguem ao deus
deste século (II Co 4:4) mas estão
patentes diante daqueles que conhecem a Cristo (Ef 1:18).
O MÉTODO DE LUTA
PROPOSTO POR PAULO
Sim,
no fim, estamos em uma luta onde o campo de batalha é o mundo, onde o inimigo e
seus asseclas querem conquistar nosso coração, querem roubá-lo para si e
recompensando seus escravos com a destruição e a morte eternas. Estamos
informados que nossa luta não é contra carne ou sangue, mas é uma luta espiritual
(Ef 6:12) na qual lidamos, também,
com agentes carnais (II Co 11:15),
mas, mesmo contra agentes carnais, nossas armas não podem ser semelhantes às
deles (II Co 10.4-6).
Como
lutar, então, contra as armadilhas de satanás, de seus ministros, do mundo e
até mesmo da nossa própria carne com suas cobiças?
COM CONHECIMENTO
4
Assim digo para que ninguém vos engane com raciocínios falazes.
Como
não ser enganado? Como não se deixar enganar pelos muitos enganadores que tem
saído mundo afora (II Jo 1:7)? E nós
sabemos que muitos tem se deixado enganar, tem seguido a estes enganadores – e
não é por falta de aviso, porque o Espírito afirma que assim seria, mas, mais
uma vez, as coisas do Espírito só são discerníveis por quem tem o Espírito, só
são discerníveis espiritualmente (I Tm 4:1)
e não podemos esperar que a carne discirna as coisas do Espírito. O fato é que
aqueles que se deixam enganar acabam se tornando presa de seus mestres (Is 9:16), sendo por eles escravizados
com suas mirabolantes promessas de liberdade (II Pe 2:19).
Tomemos
como exemplo nosso Senhor – quando provado por ensinos de demônios retrucava
com conhecimento. Para cada oferecimento e sugestão do maligno ele tinha a
Palavra em seus lábios e em seu coração. Eis um excelente conselho para que
podemos encontrar na Palavra – para manter puro o coração, para não ser
enganado pelas impurezas dos discursos facciosos dos enganadores (Sl 119:9). Não há outra resposta
possível além de ter todo o seu prazer na lei do Senhor (Sl 1:2) numa aliança onde a recompensa é a aprovação abençoadora do
Senhor (Sl 119:11).
COM ORIENTAÇÃO
SADIA
5 Pois,
embora ausente quanto ao corpo, contudo, em espírito, estou convosco,
alegrando-me e verificando a vossa boa ordem e a firmeza da vossa fé em Cristo.
Paulo
não poderia estar presente o tempo inteiro em todos os lugares. Ele não estava
presente junto aos irmãos de colossos (provavelmente preso em Roma, por volta
do ano 60 d.C.) a quem destina esta carta, pois qual a necessidade de escrever
uma carta se estivesse lá? Ausente na carne, entretanto, Paulo afirma que não
deixava de cuidar de seus interesses, estando, assim, espiritualmente presente
na vida daquela comunidade. Da mesma maneira que ele escreve aos filipenses
para que completem a sua alegria (Fp 2:2)
ele também se alegrava com os colossenses.
Da
mesma maneira que procurava cuidar da Igreja em Corinto ele também mantinha o
seu cuidado amoroso sobre a Igreja em Colossos, desejando que eles guardassem
as tradições que ele deixava nas Igrejas, como Corinto (I Co 11:2) e também na Tessalônica (II Ts 2:15), em obediência ao mandato do Senhor para que seus
discípulos fossem por todo o mundo e fizessem novos discípulos, ensinando-os a
reter as tradições (Fp 4:9). E a
Igreja assim fazia, guardando o ensino dos apóstolos desde os seus primeiros
momentos (At 2:42).
Eles
deviam guardar a si mesmos, solidamente arraigados, naquele que era e é a razão
da fé de cada cristão neste mundo – o Senhor e salvador Jesus Cristo, porque só
existe fé verdadeira em Cristo (At 3:16)
e só a fé em Cristo produz como efeito a salvação (II Tm 3:15). Mas eles foram corretamente ensinados, foram
corretamente orientados e não fariam a mesma bobagem que os gálatas intentaram
fazer (Gl 1:6).
COM A FIRMEZA DE
QUEM ESTÁ EM CRISTO
6
Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, 7 nele
radicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos...
Não
é fácil resistir ao assédio que a Igreja sofre. Muitos, como folhas sem vida,
são arrastados pelos ventos e pelas intempéries. Isto não é novidade. O Senhor
Jesus afirmou que seria assim ao contar a parábola do semeador (Mt 13:22) e também ao instruir sobre
onde edificar a casa, repreendendo aqueles que não possuem base (Lc 6:49).
A
dificuldade não está na semente a ser semeada, mas se, de fato, aqueles que
professam a fé em Cristo Jesus realmente já o receberam e foram instruídos nele
(Ef 4:21). É crucial ter recebido
verdadeiramente a Cristo para poder manter-se firme (Cl 1:23).
Paulo
usa uma segunda figura de linguagem, a de possuir raízes – e estas raízes não
são tradições, não são costumes, não é conhecimento intelectual ou tempo de
Igreja. Certamente há uma referência à metáfora usada pelo Senhor Jesus ao
afirmar que ele é a videira e seus discípulos são os ramos (Jo 15:5).
O
problema do cristianismo do sec. XXI não está em não saber sobre Jesus – mas em
não se deixar instruir, não se deixar orientar, não se sujeitar ao ensino do
Senhor Jesus. É curioso que é mais fácil fazer as pessoas se sujeitarem a
ensinos de homens (e os exemplos são cada vez mais absurdos e numerosos, chegando
até mesmo ao suicídio coletivo) do que se sujeitarem a Deus, porque os homens,
hoje, dão tapinhas nas costas com agrados enquanto batem as carteiras, mas a
humilhação perante Deus (I Pe 5:6)
traz recompensa que só será plenamente percebida na eternidade. Somente estando
confirmado na fé haverá verdadeiro progresso espiritual – somente estando arraigado
a Cristo é possível produzir frutos, porque nenhum galho pode produzir fruto de
si mesmo (Jo 15:4).
O RESULTADO DAS
LUTAS DOS CRISTÃOS
...crescendo
em ações de graças.
Eis
a resposta de Paulo à pergunta: o que eu ganho se seguir a Cristo? O que eu
ganho se estiver em Cristo? O que eu ganho se deixar tudo para seguir a Cristo?
Os discípulos de Jesus também tinham esta questão em suas mentes (Mt 19.27). E era uma questão justa, já
que Jesus nada lhes prometia além de aflições (Jo 16:33) e ódio do mundo (Jo 15:18).
Libertos
pelo Senhor Jesus, chamados para seu reino que é um reino espiritual seria
muito estranho que os filhos de Deus lutassem pelas coisas deste mundo. Paulo
os incentiva a terem mente e coração voltados para Deus. Paulo lhes diz que seu
afã deve ser pelas coisas de Deus e por isso suas armas não são carnais. O que
é de estranhar é que vemos os filhos de Deus lutando pelas mesmas coisas que os
filhos do mundo lutam: reconhecimento, conforto, status, prosperidade material,
bem estar emocional como se sua felicidade dependesse disso. Não há nada de
errado em possuir estas coisas – está errado é colocar o coração nestas coisas.
Está errado é não estar satisfeito com o que o Senhor dá (Fp 4:11). Se o Senhor quiser nos dar apenas o que comer e vestir,
alegremo-nos nele (I Tm 6:8) porque
ele sabe que é exatamente disto o que precisamos, até que possamos gozar de todas
as suas benesses: sua presença, sua segurança, seu sustento e seu refrigério (Sl 23.1-2).
Crescer
em ações de graças não significa crescer em prosperidade aos olhos dos homens.
Crescer em ações de graças significa crescer em intimidade na presença do
Senhor (Cl 1:24) – e, no fim das
contas, é só isso o que importa (Fp 1:18)
porque é no vale da sombra da morte que a presença do Senhor da vida pode ser
sentida com mais prazer... é na maior escuridão que mesmo a menor luz faz mais
diferença, quanto mais a luz do mundo (Jo
8:12). É no deserto, e não na chuva, que uma boa porção de água viva faz
mais diferença (Jo 4:14).
COMO A IGREJA PODE
SER BENEFICIADA NESTA LUTA
A
Igreja cristã primitiva viu-se obrigada a enfrentar inimigos de todos os lados.
Inimigos judeus, pseudocristãos judaizantes, inimigos gentios, pseudocristãos
semipagãos, poder do império. Teve que se defrontar com o mais perigoso poder
que ameaça a Igreja, as inclinações da carne sujeitas à vontade escravizadora
dos principados e potestades. Não havia um lado pelo qual a Igreja não
estivesse ameaçada. Por isso Paulo escreve à Igreja de seus dias dizendo para
que ela se preparasse adequadamente para uma verdadeira guerra (Ef 6.13-17).
É
certo que a Igreja inevitavelmente passaria, passa e passará por aflições
porque aquele que não mente disse que seria assim (Jo 16:33), mas ela está bem municiada com uma arma poderosíssima
que vence quaisquer aflições e armadilhas do mundo – a fé no Deus vivo e
vencedor (I Jo 5:4).
Não
uma fé vazia ou baseada em promessas que nunca foram feitas para você. Não uma
fé baseada em pensamento positivo ou determinações fruto dos interesses do seu
coração ou de ensino de enganadores, mas a fé baseada numa vida com Cristo e em
Cristo (Ef 3.17-19).
Nenhum comentário:
Postar um comentário