quinta-feira, 2 de julho de 2015

OS ALVOS DA LUTA DE PAULO EM FAVOR DA IGREJA DE DEUS - Cl 2.1-7

OS ALVOS DE PAULO PARA A IGREJA DE DEUS

Paulo apresentou Cristo aos colossenses de uma maneira que eles podiam olhar para seu salvador e glorificá-lo como o Deus inigualável, como o libertador do pecado e da morte. Da apresentação de Cristo Paulo passa a falar do seu próprio propósito – não dele mesmo, porque ele não era importante (Gl 2:20), era apenas um instrumento escolhido por Deus para fazer o seu nome conhecido entre os gentios (At 9:15).
Paulo faz questão de manter vivo na mente dos colossenses que o que ele está falando tem ligação com quem Cristo é, porque ele sabe que havia um problema cristológico em Colossos e este problema precisa ser tratado. Ele age como um médico que sabe qual é o procedimento para curar uma enfermidade, mas tem que ir afastando outros tecidos sem perder de vista o ponto focal a fim de resolver o problema. Paulo queria que eles compreendessem claramente o que pretendia lhes dizer – ou, dito de outra maneira, eles não poderiam ser ignorantes, sem conhecimento a respeito daquele assunto e, para isso Paulo se esforçava integralmente (I Tm 4:10).
Como não podia ir a Colossos, provavelmente por estar na sua primeira prisão em Roma, ele lembra-lhes que não podia estar em carne entre eles, mas que seu espírito estava sempre em comunhão com os irmãos, se alegrando e buscando confirmá-los na fé no único Senhor e salvador Jesus Cristo.
1 Gostaria, pois, que soubésseis quão grande luta venho mantendo por vós, pelos laodicenses e por quantos não me viram face a face; 2 para que o coração deles seja confortado e vinculado juntamente em amor, e eles tenham toda a riqueza da forte convicção do entendimento, para compreenderem plenamente o mistério de Deus, Cristo, 3 em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos.
4 Assim digo para que ninguém vos engane com raciocínios falazes. 5 Pois, embora ausente quanto ao corpo, contudo, em espírito, estou convosco, alegrando-me e verificando a vossa boa ordem e a firmeza da vossa fé em Cristo.
6 Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, 7 nele radicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças.

O OBJETIVO DA LUTA DE PAULO

1 Gostaria, pois, que soubésseis quão grande luta venho mantendo por vós, pelos laodicenses e por quantos não me viram face a face...
Paulo afirma que sua vontade era que os colossenses percebessem com clareza, que discernissem e compreendessem que ele, Paulo, encontrava-se constantemente, sem descanso, como que numa arena, batalhando até agonizar (II Co 1:8), até o limite de suas forças (Gl 4:11), mas mesmo assim continuava na esperança de não trabalhar em vão (Fp 2:16) tanto em favor deles, colossenses, mas, também, em favor dos laodicenses (para quem escreveu uma carta não inspirada que se perdeu - Cl 4:16) e por todos os demais que ouviram sobre a mensagem que Paulo pregava, que outros transmitiram adiante (II Tm 2:2) mas que, como nós, não tiveram a oportunidade de vê-lo em carne, isto é, vê-lo face a face porque era e é possível crer sem a presença de apóstolos.
Mas esta ainda não resumia tudo de sua luta, pois ele continuava em constante oração em favor das Igrejas (Rm 15:30), como um enorme peso, uma grande responsabilidade que estava sobre ele (II Co 11:28) enquanto pregava o evangelho a tempo e fora de tempo, aproveitando cada oportunidade, buscando conhecer a vontade de Deus, planejando seu trabalho, escrevendo cartas e ajudando a direcionar os outros pastores, tanto mais experientes (Gl 2:) quanto novatos (Tt 2:15).
Havia várias outras Igrejas espalhadas pelo mundo greco-romano e Paulo não poderia visita-las a todas. Não havia recursos, não havia tempo e, durante um grande período do seu ministério, não havia nem mesmo a possibilidade de viajar porque ele se encontrava encarcerado (II Tm 1:8). Mas as cadeias em nada foram impedimento para o prosseguimento da obra evangelística a que ele fora chamado, como ele escreve aos filipenses (Fp 1:12), uma Igreja, que, aliás, nasceu justamente durante uma de suas passagens pelo cárcere. Se Paulo estava levando o evangelho antes do seu aprisionamento, também neste ele fez uso de cada oportunidade (At 28.30-31) para tornar o nome de Cristo conhecido, para que as riquezas presentes e futuras possuídas pelos crentes no Senhor e salvador Jesus fossem amplamente divulgadas.

QUE ELES TIVESSEM O CORAÇÃO EM CRISTO

2 ...para que o coração deles seja confortado e vinculado juntamente em amor...
O desejo de Paulo, com suas lutas, isto é, sua motivação em relação aos colossenses, laodicenses, filipenses e a todas as Igrejas, inclusive para com aqueles que ele não conhecia pessoalmente, em um contexto de intensas dificuldades para ser verdadeiramente cristão, já que ser cristão implicava em negação da religião e de muito da cultura pagã de seus dias, significava negar-se a sujeitar-se completamente ao imperador e tomar a cruz da sujeição a Cristo, ser considerado motivo de escândalo pelos judeus, louco pelos gentios (I Co 1:23).
Ser cristão significava ser considerada a escoria do mundo – e por isso Paulo lhes deseja que confortados e unidos uns aos outros, em Cristo, pelo vínculo do amor (Cl 3:14). Sim, o amor que tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (I Co 13:7), o amor que vem de Deus e é derramado sobre os corações dos crentes (Rm 5:5), o amor com o qual os crentes são capacitados a amar a Deus e ao próximo (I Jo 4:19).
É este vinculo, mais forte que a morte, que uniu Rute a Noemi, que torna possível que a Igreja de Cristo tenha um só coração e uma só alma, que seja um só corpo (Rm 12:5) porque tem um só Deus e pai, tem um só salvador e é fruto da ação de um só Espírito (Fp 1:27). Ninguém pode receber o conforto de Cristo sem estar vinculado, sem estar fundido à Igreja de Cristo pelo Espírito de Cristo. Ninguém que está vinculado a Cristo pelo Espírito de Cristo deixa de desejar o conforto da comunhão da Igreja de Cristo.

QUE SUAS MENTES FOSSEM CONVICTAS DA VERDADE DE CRISTO

...e eles tenham toda a riqueza da forte convicção do entendimento...
Paulo escreve aos colossenses desejoso de que eles experimentassem o conforto de pertencerem a Cristo, mas ele ressalta que deseja que eles conhecessem, que tivessem conhecimento – usando uma expressão muito bonita de Paulo, que eles tivessem a mente de Cristo (I Co 2:16). Sem Cristo os homens podem obter muitos tesouros – mas tesouros que são apenas terrenos, passageiros, e, mais cedo ou mais tarde, são tomados (Jo 27.16-17) ou passados para outras pessoas (Lc 12:20). Sem Cristo os homens podem acumular tesouros que de nenhum proveito terão quanto ao destino de sua alma (Mt 16:26). Somente conhecendo a Cristo pode-se ter plena convicção, plena confiança nele, pois, afinal, como confiar naquele a quem não se conhece?
É óbvio que, não conhecendo a Cristo, os homens vão depositar sua confiança em outras coisas, e o farão nas riquezas terrenas. Mas Paulo fala de outra riqueza, incomparavelmente melhor e que não pode ser obtida pelo braço do homem – a riqueza do conhecimento da graça de Deus (Rm 2:4), uma riqueza que transforma o coração e a mente, dá sabedoria a incultos (At 4:13) e molda o caráter e as ações daqueles que sabem que são apenas peregrinos aqui, e que, se o tabernáculo terreno se desfizer, possuem algo incomparavelmente melhor (II Co 5.11-12) pelo qual anseiam (II Co 5:4).

QUE OBTIVESSEM COMPLETA COMPREENSÃO ESPIRITUAL

...para compreenderem plenamente o mistério de Deus, (e pai de) Cristo...
O conhecimento de Deus torna conhecido o mistério oculto pelos séculos já não está mais oculto, mas foi revelado aos santos de Deus (Cl 1:26) e só aos santos de Deus porque este conhecimento é espiritual, e as coisas espirituais só podem ser discernidas espiritualmente, e, portanto, são impossíveis aos homens naturais (I Co 2:).
Paulo não está falando de saber todas as coisas – ninguém pode, ele próprio afirma que esta pretensão é absurda (I Co 13:2). O que entendemos é que o que os pais da fé, os patriarcas e profetas aguardavam ansiosamente foi revelado plenamente na pessoa de Jesus Cristo (Hb 1:3) em quem habita, corporalmente, a plenitude da divindade e que revela Deus de maneira completa (Cl 2:9). Em Cristo, e somente em Cristo, Deus da o conhecimento das coisas espirituais – dentre elas a de que Jesus Cristo é, verdadeiramente, o filho de Deus (Mt 16:16). Religião alguma pode atestar ao coração de uma pessoa que Jesus Cristo é o Cristo – este é um mistério que é revelado pelo próprio pai aos seus bem aventurados (Mt 16:17).

QUE RECEBESSEM O PRÊMIO

3 ...em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos.
Enquanto os gregos buscavam sabedoria e os judeus buscavam sinais, Paulo queria uma coisa só: conhecer a Cristo cada vez mais (I Co 1.22-24). Enquanto as pessoas continuam buscando seus próprios tesouros, ouro e prata, fama e tantas outras coisas que, segundo a Palavra de Deus são pura perda (Fp 3:7) a meta do cristão deveria continuar a ser a mesma que encontramos nas páginas das Escrituras: tudo perder para ser encontrado em Cristo Jesus (Fp 3.8-11).
É uma lástima que muitos estejam correndo atrás de um tesouro efêmero, formado pelas concupiscências deste mundo (I Jo 2:17) demonstrando assim a quem ama de fato (I Jo 2:15).
Mas Cristo é o nosso tesouro, ter o nosso coração em Cristo é a coisa mais preciosa que podemos almejar – ouro e prata podem ser roubados, vestes são corroídas e casas destruídas, mas, se o nosso coração estiver nos seus tesouros celestiais, estarão bem guardados (II Tm 1:12). Tudo o que realmente importa está em Cristo, mas está oculto aos que seguem ao deus deste século (II Co 4:4) mas estão patentes diante daqueles que conhecem a Cristo (Ef 1:18).

O MÉTODO DE LUTA PROPOSTO POR PAULO

Sim, no fim, estamos em uma luta onde o campo de batalha é o mundo, onde o inimigo e seus asseclas querem conquistar nosso coração, querem roubá-lo para si e recompensando seus escravos com a destruição e a morte eternas. Estamos informados que nossa luta não é contra carne ou sangue, mas é uma luta espiritual (Ef 6:12) na qual lidamos, também, com agentes carnais (II Co 11:15), mas, mesmo contra agentes carnais, nossas armas não podem ser semelhantes às deles (II Co 10.4-6).
Como lutar, então, contra as armadilhas de satanás, de seus ministros, do mundo e até mesmo da nossa própria carne com suas cobiças?

COM CONHECIMENTO

4 Assim digo para que ninguém vos engane com raciocínios falazes.
Como não ser enganado? Como não se deixar enganar pelos muitos enganadores que tem saído mundo afora (II Jo 1:7)? E nós sabemos que muitos tem se deixado enganar, tem seguido a estes enganadores – e não é por falta de aviso, porque o Espírito afirma que assim seria, mas, mais uma vez, as coisas do Espírito só são discerníveis por quem tem o Espírito, só são discerníveis espiritualmente (I Tm 4:1) e não podemos esperar que a carne discirna as coisas do Espírito. O fato é que aqueles que se deixam enganar acabam se tornando presa de seus mestres (Is 9:16), sendo por eles escravizados com suas mirabolantes promessas de liberdade (II Pe 2:19).
Tomemos como exemplo nosso Senhor – quando provado por ensinos de demônios retrucava com conhecimento. Para cada oferecimento e sugestão do maligno ele tinha a Palavra em seus lábios e em seu coração. Eis um excelente conselho para que podemos encontrar na Palavra – para manter puro o coração, para não ser enganado pelas impurezas dos discursos facciosos dos enganadores (Sl 119:9). Não há outra resposta possível além de ter todo o seu prazer na lei do Senhor (Sl 1:2) numa aliança onde a recompensa é a aprovação abençoadora do Senhor (Sl 119:11).

COM ORIENTAÇÃO SADIA

5 Pois, embora ausente quanto ao corpo, contudo, em espírito, estou convosco, alegrando-me e verificando a vossa boa ordem e a firmeza da vossa fé em Cristo.
Paulo não poderia estar presente o tempo inteiro em todos os lugares. Ele não estava presente junto aos irmãos de colossos (provavelmente preso em Roma, por volta do ano 60 d.C.) a quem destina esta carta, pois qual a necessidade de escrever uma carta se estivesse lá? Ausente na carne, entretanto, Paulo afirma que não deixava de cuidar de seus interesses, estando, assim, espiritualmente presente na vida daquela comunidade. Da mesma maneira que ele escreve aos filipenses para que completem a sua alegria (Fp 2:2) ele também se alegrava com os colossenses.
Da mesma maneira que procurava cuidar da Igreja em Corinto ele também mantinha o seu cuidado amoroso sobre a Igreja em Colossos, desejando que eles guardassem as tradições que ele deixava nas Igrejas, como Corinto (I Co 11:2) e também na Tessalônica (II Ts 2:15), em obediência ao mandato do Senhor para que seus discípulos fossem por todo o mundo e fizessem novos discípulos, ensinando-os a reter as tradições (Fp 4:9). E a Igreja assim fazia, guardando o ensino dos apóstolos desde os seus primeiros momentos (At 2:42).
Eles deviam guardar a si mesmos, solidamente arraigados, naquele que era e é a razão da fé de cada cristão neste mundo – o Senhor e salvador Jesus Cristo, porque só existe fé verdadeira em Cristo (At 3:16) e só a fé em Cristo produz como efeito a salvação (II Tm 3:15). Mas eles foram corretamente ensinados, foram corretamente orientados e não fariam a mesma bobagem que os gálatas intentaram fazer (Gl 1:6).

COM A FIRMEZA DE QUEM ESTÁ EM CRISTO

6 Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, 7 nele radicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos...
Não é fácil resistir ao assédio que a Igreja sofre. Muitos, como folhas sem vida, são arrastados pelos ventos e pelas intempéries. Isto não é novidade. O Senhor Jesus afirmou que seria assim ao contar a parábola do semeador (Mt 13:22) e também ao instruir sobre onde edificar a casa, repreendendo aqueles que não possuem base (Lc 6:49).
A dificuldade não está na semente a ser semeada, mas se, de fato, aqueles que professam a fé em Cristo Jesus realmente já o receberam e foram instruídos nele (Ef 4:21). É crucial ter recebido verdadeiramente a Cristo para poder manter-se firme (Cl 1:23).
Paulo usa uma segunda figura de linguagem, a de possuir raízes – e estas raízes não são tradições, não são costumes, não é conhecimento intelectual ou tempo de Igreja. Certamente há uma referência à metáfora usada pelo Senhor Jesus ao afirmar que ele é a videira e seus discípulos são os ramos (Jo 15:5).
O problema do cristianismo do sec. XXI não está em não saber sobre Jesus – mas em não se deixar instruir, não se deixar orientar, não se sujeitar ao ensino do Senhor Jesus. É curioso que é mais fácil fazer as pessoas se sujeitarem a ensinos de homens (e os exemplos são cada vez mais absurdos e numerosos, chegando até mesmo ao suicídio coletivo) do que se sujeitarem a Deus, porque os homens, hoje, dão tapinhas nas costas com agrados enquanto batem as carteiras, mas a humilhação perante Deus (I Pe 5:6) traz recompensa que só será plenamente percebida na eternidade. Somente estando confirmado na fé haverá verdadeiro progresso espiritual – somente estando arraigado a Cristo é possível produzir frutos, porque nenhum galho pode produzir fruto de si mesmo (Jo 15:4).

O RESULTADO DAS LUTAS DOS CRISTÃOS

...crescendo em ações de graças.
Eis a resposta de Paulo à pergunta: o que eu ganho se seguir a Cristo? O que eu ganho se estiver em Cristo? O que eu ganho se deixar tudo para seguir a Cristo? Os discípulos de Jesus também tinham esta questão em suas mentes (Mt 19.27). E era uma questão justa, já que Jesus nada lhes prometia além de aflições (Jo 16:33) e ódio do mundo  (Jo 15:18).
Libertos pelo Senhor Jesus, chamados para seu reino que é um reino espiritual seria muito estranho que os filhos de Deus lutassem pelas coisas deste mundo. Paulo os incentiva a terem mente e coração voltados para Deus. Paulo lhes diz que seu afã deve ser pelas coisas de Deus e por isso suas armas não são carnais. O que é de estranhar é que vemos os filhos de Deus lutando pelas mesmas coisas que os filhos do mundo lutam: reconhecimento, conforto, status, prosperidade material, bem estar emocional como se sua felicidade dependesse disso. Não há nada de errado em possuir estas coisas – está errado é colocar o coração nestas coisas. Está errado é não estar satisfeito com o que o Senhor dá (Fp 4:11). Se o Senhor quiser nos dar apenas o que comer e vestir, alegremo-nos nele (I Tm 6:8) porque ele sabe que é exatamente disto o que precisamos, até que possamos gozar de todas as suas benesses: sua presença, sua segurança, seu sustento e seu refrigério (Sl 23.1-2).
Crescer em ações de graças não significa crescer em prosperidade aos olhos dos homens. Crescer em ações de graças significa crescer em intimidade na presença do Senhor (Cl 1:24) – e, no fim das contas, é só isso o que importa (Fp 1:18) porque é no vale da sombra da morte que a presença do Senhor da vida pode ser sentida com mais prazer... é na maior escuridão que mesmo a menor luz faz mais diferença, quanto mais a luz do mundo (Jo 8:12). É no deserto, e não na chuva, que uma boa porção de água viva faz mais diferença (Jo 4:14).

COMO A IGREJA PODE SER BENEFICIADA NESTA LUTA

A Igreja cristã primitiva viu-se obrigada a enfrentar inimigos de todos os lados. Inimigos judeus, pseudocristãos judaizantes, inimigos gentios, pseudocristãos semipagãos, poder do império. Teve que se defrontar com o mais perigoso poder que ameaça a Igreja, as inclinações da carne sujeitas à vontade escravizadora dos principados e potestades. Não havia um lado pelo qual a Igreja não estivesse ameaçada. Por isso Paulo escreve à Igreja de seus dias dizendo para que ela se preparasse adequadamente para uma verdadeira guerra (Ef 6.13-17).
É certo que a Igreja inevitavelmente passaria, passa e passará por aflições porque aquele que não mente disse que seria assim (Jo 16:33), mas ela está bem municiada com uma arma poderosíssima que vence quaisquer aflições e armadilhas do mundo – a fé no Deus vivo e vencedor (I Jo 5:4).
Não uma fé vazia ou baseada em promessas que nunca foram feitas para você. Não uma fé baseada em pensamento positivo ou determinações fruto dos interesses do seu coração ou de ensino de enganadores, mas a fé baseada numa vida com Cristo e em Cristo (Ef 3.17-19).

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