segunda-feira, 3 de agosto de 2015

RAZÕES PORQUE VOCÊ DEVE RECONHECER JESUS COMO O MESSIAS - Mc 3.1-6

1 De novo, entrou Jesus na sinagoga e estava ali um homem que tinha ressequida uma das mãos.
2 E estavam observando a Jesus para ver se o curaria em dia de sábado, a fim de o acusarem. 3 E disse Jesus ao homem da mão ressequida: Vem para o meio! 4 Então, lhes perguntou: É lícito nos sábados fazer o bem ou fazer o mal? Salvar a vida ou tirá-la? Mas eles ficaram em silêncio.
5 Olhando-os ao redor, indignado e condoído com a dureza do seu coração, disse ao homem: Estende a mão. Estendeu-a, e a mão lhe foi restaurada.
6 Retirando-se os fariseus, conspiravam logo com os herodianos, contra ele, em como lhe tirariam a vida.
Mc 3.1-6
O assunto principal do texto não é o milagre feito ao curar a mão ressequida de um certo homem. Jesus já havia feito outros milagres, e, inclusive, um mais surpreendente e, extensivamente, maior – a cura do paralítico. Nada sabemos sobre este homem – quem era, como tivera a sua mão ressequida, porque não era de nascença. Também não sabemos onde morava, nem mesmo sabemos qual a sinagoga onde isto aconteceu, mas, pelo fato de Marcos iniciar este relato com a expressão “e de novo” podemos inferir que era na região de Cafarnaum, onde ele já havia se tornado bastante conhecido e todos conheciam as muitas pessoas que foram curadas naqueles dias.
Ao ler este texto, algumas perguntas surgem prontamente.
A primeira é: porque Jesus fazia milagres? Podemos elencar diversas razões – por misericórdia, afinal, curar enfermos, devolver mortos aos seus familiares entristecidos, libertar encarcerados das forças demoníacas. Sim, tudo isto é misericórdia. Mas creio que a principal causa dos milagres de Jesus é dita pelo próprio Jesus: para que ele fosse reconhecido como o Messias (Mt 9.6).
A segunda é: porque Jesus estava sempre na sinagoga? A resposta é: porque não há lugar melhor para o encontro dos crentes. É o melhor lugar para os crentes se reunirem na presença do Senhor. Se alguém quisesse encontrar o Senhor Jesus não há lugar melhor para procurá-lo do que na sua própria casa – na casa do Senhor. É por isso que o escritor aos hebreus insta aos crentes que não deixem de congregar (Hb 10.25).
A terceira é: o que, homens e mulheres do sec. XXI, podemos aprender com este relato feito por Marcos (e também por Lucas – Lc 6.6-11; e Mateus – Mt 12.9-14)? É isto o que pretendemos nesta ocasião. Vamos, sob a direção do Espírito, ser edificados pela Palavra de Deus, observando alguns fatos importantes:

FATO Nº I: JESUS REVELA SUA MESSIANIDADE AO FAZER O BEM

1 De novo, entrou Jesus na sinagoga e estava ali um homem que tinha ressequida uma das mãos.
Filósofos e teólogos já falaram de um deus absconditus, isto é, uma divindade que se esconde, que não podia ser encontrada. Os gregos chegaram ao ponto de dedicarem um altar que não deveria ser ocupado por imagem de nenhum deus que encontrassem entre os povos, devendo ficar sempre vazio para o deus que eles não tinham a expectativa de conhecer.
Ao passar por Atenas, que era um centro irradiador de pensamento de seu tempo, Paulo aproveita para mostrar que o deus desconhecido e impossível de ser conhecido mediante qualquer forma de descoberta humana – porque dele não é possível fazer imagem alguma (Dt 4.12). Como eles não podiam conhecê-lo por si mesmo, então, ele, Paulo, lhes apresentava o Deus desconhecido, Jesus (At 17.23).
Ao falar de Jesus, Marcos mostra que ele podia ser facilmente encontrado – as multidões sabiam onde ele se encontrava, e, se alguém quisesse encontra-lo, bastava seguir o rastro de bondade e sabedoria que ele deixava após si (At 10.38).
Marcos nos diz que, de novo, isto é, como habitualmente estava fazendo aos sábados, Jesus se dirige à sinagoga onde costumavam estar os escribas e os fariseus (Lc 6.7).
Era o lugar de ensino da Palavra de Deus – e ali estava a própria Palavra de Deus ensinando, mas tinha a franca rejeição dos fariseus e dos seus escribas, que não queriam aprender, não queriam adorar, pelo contrário, queriam apenas encontrar algum elemento em sua fala ou ações que lhes permitissem acusar Jesus de violar a lei mosaica – afastando dele os discípulos e o povo ou, melhor ainda se conseguissem, leva-lo aos tribunais.
Esta inclinação maligna do coração dos escribas e fariseus não era desconhecida do Senhor Jesus (Lc 6.8), mas isso não o impediria de anunciar o reino de Deus a todos, em todos os lugares, porque somente tendo conhecimento de Cristo eles poderiam receber a vida eterna e serem salvos (Jo 17.3).
Aqueles homens queiram fazer o mal, procuravam algum meio de prejudicar a Jesus, alguma forma de impedir a obra do Senhor, de criar obstáculos ao avanço do reino que ele viera inaugurar – Jesus veio para fazer o bem, estabelecer o reino de Deus no meio dos seus. O Senhor estabeleceu um dia para que os homens pudessem fazer o bem ao próximo enquanto adoravam a Deus – aqueles escribas e fariseus (que achavam que não precisavam daquele que perdoa pecados, que jejuavam, que não faziam trabalhos no sábado), na casa do Senhor, no dia que havia sido reservado para os judeus cultuarem ao Senhor não só não queriam fazer o bem como intentavam o mal em seu coração. Este era o problema – o homem da mão ressequida ainda podia fazer o bem, homens de coração ressequido eram incapazes disso. O código rabínico não proibia que se impedisse um ferimento de piorar, mas não deixava que se curasse um enfermo – e aquele homem não corria riscos se não fosse curado naquele dia.
Mesmo diante do que os fariseus e escribas representavam, Jesus não se esconde, ele se faz presente, revelando a si mesmo e o caráter bondoso de Deus (Cl 1:15) pois quem o via, via também ao pai (Jo 12:45) porque ele e o pai são um (Jo 10:30). Procure outro deus, onde você vai encontra-lo? Procure o deus do espiritismo, e, se encontra-lo, vai dar de cara com o nada. Procure o Deus do budismo e sua resposta será o nada. Procure o fundador e o deus do islamismo e dará de cara com uma pedra. Procure o deus do materialismo e do existencialismo e se frustrará ao saber que não existem. Mas o Deus em carne veio até nós.
Você deve reconhecer como o messias porque ele se mostra como o Deus misericordioso ao fazer, sempre, o bem.

FATO Nº II: JESUS REVELA SEU SENHORIO SOBRE O SÁBADO AO FAZER O BEM

2 E estavam observando a Jesus para ver se o curaria em dia de sábado, a fim de o acusarem. 3 E disse Jesus ao homem da mão ressequida: Vem para o meio! 4 Então, lhes perguntou: É lícito nos sábados fazer o bem ou fazer o mal? Salvar a vida ou tirá-la? Mas eles ficaram em silêncio.
Como já era costume os fariseus e escribas observavam o que Jesus falava, o que Jesus fazia, onde ia e com quem estava – sempre com o propósito de encontrar alguma falha para acusa-lo. Não sabiam que esteavam fadados ao fracasso pois nada podiam achar para o acusar (Jo 8.46).
Eles que se diziam os guardadores e mestres da lei não conseguiam se alegrar com os que se alegravam nem sentir a angústia dos que choravam (Rm 12.15). Estavam à espreita como salteadores. Estavam na sinagoga, no lugar onde deveriam encher o coração da Palavra do Senhor (Sl 119.11) eram incapazes de fazê-lo porque seu coração já estava por demais cheio dos frutos da carne (ira, inimizade, porfia, maldade).
Ao mesmo tempo em que diziam serem guardiães da obediência à lei tinham o seu coração longe demais do Senhor da lei (Mt 15.8), até porque eles precisavam, e muito, da lei, para limitar os intentos malignos de seu coração; a lei lhes servia como aio para impedi-los de irem longe demais em suas maldades embora, ao final, eles não tenham se deixado conduzir a Cristo (Gl 3.24).
O problema dos fariseus e dos escribas nunca foi o de não terem conhecido a Cristo, mas de não tê-lo conhecido como deveriam conhecer. Assim como as ovelhas do Senhor conhecem a voz do seu pastor (Jo 10.14), todavia, há também aqueles que não o conheceram (Jr 2.8), na verdade, afrontosamente o rejeitaram (Os 4.6).
Aos doutores da lei o Senhor Jesus faz uma pergunta que até mesmo uma criança que frequente a Escola Bíblica saberia responder: “É lícito fazer o bem ou o mal no sábado? Deve-se salvar uma vida ou matar alguém?” Qual seria sua resposta? No sábado devemos fazer o bem ou podemos fazer o mal? Devemos salvar vidas ou tirá-las? Os fariseus da época se debatiam com esta pergunta e só aceitavam que alguém fizesse alguma coisa se a vida de alguém estivesse em risco – mas correriam rapidamente para salvar um animal que estivesse em risco de vida num sábado (Mt 12.11).
Nós acreditamos que é lícito fazer o bem – sempre, e em qualquer dia e hora. O problema dos fariseus era como enxergavam a lei. E eles tinham um problema: seu jejum não era o que Deus esperava, seus sábados não eram os sábados do Senhor (Is 58.13-14).
Eles eram incapazes de fazer o bem, e Jesus sabia que eles, na verdade, intentavam fazer o mal. Sua religião não era de amor a Deus, era, pura e simplesmente, um amontoado de regras que não os fazia mais dignos de amor de Deus do que qualquer outro pecador. Os mestres não tem resposta para esta pergunta por um motivo muito simples: eles não podiam concordar com Jesus, não podiam confessar sua ignorância espiritual e ao mesmo tempo dizer para todos que Jesus sempre esteve certo e eles, sempre errados. Eles não podiam ensinar a verdade – eles não podiam admitir a verdade – eles não podiam confessar e dizer sobre Jesus e para Jesus: “Sim, Senhor, o Senhor pode curar (eles não duvidavam da habilidade de Jesus para curar) no sábado”.
Jesus estava certo e eles errados – Jesus era Senhor do sábado, e eles meros escravos do sábado. A lei fora dada para o bem do homem, e era assim que Jesus a tratava – os fariseus viam nela fardos, tinham-na como fardos sobre si mesmos e tudo o que queriam era que outros também carregassem os mesmos pesos.
Você deve reconhecer Jesus como o messias não apenas porque ele se mostra como o Deus misericordioso ao fazer, sempre, o bem mas também porque, como Senhor que ele é, mostra que a lei de Deus incentiva a misericórdia, e não o contrário. 

FATO Nº III: JESUS REVELA SUA DIVINDADE DESNUDANDO O CORAÇÃO DOS QUE NÃO QUEREM FAZER O BEM

4 Então, lhes perguntou: É lícito nos sábados fazer o bem ou fazer o mal? Salvar a vida ou tirá-la? Mas eles ficaram em silêncio. 5 Olhando-os ao redor, indignado e condoído com a dureza do seu coração, disse ao homem: Estende a mão. Estendeu-a, e a mão lhe foi restaurada.
Naquela sinagoga de uma vila obscura travou-se um breve mas decisivo embate – de um lado escribas e fariseus, e sua obstinada dureza de coração. Eles estavam assentados na casa de Jesus e se escandalizaram pelo fato do Senhor perdoar pecados; eles estavam no entorno da casa de Levi e se escandalizaram por ele comer com publicanos e pecadores; eles estavam seguindo-o pelas estradas e se sentiram terrivelmente escandalizados pelo fato de os discípulos de Jesus terem colhido e comido espigas ao passarem por um campo.
Mas havia uma coisa da qual eles não se escandalizavam – da dureza de seus corações e da maldade que acalentavam dentro deles. Sempre dispostos a condenar, nunca dispostos a confessar sua própria maldade. Eles estavam sempre por perto, sempre no entorno, e Marcos nos diz que Jesus olhou para eles, ao redor de si mesmo, e possuído de indignação e ao mesmo tempo sofrendo por eles, não se esqueceu de cuidar daquele que sofria, ordenando ao homem da mão ressequida que estendesse a sua mão – coisa impossível, pois estava ressequida, sem tônus muscular. Entretanto, ele o fez, e a plena saúde de sua mão lhe foi restaurada.
Porque eles não responderam à pergunta de Jesus? Porque ele sabia que Jesus lhes conhecia o coração, sabia que eles queriam fazer-lhe algum mal (Lc 6.11) para que ele perdesse a credibilidade, na melhor das hipóteses, mas, se possível, matá-lo (Mt 12.14).
Veja que situação curiosa – os que se proclamavam a si mesmos doutores da lei não souberam responder uma simples pergunta, se era permitido pela lei fazer o bem aos sábados, e, ao mesmo tempo, os que eram reconhecidos como criteriosos guardadores da lei, justamente no dia que deveria ser de especial santificação intentavam matar a alguém que só fazia o bem (Is 58.13-14) simplesmente pelo fato de que ele não os bajulava, mas falava a verdade (Jo 8.40).
Quando Jesus pergunta se era lícito fazer o bem ou o mal eles entenderam que era deles que ele falava. Eles entenderam que a pergunta de Jesus poderia ter sido feita da seguinte forma: Vocês estão dizendo que a lei não permite que eu faça o bem, mas me digam se esta mesma lei permite que vocês planejem fazer o mal para mim? Vocês estão indignados por que acham que a lei não me permite restaurar uma vida à sua plenitude, mas me digam se esta mesma lei permite que vocês planejem tirar a minha vida? Que tipo de intérpretes e guardiões da lei vocês são, afinal (Jo 7.19)? É claro que a lei não lhes permitia tal atitude, e eles entenderam, como quando entenderam quando Jesus lhes contou a parábola dos lavradores maus (Mc 12.12).
Mesmo repreendidos, à semelhança de Caim (Gn 4.7) preferiam continuar com seu intento, e resolveram matá-lo à traição (Mt 26.4) porque tinham medo da reação popular (Mt 14.5).
Seu coração foi desnudo, pois não há nada no coração do homem que o Senhor Jesus não conheça (Mt 9.4) e, como já dissemos anteriormente, o Senhor Jesus não conhece o ditado que diz que um grande líder incentiva publicamente e corrige em particular – ofensa pública, pecado cometido contra o filho do homem em público era tratado da mesma maneira, para que ele, Jesus, não tivesse a mesma imagem que ficou aos envergonhados fariseus, ao ficarem em silêncio.
Você deve reconhecer Jesus como o messias não apenas porque ele se mostra como o Deus misericordioso ao fazer, sempre, o bem e também porque, como Senhor que ele é, mostra que a lei de Deus incentiva a misericórdia, e não o contrário, mas, também, porque ele conhece o coração dos homens, conhece tanto a piedade quanto a hipocrisia de seus corações. 

SUA ATITUDE: COMO E PARA QUE VOCÊ VAI SE RETIRAR DAQUI

6 Retirando-se os fariseus, conspiravam logo com os herodianos, contra ele, em como lhe tirariam a vida.
Tivemos três boas razões para você reconhecer como o messias, fazer como o centurião romano ao pé da cruz, que diante do testemunho do furor da natureza face à crucificação do seu criador (Mt 27.54).
Os fariseus não reconheceram Jesus. Os fariseus não o receberam. Depois de segui-lo por dias, talvez semanas, finalmente se retiraram. Mas não foi para meditar nas coisas que viram e ouviram, foi para conspirar contra ele. Foi para planejar matá-lo. E é curioso que aqueles que censuravam Jesus por comer com publicanos porque estes se relacionavam com os invasores romanos, foram conspirar justamente com os herodianos, que serviam ao rei edomita Herodes e se relacionavam com os romanos. Eles precisavam de apoio politico pois somente os herodianos poderiam conseguir a aplicação da pena capital a Jesus.
Eles não praticavam obras de misericórdia no sábado, negavam o direito à satisfação de necessidades essenciais como a alimentação ou até mesmo a cura de uma pessoa gravemente enferma, mas se sentiam à vontade para conspirar um assassinato.
Eles não aceitavam que os pecados de uma pessoa fossem perdoados, mas acumulavam pecado à sua dureza de coração ao saírem para planejar a morte de Jesus com os tão odiados servos de Herodes, o rei títere dos romanos. Estes eram os fariseus, no fim das contas, eles silenciaram sobre fazer o bem e agiram para fazer o mal. Eles não reconheceram Jesus como o messias, não o receberam com o salvador. E você? Porque você deve reconhecer Jesus como o messias?
i.                    Você deve reconhecer Jesus como o messias porque ele se mostra como o Deus misericordioso ao fazer, sempre, o bem;
ii.                 Você deve reconhecer Jesus como o messias porque ele mostra que a lei de Deus incentiva a misericórdia, e não o contrário;
iii.               Você deve reconhecer Jesus como o messias porque conhece o coração dos homens, conhece tanto a piedade quanto a hipocrisia de seus corações.
Você deve reconhecer Jesus como o messias porque não há salvação em nenhum outro, em nenhum outro lugar (At 4.12). Você não vai encontrar salvação nos homens, por mais especiais que eles sejam ou tenham sido (Sl 146.3); você não vai encontrar salvação em nenhum objeto, por mais precioso que ele seja (Sl 135.15-18).
Mas Jesus não é um ídolo. Jesus não é uma imagem pregada em uma cruz em uma parede. Jesus é aquele foi para a cruz em lugar de pecadores e que se assenta num alto e sublime trono para reinar com aqueles que ele justificou.
Qual será sua atitude, agora que você conhece estes fatos sobre o Senhor Jesus?
A opção de número 1 é manter-se silencioso, não dar resposta alguma. O problema é que os fariseus e escribas já fizeram isso, e não deu muito certo. Manter-se silencioso era e ainda é não aceitação, é rejeição – e Jesus disse que quem não ajunta com ele, espalha (Mt 12.30). Pedra que não está na construção é entulho, é pedra de tropeço.
A opção de número 2 é de oposição – de rebeldia e de rejeição. E, mais uma vez, temos as palavras do Senhor Jesus que afirma que quem não é por ele é contra ele.
A única opção que você tem para agradar ao Senhor Jesus é recebê-lo como seu Senhor, recebe-lo como seu salvador, é alegrar-se em sua presença e receber vida, porque foi para isso que ele veio, para que você tenha vida, e a tenha em abundancia (Jo 10.28).


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