Há pouco
mais de um ano conversava com um amigo sobre o quadro institucional brasileiro,
a infiltração de guerrilheiros e a importação em massa de refugiados haitianos
rumo a São Paulo, as constantes ameaças dos movimentos
sem-o-que-fazer-além-de-baderna e ele se mostrava preocupado, acreditando que
tais movimentos poderiam contar com um número de “guerrilheiros” na casa dos milhões.
Já naquela época eu contestava a propaganda esquerdista, e acreditava, como
agora, que tais movimentos não conseguem juntar 50.000 pessoas dispostas a “por
fogo no Brasil” como eles apregoam. Porque pensava assim? E porque penso assim,
especialmente agora que o impedimento da presidanta (não vejo a hora de
esquecer este neologismo) se afigura não apenas possível, mas cada vez mais provável?
Em primeiro
lugar, pode-se observar que as grandes aglomerações de movimentos pró-governo teriam
que reunir, mesmo segundo os dados hiperinflados dos próprios petistas, cerca
de cinco milhões de simpatizantes para contarem com cinquenta mil guerrilheiros
– meu amigo temia em torno de, pelo menos, dois milhões de guerrilheiros. Impossível.
Segundo,
sem apoio oficial, sem as verbas injetadas pelo governo através de diversos
organismos oficiais, extraoficiais e até clandestinos, estes movimentos não tem
como se sustentar simplesmente porque não produzem nada. Sendo campo
improdutivo, que lhes restaria? A criminalidade?
Eis
aí outro problema para eles, não para nós, porque, sem o apoio dos aparelhos
petistas, sem o governo e o ministério da justiça dispostos a tudo para tê-los
como parceiros, com que garantia de proteção eles iriam tentar fechar estradas
e invadir prédios? Iriam cercar o palácio do Planalto e depois serem recebidos
pelo presidente? Ou a Força Nacional os colocaria para correr?
Pensemos
um pouco: sem apoio da mídia vendida ao governo (Folha de São Paulo, por
exemplo); sem recursos para locomoção e manutenção de alguns milhares de
não-trabalhadores que teriam que ir para a cidade procurar emprego; sem passe
livre para baderna (se fizerem badernas ou invasões nada melhor do que uma
cadeiazinha básica – aliás, há espaço para 50.000 em Brasília (estádio Mané Garrincha)
e outros mais espalhados pelo Brasil.
Quer
saber, não tenho nenhum medo do exército vermelho do Stédile e companhia… ele é
tão vermelho como a mortadela barata que comem (e que vai acabar) e como as
bandeiras desbotadas e rasgadas que ainda tremulam nas margens de algumas
rodovias brasileiras.
No fim,
eles vão mesmo usar a foice e o martelo. Vão usar a foice para cortar juquira,
e o martelo para bater prego…
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