Já tem
amigos – curiosamente até mesmo alguns amigos petistas (já disse mais de uma
vez que eu os tenho – e já deixei de ter contato com petistas que pareciam ser
meus amigos) me cobrando: “E aí, não vai dizer nada”? (E tem alguns também dizendo para eu não escrever). Entre o desejo de apenas
observar com o olhar de quem pensa: “Eu sabia que esse dia iria chegar” e os
dedos ansiosos pelo teclado, resolvi: vamos às letras, que me desculpem os que esperavam o meu silêncio. Se preferirem, parem aqui!
Tudo
está decidido? Não. Claro que não. O que a Câmara dos Deputados fez, como já afirmei
anteriormente, foi votar pela admissibilidade da denúncia. Os deputados
disseram que, sim, a presidente pode ser denunciada pelo crime de
responsabilidade por ter atentado contra a constituição do Brasil no que tange à
lei fiscal. Ela é culpada? Este debate não coube à câmara. Cabe ao Senado Federal,
que receberá a denúncia e então a julgará. A rigor, nem julgada ontem a Dilma
foi.
É só
isso (talvez você pergunte desanimado)? Não, não é. Na verdade, é muito mais do
que isso.
Os 367 votos pela admissibilidade da denúncia evidenciam outra coisa –
evidenciam que nem mesmo em um ambiente pútrido como a Câmara o sistema de cooptação
de votos sobejamente usado durante estes quatorze anos de governo petista a
farsa grotesca e trágica poderia continuar (sim, o mensalão não acabou, na
verdade era apenas uma face deste método pode de conseguir votos – pesquisem no
meu blog, sempre chamei os aliados do PT de “base alugada”).
Evidenciam também que o Brasil
inteiro queria que a resposta da câmara fosse sim, com exceção de três estados,
dos quais dois não possuem grande relevância econômica ou política no quadro nacional (Amapá e Ceará, e, lamentavelmente a
minha amada Bahia é uma destas negras exceções, mas em breve teremos eleições e
o povo baiano dará a resposta aos lacaios esquerdistas – muitos nada além de
fisiologistas pois sempre foram de direita). Os que não queriam ameaçavam o Brasil
com greves (a maioria não trabalha), invasões (especialidade dos tais
movimentos) e depredações (sim, elas acontecerão, mas serão cada vez mais raras
à partir do momento em que estes arruaceiros deixarem de contar com o
acobertamento do governo).
E o
que vai mudar? Temer é investigado, Cunha é réu, Renan é acusado… quem vai
sobrar? O Brasil tem que sobrar. Pouco me importa quantos venham a cair, mesmo
que sejam os dois do executivo, os 512 da câmara e os 81 do senado. Não, não sou
adepto da tolice de eleições gerais imediatas. Pra que? Não estamos vivendo
nenhum período extraordinário de revolução ou golpe. O que temos é corruptos
que precisam ser impedidos de governar, independente da cor das suas flâmulas,
se vermelhas ou ainda verde-amarelas…
Que
comece a faxina. Que o lixo grosso, a tranqueira, seja removida. Sim, que o PT e
sua camarilha assecla seja banida da vida pública – pena que a lei só permite
por 8 anos. Sim, que os asseclas sejam também varridos, como PSOL, PCdoB, Rede,
PP e outros mais. Depois, que o entulho também seja jogado fora.... que os mais de 600.000 comissionados que aparelham o estado brasileiro sejam removidos como uma crosta de sujeira tem que ser jogada fora... e que toda a sujeira seja enfim removida até que seja possível
retirar tudo e cheguemos ao fim de um processo de limpeza. Mas todos sabemos
que ninguém começa uma limpeza tirando a poeira do entulho… tira-se o entulho, depois os pedaços que
sobram e por fim a poeira. É isso que precisa ser feito, por isso meu
posicionamento contra o maior mal que já assolou a vida pública brasileira,
chamado originalmente de Partido dos Trabalhadores, mas que, hoje, merece
manter a sigla, mas não a nomenclatura, pois se tornou o Partido das Tramóias.
Quem
é meu candidato? Ou candidata? Para início de conversa, não é de esquerda, não desta
esquerda mequetrefe e arruaceira, irresponsável, inconsequente, inconsistente e
baderneira. Qual é meu partido? Não sou filiado a nenhum, mas se tivesse que
ser seria a um partido mais à direita, e ainda sim, olhando para cada um deles,
o faria com sérias restrições, por isso prefiro não me filiar a partido algum.
Não
acabou! É fácil para muitos, como tenho visto, vibrando com a derrota das
esquerdas na primeira batalha. Que bom, fico satisfeito ao ver que a insensatez
de muitos e seu fascínio pela esquerda vai dando lugar à razoabilidade. Há anos
falo, escrevo e, à minha maneira, luto pelo fim deste status quo. Reacionário? Claro.
Quem em sã consciência não reagiria a um projeto de destruição da família, dos valores
cristãos e de tudo o que preza, como era feito pelo governo da vez? Conservador?
Sem dúvida, porque o que é bom, a base da nossa sociedade precisa ser conservada
do ataque dos cupins vermelhos.
Os que
votaram pelo começo do processo não são salvadores da pátria – talvez
estivessem, a maioria deles, tentando salvar a própria pele, o próprio reduto
eleitoral, a própria carreira política. Mas seja qual for o motivo, deram ao Brasil
a oportunidade de tirar o entulho. Tem mais lixo por aí, sem dúvida, mas o
processo não precisa parar necessariamente na Dilma. Tem lixo todas as cores,
para todos os gostos. Que comece a faxina.
Ah!
Aproveitando, vi que perguntaram o que significa “Tchau Querida!”, se se
referia a Dilma ou a democracia. Sei que quem perguntou não quer explicação,
mas, vai assim mesmo. “Querida” era uma maneira invariável de Dilma começar a
dar uma descompostura em alguém, publicamente ou não. A feitiçaria voltou-se
contra a bruxa – e o “Tchau Querida” significa o fim da arrogância, da
prepotência, não o fim da democracia mas o fim da cleptocracia.
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