CANSAÇO. DE QUE?
É
isso mesmo, cansaço de que? Quem está cansado, obviamente deve estar cansado de
alguma coisa. E é provável que muitos estejam cansados de fazer as coisas na
Igreja, de ir a Igreja e estar na Igreja semana após semana e encontrar sempre
as mesmas coisas, a mesma liturgia predefinida, formatada e engessada,
prelúdio, oração, leitura, hino, mais leitura, mais oração e cânticos, oração,
mensagem e bênção – às vezes com um chazinho no final, um festival de
senta-levanta... por favor, calma. Calma!
Não sou um iconoclasta, não estou
propondo destruir nada e não quero que abandonemos o nosso padrão litúrgico em
nome de uma reforma em protesto contra tudo e todos sem propor nada melhor para
por no lugar, como um mentecapto que só quer quebrar paradigmas).
E aí vem a
sensação de cansaço – mais do mesmo, mais do mesmo, como se fossemos máquinas
repetindo sempre e sempre o mesmo percurso, as mesmas ações – e sem conhecer as
razoes por que fazemos as coisas como fazemos tudo torna-se mecânico (Is 29.13).
Pode ser também que o
cansaço seja ainda maior pois fazer uma coisa maquinalmente aprendida é a
sensação de não saber para que fazer. E aí a coisa fica pior. Onde estão os
resultados? Fazer, fazer, correr, organizar, fazer, fazer e refazer e nada
acontece, nenhum resultado palpável. E fica a terrível sensação de estar
trabalhando em vão – e é provável que, em alguns casos, seja assim mesmo (Ml 1.10).
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