Recentemente li um artigo de que
tratava sobre 5 maneiras de se tratar o problema da maledicência na Igreja
trazendo algumas observações e conselhos bastante salutares, que vou resumir
aqui antes de prosseguir com algumas observações pastorais. Acredito que se
cada cristão observar estes passos simples este mal pode ser erradicado de
qualquer igreja, por mais que ela esteja acostumada a esta prática.
I. MONITORE
SUAS PALAVRAS: Antes de ouvir o que as pessoas tem a dizer, ouça o que você
mesmo diz. Cuide do que você fala, para quem você fala e o que você quer
alcançar com sua fala. Garanta que suas palavras são dignas dos lábios de um
cristão, se são edificantes e não destrutivas.
II. EVITE
POLUIR SUA MENTE: Seja cuidadoso com o que chega à sua mente porque tudo que
lhe chega causa alguma impressão. Não aceite ouvir detalhes negativos sobre a
vida de quem estiver ausente. Mude o tema da conversa, saia da presença desta
pessoa ou afaste-a do convívio de sua casa imediatamente.
III. REAJA
POSITIVAMENTE CONTRA A MALEDICÊNCIA: Rejeite educada e biblicamente participar
de qualquer conversa maledicente. Não se deixe dominar pela mórbida
curiosidade. Recorde às pessoas se o que elas vão falar merece ser dito para
promover a fraternidade cristã e o evangelho de Cristo.
IV. DESCONFIE.
SEMPRE HÁ MORTE NA ÁGUA: A maior parte do conteúdo de maledicências tem origem
num coração amargurado e pode conter inverdades. Antes de perguntar se o que
está sendo dito é verdadeiro, parta do princípio de que toda maledicência é má.
V. FAÇA
A MALEDICÊNCIA TERMINAR EM VOCÊ: Você pode estar sendo usado como instrumento
para passar uma maledicência adiante. Faça-a morrer quando chegar a você de
duas maneiras: a primeira é não dando-lhe crédito, e a segunda é convidando o
mexeriqueiro a ir conversar com a vítima deste mal. Se não conseguir, informe a
pessoa agredida de que ela está sendo defraudada para que possa se defender.
Lembre-se que maledicência pode ser
enquadrada como crimes de calúnia (acusar alguém de uma falta que não cometeu
com o propósito de causar-lhe prejuízos) ou difamação (espalhar informações
verdadeiras ou não a respeito de alguém com o intuito de prejudicar lhe).
A prática da maledicência é chamada de
mexerico e mexericar equivale a atentar contra a vida de alguém. Observe que a
ordem da Escritura, num dos livros da Lei, é que o crente não ande com quem tem
esta prática como costume (Lv 19.16 - Não andarás como mexeriqueiro entre o teu
povo; não atentarás contra a vida do teu próximo. Eu sou o SENHOR!). Preste
atenção porque a Escritura nunca toma o nome do Senhor em vão.
Evitar o mexerico e o mexeriqueiro
também é uma orientação da sabedoria divina (Pv 20.19 - O mexeriqueiro revela o
segredo; portanto, não te metas com quem muito abre os lábios). O sábio é
enfático: não te metas com o mexeriqueiro, não te deixes enredar por um
especialista. Geralmente o que um maledicente fala diz mais sobre o seu próprio
caráter do que sobre o caráter da vítima.
Como disse no princípio, quero encerrar
com um conselho bastante salutar: não confunda o amor cristão com a omissão
diante da prática do mal. O amor cristão não se alegra em ver a injustiça ser
praticada. Ele rejubila com a verdade. Quando ouvir algo maldoso sobre alguém,
busque o contraditório, dê ao outro o direito de saber do que é acusado e
defender-se e não se esquive do dever cristão de testemunhar a verdade.
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