sábado, 14 de novembro de 2015

QUANDO NÃO HÁ O OUTRO LADO POSSÍVEL

Ou… Quando você é obrigado a discordar de um amigo.
Quando dois vizinhos brigam, os demais logo se apressam a tomar partido. Ora é o som da TV que está alto demais, ora é o barulho dos cachorros e até uma casca de fruta jogada por cima do muro. Quando a barbárie entra em cena, não há o outro lado. Só há um lado possível, o da humanidade – e não há humanidade nas bestas muçulmanas do estado islâmico.
Antes de prosseguir, tenho que considerar: todos os islâmicos são iguais? Não, alguns são radicais, outros moderados. Uns cortam as gargantas de inocentes, mas todos financiam o islamismo, mesmo os moderados que enviam fortunas para clérigos que formam radicais em suas escolas islâmicas chamadas de madraçais, e abro um parêntese aqui para lhe poupar o trabalho de pesquisa.
As madraçais são internatos para homens de 5 a 30 anos, sempre todos muito pobres e sem outra opção, saindo da fome e penúria para permanecerem isolados de suas famílias e das noticias do mundo, mergulhados no estudo do Corão e das leis islâmicas, exatamente como era no sec. XI. As únicas notícias do mundo que lhes chegam são filtradas por censores altamente radicais. A politização das madraçais começou em 1979 quando houve a revolução iraniana e a invasão soviética no Afeganistão. No Irã o clero islâmico radical chegou ao poder e a resistência afegã aos soviéticos criou uma resistência armada que fortaleceu-se no fanatismo dos estudantes religiosos, dispostos a morrer por sua causa. Foi neste solo fértil de ódio e sangue que surgiu o talibã, termo que significa “estudante” mas que, na verdade, referia-se a suicidas, torturadores e sequestradores. Dos madraçais tem saído uma versão ultraconservadora e fanática do Corão, e de suas fileiras saem os mais radicais se fanáticos militantes muçulmanos como, comprovadamente, o eram muitos dos seguidores de Osama bin Laden e sua rede de terror Al Qaeda – do qual o estado islâmico é uma dissidência. Para que tenha-se uma ideia de sua influência, só no Paquistão existem 7000 madraçais registradas, atendendo a mais de meio milhão de alunos e, infiltradas por grupos radicais clandestinos calcula-se que mais de metade delas já se tornou fonte de ensino radical terrorista, onde os alunos, durante a infância e a puberdade ouvem todos os dias que o ocidente é opressor, fonte de todo o mal e que deve ser destruído a qualquer custo, começando por Israel e pelos Estados Unidos. São ensinados o tempo inteiro que não há glória maior do que morrer pelo islã, tornando-se merecedores de um paraíso luxurioso e glutão (lembremos que são homens que dos 5 aos 30 anos saíram da pobreza e foram isolados de todo contato exterior, inclusive mulheres).
O porque deste post
Li uma postagem de uma pessoa por quem tenho grande consideração por mais de duas décadas – mas nem por isso sempre concordei com tudo o que ele pensa ou defende. Minha opinião independe de afinidades pessoais. Se eu concordo com meus amigos, eles continuam sendo meus amigos, se discordo deles, bem, então, continuam sendo meus amigos, apenas não partilhamos da mesma opinião. Agir diferente disso, como já vi acontecer muitas vezes, é, de alguma maneira, infantilidade.
Quando a primavera islâmica deu os seus frutos – e fácil de saber quais são, basta digitar no google a expressão “terrorismo islâmico” e vamos encontrar mais de uma dezena de atentados nos últimos anos, com milhares de mortos chegamos ao inverno do mundo. Na verdade, a primavera islâmica deu como fruto o inferno para o mundo, com milhares de muçulmanos se espalhando mundo afora na condição de refugiados quando, em sua grande maioria, são filhos das madraçais e, sob este disfarce humanitarista, na verdade são jihadistas prontos a morrer pelo islã, mas não sem antes matar o máximo de cristãos, ocidentais ou não, que lhes for possível – e, mesmo que você seja um simpatizante de sua causa ‘humanitária’ você é um alvo de sua sanha sanguinária religiosa.
O que há de igual entre França, Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos com o estado islâmico? Nada. Estes são países que receberam dezenas de milhares de muçulmanos nas últimas décadas, apesar de serem considerados países satânicos, especialmente os Estados Unidos que eles chamam de Grande Satã que, por causa da ameaça que o radicalismo islâmico representa em suas ações terroristas tiveram que juntar-se a mais três dezenas de países para estabeleceram uma coalisão anti-terror para enfrentamento do estado islâmico (aqui grafado em minúsculas porque não é um país, não é um Estado, como Inglaterra, França, Estados Unidos e Alemanha o são), que, diga-se de passagem, não é um estado, embora seja, sim, uma expressão autorizada por grande parte do mundo islâmico. Estados fazem guerra, sejam justos ou não os motivos, mas não promovem terrorismo. Ou, diga-me cristão, não existem guerras justas? Então não seria justo aos estados protestantes como a Suíça, Holanda e Inglaterra pegarem em armas no séc. XVI para defenderem-se das forças romanistas da contra-reforma?
Não há como igualar a barbárie, a desumanidade, a loucura que o estado islâmico tem feito contra cristãos e não cristãos que discordam deles com qualquer outra coisa. É uma insanidade, e, como cristão, não posso admitir que os muçulmanos que odeiam o cristianismo, aos quais chamam de infiéis e dignos da jihad que eles empreendem sejam considerados algo menos do que inumanos, bestiais, insanos.
E a guerra? E o que os aliados fazem nos territórios ocupados? Crimes de guerra são julgados como crimes de guerra. Os criminosos americanos são denunciados e tratados como criminosos, bem como os franceses, ingleses e alemães. O mal que porventura venham a casuar não são uma estratégia de intimidação, de privação da liberdade e da paz. O que eu e você, e os milhares de familiares temos de culpa a merecer um ato tão vil como o do dia 13 de novembro?
Terrorismo é uma ameaça a tudo e a todos, até mesmo a cristãos que se acham protegidos pelos milhares de quilômetros que nos separam dos atuais atentados – mas outros virão, eles estão se espalhando como um câncer ao redor do mundo. Você, cristão tolerante, pode dizer: eles tem direito à sua fé. Pois é, então, vá viver sua fé tolerante na Síria, na Turquia, no Iraque ou no Irã. Será só mais um pescoço a ser degolado, mais um pulmão a ser afogado, mais uma carcaça a queimar nas fogueiras da intolerância.
Meu amigo, não lhe peço desculpas por discordar de você – embora admita que você tem o direito de pensar como quiser, e, nem por isso, deixamos de ser amigos. Mas não somos todos iguais. Nunca fui Charlie Hebdo porque nunca concordei com sua irreverência profana. Mas também não aceito, de modo algum, que me digam que somos iguais aos assassinos bestiais do estado islâmico, porque sei que esta ideia é fruto de um doutrinamento esquerdista que assolou o ocidente – e que tem levado muita gente a tornar-se antiamericana, antiocidental e anticristã. Não, não somos iguais. Eu não sou igual a assassinos que são tão antiamericanos que usam iPhones para filmar seus assassinatos e colocarem em sites americanos como youtube. Para mim, independente de sua ideologia ou religião, são assassinos, pura e simplesmente assassinos.

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