Esta
epístola é dirigida a um convertido e amigo pessoal do apóstolo – e aparentemente
homem de recursos, do qual um escravo, Onésimo, fugiu e chegou até o apóstolo
Paulo durante sua prisão em Roma. Convertido passa a servir a Paulo que decide
reenviá-lo ao seu legítimo senhor.
Paulo se coloca como
um intercessor[1]
entre o escravo fugido e convertido e o convertido servo do mesmo Senhor.
Escrita ao mesmo tempo que a epístola aos Colossenses e Efésios, provavelmente
de Roma, por volta de 61 dC.
A mensagem principal
é que senhores e escravos podem, em Cristo, ser efetivamente irmãos –
Filemom nao perderia autoridade sobre Onésimo como seu escravo
que era, todavia isto não o impediria de
amá-lo e de ser amado por ele como irmão. E
é isso o que Paulo diz a Filemom a respeito de Onésimo: saiu escravo, voltou
irmão. Saiu prejudicial, inútil, voltou amado, irmão,
útil.
Evidente que Paulo
não estava tratando da questão da escravidão – ele não menciona ser um
abolicionista nem tampouco um escravocrata. O ponto é: por causa de Cristo é
possível a reconciliação entre dois homens que tinham tudo para serem inimigos,
um por ser escravo e privado de sua liberdade, o outro por ser senhor e ter
sido privado de algo que lhe pertencia e ter direito de
puni-lo, mas não o faz porque ambos tiveram o amor de Deus derramado em seus
corações.
[1] O conflito existente
só poderia ser resolvido mediante uma intervenção, uma norma externa aos
conflitantes. O problema é de sangue [nordestino, judeu, italiano, árabe,
turco, espanhol] – é o que a carne é. O problema só pode ser resolvido pelo
sangue – o de Cristo. Filemom tornar-se crente, ir à igreja, ler a bíblia,
cantar cânticos tem que impactar a sua vida. Como é possível alguém ser
bastante religioso e, ao mesmo tempo, não produzir os frutos da verdadeira
religião.
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