sexta-feira, 27 de novembro de 2015

UM POUCO MAIS DA CARTA DE PAULO A FILEMOM

Esta epístola é dirigida a um convertido e amigo pessoal do apóstolo – e aparentemente homem de recursos, do qual um escravo, Onésimo, fugiu e chegou até o apóstolo Paulo durante sua prisão em Roma. Convertido passa a servir a Paulo que decide reenviá-lo ao seu legítimo senhor.
Paulo se coloca como um intercessor[1] entre o escravo fugido e convertido e o convertido servo do mesmo Senhor. Escrita ao mesmo tempo que a epístola aos Colossenses e Efésios, provavelmente de Roma, por volta de 61 dC.
A mensagem principal é que senhores e escravos podem, em Cristo, ser efetivamente irmãos – Filemom nao perderia autoridade sobre Onésimo como seu escravo que era, todavia isto não o impediria de amá-lo e de ser amado por ele como irmão. E é isso o que Paulo diz a Filemom a respeito de Onésimo: saiu escravo, voltou irmão. Saiu prejudicial, inútil, voltou amado, irmão, útil.
Evidente que Paulo não estava tratando da questão da escravidão – ele não menciona ser um abolicionista nem tampouco um escravocrata. O ponto é: por causa de Cristo é possível a reconciliação entre dois homens que tinham tudo para serem inimigos, um por ser escravo e privado de sua liberdade, o outro por ser senhor e ter sido privado de algo que lhe pertencia e ter direito de puni-lo, mas não o faz porque ambos tiveram o amor de Deus derramado em seus corações.


[1] O conflito existente só poderia ser resolvido mediante uma intervenção, uma norma externa aos conflitantes. O problema é de sangue [nordestino, judeu, italiano, árabe, turco, espanhol] – é o que a carne é. O problema só pode ser resolvido pelo sangue – o de Cristo. Filemom tornar-se crente, ir à igreja, ler a bíblia, cantar cânticos tem que impactar a sua vida. Como é possível alguém ser bastante religioso e, ao mesmo tempo, não produzir os frutos da verdadeira religião.

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