domingo, 22 de abril de 2018

NÃO CALCULAR O CUSTO FAZ GENTE FRUSTRADA COM O QUE PERDERAM DO MUNDO


Tornar-se cristão e discípulo de Jesus significa, é claro, experimentar o amor do Pai (1Jo 4:19), mas, para experimentar o amor do pai, outro amor tem que se ausentar definitivamente, o amor do mundo (1Jo 2:15). Os dois não podem coexistir em um mesmo coração, pois não pode haver comunhão entre luz e trevas (2Co 6:14), e o homem tem que tomar uma atitude e uma decisão definitiva em sua vida: a quem vai servir (Js 24:15).
O apóstolo Paulo fala sobre a expectativa da ressurreição, mas o que ele diz serve de alerta para aqueles que, não tendo nascido de novo, adentram na Igreja e sentem-se frustrados, obrigados a obedecerem a “leis da Igreja” e a deixarem de fazer coisas porque a Igreja proíbe (explicita ou implicitamente): são os mais infelizes de todos os homens, porque deixam de gozar dos prazeres terrenos e não gozarão da bem aventurança celeste (1Co 15:19). Na sua infelicidade alguns se voltam para o mundo buscando um pouco de compensação, proclamando com seu modo de viver que é melhor comer, beber porque a morte é certa (Is 22:13), esquecendo-se, porém, que a morte não é o fim, e que, para os que retrocedem, o destino é a perdição (Hb 10:39). Lamentavelmente partem numa busca desenfreada e infrutífera do mundo inteiro, jamais conseguirão seu intento e, mesmo que consigam muito, no fim estão causando dando à sua própria alma (Mt 16:26).
O que começa com um lamentável engano (e os enganadores terão que responder pelo mal que praticaram) termina com vergonha e opróbrio, aqueles que não nasceram de novo, não creram para se tornarem ovelhas de Cristo (Jo 10:26) e por isso jamais conseguiram ouvir a voz do bom pastor (Jo 10:27) embora tenham seguido aos uivos ululantes dos lobos devoradores do rebanho (At 20:29), como cães voltam a comer o próprio  vômito e porcas lavadas, retornam avidamente ao lamaçal (2Pe 2:22) seu estado e miseravelmente pior que o primeiro (2Pe 2:20).
O que começa com uma noção tristemente equivocada do evangelho, passa por um arremedo de cristianismo e produz frustração profunda, escondida, muitas vezes, sob uma falsa alegria mantida por experiências passageiras e insatisfatórias, muitas delas fabricadas por técnicas de sugestão psicológica – ou o compromisso exigido por Cristo é substituído por um rodízio de instituições como usuários de drogas que passam de uma para outra em busca de um novo barato, ou frequentadores de restaurante que se cansam do cardápio e passam a frequentar outros lugares ou ainda a pura e simples busca da bênção, não importando onde ela possa ser encontrada – cada dia em uma Igreja diferente, uma mensagem diferente, mas uma mesma busca por satisfazer anseios carnais. O problema é que nesta busca por algo satisfatório acabam se tornando presa fácil de quem está disposto a oferecer qualquer coisa para conseguir seguidores. A fé cristã é mais que uma “decisão por Cristo” causada por um bom sermão ou um evento profundamente emotivo que produz, por alguns momentos, alguma forma de sentimento de alegria e paz até que o peso da cruz começa a pesar-lhes nos ombros (Lc 14:27) e percebe que seguir a Cristo não é tão fácil e como alguns pregadores ensinam na busca de seguidores para si mesmos, seguidores que estão dispostos a pagar qualquer coisa para suprirem as suas necessidades, numa espécie de barganha, ou numa tentativa de barganha com Deus com um único (e insuperável) problema – Deus não se deixa comprar.
Ninguém está livre de se equivocar, não temos todas as informações – somente Deus é onisciente e perfeitamente justo. Pessoas honestas e sinceras se equivocam. Mas pessoas honestas e sinceras voltam atrás em busca da verdade. Muitos que vivem no ambiente da Igreja, inclusive filhos de pais verdadeiramente crentes, podem dar um testemunho muito pobre do que é a fé cristã porque realmente não nasceram de novo, apesar de terem grande conhecimento de fórmulas doutrinárias e estruturas eclesiásticas, de terem assistido muitas pregações, lições e participado de muitos eventos, ocupado cargos em quase todas as instâncias da Igreja sem, entretanto, pensar seriamente no que tem aprendido (2Tm 3:5-7) até que, finalmente, sua insensatez se manifeste e escolham os caminhos que os conduzem para longe de Deus (2Tm 3:8-9).
Lamentavelmente estes são os mais difíceis de serem recuperados porque estão de tal modo acostumados com a vida da Igreja que não percebem que vida cristã é mais do que isto (Hb 6.4-6) e nunca chegaram a comprometer-se como o Senhor requer, com os sacrifícios e as consequências que uma profissão de fé séria em Cristo exige. Lamentavelmente é provável que muitos deles jamais tenham sequer ouvido falar que devem calcular o custo de seguir a Cristo e as suas implicações.
É preciso, entretanto, um último aviso: não sejamos apressados em nos julgarmos melhores do que eles, porque, afinal, somos o que somos pela graça de Deus e, estando de pé, devemos ser sempre zelosos para não tropeçar (1Co 10:12).

Um comentário:

Antonio disse...

Olá, esse é o meu Rev.
Deus te abençoe meu Irmão.
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