Boletim 47, 2018, da IP de Paragominas.
Vestida de vermelho e verde, com um gorro na cabeça, trabalhando num
ambiente decorado com enfeites multicoloridos. Porque? O que isto significa?
Surpresa com a pergunta, mais surpreendente é a resposta: eu não sei, todo
mundo participa, então eu participo junto.
Pois é. Este é um resumo da primeira parte de uma conversa no maior país católico do mundo, e no país onde 1/5 da população afirma ser cristã evangélica, e, segundo dizem os estatísticos, este número aumenta ano a ano, uma nação onde as igrejas são tão numerosas quanto drogarias e bares.
Você já parou para pensar o que diria para alguém assim, que não sabe que
a cristandade celebra o nascimento do seu Redentor? Pense comigo: se uma pessoa
não tem conhecimento do que é a festa quanto mais de quem está sendo festejado,
o dono da festa. Colocando isto de outra maneira - sem saber que a humanidade
tem um redentor obviamente nada sabe sobre ter um redentor pessoal, ter um
salvador que veio para dar a sua vida em resgate de pecadores, talvez nem se
reconheça pecador.
Deixe-me falar com você um pouco sobre intencionalidade, sobre testemunho
intencional, porque foi sobre isto que Jesus falou para os seus discípulos
quando disse-lhes que eles receberiam poder para serem suas testemunhas por
onde quer que fossem, e diante de quem quer que fosse.
Mesmo que você diga que sabe pouco, que não tem conhecimento suficiente
para pregar o evangelho, você tem mais do que aquela jovem. Você conhece o
Senhor Jesus, você conhece o Salvador. Você sabe que Jesus veio, sabe que ele
viveu uma vida extraordinária de santidade e feitos, sabe que ele foi traído e
morto numa cruz e sabe que, mesmo morto, ele ressuscitou de entre os mortos.
Intencionalidade, como aprendi com o Rev. Elias Medeiros, significa
aproveitar as oportunidades e provocar o diálogo, oferecer a oportunidade para
que o outro saiba o que você sabe, conheça o que você conhece e experimente o
mesmo relacionamento com o Salvador que você já experimenta. Testemunho
intencional significa que você deve estar preparado para reconhecer estas
oportunidades, e falar do seu amor por aquele que te amou primeiro, e que amou
de maneira tão intensa que não fugiu à morte sofrida e vergonhosa na cruz para
alegrar-se com sua salvação.
Para concluir o resumo daquele diálogo intencional, aquela jovem que disse
apenas fazer o que os outros fazem ouviu que celebramos o nascimento de Jesus,
o salvador, o Filho de Deus que se fez como um de nós, mas sem pecado, para dar
a sua vida na cruz salvar-nos de nossos pecados.
Agora, pense mais um pouco comigo: se alguém lhe dissesse não saber nada
sobre o nascimento de um redentor para a humanidade na “pequena vila de Belém”,
o que você conseguiria ensinar-lhe sobre esse assunto? Nesta hora não adianta
dizer que aprendeu que o testemunho vale mais do que mil palavras porque
testemunho é palavra, testemunho é dizer o que viu e ouviu. Ainda que o
testemunho de vida chame a atenção o máximo que o observador vai poder concluir
é que a religião ou a filosofia de vida são capazes de fazer as pessoas viverem
de modo diferente, até com dignidade, mas eles nunca vão saber de Jesus se você
não falar.
Se você perguntar a uma criança da UCP ela vai saber falar quem é Jesus.
Porque, então, adultos dizem “não saber falar”? Porque não sabem falar sobre
Jesus os mesmos que falam sobre Bolsonaro e Lula, Flamengo e Vasco, Remo e
Paysandu, sobre os abusos do STF ou sobre a operação Lava-Jato? E não conseguem
falar do evangelho? Não conseguem ou tem vergonha do evangelho? Não conseguem
ou tem vergonha de falar de Jesus e serem reprovados pelos ouvintes por causa
do seu estilo de vida? O evangelho não é vergonhoso - vergonhoso é não anunciar
o evangelho, com uma timidez que pode ser apenas um sinal de perdição.
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