quinta-feira, 31 de julho de 2008

NOVIDADE INSPIRADA E REVELADA? QUE NADA!

NOVIDADE INSPIRADA E REVELADA? QUE NADA!

Você sabe o que é revelação? Muitos alegam que têm recebido revelações diretas de Deus, há até quem chegue a afirmar que Deus lhe falou através de um galo ou de uma galinha (nestes tempos tão confusos, não estranho este tipo de afirmação – antes os loucos eram mais comedidos, recebiam revelações através de anjos). Mas mesmo nos meios não pentecostistas há alguma confusão quanto ao sentido desta e de outras duas palavras teologicamente importantes: revelação, inspiração e iluminação. O objetivo da revelação divina não é engrandecer ninguém, mas levar o pecador de volta ao Criador (Hb 1.1-2). Deus se deu a conhecer, revelando-se ao homem, que jamais conheceria a Deus de outro modo. Se o criador não se revelasse, a criatura jamais o conheceria. Assim, podemos dizer que a Bíblia é a revelação de Deus (há quem diga que ela contém, como se algumas partes dela não tivessem vindo de Deus – ver II Tm 3.16 que diz que "toda Escritura é inspirada por Deus"). A revelação de Deus, na Escritura, deve-se a algumas formas de atuação de Deus:

i. REVELAÇÃO = Através da revelação Deus nos diz quem Ele é, quem somos, de onde viemos e para onde vamos, e o que quer de nós. Por revelação devemos entender o ato de Deus dar-se a conhecer.
ii. INSPIRAÇÃO = É a ação de Deus, mediante o Espírito Santo, no coração e mente de seus servos, de modo que eles registrem aquilo que Deus quer que seja registrado, para nossa instrução. Deus escolheu homens para escrever, sem erros, sua revelação especial. Nenhum homem escreveu qualquer parte da Bíblia por sua própria vontade (II Pe 1.21; II Tm 3.16; Is 30.8; Hc 2.2). Deus agia em suas mentes e corações, usando o que eles tinham e sabiam, cada um com seu próprio estilo, mas registrando fielmente o que Deus queria.
iii. ILUMINAÇÃO = É a atuação de Deus na mente e coração humano, através do Espírito Santo, dando-lhe capacidade para entender o ensino da Bíblia. Tudo o que está na Bíblia pode ser entendido pelo estudo, mas é necessária a ação iluminadora do Espírito Santo para a salvadora compreensão das cousas reveladas (At 16.14; I Co 2.14).

Quando lemos a Bíblia Deus fala conosco, através da revelação especial ele se dá a conhecer e mostra como devemos servi-lo; pela inspiração levou homens a registrar, sem erros, sua mensagem e pela iluminação, através do Espírito Santo, nos capacita a compreendê-la. Ela é, pois, nossa única regra de fé e prática, e devemos examiná-la constantemente, e praticar o que ensina, para crescer espiritualmente, não que ela seja um livro mágico, mas, como Palavra de Deus, nos aperfeiçoa quando respondemos aos apelos que Deus nos faz através da Sua Palavra. Assim podemos afirmar com plena certeza que não existem novas revelações - a revelação e a inspiração estão completas nas Escrituras. A afirmação de recebê-las é falsa, mentirosa ou mal intencionada - se é que quem as reivindica não mereça os três adjetivos acima. E, se assim é, nem mesmo a iluminação recebem, pois que, com a consciência cauterizada, são cegos por seu deslumbramento por seu próprio ventre, filhos demoníacos de um pai mentiroso e enganador, saindo a repetir as obras do seu pai, mentindo e enganando os incautos.

terça-feira, 29 de julho de 2008

CANDIDATOS CÂNDIDOS?

CÂNDIDUS...
Relata um historiador que, quando os gregos e romanos iam eleger os seus “basileus” e “tribunos” (governantes diretos e legisladores) aqueles que desejassem seus cargos deveriam se apresentar perante a assembléia (todos os cidadãos aptos a votarem, reunidos todos numa praça) vestidos unicamente de uma túnica branca. Sua fala não poderia ser caracterizada por promessas — apenas deveriam lembrar ao cidadãos que eram membros das famílias fundadoras, o que faziam e, por fim, afirmarem que sua conduta era irrepreensível. O branco de suas vestes simbolizava pureza, seu discurso afirmando honestidade (se aceito pela população) transformava-o em “candidus” (de onde vem a nossa palavra candura), isto é, candidato.
É interessante este costume salutar. Quantos “candidatos” resistiriam a uma prova como essa? Bastava que apenas um cidadão se levantasse e afirmasse conhecer (e provar) uma falta (mesmo religiosa), uma falcatrua, uma negociata e o aspirante jamais chegaria a ser candidato. Este ano tentou-se fazer uma campanha política de “ficha limpa”, mas esta tentativa não dará em nada. Mas os ‘candidatos’ ainda terão que passar pela segunda prova da “assembléia”: as urnas. Você ainda pode reprová-lo no teste da “candura” e da “vontade popular”. Esta ferramenta que está nas tuas mãos é o voto. Nosso objetivo não é indicar qualquer candidato — o ministério sagrado não deve ser confundido com condução política. Você tem toda a liberdade para escolher o seu candidato. Portanto, exerça seu direito eletivo com consciência, votando tendo como alvo maior o bem da sua cidade, da sua comunidade — e nunca para receber ou por ter recebido favores. Seja bom cidadão. Seja bom cristão. Seja consciente.

O BRASIL ESTÁ SE TORNANDO RACISTA

RACIALISMO TUPINIQUIM - NA CONTRAMÃO DA HISTÓRIA
Existem pelo menos dois projetos de lei em Brasília que pretendem instituir no Brasil o racialismo. Não estou falando de racismo (discriminação por motivos de características como cor da pele ou região de origem). Os nobres deputados e senadores, por iniciativa do petismo e sua miríade de ONGs, estão pretendendo criar no Brasil a divisão racial, dando a alguns mais direitos do que a outros. Explico-me: se você se identificar na ficha de inscrição como branco, ou oriental, e outro candidato se identificar como negro (e o que acontece com o filho de negros ou de um negro que nascer com a pele com menos pigmentos?), ele concorrerá a uma determinada quantidade de vagas específicas, às quais você não terá acesso. Não importa quantos pontos você fizer a mais do que seu concorrente, a vaga estará reservada para ele. Não importa que você tenha estudado em escola pública e ele em particular, ou que ambos sejam oriundos da mesma escola, do mesmo estrato socioeconômico. Vocês serão sempre desiguais – seu concorrente terá mais direitos do que você. Ele é especial. Esta é a síntese do racialismo. Não é discriminação – é privilégio a poucos (mas muitos vão tentar se tornar beneficiários destes privilégios sem perceber o dano maior que estão provocando). Vamos ver aumentar no Brasil os negros – não por serem negros, mas para usufruírem destes privilégios.
É lamentável que, enquanto o mundo civilizado tenta deixar para trás a barbárie do racismo, do racialismo, vejamos esta cascata ser impingida à sociedade brasileira (mestiça em sua grande maioria) por um grupelho de pseudo-progressistas. Pergunto: que progresso é esse que caminha para trás? Ao invés da igualdade, desigualdade. Ao invés da tecnologia, agricultura familiar como na idade média (ah, mas doar pequenas porções de terra a quem não quer trabalhar na terra [volto a isto noutro post] garante voto – e conseqüentes eleições, cargos, etc.). Há mesmo cursos fechados somente para negros, há um curso de agronomia numa faculdade federal (paga com nossos impostos) somente para membros do MST (um grupo que prefere viver à margem da lei, invadindo e depredando propriedades particulares e públicas).
Este tipo de prática só vai parar de acontecer se cada um de nós negar o seu apoio a tais práticas e a políticos que as defendem – local, regional e nacionalmente. Porque você vai acabar sendo colocado num gueto, vai ser rotulado ou classificado. Índio, negro, sem terra, sem teto, sem emprego, guerilheiro, abortista, homossexualista, bolsista – se não se tornar nada disso pode ser rotulado, simplesmente, de persona non grata e ouvir, como já aconteceu no passado, a frase: Brasil, ame-o (do jeito dos poderosos da ocasião) ou deixe-o.
Mas o que um cristão deve fazer? Primeiro, colocar-se como Daniel, na presença de Deus em oração. Segundo, resistir ousadamente, com inteligência e honradez a este processo de balcanização (divisionismo) da sociedade brasileira. Terceiro, expurgar da vida pública quem defende idéias tão retrogradas e aviltantes.

sábado, 26 de julho de 2008

COMO TORNAR IMPURO SEU PÚLPITO

TRAZENDO AS IMPUREZAS PARA O PÚLPITO (II Cr 34.5)
Pior do que o assunto tratado no post anterior é o que às vezes tem acontecido (não quero lembrar com que freqüência). Não satisfeitos com o despir-se da sacra missão da pregação do evangelho para partir em defesa de uma causa político-partidária há os que trazem as sujidades do palanque, do mundo abjeto para o local de onde somente a palavra divina deveria ser proferida. É absolutamente lamentável a atitude tomada de politizar a pregação, santificando pecadores ou demonizando humanos. As duas coisas têm sido feitas, e é curioso que já houve quem demonizasse determinado candidato para anos depois dar-lhes os braços. Esperar tais atitudes da política secular é até normal, mas vê-la nos púlpitos é repulsivo.
Absalão, filho de Davi, teve entre seus defensores membros do sacerdócio, da liderança de Israel (o povo de Deus) e chega mesmo a usar do culto (e de um pretenso voto) para obter o apoio popular. Embora não fosse uma democracia, ele precisava do apoio do povo para destronar o próprio pai, Davi. Ele parecia um santo homem de Deus, propunha-se a ser um rei justo e reto, mas seu coração (que o povo não via, mas Deus conhecia muito bem) era absolutamente tenebroso, maldoso mesmo.
É por isso que, se os políticos quiserem ficar à porta da cidade, nenhum impedimento haverá, mas trazê-los para dentro da igreja chega a beirar o sacrilégio. Entregar o púlpito à sujidade do palanque é um desserviço à causa evangélica e ao evangelho, envergonhando não apenas os cristãos verdadeiros (é bom lembrar que a política divide, e que na igreja sempre haverá os que não seguirão os ditames dos “donos” da igreja) como o Senhor que afirmou com toda a clareza possível: “o meu reino não é deste mundo” (Jo 18.36) e teve este ensino lembrado pelo apóstolo Pedro que afirmou que somos peregrinos (I Pe 2.11). Se estamos no mundo como sal e luz, cada um com sua função específica (impedir a putrefação e dar sabor, por um lado, e espantar as trevas, morais ou espirituais, do outro) porque fazer questão de tirar do trono o evangelho e tornar o púlpito um mero palanque para, muitas vezes, ser mero instrumento de promessas vazias, mentirosas e até mal intencionadas?
O Senhor Jesus nos advertiu que seríamos como ovelhas enviadas para o meio dos lobos – mas não precisamos chegar ao absurdo de trazer os lobos para dentro do aprisco. Pastores, cuidai, pastoreai o rebanho que lhes foi confiado porque o Senhor vos pedirá contas (I Pe 5.2).

sexta-feira, 25 de julho de 2008

PÚLPITO OU PALANQUE?

PÚLPITO OU PALANQUE?
É mais comum do que se imagina essa associação entre o púlpito e o palanque. É verdade que não é a norma dentro das Igrejas Presbiterianas, embora eventualmente venha a acontecer. Sabiamente as leis internas da Igreja Presbiteriana orientam os pastores que querem se envolver com política que peçam licença, sem vencimentos, para tratar destes assuntos chamados “seculares”. Em outras denominações (evangélicas ou não) – e elas têm suas razões para tomar tais rumos, esta associação é mais comum e mais visceral. Há mesmo denominações que chegam a montar seu próprio partido político, ou “fecharem” com determinados partidos ou políticos como se fora um bloco homogêneo. Há também aquelas que não se envolvem (nem permitem que seus membros o façam) de forma alguma com a política partidária. São casos que não é o escopo deste artigo comentar. Meu propósito é outro, bem outro.
Desejo lembrar que o púlpito é tão superior ao palanque quanto a mensagem que dele deriva (a palavra sagrada) é mais importante que as propostas dos homens e, ainda, que o propósito fundamental do púlpito (levar pecadores ao conhecimento de Deus, arrependimento e salvação em Cristo Jesus) é muito superior à obtenção de votos e cargos eletivos.
Entendo que não há mal intrínseco na política – embora creia que o melhor sistema de governo não seja nenhum destes que temos atualmente (plutocracia, democracia, socialismo, comunismo, monarquia, aristocracia). Creio que o único sistema de governo que realmente funciona perfeitamente se chama teocracia – mas este dia ainda chegará. Enquanto isto, o governo das sociedades humanas estará entregue nas mãos de homens, com mais ou menos erros, com grau maior ou menor de (des) honestidade.
Todavia, é minha opinião que nenhum homem, comissionado por Deus para o ministério sagrado, deva se envolver em campanhas eleitorais. Entendo que, quando se entra na política partidária, a única garantia que se tem será a conquista de inimigos. E, a menos que seja na defesa da verdade bíblica, o cristão deve viver em paz com todos (Rm 12.18), e a política partidária já pressupõe a existência de adversários (Fp 2.3).
O lugar do ministro é proclamando a palavra da vida (e não promessas que muitas das quais invariavelmente cairão no esquecimento – isto quando não foram proferidas apenas para agradar possíveis eleitores). Como trocar o ministério da reconciliação (II Co 5.18) e sua missão de exortar os homens a retornarem para Deus (II Co 5.20) pela busca de votos ou secretarias.
Nada mais rasteiro do que trocar os tesouros celestes pelas vãs glórias terrenas (Mt 6.21). O único que pôde trocar a glória celeste pelas coisas da terra sem se contaminar foi o Senhor Jesus, mas ele deu-nos o exemplo de não desejar a glória dos homens (Mt 4.8-10) e o fez com um objetivo: levar cativa a morte e dar dons aos homens (Ef 4.8-9). Quando um ministro do evangelho usa de seu ofício (espiritual) para objetivos políticos ele está conspurcando o seu chamado, está fazendo pouco caso da seriedade da missão que lhe foi confiada (pregar o evangelho, ensinar as pessoas a guardarem as coisas que Jesus ensinou e, por elas, alcançar a vida eterna). É de se lamentar – e devo lembrar ainda que de toda palavra frívola proferida (e quantos discursos que saem dos palanques não o são?) o homem prestará contas (Mt 12.36), ainda mais que com especial rigor o mestre será julgado (Tg 3.1).

quinta-feira, 24 de julho de 2008

CRIACIONISMO E FÉ

DEUS EXISTE - NISTO CREIO
Para os crentes o que importa é que Deus existe, e para que suas criaturas não se esquecessem de sua existência, deu ao homem dois indicadores de que ele existe, além da sua revelação. Um é o que Calvino chama de semente da religião, plantada no coração do homem quando Deus o criou ("Semen religionis". Esta expressão é usada por Calvino em vários lugares de seus escritos. Em seu comentário de I João 1.5 Calvino comenta: “Há duas partes principais da luz que ainda permanecem na natureza corrupta: primeiro, a semente da religião que é plantada em todos os homens; segundo, a distinção entre o bem e o mal, que está gravada nas suas consciências”). Nenhum homem nasce ateu. Nenhum homem vem ao mundo sem essa semente.
O outro indicador é chamado, por Calvino, de senso da divindade("Sensus divinitatis". Calvino diz: ‘Há dentro da mente humana, e, de fato, por instinto natural, uma consciência da divindade - Institutas, I, III, 1), a impressão que nasce com o homem que existe um ser divino influindo em tudo que ele vê e sente.
Os atributos invisíveis de Deus, que não podem ser percebidos pelos sentidos humanos, são claramente vistos pela mente humana, na revelação da natureza.
Deus existe, mas quem é ele, ou melhor, o que é ele?
A Bíblia não se preocupa em provar a existência de Deus, que é uma verdade incontestável. Ela afirma o fato de sua existência, desde o seu primeiro verso (Gn 1.1). Leia o Sl 139. O que ele nos diz de Deus?
Nós não podemos imaginar que tenhamos condições de “definir Deus”, porque definir é limitar, é explicar, e Deus, mesmo em seus mais cantados atributos, como sua paz e seu amor, não pode ser explicado ou completamente entendido pela mente humana, embora esta seja prodigiosa. O máximo que ela pode fazer é dar uma “descrição analítica” de Deus, a partir do que ele nos revela na Escritura Sagrada.
O breve catecismo ensina que “Deus é Espírito infinito, eterno, imutável em seu ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade”.
Esta é uma definição incompleta, como de fato seria qualquer definição de Deus, porque sua revelação não nos diz tudo sobre ele e, no que nos diz, nossas limitações nos impedem de entender.
Deus se apresenta como o “Eu Sou o que Sou”, indicando: auto-existência, unicidade, eternidade, imutabilidade, incompreensibilidade, infinitude, perfeição, origem e sustento de todas as coisas.
Embora a revelação que temos de Deus seja parcial, ela nos traz tudo quanto nos é necessário saber para nossa salvação. É por isso que Calvino disse que querer conhecer mais do que Deus revelou é ímpia curiosidade, ficar aquém do revelado é ímpia preguiça.
O meio de aumentar o conhecimento que temos de Deus é: Comunhão com Deus; Estudo das Escrituras; Prática da oração; Consagração ao seu serviço.

EXISTÊNCIA DE DEUS

ARGUMENTOS EM DEFESA DA EXISTÊNCIA DE DEUS
(NÃO DEIXE DE LER O POST ANTERIOR)
A grande pressuposição da Escritura é que Deus existe e é criador de todas as coisas (Gn 1.1). A Bíblia foi escrita com a perspectiva de que Deus existe e que ele é vivo e ativo no mundo que ele criou. Não precisamos tentar provar a existência de Deus, a menos que alguém tente negá-la. Diferentemente de todas as outras religiões, o cristianismo fala da existência de Deus com base naquilo que ele diz de si mesmo. Se Deus não tivesse tomado a iniciativa de se mostrar ao homem, isto é, se revelar (tanto através da criação quanto de sua Palavra – falada, escrita e encarnada), este nada saberia sobre Deus.
Diz-nos Louis Berkhof, em seu Manual de Doutrina Cristã, p. 29, que Deus se revelou: “...através de toda a sua criação, nas forças e nos poderes da natureza, na constituição da mente humana, na voz da consciência, e no governo providencial do mundo em geral e das vidas dos indivíduos em particular”.
Não é possível provar, de forma racional e científica, a existência de Deus, mas apenas crer na sua revelação. Admite e tem convicção da existência d’Ele aquele que n’Ele crê, e é por isso que todas as coisas relacionadas com Deus em nossa vida tem que ser pela fé, ‘porque sem fé é impossível agradar a Deus’ (Hb 11.6).
Dr. Kuyper, teólogo holandês, disse que (Dogmática de Kuyper por Berkhof, Teologia Sistemática (Grand Rapids, TELL, 1981), 21): O intento de provar a existência de Deus pode ser um resultado inútil ou desnecessário. Inútil se o investigador crê que Deus é galardoador dos que O buscam; desnecessário, se se intenta forçar uma pessoa que não tem fé, fazendo-a com que através de argumentos, se chegue ao convencimento no sentido lógico.
Embora a existência de Deus não possa ser demonstrada cientificamente e logicamente para causar fé nas pessoas, não se pode dizer que o cristão crê cegamente, pois ele tem como evidência uma fonte de informação que, para ele, é confiável (esta é outra matéria de fé). Parte-se da pressuposição que a Bíblia é fonte de autoridade.
A Escritura não se propõe a provar a existência de Deus, pois esta não pode ser provada como se prova alguma coisa laboratorialmente, através de observação e experiência.
Contudo houve quem tentasse elaborar provas sobre a existência de Deus que ficaram sendo conhecidas como ‘provas racionais’. Essas provas são produto da observação da revelação natural. Há vários argumentos que são considerados como provas naturais da existência de Deus:
O ARGUMENTO MORAL: a constituição intelectual, moral e consciência do homem, que é a sua lei, exige que haja um doador dessa lei. Sua mente, emoções e vontades, exigem alguém superior que tenha, no mínimo, essas mesmas cousas, mesmo que em grau maior. Embora os seres humanos possam ter a sua consciência cauterizada (I Tm 4.2 e Tt 1.15), eles ainda possuem a capacidade de distinguir entre o certo e o errado. De onde provém a capacidade dessa distinção? A única explicação lógica é a de que há um Governador moral do universo que criou os seres humanos com uma constituição moral.
ARGUMENTO TELEOLÓGICO: tem a ver com o desígnio ou com o fim. O universo tem um propósito. Ele não é caótico. Ele foi feito para um fim, implicando em um planejador. Temos as seguintes premissas: a) o projeto pressupõe um arquiteto inteligente; b) o mundo mostra evidência de ser um projeto em toda parte; c) a conclusão é que o mundo tem o arquiteto ou projetista inteligente que é Deus.
ARGUMENTO COSMOLÓGICO: tem a ver com ordenação, organização. Cada efeito deve possuir uma causa adequada. A única causa adequada do universo é Deus. De onde veio o universo senão de um Criador? Vejamos as seguintes premissas: a) cada efeito tem uma causa adequada; b) o mundo é um efeito; c) a conclusão é que o mundo tem uma causa adequada fora de si mesmo, que o produziu = Deus.
ARGUMENTO ESTÉTICO: Há beleza no universo. Os seres humanos são hábeis para apreciar a beleza. Tem que ter existido uma inteligência uma sabedoria para fazer algo tão belo: Deus.
ARGUMENTO ONTOLÓGICO: Os seres humanos tem em sua consciência a idéia de um Deus, e gostam da idéia de um Ser supremo. De onde vem a idéia de um ser supremo, poderoso, altíssimo? Certamente isso mostra que há um Deus assim. Essa crença num Deus maior é típico mesmo nas civilizações mais primitivas. Mais de 90% das religiões do mundo reconhecem a existência de um ser supremo (As outras, que formam os 10% restante, são animistas, isto é, confundem Deus com todas as coisas, ou preferem a idéia de inúmeros “demônios”, como, de certa forma, é o caso do umbandismo). Historicamente pode ser provado que as religiões mais antigas foram monoteístas. Temos as seguintes afirmações: a) uma crença intuitiva universal entre os homens deve ser verdadeira; b) a crença de que há um Deus é universal e intuitiva entre os seres humanos; c) a conclusão é que a crença de que há um Deus é verdadeira.

ABSURDOS EVOLUCIONISTAS

OS 11 ARTIGOS DE FÉ DO EVOLUCIONISMO
A teoria da evolução química realmente é coerente? Por chamar-se uma teoria científica, merece ela realmente o rótulo de hipótese de trabalho científica? Embora proponha respostas a muitas perguntas, ela não oferece uma reposta convincente à pergunta fundamental: qual a origem da vida. E quando se propõe a respondê-la, apresenta alguns absurdos que mais parecem artigos de fé de uma religião naturalista primitiva do que fruto da mente de homens que se auto-intitulam cientistas. Vejamos estes 11 absurdos, que chamo aqui de “artigos de fé” dos evolucionistas. Eles precisam crer assim – embora não possam provar nem cientifica nem empiricamente qualquer delas.
1. A atmosfera original tinha que conter certas moléculas pequenas (metano, dióxido de carbono) e não outras.
2. Relâmpagos ou luz ultravioleta tinham que estar presentes em intensidade adequada (isso numa atmosfera que acreditam ser caótica) para fazê-las se unirem, mas não muito fortes para quebrá-las.
3. As novas e maiores moléculas tinham que ser levadas pelas chuvas (que crêem com níveis de acidez bastante elevados) em direção ao solo.
4. As moléculas maiores, embora não solúveis em água, tinham que continuar na água.
5. Estas moléculas, embora mais leves que a própria água, tinham que continuar SOB A ÁGUA (se fossem para a superfície seriam destruídas pela luz ultravioleta – a mesma que teria que existir em níveis adequados no item 2 e que lhe proporcionariam a existência agora ser-lhes-ia fatal).
6. As moléculas tinham que estar depositadas e aglomeradas na sopa orgânica (mas como só existiam moléculas, não podiam existir organismos para formar uma sopa orgânica) para que pudessem se ligar outra vez.
7. Deveria haver moléculas catalisadoras especiais para permitir a ligação das moléculas orgânicas sob a água (como existiriam moléculas catalisadoras especiais se as primeiras moléculas simples estavam se formando?).
8. As moléculas orgânicas adequadas tinham que estar presentes nas proporções adequadas para se ligarem formando proteínas e DNA.
9. De alguma forma, a ordem codificada das moléculas de proteínas e DNA teve que ser estabelecida.
10. Gotículas orgânicas tinham que se formar e permanecer por tempo suficientemente longo de modo que ACONTECESSE ALGO (o que foi exatamente este “algo” nenhum cientista conseguiu determinar, provar ou reproduzir) em seu interior que as transformasse em células vivas.
11. A primeira célula viva tinha que encontrar um meio de se dividir em duas partes antes que morresse (e seus descendentes teriam que passar também pela prova da sobrevivência – e ainda acharem tempo para evoluir). Tudo evolui dessa célula.

A ciência, que só diz trabalhar com fatos verificáveis, entra em conflito consigo mesma, pois, neste caso, trabalha com possibilidades e com o ACASO, e, ao mesmo tempo, propõe, para que a sua tese se torne possível, fatos contraditórios, como algo mais leve que a água nela ficar submersa, quando, pela força da gravidade (empuxo), objetos mais leves que a água acabam flutuando. É isso o que estão ensinando a nossas crianças nas escolas, e, quando propomos a cosmogonia divina somos chamados de retrógrados. Se não podemos provar do ponto de vista da ciência moderna a existência de Deus, também o evolucionismo não pode provar sua hipótese.
No próximo post apresentarei argumentos – e só argumentos – racionais que indicam que o criacionismo é até mesmo mais racional do que o evolucionismo.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

CONVOCAÇÃO ÀS SAFS

SECRETARIA SINODAL DE TRABALHO FEMININO
Ocorrerá em Marabá, nas dependências da Igreja Presbiteriana Filadélfia, à avenida Nagib Mutram, bairro Cidade Nova, nos dias 05 a 07 de setembro, o Congresso de Organização da Confederação Sinodal de Sociedades Auxiliadoras Femininas do Sínodo Carajás (SAF), com a convocação das federações que compõem este sínodo: Presbitério Leste da Transamazônica, Presbitério do Centenário do Presbiterianismo no Pará e Presbitério do Carajás.
Cada Federação deve enviar 10 delegadas — com direito a votarem e serem votadas. Esclareço que o número mínimo para representatividade é de 06 irmãs (e, ainda, se possível, ao menos uma de cada sociedade local). É importantíssimo que cada federação se faça representar, pois a ausência de apenas uma federação inviabilizará a organização. Solicito ainda que os respectivos secretários (ou secretárias) presbiteriais se façam presentes. Peço aos amados secretários que entrem em contato, para obterem maiores informações, tais como horários das atividades, custos, hospedagem, etc.
Na ocasião estarão presentes os Secretários Nacionais de SAF, UPH e UMP.

terça-feira, 22 de julho de 2008

CENTRO DE PREPARAÇÃO DE OBREIROS

CPO
Nos últimos dias, especialmente 11 a 18 de julho, estive lecionando no Centro de Preparação de Obreiros do Presbitério Leste da Transamazônica. Em ambiente de alegria, descontração aliada a muito estudo, chegamos ao final de mais uma etapa, com a conclusão do curso pelos seguintes alunos:
Ana Maria Menezes - Marabá;
Gutenbergue Goudinho - Pacajá;
Jhonatan Sousa - Marabá;
Luis Henrique - Goianésia do Pará;
Manoel Messias - Marabá;
Manoel Andrade - Pacajá;
Natanael Baía - Piranopã.


Você também pode fazer parte desta história, o CPO funciona em dois períodos anuais (geralmente as duas primeiras semanas dos meses de janeiro e julho) na cidade de Tucuruí. Se você precisar de maiores informações entre em contato.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

EU NÃO CREIO EM POLÍTICA CRISTÃ

EU NÃO CREIO EM POLÍTICA CRISTÃ
Há alguns anos atrás um “profeta” anunciou ter tido uma revelação que determinado candidato seria eleito prefeito de uma pequena cidade no interior do nosso país. Muitos acorreram a seguir a falsa profecia, e houve mesmo quem perdesse casa e carro. Quatro anos depois nova profecia, novo “profeta” se propondo a apoiar determinado o mesmo candidato (mas quando não obteve os favores que desejava abandonou o candidato – a despeito de ter tido uma “suposta” revelação para apoiá-lo. Ou mentia na sua pretensa revelação, ou estava desobedecendo à revelação recebida – estava cometendo um pecado, qualquer que fosse a verdade a respeito da origem e da motivação de sua revelação).
No passado, tanto na história bíblica quanto na história das nações, servos de Deus foram levantados por Deus para assumirem posições de relevância política em suas nações. Foi assim com Daniel, foi assim com José, foi assim com Calvino, foi assim na Inglaterra de Oliver Cromwell. Quero destacar a história bíblica de José, no Egito (Gn 41.37.57). Ele recebeu de Deus sabedoria e chamado para governar. Este chamado lhe chegou de forma sobrenatural, maravilhosa e providencial (embora seja evidente que ele possuía aptidão para o exercício de tais funções, tanto na casa de Potifar quanto na prisão). Deus lhe deu sabedoria e capacidade administrativa para compreender a difícil conjuntura político-econômica que se avizinhava, bem como apresentar uma solução e implementá-la de forma adequada e eficiente. Ele recebeu autoridade (divina e humana) para fazer tudo o que fosse necessário para evitar a catástrofe. Ao invés de ajuntar dinheiro para o Estado e para os governantes, ele permitiu que o dinheiro circulasse nas mãos do povo, aquecendo a economia na época de fartura, mas guardando nas mãos estatais os bens de consumo. Quando chegou a crise, o estado tinha como socorrer o povo faminto.
Creio que um bom cristão pode se tornar um bom administrador, seja por meio de indicações ou de eleições. Mas não creio nas "conversões pré-eleitorais" e não aceito os políticos que usam o cristianismo, que fazem suas campanhas sob o cristianismo. A fé deve ser evidenciada na sua vida diária – e os homens devem reconhecer no homem público o cristão fervoroso e leal.
Afirmar que não creio em política cristã significa que não aceito a busca de votos em nome de Jesus. Concordo que um cristão verdadeiro pode entrar no mundo político e não se contaminar com as “finas iguarias” que lhe são oferecidas. Se sucumbir à tentação do poder é porque precisa conhecer mais do verdadeiro poder. Ao se julgar poderoso indica que precisa conhecer verdadeiramente o todo-poderoso. A palavra de Deus nos ensina a tudo fazermos como para o Senhor. A vida pública também pode ser uma vocação de Deus – como as demais. Foi assim na vida de Daniel, Esdras, José, Neemias, Davi e muitos outros.
É como uma vocação de Deus que ela deve ser exercida. Um cristão, verdadeiramente nascido de novo, ao envolver-se com o mundo da política partidária deve ter em mente que será um cordeiro em meio a uma vara de porcos e alcatéia de lobos (prontos a sujá-lo e devorá-lo). Cabe-lhe o testemunho fiel, o zelo atento, o serviço abnegado. Todo aquele que se apequena diante de um cargo torna-se menor do que o cargo que ocupa. Um cristão deve engrandecer o ministério que lhe for confiado – nunca engrandecer-se na função recebida.
Para concluir quero incentivar os irmãos a tomarem cuidado com os candidatos que se apresentam de porta em porta usando o chavão de “paz do Senhor, irmão”, quando nunca foram vistos anunciando esta mesma paz a pecadores que precisam da graça de Deus para serem salvos de seus pecados horrendos. Devemos rechaçar estes religiosos por conveniência. Os tais são mais falsos que nota de R$ 1,50. No período eleitoral sobem em púlpitos e palanques – a maioria depois jamais é vista novamente entre os mortais comuns. Seja criterioso.
Nossa cidade elegerá candidatos a diversos cargos nos próximos meses – repito, seja critérios e expulse de sua porta qualquer político “convenientemente evangélico”. Exerça o seu direito de cidadão – escolha seu candidato buscando o melhor de Deus para sua comunidade – e não favores pessoais. E que Deus nos conceda “governantes segundo o seu coração”.

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