DITADURA E CENSURA – LÁ E AQUI

Ninguém mais se espanta com as trapalhadas do presidente da Venezuela, sr. Hugo Chavez. É tão trapalhão que já perdeu a graça. Também não me espanto mais com o Brasil, através do sr. Marco Aurélio Garcia, [aquele que fez “top top” - uma mão formando um ‘copo’ e a outra aberta, batendo sobre ela, imaginem a cena - enquanto milhares de pessoas choravam o acidente da TAM em São Paulo], dando todo o apoio ao bufão [palhaço, entendam bem] de Caracas. A lista de crimes é imensa, mas ele continua firme em seu projeto totalitário na Venezuela e agora pretende exportá-lo para outros países, como a Bolívia, o Equador, o Peru e Honduras [onde está tomando uma senhora surra – mesmo com o apoio de toda a comunidade internacinal] Um dos países mais miseráveis do mundo está dando uma lição de cidadania – APRENDAM: talvez chegue a nossa vez de fazer o mesmo, antes que nos tornemos brasivarianos. Lá não houve golpe, mas com certeza um golpe sob a orientação de Hugo Chavez foi evitado. Com a Colômbia tem enfrentado problemas, mas ainda assim segue enviando dinheiro e armas cada vez mais potentes às FARC, cada vez mais debilitadas, mas que ainda contam com apoio de vários países, inclusive o Brasil que concedeu asilo a um dos seus principais líderes.

Seu mais recente passo em direção ao totalitarismo absoluto foi o fechamento de dezenas de rádios independentes – as que não foram fechadas se tornaram meras retransmissoras das rádios estatais – à semelhança do que acontece em Cuba e na China. Grupos de baderneiros pertencentes aos seus quadros de aliados tentaram invadir a sede de um canal de TV [que vem sendo atacado por meio de pesadas multas e ações judiciais – uma juíza que deu ganho de causa à emissora num processo movido pelo próprio presidente foi sumariamente afastada e colocada em prisão domiciliar]. Duas pessoas ficaram feridas com alguma gravidade, bombas foram jogadas no saguão da emissora – e nada será feito contra estas pessoas [sem terra, sem teto, invasão do congresso – alguma semelhança com o Brasil?]. E olhe que a Globovision só consegue transmitir para 3 cidades venezuelanas. Mas não se rende ao governo.

Aqui o sr. Fernando Sarney, filho do senador José Sarney [que disse apoiar o filhinho], conseguiu com um desembargador amigo do pai que concedesse liminar contra o jornal Estado de São Paulo probindo-o de publicar quaisquer reportagens relativas às atividades da família [prevaricação, nepotismo, desvio de verbas, atos secretos, troca de favores, tráfico de influência, evasão fiscal, etc.] Isto é censura, e, pior, CENSURA PRÉVIA. Não queremos isto aqui – já tivemos demais entre 1964 e 1984 [período, aliás, em que o Sr. José Sarney sempre esteve ativo na política]. Se este escriba, por exemplo, morasse na Venezuela já não moraria ou não escreveria mais – isto é, ou teria sido alcançado por algum tipo de censura, que lá, vai desde a prisão até a expulsão, oficial, e mortes misteriosas.

O que Chávez está quase conseguindo na Venezuela está sendo tentado no Brasil, e não é só pelo filhinho do papai Sarney, não. Está sendo levado adiante pelo sr. Presidente através da tentativa de se criar um Conselho Nacional de Jornalismo [órgão que teria como principal função ‘autorizar’ jornalistas a exercerem a profissão – os desafetos teriam tal autorização?], pela Petrobrás [com uso do seu poder econômico e um blog “oficial”], D. Dilma [que pede em seu blog para que os simpatizantes votem pelo menos 10 vezes cada um em um determinado concurso da internet], pelo sr. Francklin Martins, responsável pela área de comunicação e propaganda governamental, e por muitos outros.

É só um começo. Jornais, revistas e jornalistas já tem sido perseguidos por inúmeros processos judiciais. Querem impedi-los de investigar, de publicar. Vale lembrar que o Sr. Sarney é propiretário de jornais no Amapá e no Maranhão, e que seus jornais só publicam textos exaltando o distinto líder, acusando o resto do país de conspiração e de manipulação e falsificação de informações. Querem ver como tudo isto terminará? É só dar mais tempo de poder a estes mequetrefes [Sarney, Calheiros, Dilma] nas próximas eleições.