quarta-feira, 30 de novembro de 2011

PARTIDO DA UNIVERSAL ESTÁ COALHADO DE GAYS

i Enquanto discursava contra a aprovação do projeto de lei que criminaliza a chamada homofobia, o senador Magno Malta se esforçou para dizer que não tem nada pessoal contra os gays. E se empolgou: contou ter sido atendido por cinco cabelereiros homossexuais antes do casamento de sua filha, mostrou uma foto em que aparece abraçado ao travesti Moa, vereador pelo PR em Nova Venécia (ES) e ainda garantiu que o colega de legenda não é exceção: “O meu partido está ‘assim’ de homossexual”, disse ele. As declarações foram dadas nesta terça-feira em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado.

Prestem bem atenção: este partido é o da igreja que pretendia ser o contraponto ao "imoralismo" reinante na Rede Globo. Já tem em suas novelas [que antes dizia ser do diabo, que dava um "nó" e depois "vela"va] personagens homossexuais jocosos, tutti bona gente… Este partido apóia o governo que por sua vez tem como metas a promoção, entre outros absurdos, do homossexualismo, do divórcio e do aborto. Este partido tem entre seus expoentes um candidato que se diz a voz do cristianismo na esplanada e, ao mesmo tempo, celebra acordos com Marta Suplicy e Dilma Roussef. Conhecemos bem aquele ditado, Magno Malta: "Diga-me com quem andas, e eu te direi quem tu és".

terça-feira, 29 de novembro de 2011

CAIO FÁBIO CONDENADO A 4 ANOS DE PRISÃO

A Justiça Eleitoral condenou o pastor evangélico Caio Fábio D'Araújo Filho a quatro anos de prisão por seu envolvimento no chamado "dossiê Cayman"). O conjunto de papéis comprovadamente falso surgiu como tentativa de incriminar a cúpula do PSDB na campanha de 1998. Caio Fábio, o único condenado pelo episódio até agora, foi considerado responsável por elaborar e divulgar o dossiê, incorrendo em crime de calúnia, agravado por ter envolvido o então presidente da época, Fernando Henrique Cardoso. Ele pode recorrer. A sentença, da juíza de primeira instância Léa Maria Barreiros Duarte, é baseada em uma investigação da qual participou também o FBI, a polícia federal norte-americana. O pastor nega participação na elaboração e na divulgação do dossiê. "Tenho a consciência absolutamente tranquila. Não estou nem um pouco preocupado com isso." Ele afirmou que os papéis apenas passaram por suas mãos. "Nunca vou mudar minha versão. Não tenho nada mais a falar do caso."

Não sei se Caio Fábio foi um inocente útil ou, na sua fase megalomâna, achava que estava em condições de dar um drible nos caciques políticos da época e posar de herói nacional. Como a soberba precede a ruína, neste caso ele sacramentou a sua queda, de um dos ícones evangélicos [se é que evangélico pode ter ícone, mas que gosta, gosta] para se tornar um caso excêntrico nos dias atuais.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

61% DOS PARAENSES QUEREM CONTINUAR PARAENSES

Na Veja.com:

Duas semanas após o início da propaganda do plebiscito em TV e rádio, a maioria dos eleitores do Pará continua rejeitando a divisão do Estado. De acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira, 62% dos eleitores paraenses são contra a divisão do Pará para a criação do Estado do Carajás e 61% são contra a criação do Estado do Tapajós. A pesquisa foi encomendada em uma parceria entre Folha, TV Liberal e TV Tapajós (afiliadas da Rede Globo no Pará). Em relação à pesquisa anterior, divulgada no último dia 11, houve um pequeno aumento da rejeição aos novos Estados. A oscilação, porém, está dentro da margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos. Foram entrevistados 1.015 eleitores entre os dias 21 e 24 de novembro. A pesquisa foi registrada no TSE com o número 50.287/2011. A propaganda do plebiscito na TV e no rádio ainda não foi capaz de causar alterações significativas nas intenções de voto dos eleitores paraenses. Em 11 de dezembro, eles irão às urnas decidir se querem que o Pará se separe e dê origem a mais outros dois Estados: Carajás (sudeste) e Tapajós (oeste). Na região do chamado Pará remanescente, que ficaria inalterado com a divisão, está a maior resistência aos novos Estados. 85% são contra o Carajás e 84% são contra o Tapajós. Entre os eleitores do Carajás, 16% são contra o novo Estado. No Tapajós, 24% são contrários.

Pretendo escrever um post a respeito. Conheço os argumentos pró, contra, não declarados e quero falar apenas um pseudo-teológico.

SITUAÇÃO DE NEGROMONTE COMPLICA. OU…

Nem mesmo registros de áudio e vídeo são suficientes para que bandidos sejam demitidos no atual governo.

Por Leandro Colon, no Estadão:
Num ato deliberado, o Ministério das Cidades forjou a nota técnica a favor do projeto de transporte público de Cuiabá para também enganar o Ministério Público Estadual. É o que revelou a diretora de Mobilidade Urbana da pasta, Luiza Vianna, na reunião com assessores na segunda-feira.

A gravação da conversa, obtida pelo Estado, mostra que a diretora, a mando do chefe de gabinete do ministro Mário Negromonte, Cássio Peixoto, avaliou que não poderia mandar para os promotores de Mato Grosso a nota técnica preparada pelo analista de infraestrutura do ministério Higor Guerra. A nota de Higor era contrária à troca do projeto de linha rápida de ônibus (BRT), estimado em R$ 489 milhões, pela construção de um Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), orçada em R$ 1,2 bilhão. “Considerando a minha prerrogativa de diretora, a gente cancelou o envio desse material”, disse a diretora Luiza Vianna na segunda.

E ela continuou: “Ele (Higor) não quis mudar nenhuma vírgula. A gente ficou numa situação sem saída. Se ele não quer mudar uma vírgula, não vai poder assinar a nota técnica que nós vamos mandar para o Ministério Público de Mato Grosso. Porque na verdade o que estou entendendo é que ele gostaria que o trabalho dele tivesse sido enviado para o Ministério Público de Mato Grosso. E nós entendemos que, daquela maneira como estava escrito, o trabalho do Higor não poderia ser mandado para o Ministério Público do Estado porque certamente sobraria para mim e para a Cristina, que temos cargo de confiança”, disse a diretora do ministério.

Pra livrar a cara delas Cristina e Luíza querem que o contribuinte gaste só R$ 700.000.000 a mais.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

PORQUE NEGROMONTE AINDA ESTÁ LÁ

1 olharVeja o que diz o articulista Reinaldo Azevedo. Comento em seguida:

Na reunião a portas fechadas ocorrida na segunda-feira no Ministério das Cidades, a diretora de Mobilidade Urbana da pasta, Luiza Gomide Vianna, mandou um recado, em tom de ameaça, aos assessores: “Nota técnica de ninguém aqui é como música, não tem direito autoral. Nosso trabalho é para o governo, a nota técnica de vocês é para o governo”. O Estado teve acesso ao áudio da reunião, que durou mais de duas horas. O encontro tratou da manobra que derrubou uma nota técnica contrária à mudança do projeto de transporte público de Cuiabá, orçado em R$ 1,2 bilhão, valor R$ 700 milhões maior que a proposta original. Apesar de o ministério avaliar que tecnicamente não havia como aprovar essa mudança de maneira imediata, o Palácio do Planalto aceitou o pedido do governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB). “Qualquer decisão tomada no governo, a gente faz parte dessa decisão”, afirmou Luiza Vianna, na reunião. Na conversa com os assessores, ela afirmou que “ficou sem saída” depois que o chefe de gabinete do ministro Mário Negromonte, Cássio Ramos Peixoto, pediu para ela “rever” a nota técnica contrária à mudança imediata do projeto. “A gente ficou numa situação sem saída”, disse.

Onde esta gente está? Em que mundo vivem? Um projeto de R$ 500.000.000, [quinhentos milhões] passa de repente para R$ 1.200.000.000, [um bilhão e duzentos milhões] como quem pede mais uma banana numa cesta de frutas no supermercado. Mas quero ressaltar o porquê do ministro Negromonte ainda não ter caído. A fala, gravada, é da diretora de Mobilidade Urbana do ministério, Luiza Gomide Vianna: "Nosso trabalho é para o governo, a nota técnica de vocês é para o governo”. E completa: “Qualquer decisão tomada no governo, a gente faz parte dessa decisão”.

O que ela está dizendo é que a decisão veio de cima. Vale lembrar que o PMDB, partido do governador do Mato Grosso, Sinval Barbosa, detém nada menos que a vice-presidência da república. E que quem deveria demitir ministro corrupto é a presidanta, que é do PT, aliado do PMDB.

Negromonte não caiu ainda porque está fazendo o que o governo quer. E pronto.

LOTERIA MINISTERIAL

1 olharNos corredores de Brasília a mais nova modalidade de loteria é apostar para ver quem acerta qual o próximo ministro a cair: se Mário Negromonte [PP], do Ministério das Cidades, ou Carlos Lupi [PDT], do Trabalho. É tanta bandalheira que tem sido difícil acompanhar, mas veja aqui o que a revista Veja noticia:

O já enrolado ministro das Cidades, Mário Negromonte, ganha nesta quinta-feira mais um escândalo para adicionar ao currículo. Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo informa que, com o aval do titular da pasta, o ministério alterou o projeto de infraestrutura de Cuiabá (MT) para a Copa do Mundo de 2014, elevando em 700 milhões de reais o custo das obras, que já estavam orçadas em 1,2 bilhão de reais. Copa do Mundo: Para o torcedor, Brasil-2014 será a copa da corrupção. [contribuindo] Para tanto, a diretora de Mobilidade Urbana do ministério, Luiza Viana, fraudou o parecer técnico que negava ao governo do Mato Grosso a possibilidade de alterar o projeto inicial, construindo um Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) ao invés de uma linha rápida de ônibus. Tudo foi feito com o aval do chefe de gabinete de Negromonte, Cássio Peixoto. E, a partir de então, o ministério passou a respaldar o projeto. O acerto para a mudança no projeto foi feito diretamente entre o governo de Mato Grosso e o Palácio do Planalto. Para isso, o estado utilizou-se, justamente, do parecer fraudado. O documento original, assinado pelo analista Higor Guerra, desautorizava a mudança tendo em vista problemas de custo, prazos e falta de estudos que comparassem as duas modalidades de transporte. Antes de adulterar o documento, Luiza chegou a pedir a Guerra que fizesse outro parecer. O analista não só se negou, como pediu demissão da pasta pouco depois. Ainda segundo o jornal, Luiza afirmou a assessores que teria tomado a decisão após receber telefonemas de Peixoto, o braço direito do ministro, e Guilherme Ramalho, coordenador-geral de Infraestrutura da Copa de 2014 do Ministério do Planejamento. "Nós fizemos outra nota técnica, com o mesmo número sim, e mudamos o conteúdo", afirmou a diretora, em reunião na última segunda-feira. A fraude teria ainda a participação da nova gerente de projetos da pasta, Cristina Soja.

E você, em quem aposta:

[  ] Mário Negromonte

[  ] Carlos Lupi

[  ] Para o bem do Brasil, os dois.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

VALE A PENA? VALE A PENA!

embelem2 Antes de ontem estava conversando com um amigo que me viu cansado, sonolento e com dor de cabeça depois de enfrentar os quase 400km de buracos entre Xinguara e Jacundá. Ele, que não é cristão, olhando pela ótica do homem natural, me perguntou: “Pastor, vale mesmo a pena tanto esforço, tanto desgaste e tanto gasto”. Imediatamente, sem nem mesmo pensar, disse, é claro que vale. E dava para perceber que, mesmo com o cansaço da viagem, eu estava satisfeito.

Mas a pergunta dele me fez pensar. Vale mesmo a pena? É interessante que, com exceção da equipe de Xinguara [igreja hospedeira] e do Rev. Roberto Alencar, toda a equipe de trabalho de organização era do PLTA, meu presbitério. Ao mesmo tempo, ao observar a participação deste mesmo presbitério, fomos menos de 10% dos participantes.

Vale a pena? Claro que vale. Quem participa é abençoado, quem não participa pode ser abençoado no próximo. O importante é ter o próximo. O EFI já está tendo repercussão nacional, e apesar das dificuldades e oposição, a exemplo de Neemias continuamos em frente.

Vale a pena? Claro que vale, respondo agora após refletir. Tenho plena convicção de que vale a pena. Lembrar que foram 3 dias de alegria, refrigério para a alma, edificação para a vida, ânimo para o trabalho e muita comunhão cristã. Tudo isto faz ver que vale a pena. Com toda a convicção de que aqueles que foram representando o PLTA [pastores, presbíteros, diáconos, participantes que amam as sociedades internas, membros das igrejas presbiterianas compromissados com o reino de Deus e com a IPB] voltaram de lá prontos para enfrentar todos os obstáculos e fortalecerem as sociedades internas. Fica o desafio feito por mim na noite de sábado a todos os participantes: estarem presentes no III Encontro, na cidade de Parauapebas, no mês de outubro, e cada um conseguir levar mais um.

Sempre que me perguntam porque a IPB não consegue fazer um evento com milhares de pessoas como muitos tem conseguido a única resposta que me vem à cabeça é porque nós mesmos boicotamos os eventos que programamos. Dezenas vão a shows promovidos por conselhos de pastores, eventos particulares, programamos passeios e recreações pessoais em concurso com os eventos maiores e depois dizemos que só conseguimos reunir algumas centenas de pessoas. Mas mesmo assim o EFI está crescendo. Foram 150 no primeiro, mais de 200 no segundo e no terceiro vamos chegar aos 400. Digo ‘vamos’ porque, embora esteja de mudança do SCJ, este sonho ainda é meu. Plantamos, regamos, colhemos, mas não vamos deixar de cuidar.

Não sei se esterei no III, mas quero estar, eu e minha família – e quem sabe alguns tocantinenses. Mas, afinal, porque vale a pena? Porque, embora o trabalho e a alegria sejam todos nossos, a honra é toda de Deus. E para a glória dele tudo vale a pena. Soli Deo glória.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

II ENCONTRO DAS FORÇAS DE INTEGRAÇÃO DO SÍNODO CARAJÁS

Os dias 18 a 20 de novembro de 2011 entrarão para a história do Sínodo Carajás. Nesta data foi realizado o II Encontro das Forças de Integração por iniciativa do Sínodo [presbitérios do Carajás, Leste da Transamazônica e Centenário do Presbiterianismo no Pará], tendo à frente o Rev. Roberto Alves de Alencar e equipe [Revs. Marthon Mendes e Dorisvan Cunha, Ev. Gilson Ferreira, Márcia Heringer e Moacir Heringer].

Fomos hospedados pela Igreja Presbiteriana do Brasil em Xinguara, liderada pelo Rev. Osvaldino da Silva Moura que, com uma valorosa equipe não mediu esforços para recepcionar a todos os presentes da melhor maneira possível, com excelente alimentação, muito carinho e amor cristão.

Participaram do evento lideranças nacionais das forças de integração, como os secretários gerais e presidentes de confederações nacionais: UPHs [Paulo Daflon – presidente - e o Pb. Ely Paschoal – vice-presidente norte], SAFs [Eunice Sousa da Silva – secretária geral - e Ana Maria Prado – presidente]; UMPs [Pb. Alexandre Almeida – secretário geral - e Anderson Meneguce - presidente] e UPAs [Rev. Carlos Eduardo Aranha – secretário geral - e Hélio Marco – vice-presidente centro-oeste]. Participaram do encontro aproximadamente 200 pessoas entre elas 10 pastores do sínodo Carajás [alguns deles secretários presbiteriais e sinodais], duas dezenas de presbíteros e lideranças das federações da região.

O Rev. Roberto Alencar e equipe tem sido muito feliz em organizar encontros desta natureza, pois os mesmos têm demonstrado que as forças de integração continuam sendo a melhor ferramenta que a IPB tem a seu dispor para propagação do evangelho. Dificuldades como distâncias [as Igrejas mais distantes do sínodo estão a quase 1000km uma da outra] e estradas inacreditavelmente mal conservadas, esburacadas e sem sinalização foram superadas pelo desejo de estar em comunhão num evento único e que podemos descrever como épico.

E a benção foi ainda maior do que esperávamos, pois durante o encontro foram reorganizada a sinodal de UMPs do Sínodo Carajás e organizadas duas federações de UPAs [presbitérios do Carajás e Centenário do Presbiterianismo do Pará] já antevendo a organização da sinodal.

Ressalte-se a qualidade das palestras que foram ministradas a cada sociedade individualmente e também, as edificantes devocionais [Paulo Daflon – sexta à noite; Ana Maria Prado – sábado pela manhã; Pb. Alexandre Almeida – sábado à noite e Rev. Carlos Aranha – domingo pela manhã].

A CNHP parabeniza a todos os irmãos que direta ou indiretamente contribuíram para a grandiosidade deste encontro. Orações, contribuições financeiras, divulgação, serviço local – tudo isto foi imprescindível para que o evento fosse realizado e o resultado tão gratificante. Seguimos rogando a Deus que iniciativas como esta possam animar as lideranças de outras regiões e assim num futuro bem próximo teremos encontros das forças de integração em todo o Brasil – pois o sínodo Carajás já tem agendado o III – em outubro de 2012.

E AS VIAGENS DO CORAÇÃO

DIGILIFE DIGITAL CAMERAParei  de falar um pouco sobre elas, mas somente nos últimos dois meses estive em Nova Ipixuna, Marabá, Xinguara [2 vezes], Brasília, Recife, Belém. E ainda tem mais.

Próximo sábado estarei em Pacajá – de tantas saudades, tantas alegrias – pregando no aniversário da IP local. Hora de rever pessoas amadas, que tem um lugar especial no meu coração.

No outro fim de semana, 02 a 04.12 a caminho de Recife para reunião da JURET, norte-nordeste. Louvo a Deus pela confiança da IPB em me conduzir a tão alta responsabilidade. Lá terei o privilégio de ministrar a ceia do Senhor na IP da Madalena. No programa também colação de grau de novos bacharéis em Teologia pelo Seminário do Norte.

No dia 08.12 uma rápida passagem por Brasília, a caminho de Teresina para a última reunião da JURET, com colação de grau de mais alguns bacharéis em Teologia pelo Seminário do Nordeste.

E nos dias 16 e 17 é minha vez de receber. A IP em Jacundá hospedará o congresso de SAF do PLTA. Desta vez contamos com a presença de todas as SAFs da Federação de Sociedades Auxiliadoras Femininas do PLTA.

Depois disso a comemoração do nascimento do Senhor Jesus, e a despedida da IP em Jacundá no dia 01.01.12. E no dia seguinte, a primeira viagem de uma nova etapa, agora não mais no PLTA [obrigado] e no SCJ [muito obrigado]. A caminho de Gurupi, Tocantins. Que Deus nos abençoe.

II ENCONTRO DAS FORÇAS DE INTEGRAÇÃO

SAM_6043Os dias 18 a 20 de novembro de 2011 entraram para a história do Sínodo Carajás. E a Igreja Presbiteriana em Xinguara foi o palco. Mais de 200 presbiterianos compromissados com o reino de Deus, envolvidos com o genuíno trabalho presbiteriano através das Sociedades Internas, também chamadas de Forças de Integração da Igreja Presbiteriana do Brasil. Igrejas de todo o sínodo se fizeram representar, embora nem todas as igrejas tenham enviado representantes. Os que foram certamente voltaram extasiados com o ambiente de comunhão, aprendizado, amizade, alegria cristã. Oro ao Senhor que levem este sentimento para suas igrejas. Não há nenhuma necessidade de cobrar ou reclamar dos que não foram – eles terão a oportunidade de fazê-lo no III, que será em Parauapebas, nos dias 19 a 21 de outubro de 2012.

Cumpre destacar a equipe que trabalhou sob a liderança do presidente do Sínodo, Rev. Roberto de Alencar, além do autor deste blog, os seguintes irmãos: Gilson Ferreira, Moacir Heringer, Márcia Heringer e Rev. Dorisvan Cunha. Também impossível esquecer o heróico e abnegado trabalho da IP em Xinguara, sob a liderança do Rev. Osvaldino. Presença marcante ainda dos representantes da IPB nacional: D. Eunice e Maria Prado [SAF], Paulo Daflon e Ely Paschoal [UPH], Anderson Meneguce e Pb. Alexandre [UMP] e Hélio Márcio e Rev. Carlos Aranha [UPA] que trouxeram palestras e treinamento que certamente influenciarão grandemente os rumos das sociedades internas na nossa região. Foi reorganizada, sob a liderança do Pb. Alexandre, secretário nacional, a Confederação Sinodal de UMPs e duas Federações de UPA foram organizadas [PRCA, PCPP].

sábado, 12 de novembro de 2011

NEEMIAS – 9 PRINCÍPIOS PARA SE FAZER A OBRA DO SENHOR

gurupi4Este artigo é a primeira parte de uma palestra sobre Neemias – 9 princípios para a edificação da obra do Senhor.

Palestra preparada para o Congresso Unificado das Sociedades Internas do Presbitério de Belém – PA.

O Antigo Oriente Médio era dominado pela Pérsia, com sua organização política e administrativa dividindo o império em regiões chamadas satrapias e a Palestina pertencia à satrapia Transeufrates [ou depois do Rio Eufrates], junto com a Síria, Fenícia, Canaã e Chipre.

Neemias tinha uma função de confiança junto ao rei Artaxerxes: era seu copeiro. E acabou sendo, por um tempo, uma espécie de vice-governador de uma porção desta satrapia [Ne 2.6-9; 3.7], num evento histórico pois desde 587 a.C. [exílio do rei Sedecias] Jerusalém não abrigava nenhuma autoridade. Isso aconteceu por volta de 430 a.C. Sua missão era: a. fortalecer a comunidade de Jerusalém, preparando-a para a reconstrução; b. reorganizar o povo na terra e na cidade; c. disciplinar o povo de volta às Escrituras e d. corrigir eventuais abusos políticos, econômicos e religiosos.

Percepção das necessidades [1.1-4]

Neemias tinha suas ocupações na corte persa, como ele mesmo afirma, era “copeiro do rei” Artaxerxes, uma função de confiança e ao mesmo tempo muito perigosa, pois cabia-lhe, entre outras coisas, provar a comida e a bebida que era servida ao rei – evitando assim que o mesmo sofresse envenenamento [2.1]. Num ambiente de constantes intrigas palacianas, não era um risco desprezível. Mas o fato é que Neemias tinha acesso ao rei e à rainha, e por isso tinha uma vida que era invejada por muitos. Todavia Neemias não se desligou do seu povo e da sua história. À semelhança de Daniel não perdeu sua identidade no meio de uma nova realidade [Ne 1.1-3]. Apesar de estar na opulenta Susã, uma das capitais imperiais [usada especialmente no inverno por causa do clima mais ameno] o coração de Neemias se enternece com o estado de miséria dos israelitas que ficaram na sua terra, em ‘grande miséria e desprezo’, as muralhas em ruinas, as portas incendiadas e a cidade destruída. Era passado o tempo do exílio, e era necessária a reconstrução de Jerusalém. Mas como aqueles judeus que ficaram na mais absoluta miséria poderiam fazer isso? Os nobres tinham sido levado cativos, o próprio Neemias era de família nobre, como Daniel, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Não havia liderança no meio dos escombros – havia apenas o que poderia haver, uma luta diária pela sobrevivência em condições hostis. No decorrer da narração da historia de Neemias vamos perceber que havia injustiça social, exploração dos judeus pelos próprios judeus, com desigualdade social, exploração, escravismo, sacerdotes e profetas corruptos. Há conflito no que se refere à fé, entre os judeus que não foram pro exílio, os que retornaram com Esdras e os não judeus. Havia uma tentativa de sincretismo por parte de uns e radicalismo por parte de outros, casamentos mistos, alianças por interesses econômicos.

Disposição para a obra [1.11; 2.1-6]

Após buscar a presença de Deus, confessando seus pecados e reconhecendo o pecado de seu próprio povo [pois não podia confessar o pecado de terceiros – confessamos os nossos pecados, intercedemos pelos pecados dos outros. A confissão é sempre fruto do arrependimento individual] Neemias pede ao Senhor que lhe dê “mercê perante o Rei”. Ele havia decidido fazer algo para melhorar a situação do seu povo. Tinha um plano e havia tomado uma resolução. A execução não dependia dele. O texto nos mostra um Neemias resoluto e ao mesmo tempo tenso, preocupado. Como ele convenceria o rei a permitir a reedificação de Jerusalém, uma cidade com um grande histórico de revoltas e guerras? Neemias percebeu que este não era o seu problema. Ele deveria estar disposto a ser o instrumento de Deus para aquela obra. E se fosse da vontade de Deus o rei lhe seria favorável [Ne 2.1-3]. Confiante e preocupado, Neemias aguardou a ocasião propícia, sabedor de que há tempo para tudo debaixo do céu, e não se deve desperdiçar as oportunidades. Entre março e abril de 445 a.C. Neemias é inquirido pelo rei do porque da sua expressão tensa, expôs-lhe o que lhe preocupava o coração, e conseguiu a liberação do rei para viajar, recomendações para que tivesse segurança e recursos materiais para a reedificação da cidade [Ne 2.4-5]. Na verdade, Neemias faz duas viagens, uma em 445 a.C. e outra em 432 a.C.

Avaliação do que precisa ser feito [2.11-15]

Uma vez autorizado a fazer, era agora preciso verificar o que deveria ser feito. Neemias tinha um prazo para fazer a obra, e seus recursos também não eram ilimitados. Para realizar sua obra, ele precisa saber exatamente o que há de ser executado.

E o faz, sem estardalhaço. Chega a Jerusalém sem um projeto, sem saber ainda o que e como deveria fazer. Não é incomum assumir obrigações com uma grande disposição e, na realidade, não ter nenhum planejamento. Ao chegar a Jerusalém Neemias resolve fazer um reconhecimento do terreno para verificar a extensão da obra que tinha que realizar. Ele não conhecera Jerusalém. Tampouco conhecera o templo. Reconstruir uma grande cidade com um "resto de povo" como descrito por Isaías não seria uma tarefa fácil. Exigiria conhecimento do terreno, disposição adequada dos recursos disponíveis. Enfim, exigira planejamento. Neemias deveria saber exatamente o que precisava ser feito. Cada muro, cada porta, cada etapa do trabalho precisava ser cuidadosamente definida.

NEEMIAS – PRINCÍPIOS [4, 5, 6]

Este artigo é a segunda parte de uma palestra sobre Neemias – 9 princípios para a edificação da obra do Senhor.

Não desanimar apesar das dificuldades [2.14]

Neemias circunda a cidade à noite, chegando a um lugar onde nem mesmo o seu animal [provavelmente uma mula] consegue passar. À noite, com pouca gente, sem conhecer direito o terreno, tendo que andar a pé. Eis o momento em que muitos desanimam. Argumentam estarem sós, não enxergarem nada à frente, não terem nem mesmo saída. A maioria desiste. Mas não os homens de fé [II Co 5.07]. A grande Jerusalém, edificada como cidade compacta [Sl 122.3], isto é, protegida por muralhas, não passava de um monte de escombros, mas Neemias, apesar dos escombros, olhava para o que ele sabia ter sido, e para o que poderia ser.

É por isso que ele identifica cada lugar pelo seu nome antigo. Ele não queria perder a historia, mas ao mesmo tempo não estava disposto a deixar que Jerusalém virasse apenas historia. Havia trabalho a ser feito, e ele estava ali para fazer o trabalho. Ele sabia o que havia acontecido, estava disposto a fazer e sabia o que precisava ser feito. Não poderia desanimar. Conhecimento sem ação não resolve problema nenhum. Ação sem conhecimento pode gerar novos problemas.

Rejeitar os descompromissados [2.10; 19-20]

É uma decisão sempre difícil de ser tomada, e às vezes um líder precisa tomar: definir a equipe de trabalho, escolhendo entre aqueles que estão realmente dispostos a fazer a obra e os que estão interessados apenas em "tomar parte". É sempre muito difícil analisar uma equipe e decidir afastar alguém. E o caso de Neemias é ainda mais difícil porque ele estava pronto a reedificar a cidade à partir de um "resto de povo" e deixando de lado pessoas que tinham recursos, influência e auxiliares. Pensemos na situação de Neemias: se você fosse reestruturar uma comunidade, você abriria mão de líderes de grupos inteiros nesta comunidade [Sambalate era líder dos horonitas, Tobias, dos amonitas, Gesém, dos arábios – Ne 2.19]. Eles contavam com a colaboração dos asdoditas [Ne 4.7] – todos estes povos inimigos históricos dos judeus. Talvez muitos estrategistas entendessem que era a hora de uma aliança estratégica, ainda mais que eles tinham dinheiro para comprar apoios [Ne 6.12] e tinham influentes conexões religiosas com os profetas [Ne 6.14] e até mesmo familiares com o sumo sacerdote [Ne 13.28] embora, aparentemente, este não estivesse envolvido com os inimigos de Neemias.

Dividir as tarefas segundo a capacidade de cada um [3.1-32; 4.16-23]

Todo o capítulo 3 é dedicado à honrar aqueles que se dedicaram a reedificar a cidade destruída. Cada trecho de muro, cada porta, cada torre foi entregue a um grupo específico. Neemias antecipa em 25 séculos os princípios administrativos modernos, que identificam a tendência centralizadora imperialista que muitas vezes leva os líderes a se desgastarem desnecessariamente somente porque querem fazer tudo, participar de tudo, quando, na verdade, o que deve ser feito é distribuir tarefas, acompanhar a execução e verificar os resultados. Planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação de uma atividade são essenciais para se atingir as metas propostas.

Veja que, mesmo enquanto praticamente todos estão trabalhando, Neemias continua seu trabalho de direção, identificando os relapsos na obra, como no caso dos "nobres de nascimento" de Tecoa [3.5], contrastando-os com que, ordinariamente, não se envolveria neste tipo de trabalho, as filhas de Haloés [3.12].

Ninguém foi obrigado a fazer mais do que tinha condições – houve aqueles que trabalharam apenas "em frente às suas próprias casas" [3.10, 23] e, embora não saibamos o quanto fizeram, não deixaram brechas, fizeram a sua parte. Quem tinha condições de fazer e não quis também não foi obrigado a fazer.

É interessante notar que todo este trabalho era voluntário – exatamente como as pessoas pensam ser na Igreja. Porque "como as pessoas pensam"? Porque creio que nosso trabalho é serviço a um Senhor – e serviço a um Senhor nunca é voluntário. Só é voluntario nas coisas do Senhor quem não tem Jesus como Senhor. Se ele é Senhor, então o serviço é obrigatório e deixar de fazer a obra confiada é ser servo mau e negligente [Mt 25.26-27]. Também por ser uma obra a serviço e não voluntaria ela não pode ser feita relaxadamente [Jr 48.10]. Guardemos bem isso: não existe serviço voluntario na obra do Senhor. Todo serviço é resposta a uma ordem expressa.

NEEMIAS – PRINCÍPIOS [7, 8, 9]

Este artigo é a terceira parte de uma palestra sobre Neemias – 9 princípios para a edificação da obra do Senhor.

Não parar apesar da oposição [4.1-3]

Há um ditado popular, que era constantemente repetido por meu avô, que afirma que "muito faz quem não atrapalha". Infelizmente, na Igreja, o inverso é verdadeiro, muito atrapalha quem nada faz. Há mais especialistas em detectar falhas [reais ou imaginárias apenas porque as coisas não estão sendo feitas do modo que julgam ser correto] do que em dar sugestões. Conta-se uma historieta em que um presidente da empresa foi procurado por um de seus gerentes para ficar a par de alguns problemas da firma. Após o relato, o presidente pergunta ao gerente: e qual a solução para estes problemas? O gerente responde: não sei. Ao que o presidente diz: Então você não serve para ser gerente se não tem ao menos sugestões. No caso de Neemias, e de um líder que segue os seus princípios, que não são apenas bíblicos mas extremamente práticos [Mt 12.30] Os descompromissados, ao serem rejeitados, poderão se tornar opositores incansáveis. Aos judeus era vedado determinados tipos de relacionamento com os não judeus. Os vizinhos já eram naturalmente adversários dos judeus, foram sujeitos por eles em diversas ocasiões, e viam com apreensão a reconstrução de Jerusalém. E após a rejeição esta oposição se transforma em ira e inimizade. Seu alvo principal é o cabeça da obra, Neemias, a ponto de intentarem matá-lo [Ne 6.5-14], tanto com ameaças quanto com artimanhas [Ne 6.10-11]. Neemias não foge da batalha porque sabe que está fazendo a obra do Senhor dos exércitos. Não se intimida, toma os cuidados necessários mas está pronto para ir em frente.

Corrigir eventuais desvios pelo caminho [5.1-13]

Para resolver problemas que estavam acontecendo, tanto na área econômica, religiosa e social, ele precisou tomar algumas medidas.

Legislou sobre os empréstimos que eram efetuados por alguns judeus que ficaram ricos, explorando os irmãos com a cobrança de até 60% ao ano, tendo como garantia de pagamento a penhora dos próprios filhos, judeus, que se tornavam escravos de seus irmãos judeus. Neemias fez valer a lei mosaica de que qualquer penhor só teria valor por 6 anos, e sétimo a divida deixaria de existir [Ne 10.32].

Legislou sobre causas sócio-religiosas, tendo em vista reagrupar o povo que havia sido deixado numa situação de desprezo e abandono, sem qualquer liderança [todos os nobres foram levados para a Babilônia]. Com população reduzida, e com o aumento dos estrangeiros os judeus precisavam aumentar rapidamente o seu número casando-se com os estrangeiros. Neemias proibiu tais casamentos, ordenou os divórcios porque os filhos dos israelitas não estavam aprendendo o hebraico nem a fé israelita e isso desintegraria Israel como nação.

Confiar inteiramente em Deus [2.20; 6.15-16]

Crer significa confiar de maneira plena, depositando toda a esperança nas mãos de alguém que se julga mais poderoso. Para o cristão significa entregar-se totalmente nas mãos de Deus em todos os momentos, mesmo naqueles que achamos que temos condições de solucionar os problemas. É algo como chegar em uma cidade grande, totalmente desconhecida, e dar o endereço ao motorista do taxi. Você sabe onde quer chegar, mas não sabe o caminho, e sequer saberá que chegou a menos que o motorista te diga. Se ele deixa avenidas, entra por ruas estreitas você nada mais faz do que confiar. Lembremos que Deus é mais que um simples taxista, ele tem em suas mãos todo o poder, em sua mente todo o conhecimento. O cargo de Neemias era cobiçado. Ir para Jerusalém na situação em que ela se encontrava era muito perigoso. Ele podia enfrentar oposição tanto dos judeus quanto dos vizinhos. Mas ele sabia que estava fazendo a obra de Deus, e não teve medo. Ele não tinha todos os recursos, mas sabia que Deus não deixaria nada faltar para que a sua obra fosse completada. Esta confiança de Neemias é expressa extraordinariamente em Ne 6.9, quando ora: "Ó Deus, fortalece as minhas mãos". Ele sabia que tinha que fazer, por isso menciona as mãos, mas sabia que a força vinha de Deus.

NEEMIAS – PRINCÍPIOS PARA SE FAZER A OBRA DO SENHOR

gurup22Aqui vou colocar o link para o arquivo completo, em publisher [neemias.pub], mas se preferir pode ler ou salvar à partir do próprio blog. Este artigo é o assunto da palestra a ser ministrada no Congresso Unificado das Secretarias Internas do presbitério de Belém, no próximo dia 15 de novembro.

Lembre-se: escrevo para edificação, se você quer ler por outros motivos, procure outros blogs.

Agradeço a todos os que tem comentado. Este ano já passamos dos 1000 comentários. Obrigado a todos.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

DICA

Se você tem mais de um pc, especialmente notebook em casa, e quer fazê-los funcionar em rede sem roteadores ou cabos, baixe o programa connectify, no site www.baixaki.com.br. Vale a pena, os meus estão funcionando muito bem.

MAIS UM COM A CABEÇA NA GUILHOTINA

É só para constar: tem mais um ministro prestes a perder a cabeça, apesar da presidanta dizer que está aguardando os desdobramentos das denúncias contra Carlos Lupi, ministro do Trabalho. É esperar para ver, o sexto ministro cair em menos de um ano. Contra todos eles a mesma acusação: CORRUPÇÃO.

Com o PT e seus apaniguados não se pergunta se tem falcatrua, mas sim onde ela está.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

SÍNDROME DE ADÃO

embelem2 O que leva alguém, especialmente se profundo conhecedor de teologia e, portanto, da hamartiologia [parte da doutrina que se dedica a estudar o pecado, suas causas e consequências], a não admitir as conseqüências temporais dos próprios pecados? Não pretendo falar das conseqüências eternas, da punição dos ímpios ou mesmo do perdão aos pecadores que buscam abrigo em Cristo.

Meu foco é: o que alguém pode esperar de retribuição por suas atitudes aqui. É relativamente fácil, como aos fariseus, perguntar se o sofrimento de alguém era conseqüência de seus pecados pessoais ou de alguém próximo. Mas o ponto que quero destacar é que qualquer conhecedor de teologia, especialmente da teologia reformada, tem que estar pronto a, como o filho pródigo, olhar para si mesmo, na lama, cercado de porcos e, cair em si e dizer: “pequei” [Lc 15.18]. Quando busco respostas [rejeitando as da antrolopologia e sociologia correntes no século XXI, rejeitando a psicologia e todas as demais teorias que creditam os males do coração do homem à sua formação ou ao meio em que ele vive] encontro apenas uma, já que não se trata de desconhecimento das escrituras. Denominei-a de síndrome de Adão, cujas primeiras manifestações encontramos no Éden, logo após o pecado primordial. Quando a fuga e a ocultação do erro não foram mais possíveis [Gn 3.8-9], restou aos nossos primeiros pais a transferência da culpa a terceiros. Assim, entendamos o que chamo de síndrome de Adão como a negação da própria culpa, colocando-a sobre terceiros, estejam estes envolvidos ou não no processo. Foi assim como Adão, culpado, colocou a culpa na mulher [Gn 3.12]. Foi assim com Eva, que seguiu-lhe os passos e culpou a serpente [Gn 3.13], que poderia ter culpado a satanás que poderia ter dito que a culpa era do criador por tê-lo feito.

A experiência de Adão, e a nossa, demonstra que negar-se a assumir a culpa não produz o escape das conseqüências temporais do pecado. Não adianta alguém dizer que não se “picou” se a seringa estava contaminada por um vírus qualquer. Não adianta dizer que não passou dos limites do namoro e esperar que aquele incômodo não signifique que esteja “ligeiramente grávida”. Não adianta rejeitar a lei da gravidade e pular de um prédio de 20 andares esperando não chegar violentamente ao chão... a Escritura é muito clara: o que o homem semear, ele há de colher [Gl 6.7]. O que semeia na carne inevitavelmente colherá corrupção [Gl 6.8]. É uma lei da vida e bíblica. Quem faz amigos, mesmo usando-se dos “bens ilícitos” terá amigos [Lc 16.9 – eventualmente será decepcionado por alguns deles]. Quem faz inimigos, não pode esperar que eles se tornem seus amigos. Quem faz o mal deve, naturalmente, não pode ter a expectativa de que todos lhe façam exatamente o contrário do que pratica. A antipatia não gera simpatia. Os abusos e ofensas não geram empatia, exceto em casos patológicos como a conhecida “síndrome de Estocolmo”. Mas isto é anormal, é uma doença causada por stress profundo.

Seria interessante um rápido questionamento diante de determinadas circunstâncias: o que está me acontecendo é fruto de algum erro meu? Se é, o que posso fazer para corrigir? O que posso fazer para diminuir as conseqüências do mal que fiz? E, ainda, o que devo fazer para não cometer os mesmos erros? Infelizmente apenas alguns possuem sabedoria suficiente para olhar para si mesmos em busca de respostas como estas. Há tempos desisti de debater com tolos, e por um motivo muito simples: os tolos são como aquelas panelas recobertas por teflon, nas quais os alimentos não grudam. Os tolos são refratários ao conhecimento. Mesmo passando por experiências desagradáveis não aprendem nunca. Há tempos li uma frase que dizia que existem três tipos de pessoas no mundo: os tolos, que erram, erram, e não aprendem nunca, os inteligentes, que erram e aprendem, e os sábios, que aprendem com os erros dos outros dois.

Qual o remédio para a síndrome de Adão, da negação e tentativa da transferência da culpa? Só conheço uma resposta: a bíblica. A confissão e abandono do pecado [Pv 28.13]. O recomeço, humilde e sincero. Fazer como aquele pecador que batia no peito e pedia misericórdia [Lc 18.13]. É imprescindível o fim das atitudes farisaicas de se julgar melhor que os outros [Lc 18.11-12], porque somos todos igualmente feitos do mesmo barro, do mesmo pó. Na verdade, tentar transferir a culpa é até mesmo uma prova de desamor pelo próximo, pois esconde um desejo de que ele sofra por algo que não fez, que seja punido por pecados que não cometeu, enquanto se escapa ileso.

Mas a Escritura diz que os olhos de Deus estão sobre os filhos dos homens, para ver o que fazem e a cada um deles retribuir segundo as suas obras [Pv 15.13]. Não, Adão não escapou, porque Deus não pode ter o ímpio por inocente. Não há ninguém, por mais conhecimento teológico, por mais influência política, por mais poder econômico, que consiga escapar do juízo divino. Ninguém tem como escapar. É necessário arrependimento, conversão e a conseqüente produção de frutos dignos de arrependimento. Assim, junto com o arrependimento vem a misericórdia do Senhor, uma nova vida, uma nova oportunidade como fez com o ímpio Manassés [cujo nome, apropriadamente, significa ‘esquecimento’, porque ele se esqueceu de Deus]. Recebeu um reino organizado das mãos de seu pai, Ezequias. Vivenciou a transformação religiosa, moral, econômica e cultural que Judá experimentou durante o reinado de seu pai, um rei justo e que confiou no Senhor. Mas quis andar segundo o seu próprio coração. Desprezou conselhos de sábios, rejeitou a orientação de pessoas tementes a Deus para seguir outros que tinham como meta apenas a conquista de benefícios pessoais. E o resultado foi desastroso – até que foi chamado pelo Senhor para arrependimento. Não lhe bastava, como Jó, ouvir falar do Senhor. Ele precisava conhecê-lo. Manassés conhecera o Deus de seu pai, mas isto não lhe bastava. Durante sua preparação para reinar certamente deve ter cometido erros dignos de repreensão – e deve ter sido repreendido. O problema é que não aprendeu. E seus herdeiros foram ainda mais longe em seus pecados.

Há que se ter cuidado, pois a síndrome de Adão pode ser facilmente transmitida, isto é, ensinada. E, se os primeiros sabem os motivos, os descendentes fazem por imitação, osmose, não sabem as causas, não tem nem mesmo a possibilidade de analisar os atos e, assim, não possuem limites para seus desatinos. Geralmente os asseclas são mais fanáticos que seus mestres. Os homens tentaram construir Babel, mas não sabiam o porque desta sua inclinação, admitiam que queriam que seu nome se tornasse célebre – Adão certamente saberia, pois era o desejo de “ser como Deus’, que ele experimentara, era, novamente, a rejeição da vontade expressa de Deus para que se espalhassem e enchessem a terra.

Como disse, a síndrome de Adão tem cura em três etapas. A primeira é arrependimento pelos pecados cometidos. É fazer como Daniel, e dizer ‘pecamos’ [Dn 9.5]. Houve na historia de Israel quem atribuísse sofrimentos presentes a atos de outras pessoas – Deus diz que não é bem assim, pois, proverbialmente, quem come uva verde vai ter os dentes embotados [Ez18.2], ou, mais teologicamente, a alma que pecar, essa morrerá [Ez 18.20]. A segunda etapa é um voltar-se para Deus, em contrição sincera e desejo de comunhão, amando a Deus e amando ao seu próximo, pois não ama a Deus quem não ama a seu irmão [I Jo 4.20]. E a terceira etapa é a prática de obras dignas de arrependimento [At 26.20], isto é, a demonstração clara e visível de que reconhece que o passado foi um erro, e a tentativa – muitas vezes dolorosa pois tem que derribar o maior dos ídolos que um homem pode construir no seu coração, a egolatria – de não mais cometer as mesmas tolices. Síndrome de Adão tem cura. Não é fuga. Não é transferência. Não é leitura. Não é estudo. Não é diploma. É arrependimento, conversão e atitude. Por mais doloroso que seja, é o processo.

Um conselho: não sejais como as bestas [Sl 32.9] ou como os soberbos e ímpios [Sl 75.4]. Sei que não é fácil repreender um tolo [Pv 9.8] e os resultados nem sempre são proveitosos, mas temos o dever de avisá-los dos perigos que correm [Ez 33.8-9].

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

NAQUELE DIA

pordosol02Faz muito tempo, sim, mas não tanto para olvidar o que senti, foi naquele dia, o dia em que morri.

Não pensava que aconteceria, na verdade, não posso dizer que queria, mas foi naquele dia, o dia em que morri.

Tinha meu caminho, meus anseios, andava com meus sonhos, sonhava sim, mas tudo mudou, naquele dia, o dia em que morri.

Dono do meu coração, podia ir e vir, mas o destino mudou, mudou naquele dia, o dia em que morri.

Um olhar, uma palavra apenas, e depois, uma nova história começou, naquele dia, o dia em que morri.

O coração do qual me achava dono e senhor, naquele dia, tomado pelo amor, eu entreguei, nunca mais foi meu, pois, naquele dia, morri.

Então, naquele dia, o dia em que morri, um novo sentimento me tomou e então, naquele dia, de verdade, eu vivi.

Havia prometido que tiraria do fundo das caixinhas alguns escritos, inclusive pequenas poesias.

Sei que não é a minha área, meus escritos são de estilo diferente, mas aí está uma amostra.

Quem sabe em breve eu publique outros.

Dedicatória? Pra VOCÊ, que tem meu coração em suas mãos.

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