Outro argumento é que o personagem principal do natal tem sido substituído. E, infelizmente, isto é verdade. Alguns anos atrás, em Pitanga, entrei em um supermercado e vi um grande cartaz, de uns 3 a 4m de altura, com uma figura enorme de um "papai Noel" com a mão sobre uma não menos gigantesca garrafa de um determinado refrigerante. E, encimando o quadro, a seguinte frase: "Chegou o personagem principal do natal". Até hoje não descobri se a frase se referia ao personagem ou à bebida. Em todo canto vemos que o natal é a época do papai Noel, do peru ou do frango tipo "chester", dos presentes e das bebidas... Mas, porque o papai Noel? A figura é inspirada no lendário São Nicolau, que, segundo relatos, ajudou uma jovem desprovida de recursos [materiais e pessoais] a se casar dando-lhe um dote às vésperas do natal. Daí para outras lendas foi como acender um rastilho de pólvora na fértil imaginação medieval, tão idólatra [como a moderna] e tão carente do conhecimento de Deus e do salvador [à semelhança do homem do séc. XXI]. Inspirado no personagem são Nicolau criou-se a tradição de dar presentes. Mas não é ele o personagem principal do natal. Não é papai Noel, santa Claus, São Nicolau ou qualquer outro produto o personagem principal do natal. E é esta a mensagem que o cristão não deve deixar de proclamar. O principal personagem, nascido ou não no dia 25 de dezembro, é Jesus Cristo, o cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo. O messias, o salvador, que nasceu na cidade de Davi, Belém há tantos anos atrás, mas que vive e reina. Porque deixar de proclamar esta verdade? Porque o mundo está errado? Ora, o mundo antigo estava errado, e tinha suas divindades – e nem por isso os cristãos deixaram de anunciar-lhes a salvação em Cristo Jesus [At 17.16]. Se eles adoram falsos deuses – ainda assim deixam um lugar para o deus desconhecido. E é justamente este que os cristãos devem anunciar – mesmo em meio aos sons, sabores e presentes das festas que são celebradas mundo a fora.
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