quarta-feira, 7 de março de 2012

SALVOS PELA LOUCURA DA PREGAÇÃO - A MENSAGEM DA CRUZ É VISTA COMO FRAQUEZA PELOS HOMENS

Marthon (4)Em seu argumento paralelista Paulo volta a focar o modo como os homens estavam vendo a maneira de Deus salvar os pecadores: a morte de Cristo na cruz, mensagem que deveria ser pregada em todo o tempo a todos os homens [Cl 1.28: ...o qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo]. Esta mensagem é rejeitada pelos homens, estava sendo menosprezada pelos coríntios e vista como fraqueza de Deus.

O mundo greco-romano estava acostumado a admirar os grandes heróis mitológicos: Hércules, Perseu, Ulisses, Rômulo e Remo [míticos fundadores de Roma] com suas guerras e vitórias sobre todo tipo de inimigos. Admiravam os generais que faziam questão de alimentar esta androlatria com as marchas militares quando conseguiam grandes vitórias e traziam escravos, despojos e riquezas das cidades conquistadas. Admiravam os imperadores, que exigiam serem chamados de augustus, mais tarde incorporados aos nomes de alguns deles, que exigiam adoração e cultos públicos.

Mas os cristãos adoravam, serviam e amavam, aos olhos dos gentios, um vencido, um derrotado, um fraco que nem sequer reagiu quando foi preso, não se defendeu quando acusado injustamente [Is 53.7: Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca]. Jesus diz a Herodes que poderia chamar em seu auxílio milhares de anjos [Mt 26.53: Acaso, pensas que não posso rogar a meu Pai, e ele me mandaria neste momento mais de doze legiões de anjos?], mas não o faz. Porque o caminho da vitória estava na cruz, pois só de lá, do alto da cruz, ele poderia olhar para o penoso fruto do seu trabalho [Is 53.11: Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si] e, então, a Igreja do Senhor pode cantar a vitória sobre a morte, livre dos seus aguilhões [I Co 15.55: Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?]. A vitória que os homens são incapazes de alcançar com seus todos os seus poderosos exércitos é alcançada, sem arma alguma, por um Cristo traído na mais absoluta humildade na sua primeira vinda.

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