Esta frase deveria ser reescrita para “A sabedoria dos homens é inútil e inferior ao que eles consideram ser uma loucura de Deus”. Se a mensagem da cruz é loucura, então, porque anuncia-la? Porque deve ser esta, e não outra, a mensagem a ser proclamada e crida? Se os homens, em sua sabedoria, foram incapazes de encontrar um método de salvarem-se [Rm 1.22-23: Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis], então eles devem ser humilhados em sua real loucura. Se fossem sábios se salvariam. Mas não o fazem, pelo contrário, se tornam ainda mais perdidos e, seguindo as sujidades de seus próprios corações, afundam-se cada vez mais em sua própria imundícia.
E, ainda, se porventura conseguissem salvar-se, isso os levaria a um outro pecado, a jactância que podia ser encontrada entre os coríntios [I Co 5.6: Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?] e não tinha qualquer valor diante de Deus [Rm 3.27: Onde, pois, a jactância? Foi de todo excluída. Por que lei? Das obras? Não; pelo contrário, pela lei da fé] pois como poderia um morto jactar-se sobre quem lhe dá vida [Cl 2.13: E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos], ou um perdido diante de quem o achou [Lc 19.10: Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido], o doente diante do médico que o cura [Lc 5.31: Respondeu-lhes Jesus: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes]?
Mas é do jeito de Deus que os ímpios são transformados em santos, que os filhos são tornados em filhos do seu amor. Isso humilha o homem que se vê obrigado a olhar para si mesmo e dizer: eu não sou nada. Eu sou incapaz e inútil. E ao mesmo tempo ficar extasiado com a sabedoria de Deus [Rm 11.33: Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!]. Isso glorifica a Deus - e este é o alvo da criação: glorificar ao Senhor, seu Deus, seu salvador, o Deus forte [Is 10.21: Os restantes se converterão ao Deus forte, sim, os restantes de Jacó].
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