COMO RECONHECER UMA IGREJA VIVA
Como saber se a Igreja à qual pertencemos
ainda está viva? Como saber se os eventos quotidianos na Igreja refletem
vivacidade ou apenas ativismo? Como saber se o que chamam de uma Igreja avivada
é, mesmo, uma Igreja que é viva pela ação do Espírito e não por ações
estratégicas humanas?
Que cuidados tomar para não correr em caminho
inverso, rejeitando toda forma de vivacidade em nome de uma seriedade que pode
não refletir a vontade de Deus para seu povo (Sl 32.11: Alegrai-vos no SENHOR e regozijai-vos, ó justos; exultai, vós
todos que sois retos de coração).
Quais são as características que devemos
buscar numa Igreja, independentemente de sua opção litúrgica, se por salmos e
hinos, ou por cânticos mais ritmados?
Talvez você esteja procurando a resposta, e é
possível que você queria saber se a Igreja na qual você está neste momento é
uma Igreja viva. Mas, sob qual padrão vamos julgar esta Igreja?
Certamente não é pelo volume do som dos
equipamentos, pela fala autoritária ou exaltada de algum pregador.
Certamente não é pelo número de eventos que
são organizados pelos membros da Igreja.
Também não é pelo crescimento numérico ou
financeiro, uma vez que estes fatores acontecem com assustadora frequência onde
menos se encontram os sinais de uma Igreja realmente viva.
Se você está procurando por uma Igreja viva,
ou quer que a sua Igreja seja uma Igreja viva, quero te apresentar alguns
sinais que te ajudarão a reconhecer tal Igreja.
I. UMA IGREJA VIVA
NÃO SE ESQUECE DE SUAS RAÍZES
O
relato feito por Lucas nos mostra que a Igreja primitiva tinha uma perfeita
consciência de suas raízes, sabia como e onde tinha começado. Desconhecer a
história, não saber como tudo começou pode comprometer a fixação de metas para
a caminhada.
Os
versos 1 a 5 nos mostra que a Igreja estava fundamentada naquilo que Jesus fez
e ensinou. Também tinha convicção não apenas da morte e ressurreição, mas
também da aceitação de Jesus na majestade celeste, retomando o lugar que lhe
era devido.
A
Igreja tinha sua fé fortalecida pelo fato de que Jesus foi visto por muitas
pessoas, na verdade, mais de quinhentos puderam testemunhar um mesmo evento (I Co 15.6: Depois, foi visto por mais de
quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém
alguns já dormem), durante muitos dias, dando-lhe instruções definitivas e
uma promessa inexcedível: o batismo, não com água, mas com o Espírito Santo que
seria derramado sobre todos aqueles que houvessem recebido a Jesus Cristo como
seu salvador pessoal.
1 Escrevi
o primeiro livro, ó Teófilo, relatando todas as coisas que Jesus começou a
fazer e a ensinar 2 até ao dia em que, depois de haver
dado mandamentos por intermédio do Espírito Santo aos apóstolos que escolhera,
foi elevado às alturas. 3 A estes também, depois de ter
padecido, se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes
durante quarenta dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus. 4
E, comendo com eles,
determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a
promessa do Pai, a qual, disse ele, de mim ouvistes. 5
Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o
Espírito Santo, não muito depois destes dias.
Uma Igreja viva é uma Igreja
profundamente alicerçada na Palavra – sua fé, suas convicções estão arraigadas
nas Escrituras (Ef 3.17: …e, assim,
habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados
em amor).
A Igreja que pode ser chamada
de "a verdadeira Igreja de Cristo" não pergunta se pode fazer algo
que a bíblia não proíbe, até onde pode fazer as coisas que "todo mundo
faz" mas sabe o que fazer porque a bíblia orienta, ordena, determina (Sl 119.4: Tu ordenaste os teus mandamentos,
para que os cumpramos à risca), sem direito a desvios de qualquer natureza
(Dt 5.32: Cuidareis em fazerdes como vos
mandou o SENHOR, vosso Deus; não vos desviareis, nem para a direita, nem para a
esquerda).
O problema para muitos é que
isto requer conhecimento de Deus e da sua Palavra (Os 6.3: Conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR; como a alva, a
sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que
rega a terra) – e este conhecimento é fruto de intimidade com Deus através
de sua Palavra e do seu Espírito Santo (Sl
25.14: A intimidade do SENHOR é para os que o temem, aos quais ele dará a
conhecer a sua aliança), e esta intimidade requer investimento de tempo, de
muito tempo.
Por conhecer a Deus e a
Palavra de Deus a Igreja não aceita nada que vá de encontro à verdade revelada
(Is 8.20: À lei e ao testemunho! Se eles
não falarem desta maneira, jamais verão a alva).
Não importa quem fale, ou o
que fale, ou como fale, se não fala segundo a Palavra, qualquer coisa que
disser, por mais bonita e útil que possa parecer, não será aceita, pelo
contrário, será prontamente rejeitada (Gl
1.8: Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que
vá além do que vos temos pregado, seja anátema).
II. UMA IGREJA VIVA
SABE QUAL É A SUA RAZÃO DE EXISTIR
Os
judeus tinham a expectativa de que, com a chegada do messias, Deus restauraria
o trono de Davi, e Jerusalém se tornaria, novamente, uma cidade de grande
importância, na verdade, o centro de um novo governo mundial. Apesar de todos
os ensinamentos de Jesus ainda havia algo de errado nas expectativas dos seus
discípulos. Eles ainda estavam demasiado preocupados com as coisas da terra, com as coisas deste
mundo.
6
Então, os que estavam reunidos
lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?
7
Respondeu-lhes: Não vos compete
conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade; 8
mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas
testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos
confins da terra.
9
Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem
o encobriu dos seus olhos.
10
E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois
varões vestidos de branco se puseram ao lado deles 11 e lhes
disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus
que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir.
Jesus
lhes diz para ficarem, para permanecerem. Eles já tinham o conhecimento, já
sabiam quem era ele (Mt 16.16:
Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo) e o
que ele viera fazer (Lc 19.10: Porque o
Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido). Sabiam até a maneira que
ele cumpriria a sua missão (Mc 10.45:
Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar
a sua vida em resgate por muitos).
Mas
ali, quando se despedia dos seus discípulos, Jesus lhes diz qual era o
propósito da Igreja que estava estabelecendo (I Pe 2.9: Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa,
povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes
daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz).
Que
propósito é esse, afinal?
i.
UMA VIDA DE OBEDIÊNCIA AO SENHOR. Eles deveriam permanecer em Jerusalém – mesmo não
sendo dias fáceis, pois os seguidores de Jesus não eram bem vistos na sociedade
de então, como, aliás, o próprio Senhor afirmo que aconteceria com aqueles que
guardassem o seu nome (Lc 21.12: Antes,
porém, de todas estas coisas, lançarão mão de vós e vos perseguirão,
entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, levando-vos à presença de reis e
governadores, por causa do meu nome).
ii.
UMA VIDA DE AÇÃO SOB O PODER DO ESPÍRITO SANTO. Eles deveriam aguardar a
capacitação do Espírito Santo e agir sob esta capacitação. Não deveriam cometer
o erro de tentar agir sem o Espírito (Zc
4.6: Prosseguiu ele e me disse: Esta é a palavra do SENHOR a Zorobabel: Não por
força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos)
nem, tampouco, deixar de agir após receberem-no (I Ts 5.19: Não apagueis o Espírito).
iii.
UMA VIDA DE TESTEMUNHO DO QUE VIRAM E OUVIRAM. João é enfático ao afirmar
que ele compartilhava com os seus ouvintes o que viu, ouviu, o que ele próprio testemunhou (I Jo 1.1-3: O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que
temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos
apalparam, com respeito ao Verbo da vida (e a vida se manifestou, e nós a temos
visto, e dela damos testemunho, e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual
estava com o Pai e nos foi manifestada), o que temos visto e ouvido anunciamos
também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco.
Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo). Para os apóstolos
e para qualquer cristão testemunhar não é uma opção, é uma missão. Quando
proibidos de anunciarem a Jesus Pedro e João chamam o sinédrio a responderem
sobre uma questão de justiça: deveriam eles se calarem a respeito do que
verdadeiramente viram (At 4.19-20: Mas
Pedro e João lhes responderam: Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes
a vós outros do que a Deus; pois nós não podemos deixar de falar das coisas que
vimos e ouvimos).
iv.
UMA VIDA DE ESPERANÇA AGUARDANDO O RETORNO DE JESUS. Sua missão não estaria
completa se deixassem de aguardar a vinda do messias. Os cristãos seriam os
mais infelizes dos homens se deixassem de usufruir dos prazeres comuns à vida
humana sem a esperança de uma recompensa eterna (I Co 15.19: Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta
vida, somos os mais infelizes de todos os homens). Assim como viram a
Cristo, o Deus-homem, ser glorificado, também o veriam retornar em sua plena
glória (Cl 2.9: …porquanto, nele,
habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade) e ouviriam as doces
palavras ordenando a entrada no reino eterno que lhes fora preparado (Mt 25.34: …então, dirá o Rei aos que
estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino
que vos está preparado desde a fundação do mundo).
III. UMA IGREJA VIVA
VIVE EM OBEDIENTE COMUNHÃO
Uma
Igreja que sabe que foi formada pelo Senhor, tem uma história para sustentar
sua confissão de fé e possui um propósito definido para usa existência, isto é,
glorificar a Deus através de uma vida santa (I Pe 3.16: …fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa
consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós outros, fiquem
envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo) vai além
do que qualquer clube, qualquer instituição humana consegue ir e, por isso, é
capaz de viver em santa comunhão.
12
Então, voltaram para Jerusalém, do monte chamado Olival, que dista daquela
cidade tanto como a jornada de um sábado.
13
Quando ali entraram, subiram para o cenáculo onde se reuniam Pedro, João,
Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o
Zelote, e Judas, filho de Tiago.
14
Todos estes perseveravam unânimes em oração, com as mulheres, com Maria, mãe de
Jesus, e com os irmãos dele.
Observe
o relato que Lucas faz. Lucas não estava lá, mas procurou saber o que aconteceu
e descobriu que, após a ordem de Jesus, com a promessa de derramamento do
Espírito Santo, todos os 11
apóstolos restantes se dirigiram para o mesmo lugar, e, ali, procuraram um
lugar onde pudessem estar livres de interrupções.
Mas
não nos enganemos imaginando que a obediência ao Senhor é algo que deve ficar
restrito à liderança da Igreja. O cenáculo era um ambiente em que cabiam mais
de 11 pessoas, e, a Igreja também tinha a obrigação de seguir o exemplo (Fp 4.9:
O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim,
isso praticai; e o Deus da paz será convosco) e o ensino dos apóstolos (At 2.42: E perseveravam na doutrina dos
apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações).
A
Igreja reunida contava com "as mulheres", de número indefinido, além
de Maria, a mãe de Jesus e os seus irmãos – Tiago, provavelmente, entre eles (Gl 1.19: …e não vi outro dos apóstolos,
senão Tiago, o irmão do Senhor). Estes detalhes são importantes para
mostrar-nos que a comunidade, como um todo sentiu a necessidade de obediência
imediata ao Senhor.
A
comunhão não é para depois – nem é para quando for possível. A comunhão dos
santos, estabelecida por Cristo com sua morte na cruz (Tt 2.14: …o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda
iniqüidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de
boas obras) é um imperativo imediato. O escritor aos hebreus nos diz que a
falta de zelo com estas coisas (Rm
12.11: No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao
Senhor) é um pecado grave, de desprezo ao sangue da nova aliança (Hb 10.25-29: Não deixemos de congregar-nos,
como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes
que o Dia se aproxima. Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de
termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos
pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador
prestes a consumir os adversários. Sem misericórdia morre pelo depoimento de
duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés. De quanto mais
severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o
Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e
ultrajou o Espírito da graça?).
Mas,
deixe-me acrescentar um detalhe: esta comunhão não é apenas de presença física,
mas deve ser espiritual. Qualquer forma de comunhão que não reflita um coração
cheio do amor de Deus e ao próximo não é verdadeira comunhão no Espírito (I Jo 3.18: Filhinhos, não amemos de
palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade) e é apenas uma farsa,
nunca fará com que os ímpios glorifiquem a Deus ao observarem o comportamento
dos cristãos.
QUE IGREJA VOCÊ É?
Devemos
concluir com a seguinte indagação: "que Igreja você é"? Não, não há
nenhum equívoco na pergunta. Talvez você pense: o certo não seria perguntar de
que Igreja eu faço parte? Que Igreja eu estou frequentando? Será se a minha
Igreja está viva?
Se
pensarmos em instituições, sim, seria assim a pergunta. Mas se pensarmos no que
é a Igreja, então, a pergunta está correta porque a Igreja, o reino de Deus,
não é composto por prédios ou instituições, Cristo não morreu para edificar
templos suntuosos que tanto orgulham os homens, mas para fazer de nós, dos
crentes, o seu edifício vivo (I Co 3.9:
Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós),
sua morada espiritual, seu santuário (I
Co 3.17: Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o
santuário de Deus, que sois vós, é sagrado).
Mas
a ensino da Escritura, que podemos confirmar através da história, é que as
instituições passam. Onde estão as Igrejas de Éfeso, Esmirna, Filadélfia,
Tiatira, Hipona, Antioquia e outras outrora fortes? Deixaram de existir, mas a
Igreja do Senhor permanece viva, continua adorando ao seu Senhor, continua
confessando a Cristo como o filho de Deus, o verdadeiro Deus vindo em carne (Mt 16.18: Também eu te digo que tu és
Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela).
Ser
membro de uma instituição é muito menos do que ser membro da Igreja de Cristo.
Para
ser membro da Igreja de Cristo você precisa reconhece-lo como seu Senhor e
salvador. Isto é conhecer a sua origem, suas raízes, de onde vem a rica herança
da fé que você diz compartilhar.
Para
ser membro da Igreja de Cristo você precisa saber o que está fazendo na Igreja
visível. Você precisa saber qual a sua missão, porque você está fazendo o que
faz, porque vai à Igreja, porque canta, porque ora, enfim, porque, afinal, você
é "crente".
Afinal,
para ser membro da Igreja de Cristo você precisa de mais do que conhecimento do
passado e do propósito, precisa de mais do que uma resposta a pergunta sobre
"para que fim o homem existe". Precisa saber que existe para ser
obediente, para glorificar a Deus e só assim experimentar de suas bênçãos. Sem
obediência, sem a firme disposição para servir ao Senhor nenhum membro de
Igreja nenhuma é, em nada, melhor do que aquele que não vai à Igreja nunca,
adora falsos deuses ou até mesmo prefere servir diretamente ao diabo.
A
hipocrisia é tão detestável que o Senhor chega a afirmar que gostaria que a
Igreja fosse fechada para evitar a presença de pessoas que confessam adorá-lo (Ml 1.10: Tomara houvesse entre vós quem
feche as portas, para que não acendêsseis, debalde, o fogo do meu altar. Eu não
tenho prazer em vós, diz o SENHOR dos Exércitos, nem aceitarei da vossa mão a
oferta), mas isto não passa de movimento de lábios (Mt 15.8: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe
de mim), orações mecânicas, repetitivas e repulsivas (Is 1.15: Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos;
sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos
estão cheias de sangue).
Você
não pode estar satisfeito com um cristianismo que é menos do que Cristo morreu
na cruz para te dar. Você não pode considerar que uma vida sem propósitos é
tudo o que a Igreja é para você. Você é desafiado neste momento a sair de
qualquer forma de letargia e assumir uma nova atitude diante do Senhor, da Igreja,
da comunidade. Mas, principalmente, você é desafiado a olhar para você mesmo e
se perguntar: que Igreja eu sou?
Se
houvesse uma Igreja com 100 pessoas exatamente iguais a você na Igreja, você realmente gostaria de ser membro dela?
Você gostaria de ser liderado por 8 presbíteros iguais a você no
comprometimento com o reino e no caráter como adoradores? Gostaria de ter como
pastor alguém que tem a mesma dedicação que você à Palavra e ao Senhor?
Que Igreja você quer
para você? Que Igreja você quer ser? Que tal começar, hoje, neste momento, a
caminhar uma nova caminhada, em novidade de vida (Rm 6.4: Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para
que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim
também andemos nós em novidade de vida), deixando para trás o velho homem (Ef 4.22-24 …no sentido de que, quanto ao
trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as
concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e
vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão
procedentes da verdade) e vivendo como de fato todo crente é, uma nova
criatura (II Co 5.17: E, assim, se
alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que
se fizeram novas) porque é isso, e apenas isso, o que importa (Gl 6.15: Pois nem a circuncisão é coisa
alguma, nem a incircuncisão, mas o ser nova criatura).
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