ENOQUE
& METUSALÉM – eles andaram com Deus
Gn 5.9-32; Hb 11.5-6
Após
a trágica história de Abel e Caim, e a consequente busca de Deus por parte de
Adão e Eva após o nascimento do substituto na linhagem da salvação, Sete, a
bíblia destaca dois personagens singulares: Enoque e seu filho Metusalém. A
singularidade destes homens está no fato de que Enoque não passou pela morte, e
Metusalém foi o que mais próximo chegou de viver um milênio. Metusalém viveu 969 anos e Enoque foi
trasladado ou arrebatado por Deus quando tinha “apenas” 365 anos. Se 365 anos parece uma idade
avançada, é conveniente lembrar que a média de idade do período passava facilmente
dos 600 anos. Enoque significa "professor" e Metusalém significa
"homem do dardo".
Ainda nos dias de Metusalém,
ao nascer Noé, filho de Lameque (que não é o mesmo descendente de Caim citado
em Gn 4.18) foi
profetizado que a criança teria um papel especial na história da redenção,
embora este papel não seja claro – talvez seus contemporâneos tenham pensado
que ele seria o condutor do homem de volta ao paraíso (Gn 5.28-29:
Lameque viveu cento e oitenta e dois anos e gerou um filho; pôs-lhe o nome de
Noé, dizendo: Este nos consolará dos nossos trabalhos e das fadigas de nossas
mãos, nesta terra que o SENHOR amaldiçoou).
Mesmo sob a maldição que
Deus lançou sobre a terra e as suas criaturas (Rm 8.20-22: Pois a criação está sujeita à
vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na
esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção,
para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a
criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora), estas não foram totalmente abandonadas, e
especialmente o homem ainda continuam sendo alvo da providência de Deus (Mt 5.45: ...para
que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o “seu” sol
sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos).
Enquanto os filhos de Deus
iam se misturando com os filhos dos homens, e se afastando cada vez mais de
Deus,
ENOQUE - O HOMEM QUE ANDOU COM DEUS
Enoque é um personagem bíblico
importante por duas razões. Primeiro porque, pela fé, andou com Deus (Hb 11.5: Pela
fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte; não foi achado, porque Deus o
trasladara. Pois, antes da sua trasladação, obteve testemunho de haver agradado
a Deus). Ele também é importante porque foi
trasladado antes do dilúvio, que nem os homens de Deus que estarão vivos quando
Jesus voltar e que serão arrebatados antes da tribulação (I Ts 4.17:
...depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com
eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos
para sempre com o Senhor). O pai de
Enoque, Jerede, foi o segundo homem mais velho registrado na bíblia. Viveu 962
anos.
Com Enoque aprendemos que,
pela fé, é possível andar com Deus mesmo que o mundo inteiro esteja indo
rapidamente para o abismo (Mc 8.38: Porque qualquer que, nesta geração adúltera e pecadora, se
envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do Homem se
envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos). Mesmo que todo mundo fizesse, Enoque não
fazia. Mesmo que todo mundo fosse, Enoque preferia andar com Deus. Mesmo que
ninguém estivesse se importando, Enoque ainda considerava o reino de Deus sua
prioridade.
METUSALÉM
Metusalém dá continuidade à linhagem dos filhos de
Deus - ele convive com Enoque e sabe que, pela fé, é possível viver para agradar a Deus.
Certamente ele transmite esta verdade a seu filho (Lameque) e neto (Noé).
Metusalém é, de alguma maneira, o último elo entre os que viram o paraíso e a
destruição causada pelo dilúvio, já que ele viu a arca ser construída, embora
tenha morrido pouco antes.
Certamente todos os filhos e netos de Metusalém
tiveram oportunidade de ouvir a história do criador e os eventos acontecidos
desde a expulsão do paraíso - mas a maioria preferiu seguir o caminho dos filhos
dos homens, descendentes de Caim, que, em seus dias, viviam despreocupadamente (Lc 17.27
...comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé
entrou na arca, e veio o dilúvio e destruiu a todos) até que não havia mais chance de salvação.
Apesar de todos os anos que Metusalém viveu, quase um milênio, ele não conseguiu superar a barreira
da morte porque esta só pode ser vencida por meio de Jesus Cristo (I Co 15.54:
E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é
mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está
escrita: Tragada foi a morte pela vitória).
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