segunda-feira, 7 de março de 2016

O PERIGO DO MUNDANISMO

Houve um tempo em que a Igreja distinguia com muita clareza, com muita propriedade, o que era “santo” do que era considerado “mundano”. Chamar alguém de mundano, na Igreja, era como aplicar-lhe uma marca com ferro quente na fronte.. Era classifica-lo como o pior tipo de pessoa com quem os crentes poderiam andar.
Havia música mundana... Instrumentos mundanos... Roupa mundana... Ambientes mundanos... Conversas mundanas... Companhias mundanas... Literatura mundana.. Por outro lado, porém, havia música sacra, roupa respeitável, conversa santa, companhias e literaturas edificantes.
Mas logo começaram a surgir vozes que diziam que nada é 100% mundano nem tampouco 100% sagrado. E deu-se início a um processo de mão dupla - de dessacralização de um estilo de vida evangélico e de mundanização da Igreja - porque não houve a evangelização do mundo. Como podemos ver claramente, o mundo continua, cada vez mais, mundano.
Foi como abrir brechas em uma barreira que mantinha de fora os lamaçais do mundanismo... Lembremos do que aconteceu recentemente em Mariana... As barreiras estavam lá, mas não foram fortes o suficientes para deter a lama - e a lama tomou o rio Doce e atingiu o mar... Enlameando tudo por onde passou, sem, entretanto, ficar mais doce...
Com a Igreja não foi diferente. Abriram-se as comportas. O mundo começou a ser visto com novas lentes... Lentes que já não se lembravam que o mundo inteiro jaz no maligno. Mentes que já não se lembravam mais que não devem amar o mundo, nem cobiçar as coisas do mundo, porque amá-las é evidência da ausência do amor do Pai.. Cobiçá-las é mostra que as concupiscência do mundo já tomaram o lugar que deveria ser somente do Senhor - já se deixou de buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça.
Como resultado de tudo isto temos mentes infectadas pelo vírus do mundanismo, mentes que já se conformaram com os padrões do mundo em todas as áreas da vida. Entre a mente de Cristo e a formatação do mundo, preferiram a segunda.
Não devemos nos esquecer que, sim, a Igreja está no mundo, mas ela não é do mundo. O reino de Deus está presente no mundo, mas ele não é deste mundo. Estamos, como peregrinos, de passagem neste mundo, mas não temos morada permanente aqui.
Temos coisas preciosas aqui, como família, amigos, trabalho, mas o nosso tesouro não está guardado aqui.
O mundanismo lhe diz: nada a ver, você pode tudo o que desejar, você é livre. A Palavra de Deus lhe diz que você é servo de Cristo, e sua única vontade é servir à vontade daquele que o arregimentou (II Tm 2.4). Por fim, a orientação da Palavra é: não ameis o mundo, nem as coisas que nele há (I Jo 2.15).

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