quinta-feira, 31 de março de 2016

PARA ONDE OLHAR


DE ONDE ME VIRÁ O SOCORRO?

Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro?

Sl 121.1

Sim, vivemos dias difíceis. Quando olhamos para o planalto é possível sentir um amargo gosto de desesperança. Eu não diria de desapontamento porque, com exceção de quem acreditava em um messias sindicalista [muito embora alguns ainda não tenham acordado do sonho que, para a maioria dos brasileiros, se tornou em um enorme pesadelo vermelho].

De nenhum dos palácios de Brasília vem algum sinal que possa dar alguma esperança aos brasileiros de viverem dias melhores. Como dizia uma música de algumas décadas atrás - no congresso, no senado, sujeira para todo lado. Rotos e esfarrapados se acusam mutuamente, e fica difícil saber quem tem mais razão. Não ouso nem mesmo desacreditar de algum deles - ao menos quando falam mal uns dos outros. Diante de cada nova acusação, diante de cada nova delação minha primeira atitude é aguardar, porque sei que virão novas e escabrosas revelações.

Me pergunto: teremos impeachment? Teremos cassação de mandatos, quem sabe às dezenas? Teremos deposição tripla (ou quádrupla] de presidentes (Dilma, Renan, Cunha e Temer), todos eles eleitos tanto por voto popular ou por voto representativo, no caso da presidência da câmara e do senado?

Creio, espero e confio que a redenção é possível. O salmista que se pergunta: de onde me virá o socorro tem uma resposta para nós. E a resposta não é Temer, ou Serra, ou Aécio, ou Marina - a resposta é: “o meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra” (Sl 121.2). Não há outra possibilidade de redenção, devemos esperar confiantemente no Senhor, e, antes de encerrar, quero lembrar a parábola do espinheiro, contada por Jotão e registrada no livro dos juízes (Jz 9).

Cremos absolutamente na soberania de Deus e no seu governo sobre as nações, mesmo numa nação que não o teme, mas não devemos nos esquecer da responsabilidade que temos em não sermos tolos como as árvores do bosque alegoricamente citadas por Jotão, para denunciar a ímpia escolha de Abimeleque e seus aliados levianos e atrevidos, homens que nada produziam além de conflitos e mortes (Jz 9.4-5). Que o Senhor nos livre de homens como Abimeleque nos governando, e nos dê governantes segundo o seu coração.

Nenhum comentário:

FAÇA DESTE BLOG SUA PÁGINA INICIAL