E SE SEU PASTOR NÃO CONFIA EM VOCÊ?
Jesus - o melhor pastor
Mensagem pregada em Dois Vizinhos, 04 de setembro de 2005.
As pesquisas feitas nos últimos meses têm mostrado que confiança é algo volátil, muito passageiro. Um caso que pode ser apontado é o do Sr. Luis Inácio da Silva, atual presidente da república. Houve época em que chegou a gozar da confiança de quase 60% da população brasileira. Depois, sua aprovação caiu a menos de 35%. Agora, está nas alturas de novo. Até quando? O que ele fez? Até agora, ninguém provou que ele tenha feito algo. Nem que não tenha. Eis o problema. Não se prova para depois julgar – julga-se, depois busca provas. Se aparecerem, ótimo. Se não... bem, cometemos um equívoco e...
Sabiamente legisladores romanos antigos deixaram nas mãos dos acusadores a tarefa de provar suas afirmações. Não cabia ao acusado provar sua inocência – cabia ao acusador provar a culpa do acusado. O princípio era: todos são inocentes até serem provados culpados. Hoje o princípio é: todos são culpados até se provarem inocentes, porque confiar é um verbo que tem sido usado em nossos dias com um prefixo: des. A ordem é des-confiar. Ou, melhor dizendo, é NÃO confiar em nada ou em ninguém – porque ele pode ser culpado de algo. Do presidente da república ao vizinho de carteira na escola, prevalece a mesma atitude: a mais absoluta desconfiança. E na Igreja? Também é assim? Há quem leve ao pé da letra Jr 17.5 – "Maldito o homem que confia no homem" – texto que se refere a confiança salvífica, confiança total a ponto de depositar sua própria vida nas mãos de outrem. Há quem não confie no irmão, na irmã, no esposo ou na esposa, ou mesmo nos pais (e ainda justificam isso biblicamente – Mt 10.36).
Até mesmo o símbolo de confiança, a ovelha, já se tornou totalmente des-confiante de seu pastor. A Escritura usa a figura do pastor justamente porque as ovelhas confiavam em seus pastores – a ponto de nem levantarem os olhos enquanto pastavam, seguindo o pastor apenas pelo som da sua voz. Mas o que você diria (ou faria) se seu pastor, em quem você talvez ainda confie, de repente viesse falar com você e dissesse: "Fulano, em não confio em você"? E seu pastor fosse o próprio Senhor Jesus? Você ficaria indignado com ele? Irritado? Iria procurar outra sinagoga? Outra Igreja? Outra congregação? Ou humildemente entenderia que ele conhece muito bem o seu coração e sabe que, mesmo para você, ele é enganoso e corrupto, aliás, desesperadamente corrupto? João relata um episódio no ministério de Jesus em que ele expressa esta total e completa desconfiança quanto à natureza humana: Jo 2.23-25.
____________ JESUS ESTAVA NA IGREJA [23]
Jerusalém era uma cidade de crentes. Na páscoa vinham pessoas de todos os cantos do mundo. Milhares delas. Vinham obedecer às regras religiosas judaicas. Eles acreditavam neste dever. E o cumpriam. Esta era a Igreja do tempo de Jesus. Não havia outra Igreja – e foi para eles que o Senhor Jesus veio (Jo 1.11). É no meio destes crentes que Jesus realiza vários sinais, expulsa os cambistas do templo (muitos deles ladrões que enganavam os viajantes) e declara que a casa de seu pai é casa de oração para todos os povos, numa proclamação evangélica mundial, não apenas racial. É na Igreja que o Senhor mostra aos povos a sua bondade e a sua graça. É ali que Jesus opera, através de sinais extraordinários ou bênçãos não visíveis aos olhos humanos (a salvação de um pecador é um evento maravilhoso que não pode ser filmado).
__________ ALI HAVIA CRENTES E INCRÉDULOS [22]
Algo que às vezes nos passa despercebido neste texto é que, na Igreja de então, já havia crentes e incrédulos. É pouco provável que na platéia que acompanhava Jesus houvesse alguém que não fosse judeu, que não fosse membro da Igreja – mas havia incrédulos ali. Na sociedade judaica de então havia muitos grupos: fariseus (guardiões da letra da lei, mas de coração duro por não entenderem o espírito da mesma), saduceus (guardiões das tradições, mas que rejeitavam a perfeição bíblica), revoltosos (queriam uma fé ultra-nacionalista e a expulsão dos gentios do território palestino) e muitos outros. Havia prosélitos, gentios convertidos ao judaísmo. Numa comunidade de 300.000 pessoas certamente havia crentes – e incrédulos. Em grupos menores eles também existem (e nem por isso são mais fáceis de serem identificados). Isto é assim porque a incredulidade não é um estado físico (sequer emocional), é interno, espiritual.
____________ MUITOS CRIAM NO QUE VIAM (23)
Esta multidão multi-cultural, étnica e social teve o privilégio de presenciar muitos sinais que Jesus fez. O evangelista afirma que "muitos, vendo os sinais que ele fazia", isto é, observando o modo de agir de Jesus, atentando para sua atividade sempre poderosa no meio daqueles que necessitavam de sua atenção e amor, logo entenderam que aquele era um homem especial (Jo 9.33), aliás, era um homem de Deus. Assim, vendo as maravilhas que eram feitas por intermédio de Jesus creram que ele não era um homem comum. Creram porque viram, como Tomé tempos depois seria repreendido por uma fé que não consegue dar um passo além dos fatos (Jo 20.29).
A definição que a Bíblia oferece de fé é basicamente ir além dos fatos, é crer contra a realidade e obter a bênção tida como impossível [Rm 4.18]. Aquela multidão vira – e não podia não acreditar em seus próprios olhos – o poder de Jesus. Assim, creram. Mas era preciso mais, era e é preciso andar por fé, pela firme confiança baseada no ato de crer, não pela certeza originada do ato de ver.
___________ JESUS NÃO CONFIA NO HOMEM [24]
Jesus, melhor que qualquer outra pessoa, sabia que nenhum homem deve ser tido como o motivo da nossa esperança. Aliás, nem mesmo uma instituição ou uma nação devem ser objeto de esperança [cp. Is 36.6 com 40.17]. Se Jesus confiasse em nós deixaria a nossa salvação nas nossas próprias mãos. Ele simplesmente tornaria a salvação disponível, e cada um que fizesse com ela o que bem entendesse. Quem escolhesse e conseguisse se firmar alcançaria a salvação. Os outros... Mas, exatamente por que nos conhece, Jesus não fez isso. Ele nos escolheu, nos predestinou, nos amou [Rm 8.29-30], nos fez assentar com ele nos lugares celestiais [Ef 2.6], ele fez tudo por nós, evitando que nós caíssemos no pecado de nos gloriar. Se ele, que sabe tudo, não confia em nós, porque nós devemos confiar a nossa salvação a nossas próprias obras, que são más? Corramos, corramos para Jesus – confiemos nele, pois bendito o homem que confia no Senhor [Jr 17.7].
_____________ JESUS CONHECE O CORAÇÃO [25]
Todas as coisas que nós vemos nós esquecemos, interpretamos e até mesmo explicamos. Mas quando fazemos isso nós não precisamos mais crer. Não precisamos mais confiar. Jesus nunca foi enganado pelas pessoas que estavam ao seu redor. Ele sempre soube o que se passava no íntimo das pessoas – amigas ou não. Um exemplo é que Jesus sabia o que até mesmo seus discípulos mais chegados [Pedro, Tiago e João] em determinado momento iriam abandoná-lo [Mc 14.27] e até mesmo negá-lo [Mc 14.72]. Com palavras escolhidas, gestos estudados e de muitas formas os dominadores dos homens têm conseguido enganar a muitos. Hitler, por exemplo, foi um mestre da arte de conduzir os homens – e para onde os conduziu? O Senhor sonda e conhece os corações [Pv 21.2]. Nenhum propósito fica escondido do Senhor. Nada que você pense ou fale está livre da sondagem do Senhor [Sl 139.4].
_____________ CONSIDERAÇÕES FINAIS
Jesus é o nosso mestre e exemplo. Se ele não confiava, também nós não podemos confiar. Ele conhece o nosso coração e sabe que ele nos engana. Não devemos – e não podemos confiar em nós mesmos para a salvação – devemos manter os olhos fitos no autor e consumador da fé, ele próprio, Jesus. Suas obras não te salvam. Sua família não te salva. Seu emprego não te salva. Seu diploma não te salva. Sua honra não te salva. Nada conseguido entre os homens te salva. Estas coisas são boas entre os homens. Servem para alcançar honra e fama. São úteis para ter respeito e admiração. Mas de nada servem quanto à salvação. Para a salvação a única coisa que vai te servir é não confiar em si mesmo e confiar em Jesus – somente em Jesus e em nenhum homem ou mulher mais, porque só há salvação mediante o sangue de Jesus [Tt 3.5], nosso único mediador [At 4.12].
Sabiamente legisladores romanos antigos deixaram nas mãos dos acusadores a tarefa de provar suas afirmações. Não cabia ao acusado provar sua inocência – cabia ao acusador provar a culpa do acusado. O princípio era: todos são inocentes até serem provados culpados. Hoje o princípio é: todos são culpados até se provarem inocentes, porque confiar é um verbo que tem sido usado em nossos dias com um prefixo: des. A ordem é des-confiar. Ou, melhor dizendo, é NÃO confiar em nada ou em ninguém – porque ele pode ser culpado de algo. Do presidente da república ao vizinho de carteira na escola, prevalece a mesma atitude: a mais absoluta desconfiança. E na Igreja? Também é assim? Há quem leve ao pé da letra Jr 17.5 – "Maldito o homem que confia no homem" – texto que se refere a confiança salvífica, confiança total a ponto de depositar sua própria vida nas mãos de outrem. Há quem não confie no irmão, na irmã, no esposo ou na esposa, ou mesmo nos pais (e ainda justificam isso biblicamente – Mt 10.36).
Até mesmo o símbolo de confiança, a ovelha, já se tornou totalmente des-confiante de seu pastor. A Escritura usa a figura do pastor justamente porque as ovelhas confiavam em seus pastores – a ponto de nem levantarem os olhos enquanto pastavam, seguindo o pastor apenas pelo som da sua voz. Mas o que você diria (ou faria) se seu pastor, em quem você talvez ainda confie, de repente viesse falar com você e dissesse: "Fulano, em não confio em você"? E seu pastor fosse o próprio Senhor Jesus? Você ficaria indignado com ele? Irritado? Iria procurar outra sinagoga? Outra Igreja? Outra congregação? Ou humildemente entenderia que ele conhece muito bem o seu coração e sabe que, mesmo para você, ele é enganoso e corrupto, aliás, desesperadamente corrupto? João relata um episódio no ministério de Jesus em que ele expressa esta total e completa desconfiança quanto à natureza humana: Jo 2.23-25.
____________ JESUS ESTAVA NA IGREJA [23]
Jerusalém era uma cidade de crentes. Na páscoa vinham pessoas de todos os cantos do mundo. Milhares delas. Vinham obedecer às regras religiosas judaicas. Eles acreditavam neste dever. E o cumpriam. Esta era a Igreja do tempo de Jesus. Não havia outra Igreja – e foi para eles que o Senhor Jesus veio (Jo 1.11). É no meio destes crentes que Jesus realiza vários sinais, expulsa os cambistas do templo (muitos deles ladrões que enganavam os viajantes) e declara que a casa de seu pai é casa de oração para todos os povos, numa proclamação evangélica mundial, não apenas racial. É na Igreja que o Senhor mostra aos povos a sua bondade e a sua graça. É ali que Jesus opera, através de sinais extraordinários ou bênçãos não visíveis aos olhos humanos (a salvação de um pecador é um evento maravilhoso que não pode ser filmado).
__________ ALI HAVIA CRENTES E INCRÉDULOS [22]
Algo que às vezes nos passa despercebido neste texto é que, na Igreja de então, já havia crentes e incrédulos. É pouco provável que na platéia que acompanhava Jesus houvesse alguém que não fosse judeu, que não fosse membro da Igreja – mas havia incrédulos ali. Na sociedade judaica de então havia muitos grupos: fariseus (guardiões da letra da lei, mas de coração duro por não entenderem o espírito da mesma), saduceus (guardiões das tradições, mas que rejeitavam a perfeição bíblica), revoltosos (queriam uma fé ultra-nacionalista e a expulsão dos gentios do território palestino) e muitos outros. Havia prosélitos, gentios convertidos ao judaísmo. Numa comunidade de 300.000 pessoas certamente havia crentes – e incrédulos. Em grupos menores eles também existem (e nem por isso são mais fáceis de serem identificados). Isto é assim porque a incredulidade não é um estado físico (sequer emocional), é interno, espiritual.
____________ MUITOS CRIAM NO QUE VIAM (23)
Esta multidão multi-cultural, étnica e social teve o privilégio de presenciar muitos sinais que Jesus fez. O evangelista afirma que "muitos, vendo os sinais que ele fazia", isto é, observando o modo de agir de Jesus, atentando para sua atividade sempre poderosa no meio daqueles que necessitavam de sua atenção e amor, logo entenderam que aquele era um homem especial (Jo 9.33), aliás, era um homem de Deus. Assim, vendo as maravilhas que eram feitas por intermédio de Jesus creram que ele não era um homem comum. Creram porque viram, como Tomé tempos depois seria repreendido por uma fé que não consegue dar um passo além dos fatos (Jo 20.29).
A definição que a Bíblia oferece de fé é basicamente ir além dos fatos, é crer contra a realidade e obter a bênção tida como impossível [Rm 4.18]. Aquela multidão vira – e não podia não acreditar em seus próprios olhos – o poder de Jesus. Assim, creram. Mas era preciso mais, era e é preciso andar por fé, pela firme confiança baseada no ato de crer, não pela certeza originada do ato de ver.
___________ JESUS NÃO CONFIA NO HOMEM [24]
Jesus, melhor que qualquer outra pessoa, sabia que nenhum homem deve ser tido como o motivo da nossa esperança. Aliás, nem mesmo uma instituição ou uma nação devem ser objeto de esperança [cp. Is 36.6 com 40.17]. Se Jesus confiasse em nós deixaria a nossa salvação nas nossas próprias mãos. Ele simplesmente tornaria a salvação disponível, e cada um que fizesse com ela o que bem entendesse. Quem escolhesse e conseguisse se firmar alcançaria a salvação. Os outros... Mas, exatamente por que nos conhece, Jesus não fez isso. Ele nos escolheu, nos predestinou, nos amou [Rm 8.29-30], nos fez assentar com ele nos lugares celestiais [Ef 2.6], ele fez tudo por nós, evitando que nós caíssemos no pecado de nos gloriar. Se ele, que sabe tudo, não confia em nós, porque nós devemos confiar a nossa salvação a nossas próprias obras, que são más? Corramos, corramos para Jesus – confiemos nele, pois bendito o homem que confia no Senhor [Jr 17.7].
_____________ JESUS CONHECE O CORAÇÃO [25]
Todas as coisas que nós vemos nós esquecemos, interpretamos e até mesmo explicamos. Mas quando fazemos isso nós não precisamos mais crer. Não precisamos mais confiar. Jesus nunca foi enganado pelas pessoas que estavam ao seu redor. Ele sempre soube o que se passava no íntimo das pessoas – amigas ou não. Um exemplo é que Jesus sabia o que até mesmo seus discípulos mais chegados [Pedro, Tiago e João] em determinado momento iriam abandoná-lo [Mc 14.27] e até mesmo negá-lo [Mc 14.72]. Com palavras escolhidas, gestos estudados e de muitas formas os dominadores dos homens têm conseguido enganar a muitos. Hitler, por exemplo, foi um mestre da arte de conduzir os homens – e para onde os conduziu? O Senhor sonda e conhece os corações [Pv 21.2]. Nenhum propósito fica escondido do Senhor. Nada que você pense ou fale está livre da sondagem do Senhor [Sl 139.4].
_____________ CONSIDERAÇÕES FINAIS
Jesus é o nosso mestre e exemplo. Se ele não confiava, também nós não podemos confiar. Ele conhece o nosso coração e sabe que ele nos engana. Não devemos – e não podemos confiar em nós mesmos para a salvação – devemos manter os olhos fitos no autor e consumador da fé, ele próprio, Jesus. Suas obras não te salvam. Sua família não te salva. Seu emprego não te salva. Seu diploma não te salva. Sua honra não te salva. Nada conseguido entre os homens te salva. Estas coisas são boas entre os homens. Servem para alcançar honra e fama. São úteis para ter respeito e admiração. Mas de nada servem quanto à salvação. Para a salvação a única coisa que vai te servir é não confiar em si mesmo e confiar em Jesus – somente em Jesus e em nenhum homem ou mulher mais, porque só há salvação mediante o sangue de Jesus [Tt 3.5], nosso único mediador [At 4.12].
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