domingo, 31 de agosto de 2008

EU NÃO QUERO SER INDEPENDENTE

INDEPENDÊNCIA? EU NÃO QUERO!
Pode parecer estranho esta frase para você, mas para muitos ela faz todo sentido. Muitos, como a maioria dos jovens, já quiseram ser independentes. Já desejaram ardentemente poder ir aos locais que quisessem, fazerem as coisas que quisessem e com quem quisessem. Não queriam ninguém dizendo-lhes o que fazer ou o que não fazer. Perseguiram este objetivo durante alguns anos, tempo suficiente para aprenderem que jamais seriam completamente independentes, e, mais ainda, quanto mais independente fossem, mais solitários seriam.
O desejo de independência é muito comum: é comum nos adolescentes que querem tomar as suas próprias decisões, ir aos locais que quisessem, fazerem as coisas que quisessem e com quem quisessem. Não queriam ninguém dizendo-lhes o que fazer ou o que não fazer. (ainda que as conseqüências precisem ser divididas com os responsáveis); é comum nos jovens, que já estão mais aptos a arcar com os resultados do que vierem a fazer; é comum nas mulheres que querem ser independentes de seus esposos (feminismo); é comum nos empregados que desejam ter seu próprio meio de vida tornando-se independentes de seus patrões. O problema é que muitos perseguem este objetivo durante alguns anos, tempo suficiente para aprenderem que jamais seriam completamente independentes, e, mais ainda, quanto mais independente fossem, mais solitários seriam.
Este desejo também estava presente num momento crucial da história humana: quando Adão, simbolicamente, deu um brado de independência. Diferente do brado de Pedro de Órleans e Bragança (que, na verdade, nunca gritou “Independência ou Morte” como mostrado nos quadros de Pedro Américo), nosso pai comum, Adão, ficou muito mais para “Independência e morte”, pois foi isto o que conquistou com sua atitude: a morte para si e para seus semelhantes (Rm 5.12).
Muitos cristãos (ao menos nominalmente) querem ser independentes de Deus, mas é preciso deixar claro que dependemos de Deus para tudo, pois sem ele nada podemos fazer (Jo 15.5) e é nele que nos movemos e existimos (At 7.28). Se Deus nos desse a tão sonhada independência morreríamos todos imediatamente (Jo 34.14-15).
Para muitos Deus concedeu a bênção de perceberem que o que estavam perseguindo era a mesma quimera que fora oferecida a Adão e Eva, e que levou à sua expulsão do paraíso. O que Deus mostrou é que quanto mais dependentes dele formos, maiores bênçãos receberemos, porque é de suas bondosas mãos que vêm todas as bênçãos (espirituais ou materiais), como lembra com bastante propriedade o apóstolo Tiago [Tg 1.17]. Um cristão maduro percebe que, se tudo de bom que possam vir a receber vem de suas mãos, nada melhor que fazer o que Jesus manda: pedir, pedir e pedir [Lc 11.9], porque ele, que não negou nem mesmo seu filho, quanto mais as coisas de menor valor [Rm 8.32].
Não estou defendendo um evangelho utilitarista, do tipo: vá à Igreja e você vai receber tudo o que quiser. Pelo contrário, quem me conhece sabe o quando detesto tal tipo de falsidade. O que estou dizendo vá a Cristo e terás suas necessidades satisfeitas [Sl 23.1], porque ele já sabe antes mesmo que você peça [Mt 6.8].
O engodo no qual Adão e Eva caíram – e muitos estão caindo hoje é: rejeite a orientação de Deus e conquiste o que você quiser. Você é forte, é poderoso, pode exigir e determinar. Forte? Sem Jesus? Mentira satânica [Jo 15.5]. Poderoso? Bobagem demoníaca [Ap 3.174]. Exigir? De quem? Determinar? Ordenar? A quem? Não a Deus, pois ele é o Senhor e não servo [Ex 6.7]. Na verdade, o caminho que o homem pode andar é o da obediência, submissão e dependência de Deus, ou o da rebeldia, da cegueira e da morte. Talvez você vá continuar querendo independência: de seus pais, patrões, familiares, da Igreja, ou até mesmo de Deus. Mas eu tenho que te dizer que isto é uma grande tolice. Eu prefiro depender de Deus para tudo, porque ele é capaz de suprir cada uma das minhas necessidades, até as que desconheço, a depender de mim mesmo, reconhecidamente incapaz. E você, o que quer? Independência e morte?

Nenhum comentário:

FAÇA DESTE BLOG SUA PÁGINA INICIAL