terça-feira, 11 de novembro de 2008

JÁ É NATAL! JÁ!!!!

JÁ É NATAL! JÁ!!!!
Uma conhecida música repete o refrão "...e já é natal". Estamos chegando ao final do ano, parece que as festividades natalinas do ano passado (e todo ano será assim) foram realizadas há poucos dias, mas... já é natal. As lojas começam a se enfeitar, as casas começam a se preparar para os festejos, os supermercados, Ah! Estes já estão se preparando para este natal desde o natal passado (e todo ano será assim). Refrigerantes, chocolates, cervejas, frangos, perus, panetones, frutas cristalizadas, etc. Será uma grande festa – e, tem até marxista que governa o país preocupado com o natal. Isto é impressionante porque, ou são ateus, ou possuem um deus particular, esquecido, impotente ou desprezado. Os que não são ateus são agnósticos, na prática. É bom que fique claro que por marxista não me refiro ao presidente, ele não é coisa nenhuma, é semelhante aos gnósticos do séc. i – amorfos, altamente adaptativos, como gelatina, sobreviventes ideológicos sem ideologia, ou com uma única ideologia: sobreviverem.
Mas, para ser mais direto, não creio que o governo esteja preocupado com a comemoração do nascimento do Senhor Jesus Cristo. Para eles este não tem nenhum valor ou importância, a não ser como motivação para o consumo. Este sim é o deus deles. Querem que o povo consuma, que a economia não pare, que continuemos gerando empregos e, principalmente, impostos. E é assim porque o governo cobra imposto na produção, na comercialização, mas não no pagamento das contas. Contas não recebidas (no caso dos comerciantes) não gera restituição de impostos (porque e como, afinal, o governo já gatou – leia-se gatunou, mas a verdade é que a palavra que pretendia escrever era gastou, todavia um pequeno erro de digitação ajuda a entender melhor o sentido da ação governamental).
O aniversariante (cuja data real de nascimento é desconhecida, é bom lembrar) é oportunamente esquecido, e em seu lugar é colocado uma figura bonachona e semi-mitológica, chamada pelos anglos e saxões de Santa Claus e pelos latinos de Papai Noel e seu trenó puxado por renas – a quem o pensamento politicamente correto deu uma esposa, Mamãe Noel, mas não deu filhos. Como pode alguém ser papai sem ter filhos? Isto é ainda mais estranho porque o personagem teria sido um pároco, um bispo (solteiro, portanto, segundo as leis do romanismo que proibiam aos seus sacerdotes o casamento e os filhos para não gerarem disputas por herança (ou consumirem os bens da Igreja em vida).
Bom, já é natal. O que fazem os cristãos? Compram presentes, guirlandas, luzes, bebidas e comidas. Um ano inteiro passou e quantas vezes lembraram do nascimento de Jesus? Quantas vezes proclamaram este evento que pode ser considerado um dos maiores eventos cósmicos já havidos, quando o próprio ser divino vem habitar como homem em meio a homens, assumindo suas limitações, exceto as causadas pelo pecado? As igrejas farão festas – grandes comemorações, se iluminarão, algumas até colocarão árvores em seus salões (pinheiros, não sei porque, afinal, são árvores européias, no Pará deveriam ser castanheiras ou, por ser Brasil, porque não o pau-brasil?). Presentes serão trocados, talvez alguns fiquem frustrados por não receberem seus presentes tão esperados. E Jesus, talvez já no almoço do dia 25, será mais uma vez esquecido (isto quando for lembrado). E todo ano será assim?

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