Perfeitamente consciente de que o passado já não é, de que o presente é efêmero e deve ser aproveitado para a busca constante e confiante de Deus [Is 55.6 - Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto]. Eu creio que nenhum verso da palavra de Deus demonstra com maior eficiência a necessidade da procurar estar na presença de Deus com urgência. A palavra enquanto expressa a oportunidade oferecida por Deus ao pecador para busca-lo, pois ela logo passará, e toda busca se tornará inútil [Pv 1.28 - Então, me invocarão, mas eu não responderei; procurar-me-ão, porém não me hão de achar].
Paulo nos ensina que o presente só é realmente útil se for empregado numa tarefa: prosseguir para o alvo proposto [Hb 12.2 - ...olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus] para o premio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus, a vida eterna.
O presente não é a meta do cristão – e nem pode ser, porque ele vai passar. O atual estado de coisas não é o nosso alvo. Não deve o cristão sentir-se confortável nesta era, pelo contrário, deve rejeitar amoldar-se ao mundo [Rm 12:2 - E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus]. Só pode ter exta experiência quem rejeita o presente e olha para o futuro glorioso, quem espera o retorno do Senhor Jesus como o momento da consumação da historia do mundo e da sua própria historia.
A bíblia fala, de diversas maneiras, sobre a necessidade do cristão não viver preso ao presente. Paulo afirma que a casa que aqui temos, isto é, nosso corpo, nossa vida, nossos bens e conquistas podem ser desfeitas [ele usa a palavra tabernáculo, isto é, tenda, habitação passageira], mas há uma morada que não pode ser desfeita e deve ser o nosso alvo, ao qual chama de edifício, algo edificado, permanente, eterno, celeste [II Co 5.1 - Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus].
A certeza que a bíblia nos oferece é a mesma que Paulo tinha, de que, independente do presente, independente das circunstâncias, se confiarmos nossa vida ao Senhor agora, no dia que se chama hoje, ele nos guardará até o dia de Sua manifestação gloriosa [II Tm 1.12 - ...e, por isso, estou sofrendo estas coisas; todavia, não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia]. Paulo não duvidava do poder de Deus, pois ele sabia que Deus jamais deixa uma obra inacabada [Fp 1.6 – Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus].
A conclusão de Paulo a respeito do presente é baseada em uma verdade contestada em seu tempo e, também, hoje: a ressurreição de Jesus. Se a encarnação é a entrada do eterno no tempo, a ressurreição pode ser entendida como a abertura da eternidade para nós, limitados ao tempo. Paulo afirma que quem vive esperando apenas conquistas temporais pode ser considerado o mais infeliz de todos os homens [I Co 15.19 - Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens].
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