domingo, 2 de setembro de 2012

ONDE OS JUSTOS ENCONTRAM A VERDADEIRA JUSTIÇA [I Co 6.1-7] – UMA PALAVRA PARA HOJE

11É fato conhecido que dificilmente encontraremos um grupo de pessoas, seja qual for o motivo que os reúne, em que não haja diferenças. É assim nos clubes, nos partidos políticos, nas famílias e, até, nas Igrejas. Diferenças de opinião eram comuns, como entre Paulo e Barnabé a respeito de João Marcos na segunda viagem missionária [At 15.39: Houve entre eles tal desavença, que vieram a separar-se. Então, Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre]; ou ainda Paulo e Pedro quando este agiu de maneira discriminatória para com os cristãos gentios face a visita de cristãos judeus [Gl 2.11: Quando, porém, Cefas veio a Antioquia, resisti -lhe face a face, porque se tornara repreensível], ou entre Evódia e Síntique, irmãs valiosas da Igreja de Filipos mas que estavam tendo dificuldades de relacionamento [Fp 4.2: Rogo a Evódia e rogo a Síntique pensem concordemente, no Senhor]. A solução sempre foi dar ouvidos à palavra do Senhor. Paulo mais tarde deseja a companhia de João Marcos, chamando de cooperador [Fm 1.24: Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus cooperadores] e de "útil" [II Tm 4.11: Somente Lucas está comigo. Toma contigo Marcos e traze-o, pois me é útil para o ministério]. Paulo foi a Pedro e evidenciou o problema, e, mais tarde, Pedro reconhece a autoridade apostólica paulina inclusive na escrita da Palavra de Deus [II Pe 3.16: ...ao falar acerca destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas epístolas, nas quais há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles].

Concluindo, quero lembrar uma conversa em um aconselhamento feito há algum tempo. Uma jovem perguntou-me porque era tão difícil perdoar. Antes de respondi, perguntei-lhe se ela gostava muito de quem a havia ferido, ao que respondeu positivamente, pois era seu pai. Disse-lhe que havia dois motivos: o primeiro era porque a dor da ferida é proporcional ao quanto amamos alguém. Quanto mais gostamos, mais dor sentimos. Mas este ainda não é o maior problema. O problema maior é que temos tanto maior dificuldade de perdoar quanto nos amamos. Sempre amamos a nós mesmos mais do que amamos àqueles que nos ofendem, por mais queridos que sejam. Não resta dúvida que você já foi ferido alguma vez, por alguém – não importa o quanto ame ou não esta pessoa, o que importa é quanto é importante para você aquele que te amou, e amou até o fim, dando a vida em seu lugar na cruz do calvário. Você já o ofendeu mais de uma vez. Certamente mais de sete. Com certeza mais de 70x7. E ele continua te amando, porque te ama até o fim. E você, o ama? Os coríntios diziam amar a Jesus mas não estavam prontos a tornar publica este amor [Rm 12.10: Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros]. Entretanto, este amor não pode ser de palavra apenas porque o Senhor conhece os corações [I Jo 3.18: Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade] como prova de uma alma purificada pela obediência à palavra da verdade, a palavra que vem dos lábios do Senhor e quebranta corações [I Pe 1.22: Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente].

Você entrou aqui ferido? Deixe o Senhor curar você. Entrou aqui precisando de perdão? Olhe para Jesus e confesse que é pecador e que necessita dele como seu Senhor e salvador? Entrou aqui magoado por alguém, até por um irmão? O que lhe parece mais difícil na verdade é mais fácil, é seu irmão, parte do mesmo corpo de Cristo. O que vos une é maior do que o que, porventura, esteja vos separando.

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