Um segundo casal da bíblia em cuja vida buscaremos exemplos que podem ser uma grande bênção
para as famílias contemporâneas é Isaque e Rebeca, uma história que mostra a
ação de Deus ao estabelecer seu propósito na vida daqueles que buscaram nele a
direção para a vida. Isaque é o recebedor e continuador da família da aliança,
é o herdeiro da promessa (Gl 4:28).
Deus abençoa os filhos dos que o temem dando a Isaque uma esposa que o amou e
evitou que ele cometesse um erro, embora, para isso, tivesse que macular a sua
própria imagem com um engodo (Pv 19:14).
Talvez
você já tenha ouvido a frase “quem casa, não pensa, quem pensa, não casa”. Isso
reflete o espírito do nosso tempo, hedonista e descompromissado. Também já ouvi
casais pensando em casar que dizem estarem prontos para se separarem em caso de
eventuais dificuldades. E já vi casais que falam em separação (e se separam)
quando as dificuldades se avolumam. Isaque e Rebeca não tiveram tempo para
namoro e noivado, como conhecemos atualmente. Sua cultura era outra – mas sua
vida nos leva a refletir sobre a perenidade e a força do amor em um casamento.
Não se começa uma viagem pensando em não terminá-la – mas se planeja para
evitar problemas, e, caso eles surjam, busca-se meios para resolvê-los.
Casamento é como saltar de paraquedas: não há como voltar ao avião.
Isaque
era o filho da promessa feita por Deus a Abraão e Sara. Era o filho aguardado
por décadas após Deus ter-lhes prometido que de Abraão faria uma grande nação,
promessa que Sara julgou demorar demais (10 anos) e achou que não estivesse incluída
diretamente, oferecendo uma serva, para ser a mãe do filho de Abraão (Gn 16:3) embora legal e culturalmente o
filho fosse tido como seu. Somente uma década depois Isaque nasceria – Abraão
sabia que ele era o escolhido de Deus para ser o cumprimento da promessa: ser
pai de uma multidão e por isso providenciou um casamento que não misturasse o
sangue da aliança com os demais povos da terra, por isso manda buscar uma
esposa para ele dentro de sua parentela em Harã, encontrando Rebeca, neta do
irmão de Abraão, Naor e filha de Betuel (Gn
24:15). Supõe-se que Rebeca era bonita [o que não é possível provar pelo conteúdo do texto], mas com certeza era bem educada,
disposta, trabalhadora e dedicada.
O
casamento de Isaque e Rebeca é um exemplo para quem quer que seu casamento
tenha como fundamento principal a vontade e a escolha soberana de Deus sobre
suas vidas. Percebe-se nesta história a direção de Deus ao colocar no coração
de Abraão o propósito de enviar seu servo em busca de uma mulher para seu filho
com instruções precisas e confiança na direção do Senhor (Gn 24:7). Certamente enquanto o servo orava pedindo a Deus que lhe
enviasse a jovem certa (Gn 24:12)
Abraão continuava em oração lá nos carvalhais de Manre.
A
forma como a esposa de Isaque foi escolhida mostra que nada é mais desejável do
que ter Deus dirigindo nossos passos. Quando Abraão e Sara tentaram resolver
suas vidas de outra maneira, por três vezes tiveram problemas. Não podemos nos
esquecer que tudo o que provem de Deus é bom, é perfeito e é agradável para
seus filhos (Rm 12:2) mesmo que não
entendamos à princípio e às vezes provoque um pouco de tristeza (Hb 12:11).
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