quarta-feira, 25 de maio de 2016

MAS O QUE HÁ DE ERRADO COM A IGREJA MESMO?


A minha primeira menção ao que há de errado com a Igreja é o fato de que, inadvertida ou pecaminosamente, pode haver crentes se deliciando em criticar os pecados e falhas dos outros (I Co 10.12) e se tornaram cegos e insensíveis às suas próprias falhas e pecados (Lc 6.42). Mas há algo mais que isso? Há mais alguma coisa errada com a Igreja? O que mais há de errado com a Igreja?

Algo está errado com a Igreja quando ela começa a olhar com simpatia e complacência para com o mundo e aguça seu espírito crítico desprovido de amor e misericórdia contra a própria Igreja.

Tem quem defenda práticas mundanas como normais, naturais e simplesmente contemporâneas ou culturais. Ora, se tidas como normais e naturais não deixam de ser pecaminosas. Se são práticas contemporâneas não deixam de ser práticas pecaminosas contemporâneas. Se são ações culturais não deixam de ser pecados que se interiorizaram na cultura e são expressões do pecado do homem que produz esta cultura. Em nome do direito individual de escolha (Eva e seu esposo Adão fizeram isso e o resultado todos experimentamos - Rm 5.12) muitos cristãos se propõem a respeitar a liberdade do outro, e acabam não se opondo à idolatria, feitiçaria, licenciosidade, rebeldia, ao assassínio chamado aborto e outras práticas pecaminosas (Rm 1.32) deixando de advertir os pecadores em seu caminho de morte (cp. Gl 5.20-21 com Ez 3.18).

Há algo de muito errado com a igreja quando ela olha com simpatia e até condescendência para o mundo e suas práticas pecaminosas e se torna extremamente crítica e acusadora contra a própria Igreja, sem misericórdia e sem amor. Já houve quem deixasse a Igreja dizendo que descobriu nelas práticas pecaminosas. Se foi assim, talvez nunca tenha entrado na Igreja pelo motivo correto e, muito menos, na Igreja correta, porque a Igreja é composta de pecadores que lutam por se desembaraçar do peso do pecado (Hb 12.1) e deixar para trás as coisas vergonhosas (II Co 4.2), mas é uma luta constante e que só termina na morte ou no retorno do Senhor Jesus. Curiosamente estes que abandonam a Igreja por descobrir o óbvio - que na Igreja há pecadores ainda em processo de santificação, uns mais, outros menos, e, ainda, que na Igreja há joio no meio do trigo (Mt 13.25) vão rapidamente para o mundo, para a prática de pecados maiores do que os que permanecem na Igreja praticam (Hb 10.29).

Evidente que não há desculpas nem para um nem para outro - mas sabemos que onde abundou o pecado superabundou a graça (Rm 5.20), mas a graça só pode ser encontrada em Cristo, a libertação do pecado só pode ser alcançada em Cristo (Cl 1.13) e ninguém, especialmente a Igreja, deve confundir isso com libertinagem (Jd 1.3). Há algo de muito errado com a Igreja quando ela se simpatiza com o mundo e condena a si própria intolerantemente.

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