sexta-feira, 13 de maio de 2016

OS ASSASSINOS DO CULTO E AS MOTIVAÇÕES DO CORAÇÃO


Em nosso boletim anterior tratamos de atitudes que com toda a certeza atrapalham o culto - às vezes o culto dos outros adoradores, mas, invariavelmente, de si mesmo.

Provavelmente quase ninguém dirige-se para o local onde a congregação se reunirá com a expressa motivação de não cultuar, de criticar, de julgar o culto como se alguma coisa ali estivesse sendo oferecida para si - e não é, o culto é exclusivamente para Deus. Se o alvo é ser agradado, então há lugares onde isso pode ser obtido mais facilmente. Por exemplo, se alguém quer satisfazer o paladar então é melhor uma pizza, ou um sanduíche com suco do que a santa ceia. Se o alvo é agradar aos ouvidos, então, há muitos clipes musicais para se assistir de qualidade técnica, quase sempre, superior ao que os músicos da igreja conseguem alcançar. E ainda temos a qualidade dos assentos das Igrejas, geralmente menos confortáveis que nossas cadeiras e sofás - ou as poltronas dos cinemas. Não faz sentido algum levantar cedo no domingo para ir sentar-se durante mais de uma hora em bancos de madeira feitos para ninguém ficar confortável demais somente para observar o que não está sendo feito dentro do nosso padrão e criticar acidamente algo que, reitero, não é feito para gradar homem algum.

O principal resultado disto é que o frequentador da Igreja jamais será um adorador. Sua consciência jamais será atingida pelos avisos urgentes do evangelho para se arrependerem de seus pecados, se converterem a Deus e viverem em novidade de vida. O culto passa a ser apenas um dever de frequência semanal onde acontece de tudo, menos um encontro pessoal com o Deus vivo. O que deveria ser uma oportunidade para ouvir a voz de Deus torna-se, quando muito, ouvir a voz do pregador que pode ser-lhe agradável ou acabar sendo coberto de críticas (não faz diferença, pois o que acontece é um julgamento pessoal da prédica sem ouvir a mensagem da verdade salvadora centrada em Cristo).

Ninguém está condenado a ser assim. Esta é uma escolha, consciente ou não. Mas, por outro lado, é impossível agir da maneira correta sem uma correta motivação do coração. Caim e Abel foram oferecer sacrifícios ao Senhor - e o Senhor aceitou a oferta de Abel porque agradou-se de Abel. Mas a oferta de Caim foi rejeitada - por que Deus não se agradou dele, com os resultados mais que conhecidos por todos nós. Não é isso o que o Senhor deseja. O Senhor não deseja uma Igreja cheia de admiradores do louvor, ou da pregação. O culto não é, nunca foi nem nunca será um show (imagina então o que são os shows gospel, que nem culto pretendem ser). O culto é uma dedicação de coração ao Senhor - com um desejo sincero de que o Senhor fale aos seus servos que estão ávidos por escutar sua voz. O Senhor procura adoradores - lembre-se disso - e não admiradores. Ele deu Jesus para constituir um povo, uma Igreja, e não uma plateia.

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