domingo, 15 de maio de 2016

MINISTROS SOB INVESTIGAÇÃO - É MESMO NECESSÁRIO DISCUTIR ISSO?

Tenho visto nas redes sociais a discussão sobre o número de investigados no governo Dilma – ela própria e 19 investigados no primeiro escalão e no governo Temer – também ele investigado e 7 ministros acompanhando-o. Mas gostaria de contribuir com este debate.
Sim, a presidente afastada estava errada ao cercar-se de tantos investigados – e o seu problema é que todos aqueles em quem ela confiava (ou não, se levarmos em conta o poder de escolha política que seu antecessor ainda tinha sobre o governo) tinham grande envolvimento nos mais diversos escândalos da história recente de nosso país. Parecia que um dos requisitos para se fazer parte do governo era ter folha corrida e não curriculum.
Afastada a presidente, o vice que se torna presidente interino também é investigado e acusado de estar envolvido nos mesmos escândalos. Ao nomear o ministério escolheu 7 investigados. Parece ser uma melhora ter cerca de apenas 35% de investigados no ministério? Não pra mim. Temer está tão errado quanto Dilma – não deveria haver nenhum. E ele? Ainda estamos no campo do direito – Dilma governava segundo a lei, foi afastada segundo a lei e substituída pelo vice segundo a lei. Se ele continuará lá também é uma questão legal, mas o ponto é: não devia haver nenhum investigado dentre os que podem ser escolhidos (não é o caso de Temer, ele foi eleito junto com a presidente).
Temer me decepcionou? Nem um pouco. Assim como Dilma nunca me decepcionou. Só nos decepcionamos quando esperamos algo de bom e nada de bom vem. Não me confundam com um defensor do Temer – ele está errado, começou errado e merece as críticas que está recebendo. Isto também não me leva a dar um atestado de idoneidade a Dilma. Ambos estão errados e merecem serem criticados por suas escolhas.

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