Tenho
visto nas redes sociais a discussão sobre o número de investigados no governo
Dilma – ela própria e 19 investigados no primeiro escalão e no governo Temer – também
ele investigado e 7 ministros acompanhando-o. Mas gostaria de contribuir com este
debate.
Sim,
a presidente afastada estava errada ao cercar-se de tantos investigados – e o
seu problema é que todos aqueles em quem ela confiava (ou não, se levarmos em
conta o poder de escolha política que seu antecessor ainda tinha sobre o
governo) tinham grande envolvimento nos mais diversos escândalos da história recente
de nosso país. Parecia que um dos requisitos para se fazer parte do governo era
ter folha corrida e não curriculum.
Afastada
a presidente, o vice que se torna presidente interino também é investigado e
acusado de estar envolvido nos mesmos escândalos. Ao nomear o ministério escolheu
7 investigados. Parece ser uma melhora ter cerca de apenas 35% de investigados
no ministério? Não pra mim. Temer está tão errado quanto Dilma – não deveria
haver nenhum. E ele? Ainda estamos no campo do direito – Dilma governava
segundo a lei, foi afastada segundo a lei e substituída pelo vice segundo a
lei. Se ele continuará lá também é uma questão legal, mas o ponto é: não devia haver nenhum investigado
dentre os que podem ser escolhidos (não é o caso de Temer, ele foi eleito junto
com a presidente).
Temer
me decepcionou? Nem um pouco. Assim como Dilma nunca me decepcionou. Só nos
decepcionamos quando esperamos algo de bom e nada de bom vem. Não me confundam
com um defensor do Temer – ele está errado, começou errado e merece as críticas
que está recebendo. Isto também não me leva a dar um atestado de idoneidade a
Dilma. Ambos estão errados e merecem serem criticados por suas escolhas.
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