A
bíblia faz numerosas menções da dedicação de Abraão a Deus, e uma destas
menções está na história do livramento de seu sobrinho Ló das mãos de
Quedarlaomer. Abraão e seus 318 servos libertam Ló e na sequência ele entrega o
dízimo da parte que lhe cabe dos despojos de guerra (Gn 14.18-20
–Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; era sacerdote do Deus
Altíssimo; 19 abençoou ele a Abrão e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus
Altíssimo, que possui os céus e a terra; 20 e bendito seja o Deus Altíssimo,
que entregou os teus adversários nas tuas mãos. E de tudo lhe deu Abrão o
dízimo)
às mãos de Melquisedeque, um obscuro sacerdote do Senhor (El Elyon, o Deus
altíssimo). Podemos ver claramente o compromisso de Abraão com Deus em de
tudo entregar o dízimo antes da exigência da lei,
invalidando os questionamentos antigos e atuais se o cristão deve ou não dar o
dízimo. O dízimo não é uma questão legal, é uma questão de amor e fidelidade.
Quem precisa da lei para dizimar o faz por causa de uma exigência e não pela
motivação correta nem com alegria e gratidão (II Co 9:7 - Cada um contribua segundo
tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama
a quem dá com alegria).
AMOR SE EXPRESSA
EM OBEDIÊNCIA
O
descendente por excelência de Abraão, aquele em quem são benditas as famílias
da terra afirmou que “quem ama, obedece” (Jo 14:15 - Se me amais, guardareis os meus
mandamentos)
porque a obediência resulta em bênçãos (Pv 7:2 - Guarda os meus mandamentos e vive; e a
minha lei, como a menina dos teus olhos). O dízimo que vemos Abraão entregar é só um aspecto da fidelidade do cristão,
porque, muito mais importante, na verdade fundamental, essencial, é o
compromisso de amor a Deus que cada um deve expressar obedecendo-o em tudo. É
inadmissível alguém desejar a bênção de Deus vivendo em total descompromisso
com o Senhor.
SEM COMPROMISSO
PARA ABENÇOAR
Quando
Deus chamou Abraão ele lhe deu uma ordem – à qual Abraão prontamente obedeceu.
Deus também fez uma promessa – que evidentemente cumpriu. Deus disse que o
abençoaria, e que abençoaria os que o abençoassem, mas que, também, amaldiçoaria
os que o amaldiçoassem. Há uma evidente correlação na atitude de Deus em
abençoar os obedientes e amaldiçoar aqueles que se colocassem contra Deus,
amaldiçoando o que Deus abençoava (Nm 23:8 - Como posso amaldiçoar a quem Deus não
amaldiçoou? Como posso denunciar a quem o SENHOR não denunciou?). É inadmissível esperar
que Deus tenha o compromisso de abençoar alguém que não tem nenhum compromisso
com ele, e por isso somos incentivados pelo Senhor a amá-lo e a expressarmos
nosso amor através de uma comprometida obediência.
COMPROMISSO PARA
OBEDECER
Séculos
depois um dos descendentes de Abraão chamaria seus irmãos e lhes faria um
desafio: obedecer ou não a Deus (Js 24:15 - Porém, se vos parece mal servir ao SENHOR,
escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que
estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu
e a minha casa serviremos ao SENHOR). Josué lembraria ao povo que esta não seria uma
tarefa fácil, na verdade, seria a coisa mais difícil que poderiam tentar fazer
(Js 24.19-20 - Então, Josué disse ao povo: Não
podereis servir ao SENHOR, porquanto é Deus santo, Deus zeloso, que não
perdoará a vossa transgressão nem os vossos pecados. 20 Se deixardes o SENHOR e
servirdes a deuses estranhos, então, se voltará, e vos fará mal, e vos consumirá,
depois de vos ter feito bem).
COMPROMISSO PARA
ABENÇOAR
Abraão
e Sara foram bênçãos para muitas famílias – e nossas famílias, bem como a
família da fé, também devem ter este firme compromisso de ser uma bênção para
todos. Este objetivo não será alcançado por ansiedade particular, mas por
dependência, confiança e descanso no Senhor (veja Mt 6.25-34).
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