domingo, 31 de agosto de 2008

EU NÃO QUERO SER INDEPENDENTE

INDEPENDÊNCIA? EU NÃO QUERO!
Pode parecer estranho esta frase para você, mas para muitos ela faz todo sentido. Muitos, como a maioria dos jovens, já quiseram ser independentes. Já desejaram ardentemente poder ir aos locais que quisessem, fazerem as coisas que quisessem e com quem quisessem. Não queriam ninguém dizendo-lhes o que fazer ou o que não fazer. Perseguiram este objetivo durante alguns anos, tempo suficiente para aprenderem que jamais seriam completamente independentes, e, mais ainda, quanto mais independente fossem, mais solitários seriam.
O desejo de independência é muito comum: é comum nos adolescentes que querem tomar as suas próprias decisões, ir aos locais que quisessem, fazerem as coisas que quisessem e com quem quisessem. Não queriam ninguém dizendo-lhes o que fazer ou o que não fazer. (ainda que as conseqüências precisem ser divididas com os responsáveis); é comum nos jovens, que já estão mais aptos a arcar com os resultados do que vierem a fazer; é comum nas mulheres que querem ser independentes de seus esposos (feminismo); é comum nos empregados que desejam ter seu próprio meio de vida tornando-se independentes de seus patrões. O problema é que muitos perseguem este objetivo durante alguns anos, tempo suficiente para aprenderem que jamais seriam completamente independentes, e, mais ainda, quanto mais independente fossem, mais solitários seriam.
Este desejo também estava presente num momento crucial da história humana: quando Adão, simbolicamente, deu um brado de independência. Diferente do brado de Pedro de Órleans e Bragança (que, na verdade, nunca gritou “Independência ou Morte” como mostrado nos quadros de Pedro Américo), nosso pai comum, Adão, ficou muito mais para “Independência e morte”, pois foi isto o que conquistou com sua atitude: a morte para si e para seus semelhantes (Rm 5.12).
Muitos cristãos (ao menos nominalmente) querem ser independentes de Deus, mas é preciso deixar claro que dependemos de Deus para tudo, pois sem ele nada podemos fazer (Jo 15.5) e é nele que nos movemos e existimos (At 7.28). Se Deus nos desse a tão sonhada independência morreríamos todos imediatamente (Jo 34.14-15).
Para muitos Deus concedeu a bênção de perceberem que o que estavam perseguindo era a mesma quimera que fora oferecida a Adão e Eva, e que levou à sua expulsão do paraíso. O que Deus mostrou é que quanto mais dependentes dele formos, maiores bênçãos receberemos, porque é de suas bondosas mãos que vêm todas as bênçãos (espirituais ou materiais), como lembra com bastante propriedade o apóstolo Tiago [Tg 1.17]. Um cristão maduro percebe que, se tudo de bom que possam vir a receber vem de suas mãos, nada melhor que fazer o que Jesus manda: pedir, pedir e pedir [Lc 11.9], porque ele, que não negou nem mesmo seu filho, quanto mais as coisas de menor valor [Rm 8.32].
Não estou defendendo um evangelho utilitarista, do tipo: vá à Igreja e você vai receber tudo o que quiser. Pelo contrário, quem me conhece sabe o quando detesto tal tipo de falsidade. O que estou dizendo vá a Cristo e terás suas necessidades satisfeitas [Sl 23.1], porque ele já sabe antes mesmo que você peça [Mt 6.8].
O engodo no qual Adão e Eva caíram – e muitos estão caindo hoje é: rejeite a orientação de Deus e conquiste o que você quiser. Você é forte, é poderoso, pode exigir e determinar. Forte? Sem Jesus? Mentira satânica [Jo 15.5]. Poderoso? Bobagem demoníaca [Ap 3.174]. Exigir? De quem? Determinar? Ordenar? A quem? Não a Deus, pois ele é o Senhor e não servo [Ex 6.7]. Na verdade, o caminho que o homem pode andar é o da obediência, submissão e dependência de Deus, ou o da rebeldia, da cegueira e da morte. Talvez você vá continuar querendo independência: de seus pais, patrões, familiares, da Igreja, ou até mesmo de Deus. Mas eu tenho que te dizer que isto é uma grande tolice. Eu prefiro depender de Deus para tudo, porque ele é capaz de suprir cada uma das minhas necessidades, até as que desconheço, a depender de mim mesmo, reconhecidamente incapaz. E você, o que quer? Independência e morte?

E SE SEU PASTOR NÃO CONFIA EM VOCÊ

E SE SEU PASTOR NÃO CONFIA EM VOCÊ?
Jesus - o melhor pastor
Mensagem pregada em Dois Vizinhos, 04 de setembro de 2005.
As pesquisas feitas nos últimos meses têm mostrado que confiança é algo volátil, muito passageiro. Um caso que pode ser apontado é o do Sr. Luis Inácio da Silva, atual presidente da república. Houve época em que chegou a gozar da confiança de quase 60% da população brasileira. Depois, sua aprovação caiu a menos de 35%. Agora, está nas alturas de novo. Até quando? O que ele fez? Até agora, ninguém provou que ele tenha feito algo. Nem que não tenha. Eis o problema. Não se prova para depois julgar – julga-se, depois busca provas. Se aparecerem, ótimo. Se não... bem, cometemos um equívoco e...
Sabiamente legisladores romanos antigos deixaram nas mãos dos acusadores a tarefa de provar suas afirmações. Não cabia ao acusado provar sua inocência – cabia ao acusador provar a culpa do acusado. O princípio era: todos são inocentes até serem provados culpados. Hoje o princípio é: todos são culpados até se provarem inocentes, porque confiar é um verbo que tem sido usado em nossos dias com um prefixo: des. A ordem é des-confiar. Ou, melhor dizendo, é NÃO confiar em nada ou em ninguém – porque ele pode ser culpado de algo. Do presidente da república ao vizinho de carteira na escola, prevalece a mesma atitude: a mais absoluta desconfiança. E na Igreja? Também é assim? Há quem leve ao pé da letra Jr 17.5 – "Maldito o homem que confia no homem" – texto que se refere a confiança salvífica, confiança total a ponto de depositar sua própria vida nas mãos de outrem. Há quem não confie no irmão, na irmã, no esposo ou na esposa, ou mesmo nos pais (e ainda justificam isso biblicamente – Mt 10.36).
Até mesmo o símbolo de confiança, a ovelha, já se tornou totalmente des-confiante de seu pastor. A Escritura usa a figura do pastor justamente porque as ovelhas confiavam em seus pastores – a ponto de nem levantarem os olhos enquanto pastavam, seguindo o pastor apenas pelo som da sua voz. Mas o que você diria (ou faria) se seu pastor, em quem você talvez ainda confie, de repente viesse falar com você e dissesse: "Fulano, em não confio em você"? E seu pastor fosse o próprio Senhor Jesus? Você ficaria indignado com ele? Irritado? Iria procurar outra sinagoga? Outra Igreja? Outra congregação? Ou humildemente entenderia que ele conhece muito bem o seu coração e sabe que, mesmo para você, ele é enganoso e corrupto, aliás, desesperadamente corrupto? João relata um episódio no ministério de Jesus em que ele expressa esta total e completa desconfiança quanto à natureza humana: Jo 2.23-25.
____________ JESUS ESTAVA NA IGREJA [23]
Jerusalém era uma cidade de crentes. Na páscoa vinham pessoas de todos os cantos do mundo. Milhares delas. Vinham obedecer às regras religiosas judaicas. Eles acreditavam neste dever. E o cumpriam. Esta era a Igreja do tempo de Jesus. Não havia outra Igreja – e foi para eles que o Senhor Jesus veio (Jo 1.11). É no meio destes crentes que Jesus realiza vários sinais, expulsa os cambistas do templo (muitos deles ladrões que enganavam os viajantes) e declara que a casa de seu pai é casa de oração para todos os povos, numa proclamação evangélica mundial, não apenas racial. É na Igreja que o Senhor mostra aos povos a sua bondade e a sua graça. É ali que Jesus opera, através de sinais extraordinários ou bênçãos não visíveis aos olhos humanos (a salvação de um pecador é um evento maravilhoso que não pode ser filmado).
__________ ALI HAVIA CRENTES E INCRÉDULOS [22]
Algo que às vezes nos passa despercebido neste texto é que, na Igreja de então, já havia crentes e incrédulos. É pouco provável que na platéia que acompanhava Jesus houvesse alguém que não fosse judeu, que não fosse membro da Igreja – mas havia incrédulos ali. Na sociedade judaica de então havia muitos grupos: fariseus (guardiões da letra da lei, mas de coração duro por não entenderem o espírito da mesma), saduceus (guardiões das tradições, mas que rejeitavam a perfeição bíblica), revoltosos (queriam uma fé ultra-nacionalista e a expulsão dos gentios do território palestino) e muitos outros. Havia prosélitos, gentios convertidos ao judaísmo. Numa comunidade de 300.000 pessoas certamente havia crentes – e incrédulos. Em grupos menores eles também existem (e nem por isso são mais fáceis de serem identificados). Isto é assim porque a incredulidade não é um estado físico (sequer emocional), é interno, espiritual.
____________ MUITOS CRIAM NO QUE VIAM (23)
Esta multidão multi-cultural, étnica e social teve o privilégio de presenciar muitos sinais que Jesus fez. O evangelista afirma que "muitos, vendo os sinais que ele fazia", isto é, observando o modo de agir de Jesus, atentando para sua atividade sempre poderosa no meio daqueles que necessitavam de sua atenção e amor, logo entenderam que aquele era um homem especial (Jo 9.33), aliás, era um homem de Deus. Assim, vendo as maravilhas que eram feitas por intermédio de Jesus creram que ele não era um homem comum. Creram porque viram, como Tomé tempos depois seria repreendido por uma fé que não consegue dar um passo além dos fatos (Jo 20.29).
A definição que a Bíblia oferece de fé é basicamente ir além dos fatos, é crer contra a realidade e obter a bênção tida como impossível [Rm 4.18]. Aquela multidão vira – e não podia não acreditar em seus próprios olhos – o poder de Jesus. Assim, creram. Mas era preciso mais, era e é preciso andar por fé, pela firme confiança baseada no ato de crer, não pela certeza originada do ato de ver.
___________ JESUS NÃO CONFIA NO HOMEM [24]
Jesus, melhor que qualquer outra pessoa, sabia que nenhum homem deve ser tido como o motivo da nossa esperança. Aliás, nem mesmo uma instituição ou uma nação devem ser objeto de esperança [cp. Is 36.6 com 40.17]. Se Jesus confiasse em nós deixaria a nossa salvação nas nossas próprias mãos. Ele simplesmente tornaria a salvação disponível, e cada um que fizesse com ela o que bem entendesse. Quem escolhesse e conseguisse se firmar alcançaria a salvação. Os outros... Mas, exatamente por que nos conhece, Jesus não fez isso. Ele nos escolheu, nos predestinou, nos amou [Rm 8.29-30], nos fez assentar com ele nos lugares celestiais [Ef 2.6], ele fez tudo por nós, evitando que nós caíssemos no pecado de nos gloriar. Se ele, que sabe tudo, não confia em nós, porque nós devemos confiar a nossa salvação a nossas próprias obras, que são más? Corramos, corramos para Jesus – confiemos nele, pois bendito o homem que confia no Senhor [Jr 17.7].
_____________ JESUS CONHECE O CORAÇÃO [25]
Todas as coisas que nós vemos nós esquecemos, interpretamos e até mesmo explicamos. Mas quando fazemos isso nós não precisamos mais crer. Não precisamos mais confiar. Jesus nunca foi enganado pelas pessoas que estavam ao seu redor. Ele sempre soube o que se passava no íntimo das pessoas – amigas ou não. Um exemplo é que Jesus sabia o que até mesmo seus discípulos mais chegados [Pedro, Tiago e João] em determinado momento iriam abandoná-lo [Mc 14.27] e até mesmo negá-lo [Mc 14.72]. Com palavras escolhidas, gestos estudados e de muitas formas os dominadores dos homens têm conseguido enganar a muitos. Hitler, por exemplo, foi um mestre da arte de conduzir os homens – e para onde os conduziu? O Senhor sonda e conhece os corações [Pv 21.2]. Nenhum propósito fica escondido do Senhor. Nada que você pense ou fale está livre da sondagem do Senhor [Sl 139.4].
_____________ CONSIDERAÇÕES FINAIS
Jesus é o nosso mestre e exemplo. Se ele não confiava, também nós não podemos confiar. Ele conhece o nosso coração e sabe que ele nos engana. Não devemos – e não podemos confiar em nós mesmos para a salvação – devemos manter os olhos fitos no autor e consumador da fé, ele próprio, Jesus. Suas obras não te salvam. Sua família não te salva. Seu emprego não te salva. Seu diploma não te salva. Sua honra não te salva. Nada conseguido entre os homens te salva. Estas coisas são boas entre os homens. Servem para alcançar honra e fama. São úteis para ter respeito e admiração. Mas de nada servem quanto à salvação. Para a salvação a única coisa que vai te servir é não confiar em si mesmo e confiar em Jesus – somente em Jesus e em nenhum homem ou mulher mais, porque só há salvação mediante o sangue de Jesus [Tt 3.5], nosso único mediador [At 4.12].

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O MESSIAS QUE FRUSTRA FALSAS ESPERANÇAS

QUANDO O MESSIAS FRUSTRA AS ESPERANÇAS
É muito comum encontrar cristãos chorosos, frustrados. Conversando com as pessoas nos últimos 06, 07 anos, vim a descobrir que há uma enorme gama de pessoas que convivem com frustrações as mais diversas. Frustrações no trabalho – mesmo que sejam bons trabalhos. Frustrações familiares, mesmo que tenham famílias estruturadas e felizes. Frustrações no casamento, mesmo que tenham cônjuges abençoados e abençoadores. Frustrações com a solidão – porque ou não encontraram ou desprezaram a pessoa certa para dividirem as suas vidas.
Por outro lado, convivemos com o chamado ufanismo teológico. O que é isso? Cristãos – alguns sinceros – vivem como se a fé cristã os isentasse de problemas – e, na verdade, milhares são os que têm sido ensinados desta maneira. Passam a acreditar que, pelo fato de crerem em o nome de Jesus (e certamente isto é algo de importância incalculável) estarão livres de quaisquer dissabores. Esquecem-se das palavras do mestre e Senhor, Jesus Cristo, que disse que, no mundo, teríamos dissabores (Jo 16.33) e seríamos odiados (I Jo 3.1) como ele mesmo o foi (Jo 1.10).
Os cristãos têm, ao longo da história, colocado sua esperança em um fato escatológico, futuro, e de fortes conotações redentoras. Foi assim durante os primeiros anos. Foi assim, também durante os dois séculos seguintes. Tal redenção foi vista na pessoa de Constantino, quando este tornou o cristianismo uma religião permitida – e mais tarde ela acabaria se tornando a religião oficial do império romano – e do mundo mediterrâneo.
Mas esta esperança messiânica nunca foi exclusiva dos cristãos. Era uma realidade na vida dos judeus, que, de diversos modos, esperavam a vinda do messias, e a forma como esta esperança se dava influenciaria grandemente a forma de encararem a vida. À partir do instante em que Judá perdeu seus “reis ungidos”, o termo Messias passou a ser empregado para representar o agente de Deus que interviria na história humana, restaurando a ordem divina e trazendo o fim dos tempos, trazendo felicidade para o “povo de Deus”. Esta esperança dava-se de 04 formas diferentes:
1. Um grupo o via como um ser humano de ascendência especial, que seria chamado por Deus para desempenhar uma missão – a redenção do povo eleito;
2. Os essênios, grupo semelhante aos monges medievais, esperavam dois messias: um descendente de Aarão (restauraria a ordem sacerdotal) e outro de Davi (restauraria o trono – mas seria submisso ao primeiro).
3. O filho de Davi, venerado pelos judeus (II Sm 7.16) que restauraria a monarquia. Esta concepção prevalecia no tempo de Jesus – e foi causa de muitas revoltas.
4. A ressurreição de Moisés (Dt 18.15) ou Elias (Ml 5.23-24), concepção popular entre grupos apocalípticos (Mt 17.3).
5. O filho do homem, expressão usada por Daniel para identificar o agente supra-humano da salvação do reino de Judá (Dn 7.13). É a expressão favorita de Jesus.
Entretanto, todos estes conceitos estão ligados à formação de um reino terreno (Jo 6.15).
Entre os gentios, embora não houvesse uma expectativa desta espécie, tinham também suas esperanças. Os judeus esperavam a realização de sinais miraculosos por parte de Deus e de seu enviado. Já os gentios esperavam a revelação de uma espécie de sabedoria divina, que explicasse todos os fenômenos físicos e metafísicos. Muitos ensinadores, cheios de sofismas, surgiram neste período: havia os estóicos – moralmente impecáveis, abriam mão de quaisquer regalias (conta-se a história de um filósofo que morava em uma barrica, tinha apenas uma caneca para beber água e, depois de ajudar um cidadão ilustre, este lhe pergunta o que poderia fazer para recompensá-lo. Ao que ele responde: deixe chegar a mim a luz do sol, pois não deves me tirar o que não podes dar-me). Este despojamento das coisas materiais também os levava a não se importarem com as pessoas. Como resposta aos estóicos surgiram os epicuristas, que afirmavam exatamente o contrário: o importante da vida era curti-la – em tudo o que houvesse de bom. Comamos, e bebamos, pois certamente morreremos era o seu mote (I Co 15.32). É claro que também não se importavam com pessoas, ou com moralidade – queriam divertir-se, ainda que às custas das pessoas, da moralidade e da sociedade. Em meio à frustração geral, todos esperavam uma “filosofia” superior, e exigiam dos cristãos que lhes apresentassem tal filosofia, se quisessem ser ouvidos.
Neste contexto Paulo, filósofo, capaz de citar vários escritores gentios com desenvoltura, sem consultar quaisquer livros, se propõe a, entre os gentios, anunciar a cruz (I Co 2.2) – loucura, segundo a concepção gentílica. Como é que um enviado de Deus poderia morrer? Entre os judeus, a mesma coisa: onde estariam os sinais (Mt 16.4) que prenunciariam a vinda de YHWH (vocalize como achar melhor - Javé, Iavé, Yehoah, Jeová, etc -, pois a pronúncia correta se perdeu entre os séculos IV e I a.C)?
Jesus frustra tais esperanças – simplesmente porque elas não condizem com a promessa de Deus. Não foi assim que Deus havia planejado, e, portanto, ele não mudaria seus planos apenas porque os homens esperavam de outra forma. Deus não muda (Ml 3.6).
É neste contexto que Paulo diz que os judeus pedem sinais (I Co 1.22-24). Que sinais? Talvez fogo e saraiva (Sl 148.8); jovens e velhos tendo visões, sonhos e profetizando (Jl 2.28), enfim, seria uma vinda cataclísmica – mas Jesus veio manso, suave. Não um general, não um conquistador, mas um professor, um cordeiro que se deixa conduzir ao matadouro. Isto era inaceitável para os judeus. Um messias que morre? Um messias crucificado – pregado no madeiro, lugar de maldição (Dt 21.23). Não, não servia – como não tem servido ao longo destes 2000 anos, enquanto um grupo ainda aguarda o messias, a maioria já abandonou a fé – e judaísmo hoje é apenas nacionalismo.
Mas Jesus veio. O messias já chegou. Leia o capítulo 21 do evangelho de Mateus, versos 1 a 17 antes de continuar (se você não ler, provavelmente não entenderá a conclusão deste post),.
Era o domingo que ficou famoso como o "Domingo de Ramos" – dia da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém – as multidões o aguardavam, saudando-o como um rei. Milhares de pessoas estavam em Jerusalém nesta época, vindas de todos os cantos do mundo: por isso perguntavam: quem é este?
Os sacerdotes tinham medo de Jesus. Os religiosos também. Os gentios, idem. Cada um por seu motivo particular. Os sacerdotes não queriam perder o monopólio do templo. Os religiosos a permissão para sustentarem sua fé. Os gentios, medo de mais uma das constantes revoltas que ocorriam na palestina, e, nesta época, seria ainda mais perigosa devido ao grande número de estrangeiros que havia na cidade. E as multidões – estas só queriam uma coisa: que Jesus os libertasse dos romanos – que se fizesse general e rei. Que instaurasse o reino – neste mundo.
Mas não era essa a sua missão. Não foi para isso que ele veio. Sua missão era outra. Era, segundo ele próprio, dar a sua vida para resgatar seu povo (Mt 20.28.
Talvez seja por isso que muitos cristãos hoje estejam frustrados – esperam de Deus algo que Deus nunca prometeu. Deus nunca prometeu carro, faculdade, casa – pelo contrário, ele fala de auto-negação. De abrir mão do que somos para sermos o que ele quer que sejamos. Entregar o caminho ao Senhor é isso: permitir que ele seja o guia, o condutor – e aceitar esta condução de bom grado, mesmo que tenha que atravessar o vale da sombra da morte, pois tal travessia se dará sob a firme convicção de que Jesus sabe por onde está nos conduzindo.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

SOU CONTRA OLÍMPIADAS NO BRASIL

SOU CONTRA OLÍMPIADAS NO BRASIL
(ou COMO SER VERDADEIRAMENTE PATRIOTA)
Afirmar ser contra determinadas coisas no Brasil é a mesma coisa que dar um atestado de inimizade contra a pátria. Por exemplo, ser contra as cotas nas universidades (para pobres, para negros, para índios, para militantes do MST, etc.) ou contra o aborto, ou ainda contra a lei repressiva chamada de anti-homofobia, ou contra a demarcação da reserva Raposa-Serra-do-Sol, etc. Mas vou dizer porque penso que a olimpíada de 2016 não deve ser no Brasil.
O principal motivo é o amadorismo dos nossos dirigentes (nem vou falar dos atletas). Veja um primeiro exemplo: logo após o término das olimpíadas o ministro dos esportes foi convidado para falar de ações para melhorar o esporte nacional a longo prazo (cadê o ministro Mangabeira Unger e sua Secretaria Especial de Ações a Longo Prazo – SEALoPra?). Primeiro ele disse que iria, e no dia do programa, à tardinha, avisou que não iria mais porque tinha compromissos (às 23.00h?). Pergunto: quando tais compromissos foram marcados?
Outro motivo é de segurança nacional: será que o Brasil consegue organizar um evento de tal magnitude, por exemplo, numa cidade como o Rio de Janeiro onde não se consegue nem mesmo organizar uma eleição decente? Há bairros inteiros (com milhares de moradores) em que o tráfico não permite que candidatos entrem, nem que distribuam seu material de campanha. Só entra lá quem os traficantes permitem. Daí surgem duas perguntas para as quais não encontro respostas: onde está o Estado (que nos garfa cerca de 40% do que produzimos) para limpar estas áreas da influência dos narco-políticos? Outra pergunta: onde está a vergonha na cara dos candidatos a prefeito e vereadores (é isso mesmo, o senador-bispo-candidato-mensaleiro Marcelo Crivella e alguns acompanhantes foi a uma destas favelas com autorização dos "donos do pedaço") que, mesmo sabendo que outros candidatos não entrariam lá, se comportam como, no mínimo, favorecidos dos traficantes. Os bandidos estão investindo na campanha de muitos vereadores e, mais ainda, ameaçando a população caso não votem nos seus escolhidos. E os ministros da justiça e do supremo tribunal eleitoral ainda não acharam que era a hora de por as tropas nas ruas e nos morros (como se isto não fosse uma verdadeira afronta à nacionalidade). Nestes lugares já temos outro estado, o estado de terror.
Como querer organizar um evento para mais de 200 países se não conseguimos fazer uma eleição em pé de igualdade com meia dúzia de candidatos? Reclamar da China e da censura que houve aos meios de comunicação quando há censura prévia dos traficantes aos candidatos e coação sobre os eleitores (não que eu ache que os candidatos sejam cândidos – veja outro post sobre o assunto). É verdade que muitos dos "eleitores" se prestam ao papel de "ovelhas" do tráfico – por não terem outra opção ou por mero comodismo, mesmo.
Afirmo que não possuem outra opção porque, se ousarem se insurgir, acabarão nas valas comuns dos mortos sem nome (cada vez mais numerosos – e injustiçados, porque seus criminosos ficam impunes) em muitos lugares do nosso Brasil). Mas muitos também são coniventes, porque há instrumentos de delação de crimes, eficientes e que garantem o seu anonimato.
Mas, o maior problema que eu vejo é o cinismo das autoridades – enquanto no Rio de Janeiro está acontecendo tal absurdo os responsáveis pela segurança pública preferem gastar o (nosso) dinheiro público viajando para fazer campanha para seus apaniguados. É lamentável, e por isso, digo NÃO às olimpíadas 2016 aqui no Brasil. Sei que minha voz será de muito pouca repercussão, mas não importa. Falo o que penso, entendo que precisamos amadurecer muito mais. Falou-se nos benefícios do PAN-RIO 2002. Falou-se numa herança virtuosa. Onde? No bolso de quem? A cidade continua um lixo, um caos, uma tragédia. E tudo ficará assim, até se maquiar a cidade por ocasião da próxima visita do COI – mas eles, diferentemente da maioria do povo brasileiro (que tristeza escrever isto), não são bobos. O Brasil, anotem aí, não sediará a olimpíada de 2016. Não que o povo brasileiro não mereça – mas porque os outros não merecem tal má sorte.

sábado, 23 de agosto de 2008

MERCADO DE VOTOS - QUEM QUER MAIS

MERCADO DE VOTOS
Ou "Porque você não deve vender seu voto"
Primeiro, deixe-me definir o que é a venda do voto: é o compromisso de digitar determinado número na urna eletrônica no dia 05 de outubro tendo recebido (ou com a promessa de receber) algum benefício (presente ou futuro), nem sempre financeiro. Este post nasce de um documento oficial, que parte do palácio do planalto (ministro da (in) Justiça, Tarso Genro, e das Relações Institucionais, José Múcio). Este documento contém uma verdade e uma mentira. Vamos a elas: os ministros admitem a existência de um "mercado de votos" no qual o apoio ao governo custa a liberação de recursos e nomeação para cargos públicos e que, por conta das normas em vigor para as eleições proporcionais, o Congresso de hoje não reflete a vontade do eleitor.
A mentira contida no documento é que o "congresso de hoje não reflete a vontade do eleitor". Entendo que reflete. O povo tem o governante que merece – note que não afirmo que tenha o governante que precisa, mas que temos os governantes que o nosso povo merece, isto é inequívoco. Não adianta reclamar do congresso, composto por deputados que trocam o apoio ao governo por práticas mensalistas (2005) ou mercantilistas, trocando o seu voto pela liberação de verbas para suas bases eleitorais, especialmente neste ano (basta ver que os partidos que apóiam oficialmente o mandatário maior tiveram mais de 75% das verbas que foram liberadas este ano). Ora, não adianta reclamar, eles fazem no congresso exatamente o que os eleitores fazem nas ruas – trocam o seu voto por algum benefício particular, mesmo sabendo que este benefício não chegará à comunidade (não vou sequer nominar que tipos de benefícios, pois não há a necessidade, cada leitor sabe do que se trata).
A verdade, a triste verdade contida no documento, é que para existir um "mercado de votos" é necessário a existência de quatro personagens: o objeto a ser vendido, recursos para adquirir o objeto, o vendedor e, obviamente, o comprador. Sem estes personagens não há mercado. É interessante que tal documento parta do ministro encarregado de coordenar a relação do governo com (não se assustem) o congresso. É o próprio encarregado de negociar (talvez um quinto personagem, o "atravessador" com os partidos e deputados o apoio a propostas do governo. Mas vamos agora nominar os personagens.
O primeiro, o objeto a ser vendido, é o voto dos deputados e senadores. É triste falar de uma opinião de um representante do povo como um objeto de negociatas, mas é o que o documento (e a prática constante) tem demonstrado. Os votos dos eleitores, vendidos tão barato nas esquinas das nossas cidades, são revendidos a peso de ouro para garantir mais votos e mais negociatas no futuro.
O segundo elemento, também importante, são os recursos para comprar os votos saem dos cofres públicos, resta dizer, do bolso da população. Ao vender o voto por uma bagatela o eleitor vai ter que pagá-lo muitas vezes mais caro, mas de forma indireta, através do desvio de dinheiro de seus impostos que deveria lhe ser devolvido na forma de saúde, educação, transporte de qualidade, segurança, etc. É você que, ao vender seu voto, proporciona tais negociatas, porque os compradores desejarão receber de volta o que investiram.
O terceiro elemento, o vendedor, são deputados e senadores inescrupulosos que foram eleitos fazendo favores, distribuindo "benefícios" com seu próprio dinheiro ou com o fruto das negociatas com o estado. É por isto que afirmo que o povo tem os governantes que merece. Se elegeu um comprador de votos (apesar de a lei proibir tal prática), se vendeu o seu voto, teria ele o direito de reclamar do político que o revende? Não, não tem.
O quarto elemento é o comprador. Só que há aqui um desvirtuamento da lei do mercado. Um compra o apoio político (no caso, o governante) e outro paga. Outro quem? Você e eu, brasileiros que estudam, trabalham, vão ao mercado e pagam regularmente os seus impostos. Querendo ou não, todo brasileiro paga imposto, e muito imposto, nunca menos do que 40%. Quando você compra R$ 10,00 de mercadoria, no mínimo R$ 4,00 vai para as mãos do estado – e o seu dinheiro será usado para comprar o apoio político, que por sua vez (uma parte ao menos) será usada para comprar votos nas próximas eleições.
Se você vende o seu voto, não reclame do que dizem os ministros – eles sabem o que fazem. Estão acostumados a comprar votos no congresso. Não venda o seu! Nem por dinheiro, nem por favores, ou, então, não reclame se por um pé de bota você tomar um pé...

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

NOSSA IGREJA – ADVENTISTA BÍBLICA

NOSSA IGREJA – ADVENTISTA BÍBLICA
Há pouco tempo afirmamos que a nossa Igreja é uma Igreja Católica e Apostólica, embora não seja romana ou romanista. Mostramos o que significam os termos igreja, católico e também apostólico. Também mostramos que a igreja cristã é testemunha do verdadeiro Deus, embora se oponha às heresias russelitas (daqueles que se autodenominam Testemunhas de Jeová).
Nosso objetivo agora é desfazer mais um equivoco, fruto da confusão sobre o significado de termos. Afirmaremos hoje que a nossa Igreja é uma Igreja adventista. Passemos primeiro à definição do que signifique o termo adventismo, que é, em termos simples, a esperança da volta (advento ou segundo advento) do Senhor Jesus.
Um falso conceito sobre o significado do termo é que este termo refere-se exclusivamente à seita conhecida como Adventismo do 7o Dia (e suas variantes). Sobre este falso conceito nos deteremos um pouco antes de provarmos porque a Igreja Presbiteriana pode ser considerada uma Igreja adventista. Vejamos um pouco da história do Adventismo do 7o dia, exclusivista e sectário.
HISTÓRIA
Este "movimento adventista" tem sua origem nos ensinos de um batista chamado Willian Miller, que logo cedo abandonou sua Igreja e optou pelo deísmo (Ensino de que, ainda que Deus exista, ele deve ser visto apenas como criador, não se relacionando mais com suas criaturas. O mundo seria apenas um grande relógio – ao qual Deus deu corda e continua funcionando até hoje). Seu interesse exagerado pela volta de Cristo (uma característica comum às seitas é a ênfase em uma doutrina, em detrimento das demais) levou-o à leitura dos livros de Números, Ezequiel e Daniel, e através do chamado cálculo equivalente dia-ano (sustentado por textos como 90.4 – mas se esquecem de que mil anos também são comparados com a vigília da noite que se foi – 04 horas, precisamente) previu a volta de Jesus para 10 de dezembro de 1843. Conseguiu muitos seguidores, pois era hábil pregador. Muitos de seus seguidores venderam (ou doaram) tudo o que possuíam pouco antes desta data – como sabemos, Cristo não voltou nesta data (At 1.7) e muitos dos seus seguidores o abandonaram. Os cálculos foram refeitos e novas datas marcadas (9, ao todo, entre 1844-1877). O movimento organizou-se como Igreja em 1860, mudando de nomes até chegar ao de Igreja Adventista do 7o Dia. A base do movimento está nas revelações e visões da liderança, entre os quais a maior é a sra. Ellen G. White – cujas visões devem "validar" o ensino bíblico.
Seus escritos são considerados proféticos pelos sectários, com valor igual ou superior à Bíblia (outra característica das seitas). Eis o diagnóstico de seu médico quando esteve internada em clínica psiquiatríca em Battle Creek, período de maior fertilidade de suas visões (1869): "As visões da sra. White são perturbações mentais, oriundas de anomalias no cérebro e no sistema nervoso".
Ademais, suas visões, em muitos casos, não passam de adaptações ou cópia de outros autores, muitos não adventistas – o que a desautoriza como profetisa e coloca-a na categoria de plagiadora. Os adventistas honestos admitem o plágio, mas dizem que o que importa é o reconhecimento e autorização da profetiza.
O adventismo chegou no Brasil em 1879, em Santa Catarina (organizando a primeira Igreja em Gaspar Alto – 1896). Seu comando foi transferido para Santo André em 1916. São aproximadamente 880 mil membros no Brasil, divididos em três ramos principais: 7o Dia, Promessa e Reforma (acusando-se mutuamente de apostasia).
DOUTRINAS
Muitas das doutrinas adventistas têm sido alteradas no decorrer da história. Por exemplo, ensinavam que não era preciso estudar por que Cristo já estava voltando mesmo; plantio de árvores seria uma negação de fé; diziam que a partir de 1844 apenas os adventistas (144.000) seriam salvos e que as mulheres deveriam usar uma saia curta por sobre as calças. Usavam para confirmação de suas doutrinas textos bíblicos "de prova", isto é, tirados de seu contexto. Outras doutrinas defendidas eram: guarda do sábado e da lei mosaica, inexistência do espírito entre a morte e a ressurreição (sono da alma), aniquilação total dos ímpios e de satanás e, pior que tudo, a obra de Cristo como incompleta.
SABATISMO
É a principal doutrina adventista, sobre a qual dizem que quem não guardar o sábado não terá a vida eterna (Esta lei (sobre o sábado) deve ser guardada como condição para se ter vida eterna", in Carlyle B. Haines, Do Sábado para o Domingo, p. 09), usando textos como Ex 20.8-11; At 17.1-3 e Ap 14.9-12, afirmando que o sábado faz parte da lei mosaica, tendo sido instituído na criação do mundo, e observado por Cristo e pelos apóstolos. Seu legalismo incoerente reside no fato de que a lei foi dada a Israel como aio, conduzindo-o para Cristo – com a vinda deste, as sombras (Hb 9.5; 10.1), a Lei foi pregada na cruz (Cl 2.14), cumprida totalmente em Jesus (Cl 2.16-17). A observância sabatista é o único dos mandamentos que não é repetido no Novo Testamento, e, pelo contrário, os cristãos adoravam ao Senhor aos domingos, chamando-o de "dia do Senhor" (Ap 1.10 cp. At 20.7).
O SONO DA ALMA E ANIQUILAÇÃO DOS ÍMPIOS
Os adventistas acreditam na ressurreição dos ímpios para julgamento e posterior aniquilação final. Enquanto este dia não chega, as almas estão em "coma induzido" (Ec 9.5; I Ts 4.13-15), pois aparentemente a morte é equiparada a uma espécie de sono (Dn 12.2; I Co 11.30; 15.20), indicando total inconsciência.
O ensino da Bíblia é, entretanto, de que ímpios e justos ficam conscientes – apenas sem relação com os vivos. Os ímpios em tormento (Mc 9.43-44; Ap 19.20) e os salvos em gozo e alegria (Fp 1.23). Ademais, os discípulos ensinaram sobre a vida eterna (II Pe 1.13-14; II Co 5.8; I Ts 4.14) corroborando o ensino de Jesus (Jo 11.26; Lc 16.19-31), não há nenhuma evidência de que a alma durma depois da morte física e, também, que após a ressurreição sejam aniquilados, pelo contrário, o que a Escritura ensina é que sofrerão castigo eterno (Mt 23.33 cp. Pv 15.24).
EXPIAÇÃO INCOMPLETA
Eis a pior e mais danosa das doutrinas sabatistas. Para explicar porque Cristo não voltou em 1844 passaram a afirmar que Cristo teria entrado no "Santuário Celestial" nesta data, começando o juízo investigativo sobre os pecados da humanidade. Seu erro acabaria gerando uma heresia, por não quererem retratar-se.
Eles discordam de que a expiação foi efetuada na cruz, e que Cristo estaria, desde 1844 (onde está sua ONISCIÊNCIA?) "pesando" as obras boas e más dos homens (a fé é vista como uma obra boa, mas menor que a observância do sábado, como já vimos).
Mas não é este o ensino da Bíblia, que diz que os pecados já foram completamente pagos por Jesus Cristo (Hb 1.3), cabendo a nós apenas a confissão (I Jo 1.9). Por negarem a suficiência de Cristo, os sabatistas não podem (e não querem) ser considerados "cristãos". Ele s se autoproclamam sabatistas antes de cristãos. O episódio do ladrão da cruz (Lc 23.43) e da morte de Estevão (At 7.56) nos mostram que Cristo não precisa de uma missão investigadora, pois sua missão redentora foi completa (Hb 10.12), intercedendo (Hb 7.25) e não julgando os crentes ou descrentes (Jo 3.18) pois a base do julgamento é a fé, e não pretensas obras (o sábado inclusive, pois quem guarda dia, para o Senhor o guarda – Rm 14.5-6).
Willian Miller foi o mais decepcionado com o fracasso de sua profecia, por causa de sua falta de orientação teológica, mas viveu o resto de seus dias humildemente, aguardando a volta do seu Senhor – mas outros se aproveitaram do seu sucesso e prosseguiram no ministério da operação do erro (II Ts 2.11).
PORQUE SOMOS ADVENTISTAS BÍBLICOS E NÃO SABATISTAS
Devemos começar por explicar o que seja o real significado do termo "adventista". Adventista é "aquele que espera a vinda" de algo ou alguma coisa. No contexto teológico cristão, adventista é aquele que espera a vinda gloriosa do Senhor Jesus.
Devemos, então, destacar algumas diferenças entre o adventismo bíblico e o sabatismo. O adventismo bíblico afirma que:
i. Os membros do corpo de Cristo foram chamados à liberdade em Cristo pelo Espírito Santo (Gl 5.13) enquanto os sabatistas permanecem presos a preceitos legais – são escravos de uma lei caduca (Rm 7.6);
ii. Não resta mais nenhum sacrifício por ser feito, pois Cristo é "o sacrifício", feito de uma vez por todas (Hb 7.17), mas os sabatistas afirmam que sacrifícios são exigidos;
iii. Cristo já cumpriu toda a lei (At 3.18), que trazia conhecimento do pecado e da justiça de Deus – ele, sem pecado (Hb 9.28), cumpriu toda a justiça mas o sabatistas selecionam partes da lei que desejam cumprir: sábado (Jo 9.16), carne de porco (Cl 2.16) e se esquecem de vários, mais (Mt 23.23) ou menos importantes (At 7.8);
iv. A lei é moral e espiritual – e deve sem compreendida dentro deste parâmetro (Sl 19.7), mas os sabatistas vêem a lei como uma norma – e deve ser cumprida em sua inteireza (Tg 2.10);
v. Aguarda a volta do Senhor "como subiu aos céus" (At 1.11), mas o sabatismo aguarda uma "terceira vinda", pois Jesus já teria "vindo" ao "santuário celestial" e teria que vir à terra também.
Assim, podemos afirmar que a Igreja Presbiteriana do Brasil é uma Igreja "adventista" na medida em que esta aguarda a vinda do Senhor (Fp 3.20), quando a Lei do Senhor será definitivamente instaurada nos corações (e no mundo).
Não estamos presos a dias, festas ou comidas – isto não salva ninguém, nem serve de parâmetro para a salvação. Os fariseus guardavam tais coisas, entretanto, Jesus diz que eles não eram salvos (filhos de Abraão = crentes Lc 3.8).
Jesus afirma explicitamente que o sábado foi criado para descanso do homem (e não o homem para guardar o sábado – Mc 2.27), e que Ele, Jesus, é maior que o sábado (Mc 2.28), sendo, ele próprio, o nosso "descanso" – Mt 11.29.
Jesus também afirma que comida ou bebida não contamina o homem – pois tais coisas acabam sendo lançadas fora, mas o que contamina o homem é o ódio, o rancor, a desobediência que procedem do coração (Mc 7.15, 18-23).
Se alguém nos perguntar: porque somos adventistas, respondamos:
PORQUE AGUARDAMOS A GLORIOSA VOLTA DO SENHOR JESUS, MAS NÃO SOMOS, EM HIPÓTESE NENHUMA, SABATISTAS.

É A MAÇONARIA COMPATÍVEL COM O CRISTIANISMO?

É A MAÇONARIA COMPATÍVEL COM O CRISTIANISMO?
Esta é uma pergunta da qual muitos têm fugido nestes dias – quase sempre com a afirmação de não conhecê-la profundamente e então não quererem fazer um juízo de valor. Ao mesmo tempo, muitos outros tem tentado respondê-la – favoravelmente ou não.
Talvez você seja um cristão sincero, e, também, um maçom sincero. Este artigo é um convite apenas sobre um ponto da “fé” maçônica – muitos não aceitariam esta qualificação de fé, uma vez que a maçonaria propõe-se a ser uma instituição todo-inclusiva, e não uma religião – e fé é uma característica religiosa, não institucional (em instituições espera-se a aceitação de leis, não de dogmas).
O ponto que abordaremos neste artigo é sobre a origem do homem. Teria ele de fato sido criado por Deus, ou o fruto de uma longa evolução. Antes de mais nada, precisamos definir o caráter de Deus segundo a teologia e segundo a maçonaria.
Para os cristãos, Deus é um ser pessoal, que se relaciona com toda a sua criação, em amor, providência e inclusive providenciando-lhes um meio de redenção por causa de seu estado depravado – tanto moral quanto espiritualmente. Para os órgãos oficiais da maçonaria, deus é um ser amorfo, que não deve ser definido (sabemos que é impossível definir Deus) nem nominado (sabemos que Deus se revela e dá-nos um nome para adoração: IHVH no Antigo Testamento e finalmente Jesus, no Novo Testamento). Isto tem que ser assim porque se nominam Deus a maçonaria automaticamente exclui um grande número de pessoas. Para os maçons hindus deus é Shiva, Brahma ou outro deus indiano qualquer, dependendo do país e da localidade. Para os maçons cristãos Deus é o Deus revelado nas Escrituras. Para os muçulmanos Deus é Alá. Para os maçons satanistas Deus é satanás. Para os animistas Deus é um universo, e por aí se segue uma lista interminável, com tantos nomes quantos forem os membros da ‘confraria’.
Entretanto, se for feita uma convenção mundial, com maçons de todas as regiões do mundo, todos eles se considerarão irmãos – não importando ao cristão se ele é nascido de novo ou não, ele deve considerar o maçom satanista seu irmão.
Isto tem que ser desta forma porque, no fundo, a maçonaria não tem qualquer espírito cristão, ou mesmo espiritualidade – se há, é decaída. Ela é uma instituição primeiramente humana, humanista e, por estar distante de Deus, é contra Deus, pois quem não ajunta com Cristo, contra ele trabalha.
Dito isto, passemos ao nosso ponto de estudo: De onde veio o homem?
ORIGEM
Em documento aprovado por uma das editoras oficiais da maçonaria (editora Aurora), Sebastião Dodel dos Santos (A Maçonaria Através dos Tempos) afirma que:
O conhecimento de como e quanto apareceu o homem na terra é muito limitado, por motivo da falta de informações esclarecedoras e fidedignas.
Inúmeras são as teorias sobre o aparecimento do homem, mas todas baseadas em hipóteses; por isso contraditórias e infundadas, posto que não existem dados precisos para solução do intrincado problema.
FONTES
Os maçons debruçam-se sobre fontes arqueológicas, históricas e até mesmo religiosas para tentar desvendar o mistério do surgimento do homem. Mas, no final, chegam a uma conclusão inevitável: nenhuma destas fontes são confiáveis. E não são-lhes confiáveis porque não recebem a Bíblia como a fidedigna palavra revelada de Deus. Por não terem um conceito correto da divindade também não podem reconhecer sua voz.
Como pode, então, um cristão dizer-se um maçom sincero e ao mesmo tempo concordar que não há um Deus conhecido independentemente de fatores culturais, que a mesma Bíblia que ele lê na Igreja como a palavra revelada de Deus não pode ser encarada como confiável em suas reuniões nas “lojas”?
Só por este ponto podemos concluir que a maçonaria não é compatível com o espírito cristão de fé em Deus, de confiança em Jesus Cristo para a salvação, de entrega completa à orientação do Espírito Santo.
Voltemos à questão da origem do homem. Deus afirma cabalmente em sua santa palavra que o homem é uma criação pessoal sua, a coroa de sua criação. Entretanto, uma instituição humana (se não diabólica) ousa levantar-se e dizer que Deus é um mentiroso, pois lança descrédito sobre a sua bendita Palavra revelada.
A Escritura afirma que o homem foi criado por Deus, no sexto dia da criação. Que este foi criado do pó da terra, e que primeiro foi formado o homem e só depois a mulher, que foi retirada de uma costela do homem. Deus inclusive preocupa-se em dar-nos os nomes deste primeiro homem (Adão) e primeira mulher (Eva), mostrando em seguida sua falha (descrédito na palavra de Deus e conseqüente rebeldia), e os frutos disto: morte espiritual e física, sujeição e fadiga, inimizade e assassinato. Tudo isto por causa do descrédito na palavra de Deus.
A maçonaria não foge a regra. Seus manuais (tenho-os à disposição) mostram juramentos de sangue (muitos maçons – enganados ou não – dizem que estes são apenas pro-forma) tornando aceitável até mesmo o assassinato em nome de uma pretensa fraternidade entre irmãos.
Se você teve coragem e perseverança de chegar até aqui – e se é mesmo um cristão sincero – e ainda assim considera a maçonaria uma coisa boa, procure conhecer verdadeiramente o que é ensinado em sua loja – tente ler o que se encontra oculto, nas entrelinhas e sob o véu. Verás que o que digo é apenas uma pequena gota em um negro oceano de engano.
Examine, confira, e então decida-se: cristianismo e maçonaria são incompatíveis, porque o primeiro alicerça-se sobre o fundamento da verdade, a Escritura Sagrada, e o segundo sobre opiniões humanas ou diabólicas.
Decida-se. Sua alma é o prêmio.Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa!

NOSSA IGREJA – TESTEMUNHAS DE JEOVÁ?

NOSSA IGREJA – TESTEMUNHAS DE JEOVÁ?
Já temos estudado uma série de características de nossa Igreja em comparação com vários movimentos, seitas e grupos religiosos existentes em nosso país. Nosso objetivo é sempre esclarecer o uso inadequado de termos que, com o passar do tempo, tornam-se "nomenclaturas", nomes próprios quando, na verdade, não passam de apropriações de títulos que só podem ser aplicados às Igrejas que realmente se mantêm fiéis à Deus e à sua Palavra.
O grupo que analisaremos hoje é o que se apropriou, indevidamente, do título de "AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ", afirmando, com este título, que são os únicos a testemunhar sobre o Deus glorioso que criou os céus e a terra. Vejamos algumas características deste movimento.
HISTÓRIA
O MOVIMENTO das Testemunhas de Jeová (TJ) surgiu em 1872, tendo como o seu principal fundador CHARLES TAZE RUSSEL (por isso também são chamados de Russelitas). Publicou suas idéias através da revista "O Sentinela da Manhã" que depois mudou para "O Sentinela Anuncia o Reino de Jeová", fundando a "Torre de Vigia de Sião Sociedade de Tratados", e finalmente, a Sociedade Bíblica Torre de Vigia. Após sua morte o movimento teve prosseguimento sob a liderança do Juiz Joseph Franklin Rutherford, que mudou, em 1931, o nome da organização para "As Testemunhas de Jeová".
O movimento tem como característica organizacional a disseminação de seus "Salões do Reino" (90.000), e a disseminação das revistas Despertai e A Sentinela, além do livro Conhecimento que Conduz à Vida Eterna, publicados em 141 idiomas, braile e fitas cassete.
Seu sistema de disseminação é a pregação de porta em porta, feito por todos os membros da organização, aplicando no período de um ano, 13.800.000.000 (treze bilhões e oitocentos milhões) de horas. Embora afirmem distribuir sem custo suas publicações, na verdade ela é vendida de porta em porta (ou paga pelos "anunciadores") – e a organização arrecada mais de U$ 1.000.000.000,00 (um bilhão de dólares) por ano.
SEUS ENSINAMENTOS
Afirmam que eles são, exclusivamente, o único grupo cristão sobre a face da terra, ensinando que:
i. Só existe "perspectiva" de salvação graças ao sacrifício de Jesus Cristo;
a. Cristo é o salvador na medida em que agradou a Deus e por isso abriu um caminho para que os "servos obedientes" pudessem ser também salvos, se seguissem o mesmo caminho que Cristo seguiu – Cristo "apontou o caminho";
b. Cristo não substituiu ninguém na cruz – ele apenas "demonstrou" a punição para os pecadores;
ii. Não se deve crer na divindade de Jesus Cristo (Este aspecto doutrinário é conhecido como arianismo. Em meados do Séc. IV Arius começou a ensinar que Cristo não possuía a essência divina, sendo filho por criação e adoção, mas nunca por geração. No decorrer dos séculos, de uma forma ou de outra, esta doutrina tem sido combatida e ressurge, travestida de doutrina nova, e como novo nome, mas, na essência, é a rejeição de Cristo como o Filho de Deus), pois afirmam que:
a. Crer na divindade de Cristo é uma forma de paganismo, pois Cristo é o Filho de Deus, mas isto não significa da mesma essência. Ele é filho por adoção;
b. O Espírito Santo também não é divino – ele é apenas uma emanação, uma força de Deus.
iii. Não se deve usar a cruz, pois ela é um símbolo pagão, mesmo porque Cristo não morreu crucificado, mas estacado.
iv. A salvação é pela recepção do modelo de Cristo e pela prática de obras meritórias.
v. Perde-se a salvação conquistada pelas boas obras se houver um abandono da "organização".
vi. Negam-se a participar de governos, de exércitos (quando isto é conveniente), de eleições (votam em branco ou nulo).
vii. Negam a existência do inferno ou a eternidade da alma – os maus serão "aniquilados".
COMO SABER SE "AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ" SÃO CRISTÃS?
O Senhor diz-nos para examinar todas as coisas (I Ts 5.21), o que não significa que devemos tomar parte nelas, mas averiguar para ver se são verdadeiras ou não. James Penton foi membro da "Sociedade" por muitos anos, e chegou à conclusão de que seus ensinos não são nem religiosos, nem cristãos. Vejamos como ele chegou a estas conclusões:
O ENSINO DE FALSAS PROFECIAS
O Senhor nos adverte para observarmos aqueles que se levantam falando em nome de Deus (Dt 18.22) provando-os, embora o simples cumprimento da profecia não sirva para autenticar alguém como profeta de Deus (Dt 13.1-3). Tem sido assim com as Testemunhas.
i. Afirmavam que o fim do mundo atual (chamado de "sistema de coisas") viria em 1914, 1925 e que o mundo acabaria em 1975;
ii. Disseram que os eleitos (144.000) seriam levados para o céu em 1878, 1881, 1914, 1918 e 1920. Se foram, não há mais esperança para os nascidos e "convertidos" depois desta data, que não irão para o céu, mas habitarão na terra, servindo os 144.000 eleitos.
iii. Os antepassados de Jesus regressariam para a batalha do Armagedom entre 1925 e 1950;
iv. Anunciaram o fim para 1914 e, após 1914, antes do desaparecimento da geração que vivia em 1914 – já mudaram tal ensino.
Como se vê, suas profecias são, constantemente, frustradas.
FALTA DE FIRMEZA EM SEUS ENSINOS
A Escritura diz-nos para que o nosso sim seja, de fato, sim, e o nosso não, também seja não (Mt 5.37). Entretanto, tal não se dá entre os russelitas:
i. Russel disse que a Igreja não estava sob o novo pacto. Em 1881 voltou atrás. Em 1907 novamente retratou-se, resultando no Cisma do Novo Pacto, quando muitos abandonaram o movimento. Após a morte de Russel, Rutherford voltou à posição de 1881.
ii. Os habitantes de Sodoma ainda estão esperando a decisão dos russelitas sobre sua ressurreição, pois ora afirma que ressuscitarão, ora serão destruídos no geena.
iii. Muitos russelitas sofreram por causa da posição do movimento, com suas posições acerca das vacinas, transplantes e doação de sangue;
iv. Havia a obrigação de "horas de serviço" na organização, várias vezes abolida e novamente erguida (atualmente em voga).
v. Russel defendia que os governantes citados em Rm 13 seriam autoridades das nações – mas Rutherford disse que seriam Jeová e Jesus Cristo – posição que já não vigora mais, pois voltaram à posição original.
A PRESENÇA DO ESPÍRITO
Russel acreditava na ação direta do Espírito (a força de Deus) guiava a ele e à Igreja. Rutherford, afirmando que, por Cristo estar no templo em 1918, de onde governa, o espírito já não mais estaria com a Igreja – e ele próprio recebia a direção de Cristo mediante anjos. Após sua morte Knorr e Franz voltaram a afirmar a direção direta do Espírito.
CRIAÇÃO DE LEIS HUMANAS EM SUBSTITUIÇÃO À PALAVRA
A Escritura nos adverte contra as invenções humanas em substituição à Palavra de Deus (Mc 7.8; Cl 2.8):
i. Registro do tempo gasto na pregação;
ii. Forma hierárquica de governo;
iii. Excomunhão de fumantes ou celebrantes de natal e aniversário;
iv. Regras a respeito da prática sexual;
v. Leis de envolvimento político.
MENTIRA – PRÁTICA DOS FILHOS DO DIABO
Jesus diz que satanás é o pai da mentira (Jo 8.44), e esta é uma prática constante da Sociedade:
i. Russel e esposa afirmaram plena harmonia em seu casamento (1894) mas ao admitirem o divórcio tiveram que corrigir a declaração inicial – embora na ocasião amaldiçoarem vários trabalhadores de sua gráfica por admitirem publicamente problemas entre o casal;
ii. Russel disse em 1909 que nunca mudou uma doutrina – o que a história e seus próprios escritos (que tem sido sistematicamente destruídos) provarem o contrário;
iii. Foram condenados pelo tribunal americano por perjúrio quando da demissão de 04 diretores da Watch Tower em 1917 (United States vs. Rutherford et al);
iv. Ofereceram colaboração ativa (ou ao menos neutralidade onde isto não foi possível) para o hitlerismo, mostrando-se anti-semitas e anti-democráticos;
v. Mentem continuamente quando querem questionar o comportamento de líderes que perdem poder (1894; 1909; 1917; 1918 e 1920).
JULGAMENTOS INJUSTOS
Contrariando o princípio do julgamento justo (Dt 19.15 cf. At 23.3), as suas "Comissões Justificativas" agem como tribunal da inquisição – julgam em segredo sem dar satisfações a ninguém.
DISTORÇÃO DOS FATOS
Suas pesquisas são desonestas – não citam corretamente as fontes, fazem citações fora do contexto e chegam a conclusões as quais os autores nunca quiseram nem poderiam chegar através de uma pesquisa sólida e séria.
i. A "Tradução do Novo Mundo" contém argumentação tendenciosa e deturpações intencionais;
ii. Os chamados "artigos científicos" são baseados em pontos de vista ultrapassados e anti-científicos, muitas vezes com argumentação contraditória dependendo do assunto abordado, do pretexto e do objetivo a ser alcançado;
iii. Suas obras históricas omitem deliberadamente informações que certamente os comprometeriam.
SUA PREGAÇÃO É INTERESSEIRA E MERCANTILISTA
Contrariando o princípio "de graças recebei, de graças daí" (Mt 10.8) a pregação russelita objetiva o sustendo da Sociedade, e não o progresso do puro e simples evangelho (II Pe 2.3). Vender revistas de porta em porta é o que muitos entendem por divulgação evangélica, e, não apenas isto, é um modo de tirar dinheiro dos "egípcios", como alcunham todos os não russelitas.
ACEPÇÃO DE PESSOAS QUANTO A SALVAÇÃO
Ensinam que apenas o restante ungido é escolhido para a salvação – enquanto a Escritura diz que Deus não faz acepção de pessoas (Rm 2.11). Os demais têm que apresentar boas obras pois não podem contar com Jesus como o mediador (At 4.12). Somente o corpo dirigente toma parte da ceia, e a maioria é excluída dela por não serem parte do corpo de Cristo (I Co 12.27 cp. I Co 10.16 e Jo 6.53), não nascem de novo (Jo 3.3) e nem têm a direção do Espírito Santo (Jo 16.8 cp. Jo 16.13) – e como fica a afirmação de que aquele que não tem o Espírito de Cristo não é dele (Rm 8.9)? Durante muito tempo impediram o ingresso de negros afirmando serem eles filhos de Caim - e ainda não aceitam judeus.
SÃO DESTRUIDORES DE FAMÍLIAS
Os russelitas são ampla maioria entre os processos judiciais envolvendo divórcio e guarda de filhos nos Estados Unidos e Canadá quando o motivo da disputa é religioso. Isto porque quem entra para o movimento é estimulado a viver para ele – e quem o deixa tem na própria família grande pressão pelo retorno ao movimento ou a expulsão do convívio familiar.
A IGREJA PRESBITERIANA – VERDADEIRA TESTEMUNHA DO VERDADEIRO JEOVÁ
Porque podemos afirmar que a Igreja Presbiteriana pode (e deve) ser considerada uma Testemunha de Jeová - mas, note bem, não é o mesmo que ser russelita ou ariana? Pelos motivos que passamos a expor:
i. Jeová (ou a vocalização adotada) é um dos nomes escolhidos por Deus para se fazer conhecido, significando "AQUELE QUE É", independente do tempo (cp. Gn 15.7 com Gn 26.24 e Ex 3.14).
ii. A pronúncia do nome de Deus é desconhecida, por medo de transgredir o mandamento do Senhor (Dt 5.11), e os judeus, por conhecerem apenas as consoantes, acabaram perdendo (durante as constantes perseguições e morte de sumo-sacerdotes sem tempo adequado para treinamento dos sucessores) a real vocalização do nome de Deus, que pode ser Jeová, Ieová ou Iavé. A pronúncia Jeová (que data do período escolástico da Igreja Luterana na Alemanha, secs. XVIII e XIX) é a soma das vogais de hwhy com outro título de Deus, Adon (Adonai), que significa senhor, soberano, governante absoluto.
iii. Só há um Deus – não existe outro Deus além do Senhor (Jo 17.13);
iv. Qualquer um que conheça verdadeiramente a Deus tem, por conseqüência, o dever de testemunhar deste conhecimento (Is 43.10);
v. Ser testemunha do Senhor é uma decorrência da salvação que dele recebemos (Is 43.12);
vi. Ser testemunha do Senhor é somente para aqueles que receberam o Espírito Santo do Senhor (At 1.8);
vii. O nome que deve ser anunciado é o do Senhor que salva (significado exato do nome de Jesus – At 4.12).
Os que se autoproclamam testemunhas de Jeová não merecem tal título na medida em que não anunciam o nome de Jesus – eles rejeitam a Jesus, rejeitando, por conseguinte, a salvação. Nós conhecemos a Jesus, dele recebemos a salvação, e devemos proclamar a salvação que só há em Jesus – sendo, assim, verdadeiras testemunhas do Deus que salva.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

LOBOS EM PELE DE CORDEIRO...

LOBOS EM PELE DE CORDEIRO...
Muitas são as heresias perniciosas que ameaçam a alma dos homens. Destas, duas são especialmente perigosas, e não oferecem qualquer esperança real aos incautos que por elas se deixam enredar. Ambas possuem características muito semelhantes, que passamos a listar abaixo:
i. São racionalistas: surgiram no século XIX, à partir de uma interpretação da bíblia baseada unicamente na razão, colocando a revelação de Deus como inferior à sabedoria humana (I Co 1.25). Rejeitam a autoridade e suficiência das Escrituras em favor dos escritos de seus líderes — mesmo que comprovadamente cheios de erros (muitos já assumidos pelos líderes modernos);
ii. São mutantes: quando surgiram defendiam doutrinas e idéias que foram sendo abandonadas com o passar do tempo porque os fatos os desmentiam, andando, assim, pelas circunstâncias e não pela revelação de Deus. Dois exemplos aplicáveis a ambos são a data e a forma da volta de Jesus e o lugar do negro em suas respectivas sociedades (eram racistas). Nenhum de seus fundadores pode afirmar como Paulo: ainda que eu ou um anjo vos pregue outro evangelho, seja anátema — porque já os são;
iii. São legalistas: o caminho da salvação para seus adeptos é uma infinidade de práticas seculares, mercantilistas e legalistas. Enquanto a palavra de Deus diz-nos para confiar exclusivamente na graça de Deus e abandonar as fúteis tentativas de auto-salvação, ambos os “lobos” exigem aos seus seguidores que rejeitem a suficiência de Jesus e confiem em seus próprios esforços.
Não se enganem, não se deixem enganar — eles estão à solta e tentarão enganar vocês com folhetos coloridos e citações deturpadas das escrituras — querem te condenar a guardar só o que lhes interessa da lei (e deixar outros aspectos de lado), o que é igual a quebrá-la toda (Tg 2.10).

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

CAPTURANDO PORCOS

VOCÊ SABE COMO SE CAPTURA PORCOS SELVAGENS?
Adaptado...
Você captura porcos selvagens encontrando um lugar adequado na floresta e colocando algum milho no chão. Os porcos vêm todo dia comer o milho gratuito. Quando eles se acostumam a vir todos os dias, você coloca uma cerca. Mas só de um lado do lugar onde eles se acostumaram a vir. Quando eles se acostumam com a cerca, eles voltam para comer o milho e você coloca o outro lado da cerca. Mais uma vez eles se acostumam e voltam para comer. Você continua assim, até colocar os quatro lados da cerca em volta deles, com uma porta no último lado. Os porcos, que já se acostumaram ao milho fácil e às cercas, continuam a vir. Você, então, fecha a porteira e captura o grupo todo. E assim, em um segundo, os porcos perdem sua liberdade. Eles ficam correndo e dando voltas dentro das cercas, mas logo voltam a comer o milho fácil e gratuito. E ficam tão acostumados a ele que esquecem como caçar na floresta por si próprios. E por isso, aceitam a servidão. É exatamente isto o que está acontecendo com o nosso país: O governo ficava empurrando o povo para um falso comunismo (porque os dirigentes são todos capitalistas, burgueses do socialismo, latifundiários, empresários do capital público) e um arremedo de socialismo espalhando o milho gratuito, na forma de:
• Propagandas de auxílio de renda (criando uma infinidade de estado-dependentes, um verdadeiro curral eleitoral),
• Bolsas auxílio de todos os tipos (quando o que o homem precisa é trabalho e dignidade),
• Impostos variados (sob a desculpa de financiar o que já tem dinheiro mais que suficiente, só que mal gasto ou desviado por eles mesmos – lembra-se do mensalão, máfia dos sanguessugas, dos vampiros, etc.?),
• Estatutos de proteção a minorias que acabam com os direitos da maioria,
• Cotas para estes e aqueles (prejudicando, entre outras coisas, o mérito),
• Subsídio para todo tipo de coisa (menos para o trabalho),
• Programas de bem-estar social (e não melhorias de infra-estrutura),
• Medicina e medicamentos gratuitos.
Devemos nos lembrar que, por exemplo, não existe esse negócio de almoço grátis e, também, que não é possível alguém prestar um serviço mais barato do que seria se você mesmo o fizesse. Finalmente, se você percebe que toda essa maravilhosa “ajuda” governamental se opõe ao futuro da democracia em nosso país, você vai ajudar a tornar este texto conhecido por todos os seus amigos e contatos. Se quiser, entre em contato e receberá a apresentação original em PowerPoint.
Mas se você acha que políticos e ONGueiros (financiados por interesses externos) pedem mais poder para as classes deles tirarem liberdade e dinheiro dos outros para beneficiar “você” ou os “pobres”, então, tudo bem, faça de conta que não leu (quem tem mais propriedades, "eles" ou os pobres que anunciam defender?). E que Deus o ajude quando trancarem a porteira!
O milho já está sendo colocado faz tempo; as cercas estão sendo colocadas aos poucos; imperceptivelmente. E quando menos se espera... PRONTO! TRANCAM A PORTEIRA – E NÃO SE ILUDA, VOCÊ ESTARÁ DENTRO E JÁ NÃO HAVERÁ NENHUMA FORMA DE RECLAMAR POR LIBERDADE – ELAS FORAM DESTRUÍDAS HÁ MUITO, MUITO TEMPO, E VOCÊ CONCORDAVA!

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

EIS QUE ESTOU À PORTA...



EIS QUE ESTOU À PORTA...
Boletim da Igreja Presbiteriana em Jacundá - 20080810-18
Não é o propósito combater o ensino arminiano de que este texto é um chamado para que incrédulos se arrependam (a carta foi dirigida a uma igreja, a crentes, portanto). Nosso propósito é outro.
Quero chamar a igreja do Senhor Jesus em Jacundá a um posicionamento frente ao mal - em todos os aspectos segundo os quais tem se manifestado em nossa sociedade, lembrando que não podemos ser coniventes com qualquer prática (mesmo que pareça natural e comum, como um cigarrinho, uma festinha, um traguinho, uma caríciazinha) que não estejam absolutamente de acordo com os princípios cristãos. Não podemos correr o risco de fazer a mensagem cair em descrédito por causa das nossas atitudes.
O senhor Jesus prometeu que voltaria como um senhor que se ausenta por um período de tempo indeterminado, deixando seus servos de sobreaviso quanto à sua chegada. Pode até ser que seja inoportuna a chegada de uma visita de madrugada - mas nunca será a chegada do dono da casa, afinal, ele é o dono.
Cumpre aos servos tê-la sempre em ordem, de modo que não sejam surpreendidos como maus e relapsos. Assim também é quanto ao nosso estilo de vida. A volta de Jesus, tão desejada pelo apóstolo João, deve ser, para cada cristão verdadeiro, um momento de alegria, porque ele não se pergunta: “quando virá”? Ou, ainda: “será que estou preparado”? Mas suspira: “maranata, oh! Vem Senhor”!
Mas para poder desejar a volta de Jesus com tamanha ânsia e alegria, somente se seu viver, se suas atitudes forem condizentes com a mensagem que prega. De que forma você, que lê este boletim agora, admite o retorno de Jesus? Você está preparado para encontrá-lo neste exato momento? Lembre-se: “eis que Jesus está à porta e (já) bate!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

SUPREMA ASPIRAÇÃO PASTORAL

SUPREMA ASPIRAÇÃO PASTORAL
Há coisas que não deveriam nos surpreender mais, mas a capacidade humana de "criar" é realmente incrível. Há aqueles que, não tendo a visão correta do ministério, começam a trabalhar na seara do Senhor com objetivos meramente mundanos. Vejamos: certa vez um jovem afirmou que queria abraçar o ministério em sua denominação – graças a Deus não era a igreja Presbiteriana – para poder escolher entre as meninas mais bonitas da igreja aquela que seria sua esposa. Estaria pensando ele em criar algum tipo de concurso? Outro afirmou que pretendia fazer sua igreja crescer muito rapidamente, pois ele teria 60% da arrecadação local como sua renda. Outro traçou metas para, num determinado número de anos, ser doutor em teologia e pastor de uma grande igreja. Certamente a maioria há de concordar comigo que estes não são alvos naturais do ministério, aliás, a palavra ministério designa serviço, e não fonte de benefícios (como os ministérios em Brasília fazem supor). Muitos também hão de concordar comigo que desejar ser amado pela igreja é algo desejável. Mas, qual deve ser a suprema aspiração pastoral em relação à igreja?
Um exemplo de pastor dedicado é o apóstolo Paulo (não vou abordar aqui o supremo pastor, porque seria uma comparação desigual, do Deus-homem frente ao homem). Paulo escreve aos crentes tessalonicenses, junto aos quais havia realizado excelente trabalho, plantando na região vários núcleos de igrejas, e lembra-lhes a sua conduta no meio deles: cuidadosa, abnegada, laboriosa, anunciando a todos o evangelho do reino. Era de esperar que Paulo fosse muito amado pelos tessalonicenses (e creio que ele o era), mas, diferentemente da maioria dos líderes atuais, não era uma meta paulina o ser amado pela igreja. Paulo nada fazia buscando o amor da igreja (embora ele ateste que, pelo menos uma igreja o amava profundamente – Gl 4.15), pelo contrário, ele lembrava que a igreja nada devia fazer por partidarismo (Fp 2.13).
Veja que Paulo não estava interessado em obter vantagens ou serviços dos tessalonicenses (I Ts 2.7), embora se julgasse no direito de deles exigir a manutenção. Paulo ainda lembra que havia em seu coração outra disposição (que talvez esteja relativamente escassa em nossos dias). Paulo queria que eles recebessem o evangelho, mesmo que isto lhe custasse a própria vida.
Por fim, Paulo aponta para aquilo que é a culminância de seus argumentos e de seu trabalho entre os tessalonicenses: eles se tornaram muito amados do apóstolo. Paulo afirma que os amava muito, e isto era algo que merecia ser lembrado – e eles o sabiam bem (I Ts 2.10-12). Mas não há nenhuma cobrança de que os tessalonicenses amassem a Paulo.
Os pastores, como Paulo, devem ter como meta principal ver em seu coração o amor pelas almas perdidas, buscando transformá-los em irmãos amados (Fp 2.1). Não ao ouro ou à prata – isto pode ser conseguido mais abundantemente nas empresas, desde que se trabalhe duro e competentemente (isto já é assunto para outro post). Como Paulo viu, os membros das igrejas devem ser vistos pelos seus pastores como objeto de grande amor. Se a mim fosse dada a oportunidade de dizer apenas uma frase a todos os pastores, eu diria apenas: ame o rebanho que o Senhor lhe confiou – são tesouro precioso, comprado e lavado pelo sangue de Jesus Cristo.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

TRAVESTISMO ANGÉLICO

TRAVESTISMO ANGÉLICO
Estamos quase nos acostumando ao que convencionei chamar de travestismo espiritual. Antes que alguém se alvoroce, explico-me: não estou falando de homens que se vestem de mulheres, ou o contrário. Não é este o objetivo deste post, se for necessário escrevo em outro momento sobre este tipo de abominação aos olhos de Deus, conforme ele mesmo afirma em sua palavra (Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação - Lv 18:22). Falo daqueles que, aproveitando-se da ingenuidade das massas, se travestem de evangélicos, até mesmo com títulos pomposos como profetas, apóstolos, bispos ou semelhantes (falta só aparecerem os deuses, porque mais de um semi-deus já se declararam, como o Iuri – INRI-CRISTUS – e o Moon – este vive no mundo do dinheiro, não da lua).
Alegando pretensas revelações (como se não tivéssemos sido advertidos quanto a isto mais de uma vez nas Escrituras – Cl 2.18), visões (cada uma mais estapafúrdia do que a outra) querem tornar-se senhores da fé, intentando, mediante engodos e embustes, criar verdadeiros impérios religiosos, que comandam com mão de ferro (ou de ouro). É a este engodo que chamo de travestismo espiritual – tentando enganar os eleitos, mostram-se como se fossem dotados de uma luz espiritual, exatamente como seu mestre maior deseja fazer. Todavia, enganarão os incautos (dentro ou fora das igrejas), mas nunca aos eleitos, pois Jesus afirmou enfaticamente que nenhum dos que o pai lhe der se perderá. Quanto aos outros? Pergunte-se a você mesmo se você não tem seguido líderes com idéias cada vez mais esdrúxulas e distanciadas do verdadeiro ensino bíblico. Pode até parecer bonito e funcionar, mas, está de acordo com as Escrituras? Será que uma boa inovação, contrária à palavra de Deus, é melhor do que a obediência? Cuidado para não acabar sendo uma ovelha no meio de lobos devoradores – ou para entregar a chave de sua vida, de sua casa, a um ou mais travestis espirituais. Pense nisso!

CANÔNICA - CONHEÇA MAIS SOBRE SUA BÍBLIA

CANÔNICA - CONHEÇA MAIS SOBRE SUA BÍBLIA
A bíblia não era dividida em capítulos e versículos. Esta divisão, tão cara a muitos cristãos, não foi inspirada por Deus. A maioria dos títulos também não consta dos textos originais. Vejamos um pouco de história: Estevão Langton dividiu a Bíblia em capítulos em 1205. São, no total 1189 capítulos, 929 no Antigo Testamento e 260 no Novo Testamento. Já a divisão em versículos data do ano de 1545. São 23214 no Antigo Testamento e 7959 no Novo Testamento, perfazendo um total de 31173 versos. A Bíblia divide-se em 02 grandes grupos de livros:
a. O Antigo (ou Velho) Testamento, escrito quase que totalmente em hebraico, com pequenas porções em aramaico, é composto de 39 livros, assim divididos:
i. LEI – que compreende 05 livros:Gênesis (Gn); Êxodo (Ex); Levítico (Lv); Números (Nm); Deuteronômio (Dt).
ii. HISTÓRIA – que compreende 12 livros (Os 02 livros de Samuel e os 02 de Reis aparecem na versão Figueiredo como I, II, III e IV Livros dos Reis, assim como I e II Crônicas aparecem com o nome de I e II Paralipômenos): Josué (Js); Juízes (Jz); Rute (Rt); I e II Samuel (I e II Sm); I e II Reis (I e II Rs); I e II Crônicas (I e II Cr); Esdras (Ed); Neemias (Ne); Ester (Et).
iii. POESIA – que compreende 05 livros: Jó (Jó); Salmos (Sl); Provérbios (Pv); Eclesiastes (Ec); Cantares – ou Cânticos dos Cânticos (Ct).
iv. PROFECIA – que compreende 17 livros, divididos em 02 partes: PROFETAS MAIORES: Isaias (Is); Jeremias (Jr); Lamentações de Jeremias (Lm); Ezequiel (Ez); Daniel (Dn) e PROFETAS MENORES: Oséias (Os); Joel (Jl); Amós (Am); Obadias (Ob); Jonas (Jn); Miquéias (Mq); Naum (Na); Habacuque (Hc); Sofonias (Sf); Ageu (Ag); Zacarias (Zc); Malaquias (Ml).
b. O Novo Testamento, escrito em grego, que consta de 27 livros assim divididos:
i. BIOGRAFIA – mais conhecidos como evangelhos: Mateus (Mt); Marcos (Mc); Lucas (Lc); João (Jo)
ii. HISTÓRIA: Atos dos Apóstolos (At);
iii. DOUTRINA – compreendendo as 21 cartas ou epístolas, assim classificadas: EPÍSTOLAS PAULINAS (13): Romanos (Rm); I e II Coríntios (I e II Co); Gálatas (Gl); Efésios (Ef); Filipenses (Fp); Colossenses (Cl); I e II Tessalonicenses (I e II Ts); I e II Timóteo (I e II Tm); Tito (Tt); Filemom (Fm). EPÍSTOLAS GERAIS (08): Hebreus (Hb); Tiago (Tg); I e II Pedro (I e II Pe); I, II e II João (I, II e III Jo); Judas (Jd).
iv. PROFECIA – apenas 01 livro: Apocalipse (Ap).
Além destes 66 livros que são os únicos inspirados por Deus, aparecem mais os seguintes, considerados como apócrifos, na Bíblia da versão de Figueiredo da Igreja Católica Apostólica Romana (à partir de hoje identificada em meus escritos por ICAR): III e IV Esdras; Judite, Tobias; Ester (dos capítulos 10 a 16.24); Sabedoria de Salomão; Eclesiástico (não confundir com Eclesiastes), Baruque (contendo uma “Epístola de Jeremias”), “Cântico dos Três Santos Filhos”; História de Susana e Bel e o Dragão (acréscimos ao livro inspirado de Daniel), Oração de Manasses e I e II Macabeus. Há outros apócrifos que sequer foram reconhecidos pela Igreja católica: I e II Esdras e a Oração de Manassés (II Cr 33.13).
O termo grego apócrifo é usado para designar os livros não iluminados, literalmente, escondidos ou “fora de critério”, “não puros”: (apó = não, para fora + krino = julgamento, critério, estudo). Não há diferença entre as versões católicas, ortodoxas ou romanas do Novo Testamento, mas estes livros “fora do critério” foram inseridos pela ICAR entre os anos de 1545-1573, no Concílio de Trento, embora já fossem conhecidos desde o inicio da era cristã, sendo considerados não inspirados, embora úteis. Os judeus só reconheciam 24 livros do Novo Testamento: Lei (5); Profetas (8) e Escritos (11). Estes 24 livros correspondem em arranjo diferente, exatamente aos 39 livros atuais do Velho Testamento. Escritores antigos nos fornecem copiosa documentação, tais como Josephus, Philo, Jeronimus. Os sínodos judeus de Jâmnia (90 e 118 d.C.), o Novo Testamento também nos fornece subsídios e os próprios apócrifos negam sua autoria inspirada. Tais livros foram incluídos no cânon católico somente após o concílio de Trento, em 1545-73. Jerônimo, o tradutor da Vulgata Latina, que é a Bíblia oficial da ICAR, define com clareza e em linguagem dura que inspirados apenas os 24 livros do cânon hebreu, rejeitando os apócrifos. O conteúdo dos apócrifos mostra que não podem ser tidos como Palavra de Deus. Justificam: mentira, salvação por obras, recomendam o gozo carnal, o suicídio e o culto aos mortos (veja, por exemplo II Mac 12.44-45). Neste mesmo livro (15.38-39) o autor pede desculpas ao leitor se a obra não lhe satisfizer. Estes livros foram escritos após a cessação do período profético do Velho Testamento (Malaquias). Este período é chamado de Período Intertestamentário ou “os 400 anos de silêncio”, porque Deus não deu revelação nova neste período.)
Estes livros apócrifos não são reconhecidos como inspirados porque:
· Nunca fizeram parte do cânon hebraico;
· Nunca foram citados no Antigo Testamento;
· São omitidos pelos historiadores antigos, Josephus (um judeu) inclusive;
· Nenhum reclama inspiração divina para si;
· Ensinam e apóiam ensinos contrários às Escrituras;
· Sua literatura é povoada de mitos e lendas;
· Possuem nível moral e espiritual muito baixo;
· Não são citados por Jesus nem pelos escritores do Novo Testamento;
· Os Pais da Igreja não os citam;
· Foram escritos mais de 200 anos após o encerramento do cânon veterotestamentário.
Todos os livros inspirados foram escritos num período de cerca de 16 séculos, por mais ou menos 36 autores, que os escreveram “inspirados pelo Espírito Santo de Deus” (II Pe 1.21; II Tm 3.16), cuja tradução mais adequada é “Toda Escritura é soprada (insuflada) por Deus”. Assim, quando escutar a acusação de que faltam livros na bíblia adotada pelos protestantes, afirme sem medo: não tiramos, nem acrescentamos. Quem cometeu tal terrível pecado foi o concílio de Trento, organizado pelo romanismo em meados do século XVI.

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